sexta-feira, 12 de agosto de 2016

COM INVESTIMENTOS DE R$ 1,7 BILHÃO, SGDC PASSA POR TESTES FINAIS

O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) entrou em sua fase final de testes pré-lançamento. O equipamento vai levar internet banda larga para todo o país e garantir comunicação segura ao governo brasileiro. Com investimentos de R$ 1,7 bilhão, o projeto é uma parceria dos ministérios da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e da Defesa. A previsão é que entre em operação em 2017 e tenha vida útil de 15 anos.
De acordo com o diretor de Banda Larga da Secretaria de Telecomunicações do MCTIC, Artur Coimbra de Oliveira, os testes do SGDC servem para acompanhar se os requisitos de desempenho do sistema estão sendo cumpridos. Após o término da construção do satélite, foram realizadas as primeiras verificações, conhecidas como Teste de Referência Inicial.
“Esses testes servem para a aquisição de um banco de dados de referência sobre funcionalidade e desempenho de todo o satélite em relação a equipamentos, subsistemas e sistema”, explicou, acrescentando que também foram realizados testes ambientais de termovácuo e mecânicos (vibração e acústico). “Essa bateria de verificações tem o objetivo de demonstrar a capacidade de o satélite resistir a condições ambientais impostas durante o lançamento e em órbita, mantendo o desempenho das especificações.”
Encerrados os testes ambientais, realiza-se novamente o mesmo conjunto de medições. A comparação entre os resultados vai demostrar se o satélite é capaz de cumprir seus requisitos de desempenho quando estiver em órbita.
“Já foram concluídos os testes de termovácuo e mecânicos, os painéis solares já foram acoplados, e pequenas correções no sistema estão sendo feitas. Em seguida, o sistema estará pronto para a realização dos testes finais e de alcance das antenas. Após a conclusão, o satélite passará por uma revisão final antes do envio para a base de lançamento em Kourou, na Guiana Francesa”, disse Artur Coimbra de Oliveira.
Segundo ele, a tecnologia de satélites é a mais adequada para prover acesso à internet em áreas isoladas ou de difícil acesso. Para o diretor do MCTIC, o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas vai contribuir com os principais objetivos do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), pois aumentará a cobertura e a velocidade da rede em áreas remotas, além de reduzir os preços.
“O SGDC faz parte de uma nova geração de satélites, utilizando a banda Ka, que vem sendo usada em complemento a programas de banda larga em diversos países. A tecnologia em banda Ka, permite velocidades comparáveis com as obtidas por uma rede terrestre e conta ainda com antenas de menor dimensão, mais baratas e facilmente instaláveis”, informou.
Além disso, o satélite é necessário para garantir a soberania das comunicações estratégicas civis e militares do país. “Atualmente, os satélites que prestam serviço para a Defesa são controlados por estações que estão fora do país ou possuem o controle nas mãos de empresas com capital estrangeiro. Em qualquer dos casos, existe o risco de interrupções nos serviços em uma situação de conflito internacional ou decorrente de outros interesses políticos ou econômicos”, alertou.
Participam do desenvolvimento do SGDC técnicos da Agência Espacial Brasileira (AEB) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que são vinculados ao MCTIC. O projeto recebeu R$ 400 milhões de recursos descontigenciados do ministério em junho deste ano. “Está em andamento um programa de absorção de transferência de tecnologia, com o objetivo de capacitar empresas e técnicos brasileiros a produzir partes e peças do satélite, bem como de integrar o próprio equipamento”, concluiu Artur Coimbra.
O SGDC será colocado na posição orbital de 75 graus de longitude oeste e será controlado por estações terrenas localizadas em Brasília (DF) e no Rio de Janeiro (RJ).
Fonte: MCTIC

sexta-feira, 29 de julho de 2016

China construirá 'Internet orbital' usando rede quântica

A República Popular da China anunciou planos de criar uma rede de comunicações seguras que irá transmitir e receber dados através do espaço.

Pequim está se preparando para lançar o primeiro "satélite quântico", que permitirá testar várias tecnologias de comunicação experimentais ainda sem nome, de acordo com The Sun.
Se o primeiro satélite for um sucesso, ele irá ser a base de uma rede de comunicação avançada e segura, baseada em transmissões quânticas.
A ideia por trás da tecnologia é enviar prótons, um elemento constituinte do átomo, a longas distâncias. Dispostos em configurações específicas, os prótons podem ser usados para enviar mensagens criptografadas que serão praticamente impossíveis de descodificar porque qualquer interferência deixaria um rastro óbvio no fluxo de prótons.
De acordo com Chaoyang Lu, físico da Universidade de Ciência e Tecnologia da China, a tecnologia vai exigir um mínimo de 20 satélites em órbita geoestacionária, e poderá criar uma rede segura de comunicações criptografadas.
Especialistas em China sugerem que o lançamento agendado do primeiro satélite de transmissão quântica irá desencadear uma nova corrida espacial entre a China, a Rússia, a Europa e os Estados Unidos, que entrarão em competição para dominar a tecnologia.
A nação ou empresa que consiga desenvolver a tecnologia em primeiro lugar beneficiará tanto na esfera militar como na comercial, uma vez que a confidencialidade se torna cada vez mais importante para a estabilidade global.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Índia nem sequer discute patrulhamento conjunto com EUA no Mar do Sul da China

A Índia não tem planos de realizar patrulhas conjuntas com os EUA no disputado Mar do Sul da China e está prestes a se juntar ao esforço militar internacional somente sob a bandeira das Nações Unidas.

O governo indiano negou ter quaisquer planos de ajudar os EUA no patrulhamento do disputado Mar do Sul da China.
Desde o início deste ano os EUA continuaram exortando a Índia para um patrulhamento conjunto no Mar do Sul da China. Uns meses atrás, o almirante norte-americano Harry Harris anunciou que a América, a Índia e o Japão tinham discutido “a segurança marítima, incluindo patrulhamento da liberdade de navegação” nos oceanos Índico e Pacífico.
O membro do parlamento Viplove Thakur colocou a questão na Câmara Alta do Parlamento sobre se os EUA e a Índia já teriam realizado negociações sobre patrulhamento naval conjunto no oceano Índico e no disputado Mar do Sul da China. Ela também perguntou se o governo indiano teria alterado de alguma forma sua política para apenas se juntar ao esforço militar internacional sob bandeira da ONU.
Quando questionado, o ministro Parrikar respondeu que "a Marinha indiana nunca realizou patrulhas conjuntas com outro país. Porém, a Marinha da Índia realiza patrulhamento coordenado com a Indonésia, Tailândia e Mianmar ao longo da linha de demarcação marítima. Além disso, a política do governo não muda se ele apenas se juntar ao esforço militar internacional sob bandeira da ONU

Marinha russa cria unidades Spetsnaz para caçar inimigos sabotadores

Marinha russa cria unidades Spetsnaz para caçar inimigos sabotadores

O Izestia.ru informa, que duas novas unidades especiais estão sendo criadas como parte da Marinha russa. que são projetados para detectar os sabotadores inimigas em águas costeiras e litorais da Rússia, bem como realizar o reconhecimento em um território controlado pelo inimigo.

As unidades militares recém-criados serão equipadas com navios Raptor que podem ser utilizados durante tempestades e desenvolver velocidades até 80 km/h. Os militares também usarão drones Tachyon que podem detectar o inimigo a profundidades de vários metros.
De acordo com o porta-voz, ambas as equipes são experimentais, sendo suas missões principais proteger a costa contra atos de sabotagem do inimigo e implantar grupos de reconhecimento em um território controlado pelo inimigo.
Segundo disse o diretor do Centro de Estudos Estratégicos Ivan Konovalov, as águas costeiras e litorais têm sido utilizadas ativamente pelas forças especiais em todo o mundo.
De acordo com o especialista, existem três grupos semelhantes na Marinha dos Estados Unidos equipados com navios especiais para operações em zonas costeiras e litorais. As forças armadas do Reino Unido também têm os assim chamados grupos SBS (Special Boat Service) que operam na costa e realizam reconhecimento secreto, coleta de inteligência e outras atividades.

Elbit Systems de Israel negocia compra da Mectron

A agência de notícias Bloomberg noticiou no último fim de semana que a Elbit Systems Ltd. de Israel, empresa de defesa conhecida por fazer drones e sistemas aviônicos, estaria perto de comprar alguns ativos da Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT) no Brasil, de acordo com fontes não identificadas.
Os ativos avaliados em cerca de US$ 50 milhões são da Mectron, que desenvolve e fabrica produtos e sistemas de alta tecnologia para usos militares e civis.
A AEL Sistemas, subsidiária brasileira da Elbit, se recusou a comentar. A assessoria da Odebrecht Defesa e Tecnologia disse que a empresa está em negociações com várias empresas internacionais envolvendo sua unidade Mectron, mas ela permanecerá no setor da defesa.
A unidade da Odebrecht S.A. conhecida como ODT tem sofrido queda de receita após os cortes de gastos do governo no seu programa do submarino nuclear, enquanto os decisores políticos trabalham para diminuir o déficit orçamentário em meio a pior recessão do país em um século.
A empresa-mãe, o maior conglomerado de construção da América Latina, anunciou um congelamento de novos investimentos no Brasil no ano passado, devido à crise de crédito e dificuldade de acesso a financiamentos, depois que o então Diretor-Presidente Marcelo Odebrecht foi preso em Junho de 2015, como parte do maior escândalo de corrupção do Brasil.

Brazilian Special Forces | GRUMEC, COMANF, COT, PARA-SAR | 2016