quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Quem será o soldado do futuro?

Soldado do futuro será um sistema complexo controlado pelo homem. Tal ideia está sendo desenvolvida no âmbito do projeto "Defensor do Futuro" da Fundação para Estudos Avançados, disse à Sputnik o chefe do projeto, Arkady Petrosov.

O soldado do futuro será um sistema complexo, controlado pelo homem e repleto de elementos estruturais e funcionais, que são unidos por um objetivo comum: resgatar pessoas das zonas de fogo afetadas, fortalecer poderio militar do país e garantir a segurança da vida", disse Petrosov em uma entrevista na véspera do Dia do Defensor da Pátria.
De acordo com ele, o estudo do projeto "Defensor do Futuro" está sendo realizado em todas as direções do funcionamento da fundação e integra pesquisas físico-técnicas, químico- biológicas, médicas e de informação, além do desenvolvimento avançado no campo da robótica.
Como indicou Petrosov, o complexo não deverá exigir muito do soldado, ao contrário, somente irá auxiliá-lo, não importando seu nível, chegando a melhorar suas habilidades de tiro, de resistência, bem como outros indicadores físicos.
"O equipamento do soldado do futuro será fácil de usar e eficaz através do uso de armas inteligentes", conclui.

Alemanha aumenta exército e se aproxima cada vez mais da Rússia

Desde o início de 2017, a Rússia vê a maior concentração de soldados da OTAN perto de suas fronteiras desde os tempos da Guerra Fria.

A ministra da Defesa da Alemanha, Ursula von der Leyen, anunciou na terça passada a intenção do governo de aumentar o exército alemão em 5.000 efetivos, com 500 reservas adicionais e 1.000 postos civis. A ampliação forma parte de um plano de crescimento que procura alcançar os 198.000 efetivos para o ano de 2024. 
Calcula-se que este reforço das forças armadas vá exigir um investimento aproximado de 955 milhões de euros ao ano
A Bundeswehr [forças armadas alemães] está afrontando desafios como nunca antes – disse a ministra – tanto na luta contra o Estado Islâmico como na estabilização do Mali, ou em nossa presença considerável como membros da OTAN nos Estados Bálticos". 
As forças armadas da Alemanha "também devem ser capazes de crescer ao ritmo de suas tarefas", acrescentou.
Maior compromisso com a OTAN
O governo dos EUA, sob a liderança de Donald Trump, expressou o desejo de que os outros membros da OTAN incrementem seus compromissos financeiros com a aliança. Em uma cúpula no País de Gales em 2014, todos os países membros concordaram em alocar 2% de seus PIBs ao orçamento de defesa da organização. Atualmente, apenas os Estados Unidos, a Polônia, a Estônia, a Grécia e o Reino Unido cumprem o acordo.
O gasto militar alemão é de cerca de 1,22% do PIB, mas na última Conferência de Segurança de Munique, a chanceler alemã Angela Merkel assegurou ao vice-presidente dos EUA, Mike Pence, que a Alemanha estava comprometida com a meta.
Desde a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha tem se mostrado relutante ao envolver seus militares em conflitos estrangeiros, mas as tropas alemãs participaram de operações no Mali e no Afeganistão, bem como nos esforços da coalizão internacional liderada pelos EUA contra o Daesh (autodenominado Estado Islâmico).
Cada vez mais perto da Rússia
Em janeiro passado, a Alemanha começou a deslocar um contingente de 1.200 soldados para a base militar de Rukla, na Lituânia, a apenas 100 quilômetros da fronteira com a Rússia.
Em fevereiro, dezenas de helicópteros norte-americanos Chinook, Apache e Black Hawk tomaram posições na cidade alemã de Bremerhaven, completando a maior acumulação de tropas da OTAN na Alemanha e na Europa Oriental desde os tempos da Guerra Fria.
O governo russo, por sua vez, condena sistematicamente a militarização da região, destacando as ameaças inerentes da questão no que diz respeito à segurança internacional.

Parlamentar russo considera possível 'ataque traiçoeiro' da OTAN contra Rússia

As forças da OTAN na Europa Oriental podem ser usadas para um ataque traiçoeiro em relação à Rússia, disse o parlamentar russo, Vladimir Shamanov.O Ocidente chama isso de contenção da Rússia, mas acreditamos que essas forças e meios podem ser usados em ações ofensivas contra o nosso país. Com Hitler também em tempos tínhamos assinado um pacto de não-agressão, mas em 22 de junho ele traiçoeiramente atacou o nosso país, e também nos lembramos disso", disse Shamanov em uma reunião com diplomatas militares.

Segundo ele, neste contexto, para manter a capacidade de combate das tropas terrestres, foi completada a formação de quatro divisões de infantaria motorizada e de uma divisão blindada.
"Esta é uma resposta direta aos desafios e ameaças relacionadas com a linha da OTAN para aumentar sua presença no flanco oriental da Aliança", disse Shamanov.
A Rússia, nos últimos anos, tem denunciado a atividade sem precedentes da OTAN perto de suas fronteiras ocidentais. A OTAN, entretanto, aumenta suas iniciativas para "conter a agressão russa".

NASA anuncia descoberta de sete planetas semelhantes à Terra

A NASA anunciou nesta quarta-feira (22) uma inédita descoberta sobre exoplanetas que aumentam as chances de encontrar vidas extraterrestres, afirmam os cientistas.

Durante a apresentação da descoberta, os astrônomos informaram que foram identificados sete planetas do tamanho da Terra orbitando a estrela TRAPPIST-1. 
"Estou animado para anunciar hoje que o Dr. Michael Gillon e sua equipe usaram nosso telescópio espacial Spitzer para confirmar que existem realmente sete planetas do tamanho da Terra em órbita da próxima estrela TRAPPIST-1", informou o dirigente da NASA, Thomas Zubuchen.
Os cientistas revelaram que em três destes planetas há grande potencial de existência de água. Para a astrônoma Sara Seager, "essa descoberta gerou grandes avanços para encontrar vidas extraterrestres".   
Segundo os cientistas, "essa descoberta pode ser uma peça significativa na busca por ambientes habitáveis, locais onde é possível ter vida".
Responder a pergunta 'nós estamos sozinhos' é o topo da nossa lista de prioridades científicas e encontrar tantos planetas como estes, pela primeira vez, em uma zona habitável é um passo notável", acrescentou Zurbuchen. 
De acordo com a NASA, o novo sistema solar está a cerca de 40 anos-luz da Terra e os planetas estão a uma distância "relativamente" próxima, na constelação de Aquário.
Além dos jornalistas, o público pôde fazer perguntas através da hashtag #askNASA.
Os astrônomos Michael Gillon e Nikole Lewis, a professora do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT, sigla em inglês) Sara Seager e os dirigentes da NASA Thomas Zubuchen e Sean Carey foram os encarregados de anunciar a descoberta.

Em termos militares, Brasil é os Estados Unidos da região'

Brasil e Venezuela, por várias razões, tornaram-se potências militares latino-americanas. Colômbia e Chile ocupam terceiro e quarto lugar respectivamente. Especialista argentino em geopolítica, Damián Jacubovich, comenta o assunto para a rádio Sputnik Mundo.

Na segunda-feira (20), Venezuela teve que defender mais uma vez o seu espaço aéreo derrubando uma nave que havia entrado ilegalmente em seu território, evidenciando, assim, a eficácia do sistema e a frente, um dos mais avançados da região.Jacubovich afirma que a abundância de recursos naturais da Venezuela e o assédio que sofre por parte dos Estados Unidos, além da aspiração do Brasil de ocupar uma cadeira permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, explicam a supremacia destes dois países na região.
Respondendo à questão se há ou não necessidade de criar na América Latina um bloco parecido à OTAN, Damián Jacubovich afirma que sim, pois um bloco unido é o único jeito de combater as ameaças enfrentadas pela região.
Hoje em dia, eu penso que deveríamos apontar regionalmente a ter algo parecido à OTAN, ou seja, Forças Armadas latino-americanas ou sul-americanas, pois, hoje em dia, há que se fortalecer", destaca Jacubovich.
Especialista destaca que, no decurso do século XX, as Forças Armadas da América Latina estiveram desunidas, mas, hoje em dia, o continente é capaz de criar forças armadas conjuntas.O Brasil, segundo Jacubovich, ocupa liderança na lista dos países mais avançados quanto ao nível de equipamento militar:
"Nós falamos que os Estados Unidos supostamente possuam quase a metade de todo armamento mundial. Brasil de alguma maneira é os Estados Unidos da América Latina, que tem mais ou menos 50% de todos os pressupostos equipamentos militares da América Latina", declara especialista argentino.
Brasil também está no topo da lista dos países da América Latina que exporta mais armas ao continente, logo depois vêm Chile e Equador.
Como pode ser explicado o alto nível militar do Brasil? A resposta é lógica: primeiro, o Brasil é uma potência regional, segundo, o país aspira ocupar uma cadeira permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, obrigando-o a estar à altura armamentista da situação.
O segundo lugar da lista é ocupado pela Venezuela, que vem enfrentando difícil situação devido às relações tensas com os EUA. Por isso, nos últimos anos, a política militar da Venezuela aumentou de forma considerável.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Exército russo receberá em breve novíssimo robô Soratnik

Veículo de combate não tripulado Soratnik, que já foi testado na Síria, entrará em funcionamento no exército russo em 2017, declarou à Sputnik na terça-feira (21), no âmbito de exposição de armamentos IDEX 2017, Aleksei Krivoruchko, o chefe do consórcio russo Kalashnikov que desenvolveu esse veículo.

Pela primeira vez, o Soratnik foi oficialmente apresentado na exposição de armamento EXÉRCITO-2016.
O que apresentamos no EXÉRCITO-2016, na verdade foi um protótipo experimental. Agora estamos colaborando ativamente com o Ministério da Defesa, aperfeiçoando o sistema e esperamos construir o primeiro veículo de série já este ano", afirmou Krivoruchko.
Quanto às modificações que se planeja realizar no Soratnik, apontou o interlocutor da Sputnik, se trata de novos sistemas de bordo e conjuntos de armamento mais potentes que irão equipar os veículos.
Estes veículos blindados estão equipados com um sistema de controle computorizado, bem como equipamento de detecção e vigilância, e podem transportar uma variedade de suportes para armas externas. Além disso, o veículo pode funcionar em conjunto com outros veículos não tripulados, incluindo drones aéreos.
O Soratnik pode funcionar em três regimes diferentes, o peso do carro não excede sete toneladas e o veículo é capaz de atingir velocidades de até 40 quilômetros por hora. Se for comandado remotamente e se a visibilidade for direta, o raio de ação do veículo será de até dez quilômetros.
O veículo de combate não tripulado Soratnik pode transportar metralhadoras de calibre 7,62 milímetros e 12,7 milímetros e lança-granadas de 30 milímetros de tipo AGS-17. O carro é capaz de detectar, acompanhar e destruir alvos, identificando seu tipo. Além disso, o Soratnik pode ser equipado com oito mísseis antitanque guiados de tipo Kornet.

Novo tanque russo Armata deixa para trás análogos mundiais (VÍDEO)

Tanque russo T-14 Armata é melhor, em termos das capacidades técnicas, do que seus análogos dos EUA, Israel e europeus, comunicou o vice-primeiro-ministro russo Dmitry Rogozin.

O tanque da nova geração foi apresentado pela primeira vez ao público no ano passado durante o desfile militar em Moscou dedicado ao Dia da Vitória de 9 de maio.É evidente que temos a vantagem em tanques, porque o tanque, construído em Nizhny Tagil deixa para trás seus análogos europeus, norte-americanos e israelenses em termos de capacidades técnicas", comunicou Rogozin no domingo no ar do canal de televisão Rossiya 1 (Rússia 1).O tanque, com base na Plataforma de Combate Universal Armata, é operado por uma tripulação de três pessoas, que ficam sentadas na cápsula blindada localizada na parte da frente, enquanto a torre é automatizada.O tanque está equipado com um canhão de alma lisa de 125 mm e com uma metralhadora com controle remoto de 7,62 mm.
http://es.euronews.com/2015/05/06/rusia-lanza-t15-armata-un-nuevo-prototipo-experimental-de-carro-de-combate

Opinião: China e EUA procuram novas 'linhas vermelhas' no mar do Sul da China

Nas águas do Mar do Sul da China entrou o grupo de porta-aviões da Marinha dos Estados Unidos, liderado pelo porta-aviões USS Carl Vinson, da classe Nimitz. Os navios norte-americanos irão realizar "operações de rotina" e ainda não se sabe se os navios vão atravessar as águas em torno das ilhas artificiais da China.

Enquanto isso, em uma coletiva de imprensa na terça-feira (21), o representante do Ministério das Relações Exteriores da China Geng Shuang disse que a China respeita a liberdade de navegação no mar do Sul da China, garantida pelo direito internacional, mas se opõe fortemente às tentativas de ameaçar a soberania dos países da região, incluindo a China.
O especialista do Centro para a Investigação Estratégica Anton Tsvetov disse à Sputnik China como a presença do porta-aviões Carl Vinson irá afetar a situação na região e as relações sino-americanas.O comandante do grupo de porta-aviões norte-americano assinalou apenas que ele tenciona demonstrar a eficácia e prontidão de combate das unidades, ao mesmo tempo "fortalecendo as fortes relações existentes com aliados, parceiros e amigos na região do Índico e Pacífico". No entanto, aqueles que seguem regularmente os acontecimentos no mar do Sul da China sabem que as tensões provocadas pelas disputas territoriais pelas Ilhas Spratly e Paracel variam como as estações do ano. No inverno, aqui está geralmente mais ou menos calmo, mas o momento mais perigoso é a primavera e o verão. Fevereiro está chegando ao fim, o inverno está em declínio, e no mar do Sul da China reaparecem razões para a escalada.
Fortalecer as relações com os "aliados, parceiros e amigos" na Ásia agora é extremamente importante para os Estados Unido. Os sinais confusos de Washington criaram na região uma grande incerteza sobre o futuro da política dos EUA. A recente visita do secretário da Defesa James Mattis ao Japão e à Coreia do Sul pretendia animar os aliados. Mattis delineou em seus discursos a política dos EUA no mar do Sul da China aproximadamente nas mesmas categorias que a administração anterior — os EUA vão continuar usando o direito à liberdade de navegação nessa área.
No entanto, nos bastidores o chefe do Departamento de Defesa dos EUA aludiu a algo mais. Desde 2015, a Marinha dos EUA realizou quatro operações usando a liberdade de navegação. A reação dura de Pequim forçou a liderança política dos EUA a usar esta ferramenta com mais cuidado apesar dos apelos dos militares. Parece que agora se pode esperar que eles apelem a Donald Trump, que poderá aprovar a ativação de tais operações.
Tudo isso poderia parecer uma escalada por parte de Washington se Pequim não desse motivos para isso, aparentemente testando a solidez do novo presidente americano. Em primeiro lugar, na sexta-feira — um dia antes da entrada nas águas no mar do Sul da China do porta-aviões dos EUA — daqui saiu o Liaoning chinês, que esteve realizando exercícios em grande escala. Em segundo lugar, foram divulgados os novos trabalhos em grande escala para construir uma infraestrutura militar da China nas Ilhas Paracel.Finalmente, a terceira nota do acorde preocupante dos últimos dias foi a publicação do projeto chinês de alteração da lei sobre a segurança dos transportes no mar. O documento obriga os navios militares estrangeiros passarem pelas águas que a China considera como suas somente acompanhados por navios de guerra chineses. Além disso, a China será capaz de fechar algumas zonas das águas por iniciativa própria ou mesmo fechar o acesso ao "mar sob sua jurisdição".
Por outras palavras, os EUA e a China estão tentando encontrar novos limites do que é permitido, as novas "linhas vermelhas". Durante a presidência de Barack Obama foram traçadas algumas "linhas vermelhas" informais, que as partes tentavam não ultrapassar. Com o novo presidente norte-americano há condições para a revisão das "condições do acordo", além do mais, o novo ponto de equilíbrio no mar do Sul da China será determinado pela linha de Trump na questão coreana, pelo grau de apoio ao Japão e pela política comercial da nova administração.
Como muitas vezes acontece, as vítimas deste processo podem ser os pequenos países da Ásia Oriental. O especialista russo Aleksandr Gabuev observou acertadamente que é pouco provável que as novas regras para a passagem de navios militares através das águas chinesas impeçam a Marinha dos EUA, mas para os navios vietnamitas e filipinos isso já não será fácil. Portanto, o risco principal neste jogo das grandes potências é o motim dos pequenos que, não vendo respeito pelos seus interesses, intencionalmente ou não, podem avançar para o agravamento da situação.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Tecnologia de ponta: Ministério da Defesa russo revela quando estará pronto sistema S-500

O primeiro modelo experimental do novíssimo sistema de defesa antiaérea russo estará pronto em 2020, declarou Yuri Borisov, vice-ministro da Defesa da Rússia, a jornalistas.

Segundo vice-ministro russo, a fabricação da exclusividade segue de acordo com os planos.
S-500 Prometey, produzido pela empresa Almaz Antey, pretende ter alcance operacional de até 600 quilômetros. O sistema será capaz de interceptar até 10 mísseis balísticos e hipersônicos, voando a 7 km/s. Além disso, a novidade conseguirá destruir alvos a 200 quilômetros de altitude.
O S-500 será a versão atualizada do sistema S-400 Triumph, considerado hoje em dia o melhor do exército russo.

Foguete Falcon 9 é lançado com carga e importantes suprimentos para EEI

O foguete Falcon 9 foi lançado a partir do cabo Canaveral neste domingo (19), levando a carga à Estação Espacial Internacional (EEI).

O lançamento foi iniciado às 11h39, horário de Brasília, a partir da plataforma de lançamento no cabo Canaveral, sendo o primeiro lançado da estação após a conclusão do programa Space Shuttle em 2011.
O lançamento, planejado para acontecer no sábado (18), acabou sendo adiado por complicações em um dos motores.
De acordo com a NASA, todos os estágios do voo estão sendo realizados conforme planejado. Em sua página de Instagram, Elon Musk divulgou que o primeiro andar do foguete já retornou ao planeta Terra. O empresário e engenheiro escreveu "o bebê voltou".
O foguete está transportando aproximadamente 2,5 toneladas, incluindo materiais que serão destinados a experimentos científicos.
O instrumento para medição da camada de ozônio da Terra SGE III (Stratospheric Aerosol and Gas Experiment) e o sensor de medição de raios STP-H5 LIS (Space Test Program-H5-Lightning Imaging Sensor) estão a bordo da nave espacial.
Caso cumpra todas as metas, o Falcon 9 deverá atingir o módulo norte-americano da EEI Harmony no dia 21 de março, voltando para o nosso planeta com a carga da estação internacional.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Pythons israelenses serão úteis à Força Aérea vietnamita?

Há alguns dias, na mídia vietnamita, nomeadamente no portal online Thoi Dai, foi publicado um artigo cujo autor tenta provar a viabilidade de equipar os caças Su-27/30 e os caças-bombardeiros Su-22 da Força Aérea do Vietnã com mísseis israelenses da classe "ar-ar" Python-5.

O artigo apresenta dados do Instituto de Pesquisa dos Problemas da Paz de Stockholm, que diz que um certo número de mísseis Python-5 foi fornecido ao Vietnã como munições para os sistemas antiaéreos de curto alcance israelenses Spyder-SR. Segundo o autor, alguns desses mísseis podem ser adaptados para instalação em aeronaves de combate de origem russa e soviética. E isto deveria ser feito o mais rápido possível.Realmente, os fabricantes de armas israelenses desenvolveram muitos produtos excelentes, que corresponderam bem em combates reais. Os mísseis Python fazem parte deles. No entanto, será que eles poderão realmente ajudar a aumentar as qualidades dos Sukhoi vietnamitas?
O coronel Makar Aksenenko, especialista em uso da aviação em combate, em uma entrevista à Sputnik Vietnã disse que "este é um produto bastante novo dos fabricantes de armas israelenses… No entanto, julgando pelas características táticas e técnicas dos mísseis Python, eles não têm vantagens comparativas perante o míssil R-73. As características de ambos os mísseis são comparáveis. Mais do que isso, algumas características mesmo da versão básica do R-73 permitem considera-lo como um meio de destruição mais eficaz do que os de Israel. Já as versões recentes dos mísseis russos — o R-73M ou o de exportação R-74 — excedem a versão básica em mais de 2 vezes em todos os parâmetros. Eles são capazes de destruir alvos aéreos de qualquer ângulo, ou de serem disparado para trás… E eu, como piloto de combate e especialista em aviação, estou bastante satisfeito com a família de mísseis R-73 como meio de combate aéreo".Além de questões militares e táticas, também se deve levar em conta outras nuances. Sem dúvida, para adaptar armas que não são de origem nos caças Su será necessária intervir na estrutura e no equipamento dos próprios aviões. E aqui surgem problemas graves, alerta o especialista:
Isso se aplica ao serviço de assistência técnica a armas e equipamentos militares de exportação. Uma intervenção não autorizada de terceiros no equipamento do Su-27/30 pode levar a resultados desastrosos para seus operadores. Aqueles que tentam melhorar o material russo sem intervenção do seu fabricante podem simplesmente ficar sem assistência técnica a esses sistemas aeronáuticos complexos.
A melhor opção será a utilização máxima de armas de origem… Se falarmos sem excesso de diplomacia, uma tentativa de equipar aeronaves Su com armamento estrangeiro… é um gasto de dinheiros públicos com resultados duvidosos. É pouco provável que isso vá afetar positivamente a capacidade de combate da Força Aérea do Vietnã", concluiu o experiente piloto militar.

Demonstração de força: França lança míssil potente a partir do caça Rafale M

O Ministério francês da Defesa anunciou o lançamento bem-sucedido do míssil ASMP-A a partir de um avião de combate Rafale M.

A Marinha da França mostrou suas capacidades no domínio da defesa realizando o lançamento do míssil ASMP-A sem ogiva nuclear. 
Segundo o comunicado do Ministério da Defesa, Jean-Yves Le Drian "exprimiu grande satisfação após o novo lançamento bem-sucedido do míssil". 
Segundo o comunicado, o aparelho "efetuou um voo de mais de quatro horas, passando por todas as etapas caraterísticas de uma missão de dissuasão aérea", como o reabastecimento em voo, penetração a baixa altitude, monitoramento e lançamento do míssil ASMP-A. 
No discurso sobre a dissuasão nuclear pronunciado em 2015, François Hollande indicou que o arsenal francês é composto de 300 ogivas nucleares, 54 vetores ASMP-A e de três lotes de 16 mísseis mar- terra lançados de submarinos.O míssil ASMP-A é capaz de transportar uma ogiva nuclear aerotransportada (TNA) com peso de até 300 quilotoneladas a uma distância de cerca de 500 km. Ele entrou no serviço operacional em 2010. 

Documentário de francês estratégico da força aérea - Bombers e Nuclear Missile ASMP com Mirage 2000N

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Embaixador português na Rússia explica como Portugal pode ligar Brasil e OTAN

Hoje (14), na sede da agência russa Rossiya Segodnya, foi aberto o 6º Modelo Internacional da ONU do qual participou, dando uma palestra sobre o balanço da diplomacia portuguesa, o embaixador de Portugal na Rússia, Mário Godinho de Matos. A Sputnik Brasil conversou com o diplomata sobre os temas mais recentes ligados ao mundo lusófono.

Sputnik: Há dois dias, houve uma reunião entre os ministros da Defesa português e brasileiro, durante a qual o titular da pasta brasileiro disse que Portugal era, vamos dizer, uma plataforma para se aproximar à OTAN. Então, como o senhor avalia as perspectivas da cooperação na área de defesa e segurança?
Mário Godinho de Matos: Exatamente, nós notamos essas afirmações que foram feitas há poucos dias. Como sabe, entre Portugal e o Brasil há um largo espectro de relações a todos os níveis: econômicos, culturais, políticas também… A área de defesa é uma área em que também se pode fazer progressos e avanços.
Portugal, como sabe, é um país-fundador da NATO [OTAN], ou seja, somos membros desta organização desde o início da sua constituição. E dados os laços tão fortes que temos com o Brasil, obviamente que estaremos sempre num algo de ligação entre aquilo que o Brasil quer fazer em termos da defesa e aquilo que nós, inseridos na Europa, numa estrutura da defesa europeia e transatlântica, também podemos propor.
S: Há pouco, o primeiro-ministro português António Costa foi à República Centro-Africana onde ficam 160 militares portugueses que tomam parte de uma missão das Nações Unidas. Como o senhor embaixador poderia comentar e explicar e importância desta missão para o seu país?
MGM: As missões das Forças Armadas portuguesas no estrangeiro e nesse tipo de missões de paz como essa que referiu, na África, e outras também — temos colaborado nos Bálcãs, no Médio Oriente — são um vetor muito importante da nossa política externa, porque, justamente como membros da NATO [OTAN] e da União Europeia, fizemos um esforço muito grande, também do ponto de vista orçamental, para estar presente no maior número de frentes possíveis de luta contra o terrorismo, contra, enfim, as situações como essa que referiu [guerra civil na República Centro-Africana] em que se deve garantir o respeito pelos direitos humanos e, portanto, essa é uma frente que temos.
Temos dado muita atenção [a estes assuntos] e participamos em várias áreas no mundo com esse tipo de participação das nossas Forças Armadas.
S: António Guterres assumiu funções há pouco, e já houve uma situação em que o secretário-geral [da ONU António Guterres] propôs a candidatura de Salam Fayyad, palestino, para o posto do enviado especial na Líbia. Esta candidatura foi rejeitada, rechaçada primeiramente pelos EUA. Como o senhor embaixador pode comentar a situação, quais são os obstáculos neste caminho, digamos, e como pode avaliar o empenho que António Guterres já fez na ONU?
MGM: Bem, como pode imaginar, para mim é muito difícil estando aqui, em Moscovo [Moscou], comentar uma iniciativa do secretário-geral das Nações Unidas. Enfim, sendo [ele] cidadão português e hoje [em dia ele é também] secretário-geral das Nações Unidas quem tenta interpretar, no âmbito das Nações Unidas, quais são as forças que estão presentes.Portanto, não conheço os detalhes dessa nomeação, nem como é que ela se desenvolveu, apenas posso comentar que, como comentou aqui o vice-ministro [das Relações Exteriores russo] Gatilov, as Nações Unidas são uma realidade muito complexa, onde se cruzam muitos interesses nacionais de diversos países e isso é visível em todos os níveis — no Conselho de Segurança, na Assembleia Geral. E é dentro dessa complexidade "onusiana", como se costuma dizer, que todos esses processos se desenvolvem, mas eu sinceramente não conheço os detalhes para comentar.
S: Também há poucos dias, os ministros da Defesa italiana, português, espanhola e francês escreveram uma carta conjunta ao secretário-geral da OTAN, dizendo que queriam um reforço, vamos dizer, do flanco Sul da OTAN. Então, será que isto pode ser ligado, por exemplo, às preocupações dos países europeus com a nova administração norte-americana, com Trump que várias vezes questionou a eficácia da OTAN? Qual pode ser o motivo de tais ações?
MGM: Não, eu penso que essa é uma questão antiga. Eu próprio trabalhei na delegação portuguesa na NATO [OTAN] durante vários anos. E já nessa altura tínhamos uma relação com o flanco Sul da NATO [OTAN], ou seja, com os países do Magreb [região africana que está limitada pelo Mar Mediterrâneo a norte e fica em proximidade dos respectivos países europeus]. Chamava-se então essa iniciativa [de] Diálogo Mediterrâneo.
Agora tem outros nomes, mas a ideia é a mesma: é reforçar o flanco Sul da NATO [OTAN]. Então, há um flanco Leste, como sabe, e um flanco Sul. Evidentemente que estes países que referiu, entre os quais o meu, Portugal, Espanha, Itália, França e talvez Grécia também, temos uma preocupação muito específica com o terrorismo e com instabilidade, melhor dizendo, que hoje em dia existe em vários países na outra costa do Mediterrâneo. Está muito perto de nós. É um assunto que nos diz diretamente respeito. E essa manifestação dos ministros da Defesa foi justamente para, junto do secretário-geral da NATO [OTAN], frisar que esse era também um aspecto muito importante.

Mudança de jogo: China protegerá seus céus com sistemas russos S-400 em breve

O diretor de cooperação internacional da Corporação Estatal russa Rostec, Viktor Kladov, comunicou que já foi iniciada a produção dos sistemas antiaéreos S-400 Triumph para a China.

Durante conversa com o serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista militar Oleg Ponomorenko explicou por que os sistemas de mísseis de ponta serão responsáveis pela mudança de jogo para os militares chineses.
Na terça-feira (14), ao falar com repórteres durante exposição internacional Aero India 2017 em Bangalore, Kladov confirmou que a fabricação de sistemas de mísseis S-400 para a China já foi iniciada. "No momento, há um contrato operacional assinado com a China para o fornecimento de sistemas S-400. Eles estão na fase de produção", disse o funcionário da empresa.
Kladov acrescentou que "vários países manifestaram interesse" no sistema de defesa aéreo russo, enfatizando que "a capacidade de produção é limitada".
Em junho do ano passado, o diretor geral da Rostec, Sergei Shemezov, disse que os S-400 previstos para a China não seriam entregues antes de 2018, acrescentando que a primeira prioridade era armar os próprios militares russos. A China confirmou oficialmente a compra de pelo menos três lotes (seis divisões) de S-400 para suas forças de defesa aérea. Cada divisão consiste em oito lançadores, 112 mísseis, bem como os veículos de comando e apoio necessários.
Em 2015, a Índia anunciou que também gostaria de comprar vários batalhões do sistema móvel de mísseis terra-ar, juntamente com milhares de mísseis. Moscou fechou acordo de fornecimento dos sistemas com a Índia em outubro do ano passado, após reunião entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, durante a cúpula do BRICS em Goa.
Em novembro, a Turquia comunicou que também estava negociando com Moscou sobre a compra de S-400, e em julho, o Vietnã se mostrou interessado em comprá-los.
O S-400 é o sistema de defesa aérea da próxima geração da Rússia, capaz de transportar quatro tipos diferentes de mísseis para destruir alvos aéreos que se encontram a distâncias de no máximo 400 km. A arma é projetada para ser capaz de detectar e destruir todos os objetos aéreos inimigos, incluindo aviões, helicópteros, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos voando a velocidades de até 4.800 m/s. Eles também são capazes de atingir objetivos do solo.
Projetado pelo Consórcio da defesa aérea Almaz-Antey e construído pela Empresa de construção de máquinas Fakel, o S-400 começou a ser introduzido no exército russo em 2007. Desde 2016, a Rússia recebeu 39 divisões, ou seja, 312 lançadores.
O interesse da China no S-400 começou a ser circulado pela mídia em 2011. Em 2012, fontes próximas aos Serviços Federais Russos de Cooperação Técnico-Militar, que regulam a cooperação militar-técnica com outros países, disseram que as negociações sobre a compra de uma divisão (consistindo em oito lançadores) estavam em andamento. Em 2014, esse número foi aumentado para quatro divisões. De acordo com os últimos relatórios, a China está pensando em comprar seis divisões, que custaria 3 bilhões de dólares (cerca de 9 bilhões de reais).
De acordo com especialistas, o alcance de 400 km do S-400 permitirá que Pequim controle facilmente seu próprio espaço aéreo de ataques, bem como espaço aéreo de países e territórios vizinhos, incluindo Taiwan e as Ilhas Senkaku — grupo de ilhas no mar da China Oriental controlado pelo Japão, mas também reivindicado por Pequim.
Em entrevista ao serviço russo da rádio Sputnik, o analista de segurança e especialista do Centro de Estudos Estratégicos de Moscou, Oleg Ponomarenko, explicou por que a entrega de S-400 para a China tem vários benefícios para a Rússia.
Em particular, esta é uma oportunidade, com a ajuda de um parceiro estrangeiro, de realizar a produção e financiar o desenvolvimento de sistemas de última geração", disse Ponomarenko. "Além disso, é um grande anúncio para essas armas", acrescentou.
Por isso, vejo apenas benefícios aqui. Até mesmo os norte-americanos… elogiam nossos sistemas SAM, e têm toda a razão de elogiar, pois os sistemas possuem muitas vantagens [sobre os seus concorrentes]", observou o especialista.
A China também se beneficiaria tremendamente da aquisição das armas defensivas, acrescentou Ponomarenko. "Se considerarmos, por exemplo, o ambiente [de segurança] em torno da China, esses sistemas poderiam fornecer assistência inestimável em caso de qualquer conflito, ambos com potenciais agressores estrangeiros e regionais".
Apontando para as características técnicas do S-400, o especialista apontou que o sistema pode funcionar não só com seus próprios mísseis, "mas pode interagir com outros sistemas de mísseis terra-ar, que realizam a defesa mais perto do limite interno de detecção".
Assim, Ponomarenko observou que "este sistema pode muito bem mudar o equilíbrio de forças no teatro de operações militares. Suas características técnicas, faixa de detecção e faixa de direcionamento não permitirão que aeronaves inimigas se aproximem da área de operações de combate".