segunda-feira, 7 de outubro de 2013

DECISÃO BRASILEIRA DE DESCENTRALIZAR A INTERNET É POTENCIALMENTE PERIGOSA”

Conforme noticiado recentemente, os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) planejam lançar uma internet alternativa a partir de 2015.
Trata-se de um cabo submarino de fibra ótica com 34 mil quilômetros e capacidade de 12,8 bit/s, que se estenderá de Vladivostok, na Rússia, até Fortaleza, no Brasil, passando por Shantou (China), Chennai (Índia) e Cidade do Cabo (África do Sul). Mas o que pensam os observadores internacionais sobre o assunto?
Kirill Miámlin, jornalista e autor do livro “Comunitarismo como ideal russo”
“Dilma Rousseff deu um passo histórico na esteira das revelações de Snowden sobre a espionagem da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês). Os especialistas americanos afirmam que a decisão brasileira de se afastar da internet baseada nos EUA é ‘potencialmente perigosa’, já que poderia ser o primeiro passo rumo à fragmentação da rede mundial. Assim, surgiria um novo ambiente sem a intervenção de qualquer governo; em particular, sem a intervenção do governo dos EUA.”
Michael Dorfman, escritor israelense-americano e ativista político
“Nos EUA não se prestou muita atenção a essas notícias. Foi diferente com relação ao Sputnik soviético, que até hoje assusta os americanos.

A existência de alternativas é sempre algo positivo. Quanto mais possibilidades de escolha houver, melhor. Contudo, ninguém pode garantir que essa internet será mais segura que a dos EUA, e esses países se serão capazes de proteger de maneira mais eficiente os direitos dos usuários, incluindo a privacidade dos dados pessoais ou o livre acesso aos conteúdos.
Cedo ou tarde, teremos um mundo multipolar, e os EUA perderão seus monopólios – não apenas o da internet, mas também o financeiro e o militar. Isso não acontecerá subitamente, levará uns 25 ou 30 anos.”
Iúri Iúriev, observador político e blogueiro ucraniano
“Apesar da livre concorrência, a internet com base nos EUA se tornou um verdadeiro monopólio que permite às autoridades ‘controlar’ os direitos dos usuários. Atualmente, todo o planeta depende da base tecnológica americana e, para criar outra alternativa, são necessários novos canais como esse.” 
Aleksandr Khurchudov, jornalista e economista
“Isso significa que a informação divulgada por Snowden não pegou nenhum país desprevenido. Porém, mais cedo ou tarde, toda ação gera uma reação, especialmente ações tão impertinentes como as dos EUA.”
 
Mais desconfiada do que nunca
A presidente Dilma Rousseff ficou indignada com os documentos divulgados pelo ex-agente de inteligência norte-americano Edward Snowden, segundo os quais a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) teria espionada a Petrobras, cidadãos brasileiros e até mesmo as trocas de mensagens pessoais da presidente. Durante o discurso de abertura da 68ª Assembleia-Geral da ONU, Dilma fez questão de condenar severamente as ações de espionagem dos Estados Unidos.
SNB

Documentos revelam que Canadá espionou Ministério das Minas e Energia

O monitoramento tinha como alvo telefones, e-mails e internet da pasta, segundo reportagem da Rede Globo

O Canadá, por meio da Agência de Segurança e Comunicação (CSEC, na sigla em inglês), teria espionado o Ministério das Minas e Energia. Os documentos foram repassados ao jornalista norte-americano Glenn Greenwald por Edward Snowden, ex-funcionário de uma prestadora de serviço da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos que revelou as ações de inteligência e hoje está asilado na Rússia.
O monitoramento tinha como alvo telefones, e-mails e internet do ministério, que foram mapeados em detalhes. Os documentos não mostram se houve acesso aos conteúdos nem especifica o período em que as interceptações teriam sido feitas, mas trazem os contatos feitos pela pasta para órgãos dentre e fora do Brasil.
A denúncia se soma a outros dois casos em que documentos de Snowden apontaram espionagem do governo americano em território brasileiro: o da estatal Petrobras e o da própria presidente Dilma Rousseff. As informações foram divulgadas este domingo (6) pelo Fantástico, da Rede Globo.
O ministro Edison Lobão afirmou que a espionagem é “um fato grave que merece repúdio, o que já foi amplamente feito por Dilma na ONU”. Segundo o ex-presidente da Eletrobras Pinguelli Rosa, as informações podem servir a empresas que concorrem a leilões e podem dar vantagem competitiva a quem espiona.
As denúncias de espionagem da NSA levaram os Estados Unidos e o Brasil a um impasse diplomático. O Brasil exigiu um pedido formal de desculpas e Dilma cancelou sua visita aos EUA, a única oferecida pelo governo dos EUA a um líder estrangeiro, em outubro deste ano. Dilma também fez um discurso duro ao abrir o debate da 68ª Assembleia Geral da ONU.
Após chamar o episódio de “grave violação dos direitos humanos e das liberdades civis” e uma “afronta aos princípios que devem guiar as relações entre os países”, a presidente anunciou que o Brasil apresentará propostas para o estabelecimento de um marco civil multilateral para a governança e uso da internet para assegurar a efetiva proteção dos dados que navegam pela internet. Neste domingo, Dilma usou o Twitter para fazer novas críticas à espionagem e cobrar explicações.
ÚLTIMO SEGUNDO...SNB

domingo, 6 de outubro de 2013

EUA Shale Gas nenhuma ameaça para Energia Dominance da Rússia - Rosneft

RIA Novosti) - estatal russa de petróleo Rosneft gigante tem planos para extrair petróleo nos próximos 100 anos e não vê nenhuma ameaça significativa do aumento da produção de gás de xisto nos Estados Unidos, CEO Igor Sechin disse a jornalistas no domingo.
"Temos uma perspectiva de 100 anos de trabalho", disse Sechin. "Quanto à prateleira, não temos outra alternativa. Em geral, o óleo precisa ser extraído ", disse ele, acrescentando que a produção de xisto dos EUA é de alto custo, o que torna impossível para exportação.
Relatos da mídia dos EUA disseram nesta semana nos Estados Unidos era esperado para ultrapassar a Rússia como o maior produtor mundial de petróleo e gás natural este ano, graças a um aumento na produção de combustível EUA impulsionada pela tecnologia que permite que as empresas de energia para tocar em petróleo e gás no xisto no subsolo formações rochosas.
Como a extração de energia dos EUA e da produção subiram, as importações de gás natural e petróleo bruto caíram 32 por cento e 15 por cento, respectivamente, nos últimos cinco anos, o Wall Street Journal (WSJ) disse.
Sechin disse Rosneft, que tem 1,5 por cento das reservas exploradas do mundo, estava interessado na parceria internacional e que aderir a altos padrões ambientais.Ele acusou os ativistas da organização sem fins lucrativos organização ambiental Greenpeace, que foram detidos no mês passado por autoridades russas após a realização de uma "manifestação pacífica" contra exploração de petróleo no Ártico russo, de defender os interesses comerciais.
"Olhe para aqueles que lhes pagam, que é seu patrocinador", Sechin disse aos jornalistas.
Rosneft detém actualmente 46 licenças para os depósitos no exterior da Rússia no valor de 42 bilhões de toneladas equivalentes de petróleo. A empresa assinou acordos de cooperação com petróleo dos EUA e gás gigante Exxon Mobil, a italiana Eni ea Statoil da Noruega.
Atualizações em 14.32, as mudanças manchete, levar
SNB

Rússia para receber primeiro navio de guerra Mistral em novembro de 2014

RIA Novosti) - A Marinha da Rússia vai receber seu primeiro porta-helicópteros da classe Mistral da França em 01 de novembro de 2014, uma defesa de alto escalão funcionário da indústria disse à RIA Novosti na sexta-feira.
O Vladivostok, que está sendo construído no estaleiro DCNS, em Saint-Nazaire, está prevista para ser lançada em 15 de outubro.
"Ao longo de um ano, o navio vai estar mais equipado e passam por testes no mar, a fim de ser entregue à Marinha Russa em 01 de novembro de 2014", disse o funcionário.
Rússia e França assinaram um contrato de € 1200000000 (1,6 bilhões) por dois porta-helicópteros da classe Mistral francesa construídas em junho de 2011.
SNB

Argentina adquire Mirage F-1M

A Argentina acaba de confirmar compra de 16 aviões de combate Dassault Mirage F1 de segunda mão recentemente desativados pela Força Aérea da Espanha, negócio avaliado em 170 milhões de euros (aproximadamente US$ 230 milhões). Esse montante financeiro aprovado pela Câmara dos Deputados aguarda agora sinal verde do Senado.
Esses Mirage F1 M (M-modernizado) foram utilizados pela Força Aérea da Espanha ao longo de 22 anos. Metade desse lote será entregue portando sistemas para recepção de combustível no ar (REVO). Ainda não há informações oficiais sobre cronograma de entregas e se há armamentos incluídos no pacote negociado.
Agustin Rossi, ministro da Defesa da Argentina, disse que a Força Aérea de seu país esta antecipando a incorporação dos Mirage F1 em substituição aos Mirage e seus derivados, os quais estão em processo de desativação. Estima-se que a Força Aérea Argentina (FAA) tenha atualmente em seu inventário cerca de 25 “Deltas” entre as versões Mirage, Finger e Mara, alguns deles com mais de 30 anos de serviço e cuja operacionalidade encontra-se em estado critico por força da fadiga, falta de peças e manutenção inadequada.

Desativados em junho último durante cerimonia acontecida na Base Aérea de Los Llanos, Albacete, Espanha, o F1 é um vetor de combate de 3ª geração desenvolvido a partir do inicio dos anos de 1970, exportado para mais de uma dúzia de países e fabricado em larga escala (mais de700 unidades). Os exemplares destinados para a FAA foram modernizados ao longo dos anos da década de 1990 ganhando superior capacidade de fogo e novos aviônicos, entre eles, radar Cyrano IVM (modernizado), compatibilidade com mísseis ar-mar Exocet, sistema inercial de navegação autônoma de precisão a laser apoiado por GPS e novos computadores de missão com a capacidade de alcançar e adquirir alvos.  De acordo com a Força Aérea da Espanha, a baixa altitude o Mirage F1 voa a uma velocidade máxima de 1.320 km/h e possui raio de combate em torno de 800 km.
Os Mirage F1M espanhóis foram sucedidos pelo Typhoon, avião de combate de 4ª geração desenvolvido e fabricado pelo consórcio europeu Eurofighter.
Por Ivan Plavetz...SNB

sábado, 5 de outubro de 2013

OPERACIONAL – Caças A-1 lançam pela primeira vez bombas guiadas a laser

Pela primeira vez, a FAB realizou o lançamento de bombas guiadas a laser com munição real. Nesta quinta-feira (3/10), caças A-1 decolaram da Base Aérea de Santa Maria (RS) carregando bombas BAFG 230 e MK82, sendo seis inertes e três reais, todas equipadas com o kit Lizard, que as transformam em “bombas inteligentes”. 

O lançamento foi realizado no estande de tiro de Saicã, a 120 km de Santa Maria. A utilização dessa tecnologia permite atingir o alvo com muito mais precisão e de uma distância maior, minimizando os riscos ao piloto e a possibilidade de danos colaterais que afetem a população e os bens civis na área de conflito.

A Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) RQ-450 do Esquadrão Hórus (1°/12° GAV) gravou toda ação. 

“A missão executada hoje é resultado de aproximadamente quatro anos de trabalho”, afirma o Tenente-Coronel Clauco Fernando Vieira Rosseto, comandante Esquadrão Centauro (3°/10° GAV), pioneiro no uso da tecnologia. A unidade aérea desenvolve a doutrina de emprego deste armamento em conjunto com o Esquadrão Poker (1°/10° GAV) e o Esquadrão Adelphi (1º/16º GAV), todos equipados com caças A-1. 
 
Veja as imagens da missão:
 Fonte: BASM ..SEGURANÇA NACIONAL BLOG 

PRIMEIRO MICROSSATÉLITE BRASILEIRO PARA APLICAÇÕES MILITARES TEM PREVISÃO DE LANÇAMENTO PARA 2015

A empresa AEL Sistemas exibiu nesta sexta-feira, em Porto Alegre, o modelo do primeiro microssatélite brasileiro para aplicações militares, o MMM-1, previsto para ser enviado a órbita em dezembro de 2015, a partir da base de lançamento de Alcântara (MA). Pesando menos de 10 kg e com 30 cm de altura, o microssatélite poderá ser usado para fins de comunicação e monitoramento (sensoriamento remoto), entre outras missões. Como o Brasil hoje não produz satélites, depende de outros países para suprir a demanda nacional por esse tipo de tecnologia.
Por ser menor e mais leve, o equipamento é também mais barato, permitindo que o país incorpore essa tecnologia em maior escala. O investimento inicial no projeto é de R$ 43 milhões, e parte dos recursos virá da Finep - Agência Brasileira da Inovação.
A apresentação da maquete foi feita durante a Mostra de Equipamentos Espaciais e de Defesa, marcando também a inauguração do Centro de Desenvolvimento e Industrialização de Equipamentos Aeroespaciais da AEL, um espaço de 7,5 mil m². O novo centro deve fortalecer o projeto do Polo Espacial Gaúcho, fruto de parceria com o governo do Estado do Rio Grande do Sul, universidades, institutos e empresas locais. Estiveram presentes na inauguração o governador Tarso Genro e o prefeito de Porto Alegre em exercício, Sebastião Melo.
- Queremos que o Estado seja um polo espacial e de modernização tecnológica para o segmento de defesa. Esse tipo de projeto fortalece a soberania nacional - afirmou o governador. - Esta parceria nos ajudará a colocar o Rio Grande do Sul na vanguarda tecnológica do Brasil e do mundo - acrescentou Tarso.
No evento, o presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), Ivan De Pellegrin, destacou as oportunidades que irão surgir a partir da criação do Polo Espacial Gaúcho.
- As mudanças ocorridas na estratégia nacional de defesa e os expressivos recursos disponíveis criam oportunidades de desenvolvimento para o Rio Grande do Sul - ressaltou.
Segundo o vice-presidente de Operações da AEL, Vitor Neves, a empresa terá "capacidade de produzir aviônicos e desenvolver sistemas de defesa inéditos no Brasil, caso dos sistemas de guerra eletrônica, veículos aéreos não-tripulados, tecnologia eletro-óptica, além de sistemas de guiagem de armamento e sistemas espaciais".
O presidente da Elbit Systems (grupo israelense do qual a AEL faz parte), Bezhalel Machlis, observou que "o Brasil é um dos mercados mais importantes e estratégicos" do mundo.
- Nos últimos 12 meses, a Elbit investiu dezenas de milhões de dólares no desenvolvimento e ampliação da capacidade tecnológica da AEL e na qualificação da equipe técnica - disse, acrescentando que o espaço inaugurado hoje deve se tornar "centro de excelência mundial".
Além do microssatélite, fizeram parte da mostra aviões não-tripulados (VANTs), o blindado Guarani, subsistemas espaciais e a tecnologia de propulsão MEMS.
ZH..SNB SEGURANÇA NACIONAL BLOG

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Chefe estaleiro a ser demitido após incêndio Submarine

(RIA Novosti) - O diretor de um estaleiro do Extremo Oriente, onde um submarino nuclear pegou fogo recentementedurante as operações de manutenção, perderá seu cargo na próxima semana.
Vice-premiê russo Dmitry Rogozin, que está no comando do setor de defesa, informou nesta sexta-feira que "deu instruções" para aliviar o diretor do estaleiro Zvezda, Vladimir Averin, das suas funções.
"As instruções devem ser cumpridas na segunda-feira", disse ele.
Em 16 de setembro, isolamento de borracha e tinta velha dentro da K-150 principais tanques de lastro de Tomsk submarino de propulsão nuclear começou a queimar durante a operação de soldagem, enchendo os compartimentos dentro de fumaça.O Ministério da Defesa disse mais tarde que não havia fogo aberto no submarino e que 15 militares sofreram inalação de fumaça.Esta não é a primeira vez que um submarino russo pega fogo durante os trabalhos de manutenção. Em 2011, um incêndio também inutilizada a K-84 Ekaterinburg submarino nuclear russo, que permanece em reparo.
O submarino estava sendo reparado em doca seca no estaleiro Roslyakovo fora da cidade norte-ocidental de Murmansk quando andaimes de madeira ao lado dele pegou fogo e as chamas se espalharam para o ofício em 29 de dezembro de 2011. Ninguém foi morto no incêndio que se alastrou por horas.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG..SNB

Rússia despreparados para lidar com espaço Alien Invasion - Oficial

RIA Novosti) - Uma autoridade militar espacial russo admitiu quarta-feira que o país será incapaz de agir Terra deve se tornar alvo de uma incursão interplanetário.
Sergei Berezhnoy, um assessor do chefe da Titov Espaço Control Center, disse que as autoridades de defesa aeroespaciais russos não foram incumbidos de preparar-se para a eventualidade de um ataque alienígena.
"Há problemas suficientes na Terra e no espaço próximo à Terra", Berezhnoy disse em resposta à pergunta de um repórter.
Potências espaciais do planeta são, em qualquer caso limitada em seu âmbito de ação para a criação de capacidades militares para além de limites da Terra. Sob os termos do Tratado do Espaço Exterior 1976, para a qual a Rússia é signatária, os estados não podem colocar armas de destruição em massa em órbita, embora as armas convencionais são permitidos.
O Titov Espaço Control Center, que é executado pelas Forças de Defesa Aeroespacial Russa, é a facilidade de controle do país primário militar e comercial por satélite.
A unidade opera atualmente cerca de 80 por cento da espaçonave orbital russa.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG..SNB

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Vazamento de complô da Al-Qaeda prejudicou inteligência

ERIC SCHMITT & MICHAEL SCHMIDT, THE NEW YORK TIMES - O Estado de S.Paulo
O impacto da divulgação de um complô terrorista da Al-Qaeda em agosto causou mais danos aos esforços americanos de contraterrorismo do que os milhares de documentos revelados por Edward Snowden, o ex-agente da Agência de Segurança Nacional (NSA).
Desde que foi revelada a informação de que os EUA interceptaram mensagens entre Ayman al-Zawahiri, sucessor de Osama bin Laden na chefia da Al-Qaeda, e Nasser al-Wuhasyshi, chefe da Al-Qaeda na Península Arábica, sobre um ataque iminente, analistas detectaram uma queda no uso por terroristas de um importante canal de comunicações que as autoridades monitoravam.
Desde agosto, os EUA buscam novas maneiras de monitorar as mensagens eletrônicas e conversas de líderes da Al-Qaeda. "As chaves não foram desligadas, mas houve um decréscimo na qualidade das comunicações", disse uma autoridade americana, que pediu anonimato.
A queda no tráfego de mensagens é diferente do que ocorreu após as revelações de Snowden, quando os terroristas, em vez de se afastarem das comunicações eletrônicas, começaram a falar sobre as informações que o ex-agente da CIA revelou.
Autoridades americanas dizem que as revelações de Snowden tiveram um impacto mais amplo na segurança nacional, incluindo os esforços de contraterrorismo. Isso inclui temores de que Rússia e China agora possuem detalhes sobre os programas de vigilância da NSA. Laços diplomáticos foram prejudicados, entre eles com o Brasil.
As comunicações entre Zawahiri e Wuhayshi foram consideradas os planos mais sérios contra os interesses americanos desde os ataques de 11 de setembro de 2001. Elas provocaram o fechamento de 19 embaixadas e consulados dos EUA por uma semana, até que a inteligência soubesse que o plano tinha por alvo a embaixada no Iêmen.
"Em resposta aos vazamentos de Snowden, a Al-Qaeda e grupos filiados tentaram mudar de tática, buscando aprender com o que está na imprensa e mudando a maneira de se comunicar", disse Matthew Olsen, diretor do Centro Nacional de Contraterrorismo.
Agentes americanos dizem que a revelação sobre o complô da Al-Qaeda teve um impacto significativo porque foi um evento específico que indicou para os terroristas que uma importante rede de comunicações vinham sendo monitorada. O declínio nas mensagens se deu entre agentes da Al-Qaeda no Iêmen. Já as revelações de Snowden não tiveram tamanha especificidade sobre redes de comunicações terroristas que o governo monitora.
"Era uma coisa imediata, direta e envolvia pessoas específicas em comunicações específicas sobre eventos específicos", disse uma autoridade americana sobre a conversa entre líderes da Al-Qaeda. "O material de Snowden tem muitas camadas e levará tempo para compreendê-lo. Não houve uma queda súbita de comunicações a partir dele. Muitos acham que não são impactados por ele e é uma coisa difícil de eles compreenderem."
Outros agentes de contraterrorismo discordam, dizendo que é difícil, se não impossível, separar o impacto das mensagens entre líderes da Al-Qaeda das revelações totais de Snowden. O declínio é, provavelmente, uma combinação das duas coisas. "Os bandidos não vão conversar eletronicamente sobre planos operacionais", disse um agente de contraterrorismo. Além disso, segundo ele, poderia levar meses ou anos para avaliar por completo o impacto das revelações de Snowden.
Na última década, a NSA investiu bilhões de dólares numa campanha clandestina para preservar sua capacidade de espionar conversas. A agência contornou ou decifrou boa parte da criptografia que protege sistemas comerciais e financeiros globais, segundo documentos divulgados por Snowden. O maior temor do governo é que, nos próximos meses, o nível de comunicações interceptadas continue a cair à medida que os terroristas encontrem novas maneiras de se comunicar. Certamente, levará algum tempo para descobrir os novos métodos e monitorá-los.
Uma maneira pela qual os terroristas poderão tentar se comunicar é por meio de mensageiros, que carregariam anotações em papel e pen drives. Se isso ocorrer, eles terão muita dificuldade em se comunicar, pois mensageiros demoram para transportar mensagens.
"O problema da Al-Qaeda é que ela não pode funcionar sem telefones celulares", disse um ex-funcionário de alto escalão dos EUA. "Eles sabem que nós os escutamos, mas os usam mesmo assim. Não se pode tocar uma organização sofisticada sem comunicações. Eles sabem disto, mas, para operar, precisam fazê-lo." / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK   *SÃO JORNALISTAS 
SNB

sábado, 28 de setembro de 2013

Gepard 1A2


SNB

OPERAÇÃO DO EXÉRCITO NA FRONTEIRA DO AMAPÁ MOBILIZA MILITARES


Abinoan Santiago
O 34º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) do Exército Brasileiro no Amapá iniciou na terça-feira (24) uma mega operação na fronteira do Amapá com a Guiana Francesa, em Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá. Batizada de 'Curare', a ação mobilizou 550 militares, helicópteros, embarcações e viaturas para combater crimes de fronteira.
De acordo com o sub-comandante do 34º BIS, tenente-coronel Ricardo Quadros, a operação tem o apoio de órgãos como a Agência Brasileira de Inteligência, Polícia Federal, Força Nacional de Segurança, Polícia Rodoviária e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Receitas Federal e Estadual, e ICMBio
"O Exército apoia a logística da operação para prover a segurança de todos esses órgãos para que tenham maior oportunidade de ampliar a sua forma de atuação na fronteira. Esse apoio é com alojamento, alimentação, e segurança", explicou Quadros. "O planejamento da execução de todas as atuações parte do Exército", acrescentou.

operação iniciou na terça-feira e continua no mês de outubro de 2013, no combate aos crimes de fronteiras. "A nossa preocupação é combater os crimes ambientais, tráfico de pessoas, garimpo clandestino e desrespeito aos limites de fronteira", pontuou o tenente-coronel do Exército, referindo-se às infrações mais comuns na região fronteiriça.
De acordo com Quadros, além de combater os crimes, a operação 'Curare' leva serviços sociais às comunidades. "Também estamos com serviços de odontologia, médico e farmacêutico", destacou.
O Exército Brasileiro não divulgou o balanço parcial dos dois primeiros dias da operação 'Curare' para não causar possíveis problemas no curso da operação em Oiapoque. "Vamos falar sobre o que apreendemos somente no término dela, que ainda não tem data definida em outubro", frisou Quadros.
 SNB

EXÉRCITO VAI REFORÇAR INVESTIMENTOS EM TECNOLOGIAS DE DEFESA NO BRASIL

Uma das razões para o investimento é a defesa estratégica dos recursos naturais do país. Cerca de 1,2 bilhão de reais serão aplicados na próxima década para criar polo de produção de pesquisa tecnológica.
O Exército brasileiro quer investir em pesquisa, especialmente no desenvolvimento de novas tecnologias de defesa. Até 2025, cerca de 1,2 bilhão de reais vão construir o Polo de Ciência e Tecnologia do Exército em Guaratiba (Pcteg), Rio de Janeiro. Uma das razões para o investimento é a defesa estratégica dos recursos naturais do país.
O general Sinclair Mayer, Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, destaca que o espaço não vai servir apenas para a formação e pesquisa militar. Assim como ocorre na Escola Superior de Guerra, por exemplo, civis poderão estudar e pesquisar no complexo. "Temos hoje poucos peritos na área de defesa e temos o interesse de formar mais gente", adianta Mayer.
Os benefícios da pesquisa militar se aplicariam a outros campos. "Não se pode fazer um carro de guerra sem antes testar combustíveis", compara. Mas a preocupação com tecnologia não está restrita à produção de material bélico – também está relacionada à posição estratégica do país.
O modelo se assemelha ao usado pelo exército norte-americano, que além do desenvolvimento de armas, investe em áreas como logística, química e saúde.
Defesa de recursos
Para o pesquisador de assuntos militares da Universidade Federal de Juiz de Fora, Expedito Bastos, o Brasil precisa de investimentos na área de defesa, já que concentra recursos estratégicos privilegiados como grandes reservas minerais, petróleo e água doce. "O mundo tem por hábito buscar essas coisas quando precisa", argumenta o especialista. O general do exército reconhece a possibilidade, mas minimiza os riscos. "Existe preocupação com o futuro, mas a própria estratégia nacional de defesa prevê isso", afirma.
Para Bastos, uma melhora na defesa brasileira ainda não seria o bastante para fazer frente ao poderio militar de grandes potências, mas ajudaria a "diminuir a ânsia de que tentassem fazer alguma coisa contra nós". Outra preocupação é a situação fronteiriça, uma vez que alianças importantes de países vizinhos poderiam oferecer riscos ao Brasil.
Conhecimento centralizado
Os planos do Pcteg são de concentrar órgãos já existentes, como o Instituto Militar de Engenharia (IME) e outros braços técnicos, em um mesmo espaço, no estado do Rio de Janeiro, que já conta com cerca de 20% de toda a estrutura planejada.
O Exército tem parceiros no governo, mas planeja garantir o dinheiro por meio de parcerias público-privadas (PPPs). O primeiro investidor é o Ministério da Educação. O órgão não confirma o montante, mas diz que o investimento vai triplicar o número de vagas do IME.
A concepção do projeto é da década de 1980, quando a área militar de 25 quilômetros quadrados recebeu as primeiras instalações. Por lá já funcionam o Centro Tecnológico e o Centro de Avaliações do Exército. Além do IME, o espaço deve receber ainda o Instituto Militar de Tecnologia (IMT), o Centro de Avaliações do Exército (CAEx), o Centro de Desenvolvimento Industrial (CDI), a Agência de Gestão da Inovação (AGI), o Instituto de Pesquisa Tecnológica Avançada (IPTA), uma Incubadora de Empresas de Defesa (IED), o Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro (AGR), uma base administrativa e um batalhão de comando.
Conhecimento desperdiçado
Apesar de aprovar a iniciativa do Exército de investir em tecnologia, o estudioso de assuntos militares não acredita em uma mudança da situação. Ele cita que o Brasil passou por ciclos de investimento e sucateamento dessa força. Em cada uma dessas oportunidades, a descontinuação das pesquisas provocou a perda do conhecimento gerado e anos de trabalho foram perdidos, aponta Bastos. A culpa disso seria o planejamento em curto prazo – a visão para um governo ou dois – e não a montagem de uma estratégia mantida a longo dos anos.
Outra crítica de Bastos é quanto às parcerias internacionais, que trazem tecnologia externa, mas não fazem a transferência do conhecimento prevista nos contratos. Para ele, essa tentativa de troca é inválida se as duas partes não estiverem no mesmo patamar de desenvolvimento. Em casos assim, uma das partes vai ser meramente usuária do recurso. "É o que está acontecendo conosco", avalia.
Para o especialista, a virada depende não apenas de investimentos militares, mas da solução de problemas básicos do país, com educação de qualidade desde a base. Além disso, ele vê com ceticismo a garantia de recursos para a conclusão do projeto, uma vez que o Ministério da Defesa costuma ser penalizado em cada ajuste do orçamento da União. Este ano, a pasta foi a que mais perdeu no ajuste de contas. Dos 18,7 bilhões de reais inicialmente previstos, foram mantidos 14,2 bilhões no orçamento deste ano, incluindo a folha de pagamentos, previdência e a própria manutenção das estruturas já existentes.
 SNB

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

LAÇADOR- Profissionais de Saúde das Forças Armadas atendem no RS


As Forças Armadas realizaram, nos dias 23 e 24 de setembro, uma ação cívico-social (ACISO) na cidade de Nova Santa Rita (RS). A iniciativa fez parte da Operação Laçador, exercício simulado na Região Sul do Brasil. Veja a reportagem:
 Fonte: Agência Força Aérea ..  SNB

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Governo deve adiar decisão sobre caças da FAB para 2015

Daniel Rittner e Leandra Peres

A não ser que haja uma reviravolta no escândalo de espionagem eletrônica protagonizado pelos Estados Unidos, a presidente Dilma Rousseff está praticamente convencida a adiar para 2015 a compra de novos caças à Força Aérea Brasileira (FAB), deixando o capítulo final da novela em torno do projeto FX-2 para um eventual segundo mandato.
Segundo auxiliares diretos da presidente, a decisão já estava muito perto de ser tomada, a favor da americana Boeing. Mesmo com as manifestações de junho e com as dificuldades orçamentárias, Dilma ainda estava disposta a fechar negócio para adquirir um lote inicial de 36 caças F-18 Super Hornet, avaliado em pelo menos US$ 5 bilhões. A revelação de que ela teria sido alvo direto de espionagem pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos mudou completamente o humor de Dilma, que já confidenciou a assessores sua intenção de não assinar nenhum contrato nos próximos meses.
Nas palavras de um auxiliar, se o presidente Barack Obama "tivesse entregado uma pasta com todas as escutas e emails interceptados" de Dilma e da Petrobras, teria sido mantida a visita de Estado a Washington e ainda havia possibilidades reais de levar adiante o negócio. Apenas uma mudança radical de postura da Casa Branca seria capaz de reabrir imediatamente a última fresta para um acordo com a Boeing, mas a chance de avanços em 2014 é "zero" porque "não se anuncia compra de caças em ano eleitoral", segundo fontes do Palácio do Planalto. Com isso, a decisão fica automaticamente para 2015, em um segundo mandato da petista ou cabendo a quem lhe suceder.
O novo cenário do FX-2, no entanto, não inverte a balança para o lado dos franceses. No governo Lula, a escolha dos caças Rafale chegou a ser cantada pelo ex-presidente brasileiro, quando recebeu o colega francês Nicolas Sarkozy no país, em 2009. De lá para cá, o favoritismo da Dassault - fabricante do jato - se esvaiu, diante da proximidade cada vez maior entre Boeing e Embraer.
O Palácio do Planalto recebeu relatos de que já houve um mal-estar entre a francesa DCNS e a Marinha envolvendo a transferência de tecnologia no contrato para a construção de quatro submarinos de propulsão convencional. O contrato abrange também a parte não nuclear - como o casco - do primeiro submarino nuclear brasileiro. A percepção de problemas recentes desestimula a equipe presidencial a apostar em uma nova parceria de longo prazo com a França, com os caças, numa encomenda inicial de 36 jatos, mas que pode chegar a 124 unidades no longo prazo.
Dilma também recebeu a informação de que o governo indiano, após um acordo para adquirir até 126 caças em um período de dez anos, enfrenta dificuldades na absorção de tecnologia pela Dassault. Essa foi a primeira venda dos caças Rafale a um país estrangeiro e a experiência da Índia é acompanhada com atenção pelos assessores presidenciais.
Os caças suecos Gripen, terceira opção entre os finalistas do FX-2, são vistos no Planalto como um "projeto" e ainda não convenceram o entorno político de Dilma. Até agora, a ofensiva da fabricante Saab não foi capaz de desfazer a percepção de que sua escolha seria uma espécie de tiro no escuro, embora o próprio governo da Suécia já tenha encomendado 60 unidades do Gripen NG (New Generation) - a Suíça adquiriu outros 22 jatos. Os caças têm entrega a partir de 2018.
A Saab busca usar a seu favor o fato de que o caça ainda está em desenvolvimento. Caso Dilma se decida pelo Gripen NG, a fabricante sueca promete a produção de 80% da estrutura do avião no país. Também oferece o financiamento integral para os equipamentos, de forma a aliviar o orçamento da FAB, com o início do pagamento seis meses após a entrega da última das 36 unidades - ou seja, daqui a cerca de 15 anos.
Um dos fatores citados no governo contra uma decisão imediata é a falta de espaço fiscal para encomenda desse porte. O financiamento a longo prazo resolve uma parte do problema, ao evitar desembolso da Aeronáutica nos próximos anos, mas pode ter efeito no cálculo da dívida.
As manifestações populares de junho são apontadas por alguns observadores como mais um complicador, que ajudaram no adiamento do leilão do trem de alta velocidade Rio-São Paulo-Campinas. O Planalto, entretanto, não aponta os protestos de rua como elemento-chave na decisão de Dilma sobre os caças.
O novo adiamento cria um problema concreto para a proteção do espaço aéreo: a FAB conseguiu prolongar a vida útil dos caças Mirage 2000 C/D usados que comprou da França, em 2005, mas o ciclo operacional dos jatos termina inevitavelmente no fim deste ano. Eles serão desativados, em definitivo, e não há mais nenhum caça de interceptação disponível na frota da Aeronáutica.
Para remediar o problema, a Embraer está modernizando e adaptando caças F-5, usados tradicionalmente para defesa aérea e ataque ao solo. Eles complementam, mas não eliminam a necessidade de compra dos novos aviões, que são de múltiplo emprego e de geração superior.
Em 2005, após sepultar a primeira versão do projeto FX, o governo Lula decidiu comprar um lote de 12 Mirage usados para não ficar unicamente na dependência dos caças F-5. É esse o dilema que reaparece agora, fazendo surgir novamente especulações em torno da compra de outro lote de aviões usado, como solução "tampão" até o desfecho da concorrência.
A compra dos novos caças se transformou numa novela que já dura mais de 13 anos e atravessou governos de três presidentes diferentes. Alegando que sua prioridade de gastos era com o Fome Zero, Lula extinguiu o primeiro processo de disputa, batizado como FX. Na época, a Dassault era favorita, oferecendo os caças Mirage 2000/BR. Corriam por fora os russos da Sukhoi.
O sepultamento da primeira concorrência foi até bem vista pelos militares, diante da constatação de que surgia uma nova geração de caças. Isso permitiu, na reabertura da disputa em 2008, quando passou a ser chamada de FX-2, a apresentação de propostas com aviões mais modernos.
Dilma, assim que assumiu, desacelerou o processo de decisão e evitou dar um desfecho nos dois primeiros anos de mandato. Nos últimos anos, havia grande expectativa de que finalmente o martelo fosse batido. Em agosto, durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, o comandante da FAB, tenente-brigadeiro Juniti Saito, havia declarado que a decisão da presidente seria tomada "em curto prazo".
O ministro da Defesa, Celso Amorim, também vinha dando indicações de que a escolha final estava prestes a ser feita. Depois do anúncio, ainda há negociações até a assinatura do contrato.
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