quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Pela primeira vez desde o início da operação russa na Síria, navios da Marinha russa tomaram parte no combate contra o Estado Islâmico e usaram mísseis de cruzeiro a partir do mar Cáspio.


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Marinha da Rússia dispara contra Estado Islâmico desde o Cáspio

Todos os alvos foram destruídos, afirma o Ministério da Defesa russo.

Vladimir Putin, que faz hoje 63 anos, teve um encontro com o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, durante o qual afirmou que a operação russa na Síria ainda continua:
"Nós sabemos o quanto complicadas são operações antiterroristas como esta. E está claro que ainda é cedo falar em resultados. Mas o que já foi feito até o momento, sem dúvida, merece uma avaliação altamente postiva: o trabalho do Ministério da Defesa como um todo, o trabalho dos especialistas do Estado-Maior General e o trabalho dos nossos oficiais, os militares que atuam no local".

Vinte e três aviões da aviação de choque continuam também assestando golpes contra as posições dos militantes. Durante este período, desde o dia 30 [de setembro], 19 centros de comando, 12 armazéns de munições, 71 unidades de material bélico, fábricas e ateliês de fabricação de explosivos, inclusive explosivos usados para carros-bombas, foram destruídos", precisou Shoigu.

Este grupo da greve do navio noite da Marinha russa lançou mísseis de cruzeiro contra ISIS instalações de infra-estrutura na Síria.

Hoje à noite grupo de ataque naval (IBM) da Marinha da Rússia no navio do míssil "Daguestão" de pequenos navios de mísseis "Sviyazhsk", "Uglich", "Great Ustyug" atingido por mísseis de cruzeiro a partir da área designada do Mar Cáspio em LIH infra-estrutura Síria.

O tiroteio foi realizado pelo navio de armas de alta precisão "Calibre NK" míssil de cruzeiro que com sucesso e com grande precisão para acertar todos os alvos definidos.

Esta noite, o grupo da greve do navio da Marinha russa consiste em que o navio míssil Daguestão, os navios de mísseis de pequeno porte Grad Sviyazhsk, Uglich, Veliky Ustyug lançou mísseis de cruzeiro contra ISIS instalações de infra-estrutura na Síria a partir do distrito atribuído do Mar Cáspio.

O disparo foi realizado por sistemas de mísseis de alta precisão navio Kalibr NK, os mísseis de cruzeiro dos quais envolvidos em todos os alvos designados com sucesso e com alta precisão.



Vídeo terroristas escondidos equipamento militar perto de alvos civis, teste Obama Destruir cluster de greve lutadores tecnologia ar bombardeiro Su-24M ,, ataques aéreos a sede militante LIH em torno dayr hafir (Aleppo) que bate os militantes LIH depósito de munição na província de Homs, ataque em massa com armas de precisão contra alvos na Síria LIH do Mar Cáspio, a destruição do cluster de tecnologia lutadores ataque aéreo bombardeiro Su-24M
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Em que consiste o sucesso dos aviões militares russos na Síria?

Em tais circunstâncias, os aviões russos podem ter um papel decisivo. A conjugação entre a aviação russa, o material bélico de origem russa ao serviço do exército sírio e a própria infantaria síria em perspectiva podem “limpar” os enclaves de terroristas e bloquear os jihadistas nas fronteiras turca e jordaniana. Depois disso, os esforços podem ser concentrados no leste da Síria onde os terroristas do Estado Islâmico, em zonas de deserto, serão alvos ideais para ataques das Forças Aeroespaciais russas. 
Mas como tem sido alcançado o sucesso da aviação russa? Junto com bombas regulares, os aviões usam as assim chamadas “bombas aéreas corrigidas” KAB-500 com orientação por laser e satélite. Elas “não se importam” com as condições meteorológicas, se é dia ou noite, e são guiadas pelo sistema de satélite russo Glonass. Segundo disse um dos membros da equipe de manutenção na base aérea russa na Síria numa entrevista ao jornal russo Komsomolskaya Pravda, a “bomba tem tal precisão que pode, se for preciso, atingir o cabo de uma pá colocada verticalmente”.
O sistema russo permite à aviação russa livrar-se da dependência dos EUA, ou seja, bombardear as posições dos terroristas independentemente do GPS. Isto é importante porque, como manifestou um dos altos comandantes das Forças Aeroespaciais da Rússia general-major Anatoly Nestechuk, a informação do GPS pode ser intencionalmente alterada. Segundo o general, a precisão do Glonass é hoje de 3-5 metros, o que já pode ser comparado com os índices do GPS. 
O analista militar Aleksandr Bogatyrev sublinha que a Força Aérea russa usa também outros tipos de armas de alta precisão. Quando a mídia ocidental escreve que a tecnologia da aviação russa não será suficientemente moderna, “ou está fingindo ou não possui informação real”, o que não é de admirar, segundo o especialista, “porque os dados relativos a armas de alta precisão são um sigilo militar estatal”.
Os bombardeamentos são realizados à altitude de 5.000 metros, o que significa que os aviões ficam fora de alcance da maior parte de sistemas de defesa aérea portátil, como Igla, Strela e Stinger, explica Bogdanov: 
Vale lembrar que a Rússia iniciou sua ofensiva aérea contra as posições do grupo terrorista Estado Islâmico na Síria na quarta-feira (30) em resposta a um pedido oficial de ajuda militar apresentado por Damasco.

Segundo os dados do Ministério da Defesa russo, os ataques lançados pelos caças Su-34, Su-24M e Su-25 já destruíram uma série de infraestruturas do Estado Islâmico e danificaram significativamente a rede de comando e apoio logístico dos militantes.
Os alvos dos ataques são escolhidos com base nos dados de reconhecimento russo e sírio, inclusive através de reconhecimento aéreo. Segundo o Ministério da Defesa russo, o equipamento dos aviões russos permite atingir alvos do Estado Islâmico em todo o território sírio com “precisão absoluta”.
O embaixador sírio na Rússia, Riad Haddad, confirmou que foram realizados ataques aéreos do exército sírio, apoiados pelas forças aeroespaciais russas, contra organizações terroristas armados, e não facções da oposição política ou civis.

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terça-feira, 15 de setembro de 2015

ESTAÇÃO ESPACIAL INTERNACIONAL COLOCA EM ÓRBITA NANOSSATÉLITE NACIONAL

O satélite nacional de pequeno porte Serpens – sigla para Sistema Espacial para Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites – está programado para ser injetado em órbita na manhã desta quinta-feira (17) a partir da Estação Espacial Internacional (ISS na sigla em inglês).
De acordo com a Agência Espacial do Japão (Jaxa) o lançamento deve ocorrer entre 8h e 11h30 no horário de Brasília. A colocação do Serpens em órbita será feita pelo Japanese CubeSat Deployer (JSSOD), dispositivo de lançamento do modulo de pesquisa  ”Kibo”.
O Serpens, desenvolvido por um consórcio acadêmico coordenado pela Agência Espacial Brasileira (AEB), chegou a ISS no último dia 24 de agosto transportado pelo veículo japonês de abastecimento HTV5. Em órbita ele receberá uma série de dados que serão enviados por diversas plataformas de coleta de dados instaladas em diversos pontos do território. Essas informações estarão disponíveis para retransmissão para estações receptoras no Brasil e em outros países.
O principal objetivo do projeto Serpens é a capacitação de recursos humanos e a consolidação dos novos cursos de engenharia espacial brasileiros. Além da Universidade de Brasília (UnB), participam também do projeto as universidades federais do ABC (Ufabc), de Santa Catarina (UFSC), de Minas Gerais (UFMG) e o Instituto Federal Fluminense (IFF).
Do exterior, fazem parte a Universidade de Vigo, da Espanha, a Sapienza Università di Roma (Itália) e as norte-americanas Morehead State University e California State Polytechnic University.
Atividades – A integração do satélite e os testes adicionais, etapas desenvolvidas a partir de fevereiro último, foram realizados no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP), com a participação e acompanhamento de técnicos, engenheiros e estudantes do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que participaram do projeto e desenvolvimento do também pequeno satélite ITASat.
O Serpens é o terceiro CubSat nacional a ser colocado no espaço, sendo o segundo a ser lançado do laboratório espacial. O primeiro foi o Aesp-14, desenvolvido em parceria entre o ITA e o Inpe.
Essa primeira missão do projeto Serpens é coordenada pela UnB, mas a proposta é que as instituições que formam o consórcio se revezem na liderança. Pelo cronograma aprovado, a UFSC será responsável por encabeçar o desenvolvimento do Serpens 2.
Coordenação de Comunicação Social-AEB
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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Aceitação como um submarino poderosos no mar negro invisível


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Novo submarino russo não é totalmente misterioso

O BS-64, anteriormente conhecido como K-64, não é um novo submarino, mas passou mais de 15 anos em um estaleiro naval localizado na cidade portuária russa de Severodvinsk.

O Podmoskovie é capaz de transportar uma tripulação de 135 homens e está armado com mísseis balísticos de combustível líquido R-16 29RMU Sineva. O BS-64 passará a integrar a Frota do Norte russa.

O submarino, propulsado por dois reatores nucleares, foi convertido em um navio projetado para realizar investigação científica, podendo servir ainda como “nave-mãe” para minissubmarinos em águas profundas, incluindo o submarino superconfidencial Losharik.
A nova seção permite ao submarino instalar e retirar embarcações em águas profundas e inclui um departamento de pesquisa.
Norman Polmar, um especialista em questões navais e de inteligência, demonstrou grande interesse pelo Podmoskovie, alertando que seria um erro subestimar os engenheiros russos.
"Eles são sempre muito mais inovadores do que nós", diz Norman Polmar, citado por David Axe. O especialista naval, que foi consultor do governo dos EUA na estratégia de submarinos, fala por experiência própria porque ele visitou empresas russas que desenvolvem submarinos.

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Submarinos russos poderão ter sistema de comunicação que impede erro humano

Segundo ele, o equipamento é único no mundo e seu alto nível de automação praticamente torna impossível o erro humano. Yakunin afirmou que a capacidade do sistema ultrapassa os dispositivos desenvolvidos anteriormente, o que permite aumentar o alcance e a estabilidade de comunicação.
Rússia trabalha atualmente na construção de submarinos de quinta geração, tanto diesel quanto nuclear. Anteriormente, um alto comandante da Marinha russa foi além, afirmando que os estaleiros do país começariam a construir, em 2020, o submarino nuclear Kalina, de quinta geração e de propulsão anaeróbica (que dispensa o ar).

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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

AEL entrega protótipos WAD e HUD ‘Modelo A’ como parte do programa brasileiro para o Gripen NG

A AEL Sistemas (AEL) entregou ontem, dia 2, à Saab, com sucesso e dentro do cronograma, os primeiros protótipos “Modelo A” das unidades WAD e HUD para o Gripen NG brasileiro. Em fevereiro de 2015, a Saab anunciou a seleção da AEL como nova fornecedora no Brasil. Saab e AEL também assinaram um contrato para a transferência de tecnologia. A AEL foi selecionada para fornecer o Wide Area Display (WAD), o Head-Up Display (HUD) e o Helmet Mounted Display (HMD), que serão integrados ao Gripen NG para o Brasil como parte do contrato F-X2.
O programa de desenvolvimento do WAD e do HUD começou em janeiro de 2015. Já o do HMD teve início em maio deste ano. O novo programa de sistemas aviônicos para a aeronave será executado ao longo de quatro anos e inclui o desenvolvimento, a integração e o trabalho de produção, que serão realizados em Porto Alegre (RS). O trabalho de integração do sistema será feito pela Saab e pela Embraer.
O WAD para a aeronave brasileira Gripen NG é um sistema único e inteligente de exibição de tela grande (19 x 8 in), redundante e multiuso, em cores e de alta resolução, com apresentação contínua de imagem, capaz de receber entradas de teclas multifuncionais, touchscreen ou interfaces externas. É a principal fonte de todas as informações de voo e missão na cabine de piloto.
A AEL também vai desenvolver um novo HUD para a aeronave brasileira. O HUD fornece informações essenciais de voo e missão para o piloto ao olhar a frente através da cabine. Já o HMD Targo é a próxima geração do equipamento, que permite que o piloto veja dados e imagens de alvos reais e virtuais, adicionando funcionalidades que aumentam a consciência situacional e a capacidade de julgamento e decisão do piloto.
Os protótipos permitirão à Saab antecipar as atividades de engenharia de software e sistemas, reduzindo assim o risco de integração na aeronave. Uma extensa campanha de testes em voo será ainda realizada em estreita cooperação entre a AEL e a Saab, em Linköping, Suécia.
“Estamos orgulhosos de entregar esses protótipos em tempo, dentro do cronograma, e com qualidade, permitindo que os engenheiros da Saab possam continuar o trabalho de integração para a aeronave. Acreditamos que este fato destaca e evidencia o compromisso da AEL com a Saab e a Força Aérea Brasileira (FAB) para fornecer a próxima geração de cockpit para a próxima geração de caças”, afirma Sérgio Horta, presidente da AEL.
“Este é um passo muito importante no desenvolvimento do Gripen NG para o Brasil. Demonstra uma cooperação muito eficaz entre a AEL e a Saab e é um passo de sucesso na cooperação industrial entre a indústria brasileira e a Saab no programa Gripen NG”, diz Mikael Franzén, Diretor do Programa para o Gripen no Brasil.
O processo brasileiro de aquisição para o 36 Gripen NG está em curso e o contrato está previsto para entrar em vigor durante este ano. A transferência de tecnologia do WAD, do HUD e do HMD para a AEL também está em curso. O escopo adicional focará no desenvolvimento da interface Homem-Máquina (HMI) para os caças avançados, juntamente com oficinas de manutenção de aviônicos. Atividades no âmbito do presente contrato terão início no segundo semestre de 2015, na Saab, em Linköping. Isto incluirá cursos teóricos e treinamento no ambiente de trabalho.
Sobre a AEL Sistemas
A AEL trabalha nos setores de defesa e espaço desde 1983. A AEL é brasileira – sucessora da Aeroeletrônica – e está localizada em Porto Alegre (RS). A companhia desenvolve programas de modernização de plataformas militares e atualmente é uma das principais parceiras das Forças Armadas do Brasil. Embraer, Helibras e INPE são alguns dos clientes da empresa.
DIVULGAÇÃO: AEL Sistemas/ FSB Comunicação
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Corte no orçamento não afeta segurança de redes do governo, diz Serpro

O presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Marcos Vinícius Mazoni, afirmou que o corte no orçamento deste ano do órgão não comprometeu a segurança das redes do governo federal.

Ele participou de audiência pública, nesta quinta-feira (3), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos. Mazoni informou que o orçamento anual do Serpro girava em torno de R$ 300 milhões, e caiu neste ano para R$ 180 milhões.
A declaração foi feita em resposta a questionamento do deputado Sandro Alex (PPS-PR), sub-relator da CPI. “Com a redução de orçamento, é claro que existem deficiências e que se compromete a proteção dos dados do País”, disse o parlamentar. “O corte nos tira da área de conforto e cria algum nível de dificuldade, mas não comprometeu a ponto de termos alguma instabilidade. Escolhemos investir na área de segurança”, declarou Mazoni. Segundo ele, o débito com fornecedores gira hoje em torno de R$ 60 milhões.
O deputado João Arruda (PMDB-PR), que pediu a audiência, considera o Serpro confiável e acredita que seu escopo de atuação tem de ser ampliado. Vinculada ao Ministério da Fazenda, a empresa pública é responsável hoje pela segurança das redes do governo federal, com exceção do Dataprev (dados da Previdência Social) e do DataSUS (dados do Sistema Único de Saúde). “O Executivo tem de investir mais no Serpro, em novas estruturas. Quem sabe inserir outros sistemas do governo envolver até estados e municípios”, opinou Arruda.
Vulnerabilidades
De acordo com o presidente do Serpro, algumas das vulnerabilidades atuais das redes brasileiras são a predominância de armazenamento de dados em outros países, sob a legislação estrangeira, e concentração da governança mundial da internet nos Estados Unidos. Porém, conforme Mazoni, o Brasil tem sido protagonista na discussão sobre a mudança na governança da internet, por meio do Comitê Gestor da Internet (CGI.br). Ele informou ainda que o governo criou uma “nuvem” própria, em território nacional, para armazenar dados do Estado nacional.
Já o presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), Renato Martini, acredita que o sistema de identificação civil do Brasil traz uma série de vulnerabilidades. “A nossa identificação civil é do século passado e não dá conta dos novos desafios”, apontou. Ele destacou que o País só começa agora a adotar a identificação biométrica, “que é a forma mais segura de identificação civil”.
Além disso, Martini salientou a importância da aprovação do Projeto de Lei 7316/02, do Poder Executivo, que disciplina o uso de assinaturas digitais e a prestação de serviços de certificação digital. O texto está em análise na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados.
Incidentes
A gerente-geral do Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (Cert.br), Cristine Hoepers, informou que o número de notificações de incidentes de segurança no País aumentou entre 1999 e 2014. O Cert.br recebe, responde e trata as notificações voluntárias de incidentes de segurança, feitas por administradores de redes e usuários, sejam eles do Brasil ou do exterior. “A internet no Brasil cresce e a tendência é que os incidentes cresçam mesmo, porque têm mais gente usando”, explicou.
Dos incidentes relatados, 44% são tentativas de fraudes; 29% varreduras em redes de computadores; e 21% são ataques de negação de serviço (tentativas de tirar sites do ar, por exemplo). Segundo Cristine, a cooperação nacional e internacional é essencial para tratar os incidentes. Ela ressaltou que, no caso de crimes de pedofilia, a orientação é que sejam denunciados diretamente à Polícia Federal, e não ao Cert.br.
Solicitações judiciais

Respondendo a questionamento do deputado Sandro Alex, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviços Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Eduardo Levy, declarou que as operadoras recebem mais de 10 mil solicitações da Justiça por mês, incluindo solicitações de fornecimento de dados dos usuários, de bloqueio de endereços IP e URLs, e de interceptação telemática (desvio do pacote de dados para a autoridade policial). De acordo com ele, as empresas respondem às solicitações imediatamente.
Conforme Levy, as operadoras têm data centers, onde guardam os dados de acesso do usuário (como endereço IP e hora do acesso, mas não o conteúdo da navegação) e garantem a disponibilidade dessas informações, caso sejam solicitadas pela Justiça. O Marco Civil da Internet (Lei 12.965/14) exige a guarda dos registros de conexão à internet por um período de um ano.
Levy observou que as empresas de telecomunicações apenas transportam dados, não sendo provedores de aplicação – logo, não acessam o conteúdo que é transportado. “Nenhuma operadora de telecomunicações fornece ou facilita informações que podem quebrar o sigilo dos usuários”, reiterou.
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REALIZADO O PRIMEIRO TESTE DE INTERFACE ENTRE SUBSISTEMAS DO CBERS-4A

O primeiro teste de interface entre subsistemas da carga útil do satélite sino-brasileiro Cbers-4A, que levará a bordo três câmeras, foi realizado na China à semana passada pelos técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast).
De 24 a 27 de agosto, nos laboratórios da Cast, foram bem-sucedidos os testes de interface entre os simuladores das câmeras WPM (Câmera Multiespectral e Pancromática de Ampla Varredura), MUX (câmera multiespectral) e WFI (Câmera Imageadora de Campo Largo) e o Subsistema Transmissor de Dados (DTS) do satélite.
O Subsistema Transmissor de Dados (DTS) tem a função de receber, gerenciar e transmitir em tempo real os dados de imagens das três câmeras. Estes dados também podem ser gravados pelo Subsistema DDR (Gravador de Dados Digitais) e transmitidos para a estação terrena.
“É muito importante a validação das interfaces entre os subsistemas, pois os dados de imagem são transmitidos para as estações terrenas em alta taxa (900 Mbps), com tecnologia de compressão e codificação, sendo necessário verificar a compatibilidade entre as câmeras e o transmissor de dados”, informa o engenheiro Carlos Alberto Bento Gonçalves, arquiteto de comunicações do Programa Cbers no Inpe.
Câmeras – A câmera chinesa WPM é a nova carga útil desenvolvida para o Cbers-4A e pode obter imagens com resolução espacial de dois mestros na banda pancromática e de oito metros nas bandas multiespectrais, com largura de faixa imageadora de 90 km.
A câmera MUX, fabricada no Brasil pela Optoeletrônica, opera em quatro bandas multiespectrais e tem capacidade de prover imagens com resolução espacial de 16m, com largura de faixa imageadora de 95 km.
A câmera WFI, também de fabricação nacional pela Equatorial, tem resolução espacial de 55m, com largura de faixa imageadora de 684 km.
Fonte: Inpe,,SEGURANÇA NACIONAL BLOG.SNB

Darknet: como funciona o lado obscuro da internet

Foi na darknet que um grupo de hackers que se autodenomina "Impact Team" publicou recentemente dados de 37 milhões de integrantes dos sites de encontros Ashley Madison e Established Men.
Se você está curioso para ver se conhece algum dos nomes na lista, não pense que será tão fácil assim. A darknet é inacessível para a maioria dos usuários da internet, e recorrer ao Google não basta para encontrá-la, porque a ferramenta de busca não indexa sites da rede obscura.
Geralmente, transações "obscuras" tendem a acontecer nessa rede, envolvendo venda online de drogas, pornografia infantil, informações sobre cartões de crédito e armas, por exemplo. Originalmente desenvolvida pelo governo dos EUA, a darknet também serve hoje de plataforma para lavagem de dinheiro e compra e venda de bens e atividades ilegais com relativa impunidade.
Anônima e descentralizada
Se a internet em geral é uma "superestrada de informação", a darknet é uma pequena rua que não aparece no GPS. A busca do Google não é capaz de acessar informações da darknet, porque essas são escritas em linguagem diferente da usada na World Wide Web.
Para acessar a darknet, você precisa de uma unidade diferente de GPS – neste caso, um browser chamado Tor. Ele é gratuito e tão fácil de instalar quanto o Firefox ou qualquer outro navegador, mas funciona de maneira diferente.
O Tor faz com que suas informações "pulem" diversas vezes pelo mundo antes do seu alvo as receber, o que faz com que seja praticamente impossível rastrear quem as enviou.
No Facebook, por exemplo, o servidor da companhia envia dados diretamente para o seu computador quando você clica na foto nova de um amigo. Na darknet, essa informação seria fragmentada e espalhada pelo mundo, enviada e reenviada várias vezes, até chegar ao seu computador como pacotes de dados, individuais e anônimos, cuja origem não é clara. Compilados, os pacotes criariam um todo – a foto, nesse caso. Esse processo de distribuição de dados faz com que a darknet opere de maneira mais lenta que a tradicional World Wide Web.
Combate em sigilo
Quando o FBI, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos e a Europol conduziram a operação Onymous, em novembro de 2014, eles tiraram do ar 27 sites da darknet. O mais conhecido era o Silk Road 2.0, cujo operador foi preso.
A forma com a qual a Onymous foi conduzida continua desconhecida. Numa entrevista concedida à revista Wired, o chefe da Europol, Troels Oerting, disse que os agentes preferiam manter a metodologia em segredo.
"Não podemos compartilhar com todo mundo a forma como fizemos isso, porque queremos fazê-lo de novo, de novo e de novo", afirmou.
Desde então, a darknet tem estado relativamente tranquila, mas não foi desativada. Não é aconselhável visitar sites da darknet, pois, além da ilegalidade de muitos produtos oferecidos, não é possível verificar que informações do usuário serão recolhidas ou roubadas durante a visita.
Páginas da darknet podem ser reconhecidas pela terminação ".onion" – uma referência à estrutura cheia de camadas da cebola (onion, em inglês). Usuários do Tor costumam ir diretamente para os sites, usando seus endereços, exatamente como na internet. Bitcoin é a moeda comum, trocada de forma anônima, mas que pode ser convertida em dinheiro real uma vez acessada a conta de um indivíduo.
Para chegar a criminosos que utilizam a darknet, policiais, autoridades federais, agentes secretos e redes internacionais de combate ao crime usam algumas táticas surpreendentemente antigas.
Uma delas é a aquisição de algum produto ilegal disponível no mercado da rede e analisar o pacote e seu conteúdo quando chegar pelo correio. Assim, a polícia pode apurar pistas sobre a origem da encomenda. Outra tática é fazer contato com os proprietários dos sites e solicitar um encontro real para trocar informações e bens.
Liberdade de expressão
Existe, entretanto, o lado bom da darknet: a liberdade de expressão. A rede permite que os usuários se comuniquem de forma anônima, exigindo que os governos tenham que adotar esforços extremos para tentar localizá-los e identificá-los.
Para usuários que vivem em regimes opressores, que monitoram ativamente, bloqueiam conteúdo na internet ou adotam ações punitivas contra dissidentes, a darknet oferece maneiras alternativas de se expressar livremente.
Vale o mesmo para whistleblowers. A darknet é um lugar seguro para publicar informações de crucial importância para a opinião pública, mas que pode colocar a pessoa responsável pelo seu vazamento em perigo.
A darknet tem, portanto, seu lado mau e, ocasionalmente, um lado bom. Se ao invés de publicarem nomes de usuários, os hackers do caso Ashley Madison tivessem feito vazamentos de emails provando corrupção em governos, a opinião do público sobre os sites anônimos poderia ser agora bem diferente.
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