quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Indústria de armas do Brasil com o "dedo no gatilho"


Sem a ambição do passado, mas com alguma pretensão no futuro. Visto assim, vale dizer que a indústria de armas brasileira sabe que não figurará mais entre as 20 maiores exportadoras mundiais como foi de 1980 a 1992 (chegou a ser a 10ª em 1985), mas ensaia uma reentrada no mercado internacional mais diversificada e mais tecnológica.

No passado, tanto como agora, obviamente que a produção brasileira está longe de se aproximar dos players mundiais de armamento em termos de sofisticação e variedades, por isso também a estratégia atual tenta se repetir: vender para países periféricos, nos quais as necessidades de equipamentos de defesa são mais modestas, tais como na África, América Central e América do Sul.
Como diz o coronel da reserva Armando Lemos, diretor técnico da Associação Brasileira da Indústria de Defesa (Abimde), “as chances internacionais do setor se dará fora dos mercados atendidos pelos grandes produtores mundiais”.
É o caso da venda recente de seis aeronaves de instrução avançada e ataque Super Tucano, da Embraer, para Angola, pelo valor médio de US$ 15,6 milhões a unidade. O mesmo avião que já voa em sete outros países, já muito testado em combate na Colômbia contra os insurgentes das FARC, por exemplo.
Ainda que o Super Tucano já tenha sido selecionado pela Força Aérea dos Estados Unidos – operação paralisada temporariamente por conta da pressão de um concorrente local – é em países menos desenvolvidos que os negócios têm mais potencial de sucesso.
A Abimde, que congrega 170 fabricantes de armas e outros materiais de defesa, estima que atualmente as indústrias movimentem aproximadamente US$ 1,7 bilhão em exportações. E, ainda no entendimento de Lemos, é no mercado externo que está boa parte do futuro das empresas, pois mesmo que hajam vários programas de modernização das forças armadas brasileiras, o poder de compra nacional é limitado e muito dos equipamentos necessários terão que ser importados.
Chama atenção ainda outro aspecto nesse esforço nacional. A margem de manobra junto a países africanos e latinos aumentou muito em decorrência da política externa brasileira inaugurada no governo do presidente Lula, e continuada atualmente pela presidente Dilma Rousseff, de aproximação e cooperação bilateral em todos os campos. A nova geopolítica brasileira abre frentes para todos os negócios, inclusive os de setores sensíveis como o de armas.
O diretor da entidade, que já serviu na Tropa de Paz da ONU nos anos 90, em Angola, lembra que essa cooperação internacional já produz resultados no campo militar. A Denel do Brasil, de São José dos Campos, desenvolveu em conjunto com a África do Sul o míssil A-Darter (2,98 metros, 90 kg e com capacidade de manobra 10 vezes mais rápido que um avião de combate), considerado de 5ª geração, já testado e pronto para ser fabricado.
O empreendimento conta com outras empresas brasileiras de ponta, como a Opto Eletrônica (equipamentos aeroespaciais), a Mectron (radares avançados e mísseis) e a Avibras. Como a Embraer, esta última empresa já é conhecida internacionalmente pelos seus lançadores de foguetes de saturação de curta e média distância, oSistema Astros, em operação no Oriente Médio e recentemente vendido à Indonésia à razão de US$ 400 milhões. Nos próximos anos deverá entrar no mercado a versão mais moderna do Astros-2, com alcance de 300 km.
A Avibras também já está no campo dos veículos aéreos não-tripulados, com o Sistema Vant, já empregado em vigilância na Amazônia, e com opção de versões com carga explosiva.
Esse quadro resumido da diversificação da indústria brasileira de defesa – ainda contando com empresas exportadoras de munição (a CBC) e de armas leves, entre outras – tem despertado o interesse de países com alto poder de fogo nesse mercado.
Além da cooperação com a França no desenvolvimento de submarinos a propulsão nuclear – o Brasil, diga-se, já domina e já produziu submarinos convencionais – e navios de combate de superfície, o representante da Abimde lembra que outros produtores começam a procurar as empresas e o governo brasileiros.
A americana BaeSystem, de blindados, está estudando a produção no Brasil, da mesma maneira que a alemã Krauss-Maffei Wegman já começou a construção de uma fábrica em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, para manutenção e fabricação de seus blindados Leopard. Também a divisão militar da General Eletric está entrando no País.
Enquanto isso, correndo por fora do mercado de armas de emprego em combate militar, a brasileira Forjas Taurus é uma das maiores produtoras mundiais de armas leves (pistolas e submetralhadoras). Com fábrica também em Miami, ela equipa as polícias de mais de 70 países. E, segundo a imprensa americana, candidata a comprar a fabricante de fuzil AR-15 Bushmaster.
A marca gaúcha é quarta maior distribuidora de armas nos Estados Unidos, sendo que uma em cada cinco pistolas compradas pelos americanos no varejo veio da empresa sediada no Rio Grande do Sul. Dos cerca de US$ 700 milhões faturados em 2012, 55% vieram do bloco da América do Norte.
Rússia também quer entrar no Brasil
O novo momento da indústria de armas tem atraído atores do primeiro time mundial do setor que até então estavam longe do mercado brasileiro, nem como fornecedores. É o caso da Rússia, que enviou recentemente ao País o coronel-general Valeri Gerasimov, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.
Em reunião com seus pares brasileiros e em visita técnica, foi discutida a possibilidade de cooperação e desenvolvimento técnico-militar, bem como trocaram opiniões sobre os problemas atuais de segurança internacional.
A Rússia, assim como outros importantes fornecedores mundiais, como aqueles já citados na matéria acima, estão de olho também nos programas nacionais de modernização das Forças Armadas do Brasil.
A Abimde estima em US$ 120 bilhões a longo prazo, sendo cerca de US$ 40 bilhões já anunciados, e destinados a várias frentes, da vigilância de fronteiras ao programa F-X2, que dotará a Força Aérea de caças e ataque de última geração. A Rússia é candidata com o Sukhoi SU-35, apesar de fontes do governo dizerem que os franceses, suecos e americanos têm mais chances.
VOZ DA RUSSIA.. SNB

AEB PROMOVERÁ COMPETIÇÃO DE ESPAÇOMODELISMO EM 2013


Brasília, 31 de janeiro de 2013 – A Agência Espacial Brasileira (AEB) promoverá em 2013 uma competição anual de espaçomodelismo chamada CanSat Brasil. O principal objetivo do CanSat Brasil é criar oportunidades para os jovens e instituições de ensino e associativas a que estejam vinculados, para promover o uso de conhecimentos teóricos, técnicos e práticos das disciplinas relacionadas às atividades espaciais, mediante participação em competições que simulam o ciclo completo de um projeto de atividade espacial, incentivando a formação de uma força de trabalho melhor qualificada para a indústria espacial brasileira.
O evento contará com três categorias: nível fundamental, médio e universitário. Todos os níveis terão duas fases. A de nível fundamental será uma disputa com foguetes de garrafa PET lançando um kit de telemetria embarcada e os lançamentos serão feitos por uma plataforma construída pelas próprias equipes competidoras. Já a competição que abrangerá os níveis de ensino médio e universitário, consistirá em projetar uma plataforma científica que simule um satélite real. Essa plataforma é chamada de CanSat, que vem do inglês Can (lata) e Sat (satélite), e refere-se basicamente, a um pequeno satélite do tamanho de uma lata de refrigerante. No decorrer da competição, as equipes inscritas lançarão seus CanSats em altitudes de até 600m por meio de balão cativo ou foguetes.
Para participar do CanSat Brasil será necessário preencher a ficha de inscrição no site do Programa AEB Escola e atender aos critérios solicitados no anúncio do evento, com lançamento previsto até o final de maio deste ano.
Outras informações podem ser encontradas no site do Programa AEB Escola:
CRITICA SNB ...vidadeiramente o brasil esta brincando com latinha de refrigerante
da para acredita nisso esta perdendo tempo veja há coreia do sul passou na frente do brasil mais não foi brincando com latinha de cerveja não para com isso kkkk

Presidente da AEB parabeniza o INPE pelos 20 anos de operação do SCD-1

O presidente Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho, enviou mensagem de congratulações ao diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Leonel Perondi, pelo aniversário de 20 anos do SCD-1 (Satélite de Coleta de Dados).O SCD-1, primeiro satélite brasileiro, foi totalmente projetado, desenvolvido e integrado pelo INPE, com importante participação da indústria nacional. Para seu desenvolvimento, o INPE investiu em laboratórios modernos e na formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos.

Quando lançado pelo foguete norte-americano Pegasus, em 9 de fevereiro de 1993, a expectativa era de apenas um ano de vida útil. Contudo, o SCD-1 se mantém operacional e retransmitindo informações para a previsão do tempo e monitoramento das bacias hidrográficas, entre outras aplicações.
critica..SNB o satelite SCD-1 parece que e o unico obijeto nacional no espaço e muito pouco para um pais como o brasil um gigante falta cientista no brasil... 

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SNB

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Rússia participa da feira Aero India 2013


27 países, inclusive os Estados Unidos, Inglaterra, Itália, Alemanha, França e Rússia participam da feira aeroespacial internacional Aero Índia 2013, a ser realizada em Bangalore no período de 6 a 10 de fevereiro.

A Rússia é participante permanente deste evento. A exposição russa, instalada numa área de 850 metros quadrados, é organizada pela corporação estatal Rossiyskiye Tekhnologi (Tecnologias Russas) e apresenta 37 organizações, projetistas e produtores de equipamentos e armamentos aéreos.
A Índia compra tradicionalmente equipamentos militares russos, inclusive de aviação. Por outro lado, o país é parceiro importante da Rússia na construção de aviões civis e militares. Os dois países cooperam cada vez mais na projeção e construção conjuntas de aeronaves. Os parceiros indianos estão construindo hoje 140 caças versáteis SU-30MKI por licença russa no quadro de um contrato importante que se realiza hoje. Para além disso, a Índia e Rússia colaboram estreitamente no desenvolvimento conjunto do caça PAK-FA de quinta geração.
O caça de quinta geração marca uma nova etapa no desenvolvimento da aviação militar. A variante indiana do PAK-FA tem o nome de FGFA (Fifth Generation Fighter Aircraft) e combina em si as funções de avião de assalto, de bombardeiro e de caça, sendo capaz de cumprir tarefas militares em quaisquer condições meteorológicas e a qualquer hora. A realização do programa de construção conjunta de aviões de quinta geração é a mais importante orientação da parceria estratégica russo-indiana, considera o diretor do Centro Analítico de Estratégias e Tecnologias, Ruslan Pukhov:
“O programa unirá com laços de cooperação as forças aéreas russa e indiana para os próximos 30 anos. Paralelamente ao programa do BrahMos, será uma ponte de ligação na formação de um espaço militar-técnico comum e no desenvolvimento de novos programas conjuntos no futuro”.
Está estudando também a possibilidade de construir em conjunto um avião militar de transporte multifuncional de médio curso, que também será utilizado largamente na aviação civil.
Na Índia são bem conhecidos também helicópteros russos, cujos modelos são apresentados na Aero India 2013. Helicópteros de Mil e de Kamov são utilizados há muito na esfera defensiva e na economia da Índia. Os helicópteros apresentados na feira, Ka-226T, Mi-171A2 e Mi-28NE, são novos para o mercado asiático e, sem dúvida, devem despertar especial interesse por parte de visitantes da exposição. Tanto como os helicópteros Ka-27 de diferentes modificações e os Ka-53, estas máquinas são destinadas para aterrar em navios. Atualmente, a Força Naval da Índia tem helicópteros fornecidos ainda nos anos 80 do século passado.
Os visitantes da feira terão acesso a informações referentes a motores de aviação russos de diferente destinação, armamentos aéreos, radares de bordo, sistemas ótico-eletrônicos de pontaria e sistemas de defesa antiaérea. O redator-chefe da revista Defesa Nacional, Igor Korotchenko, disse à Voz da Rússia:
“A feira é uma boa oportunidade, para que negociadores russos possam discutir mais uma vez com parceiros indianos projetos e acordos prometedores e acertar interação no quadro dos programas e acordos existentes”.
O ponto culminante da Aero Índia 2013 será a participação do grupo de pilotagem Russkiye Vityazi que nos dias da feira irá demostrar no céu indiano a arte de acrobacia aérea.
VOZ DA RUSSIA ..SNB

'Russian Stealth' 1st public flight: Sukhoi PAK FA T-50 at MAKS airshow

SNB

Venda de tecnologia bélica para América Latina

Ilya Kramnik..

As perspectivas de grande contrato de armamentos com o Brasil voltam a abrir perante a Rússia as portas do mercado latino-americano. Quem poderá seguir o exemplo do gigante regional e em que armamentos podem estar interessados os compradores potenciais?

De helicópteros a sistemas de defesa antiaérea, e não somente isso
A cooperação técnico-militar entre a Rússia e o Brasil não pode ser classificada como dinâmica: até o passado recente, existiu apenas um só contrato para fornecimento de doze helicópteros Мi-35М, que fora assinado ainda em 2009. No entanto, agora as perspectivas poderão chegar a ser muito mais amplas do que o agendado contrato no valor de 1,5 bilhões que prevê o fornecimento de sistemas híbridos de canhões e mísseis de defesa antiaérea Pantsir e de sistemas portáteis de mísseis de defesa antiaérea Igla. O valor do contrato compreende que no Brasil será organizada a ensamblagem industrial desses sistemas. É provável que a empresa que se ocupe disso vá ser aproveitada também para fabricar os sistemas de defesa antiaérea por encomendas de outros países latino-americanos.
Contudo, as potencialidades da cooperação técnico-militar com o Brasil não se limitam, de nenhuma maneira, aos helicópteros e sistemas de defesa antiaérea. O “jackpot” mais interessante desse mercado poderá ser um contrato de fornecimento de caças para as forças aéreas brasileiras. Trata-se de uma eventualidade de conclusão de contrato para fornecimento de aviões de combate Т-50 de quinta geração.
No decorrer dos últimos anos, o Brasil em duas ocasiões suspendeu a concorrência para o fornecimento de aviões de combate. A última licitação F-X2, em que ganhou o caça francês Rafale, ficou suspensa, segundo a explicação oficial, devido à necessidade de recuperação da economia após a crise global. Contudo, a causa real, como consideram peritos, consiste em atitude negativa da equipe da presidenta Dilma Rousseff em relação à compra do material bélico francês.
Nessas circunstâncias, a Rússia, que posiciona o Т-50, em particular, como avião de exportação, volta a ter oportunidade para tentar a sorte. As prestações do caça Т-50 de quinta geração, desenvolvido durante o último decênio, são, evidentemente, superiores aos do Rafale criado com base na plataforma dos anos 1970. O fornecimento eventual do avião russo que implicará a criação da indústria de montagem deste aparelho, poderá ser interessante para o Brasil que pretende desenvolver sua própria indústria aérea.
Quem mais, além do Brasil?
A situação na América do Sul, comparada com a do Oriente Próximo e do Sudeste Asiático, é, evidentemente, mais estável e, portanto, é pouco provável que pressagie um crescimento vertiginoso de pedidos militares. Ao mesmo tempo, a demanda por armas russas poderá aparecer na região, visto que durante os últimos dez anos muitos países da América Latina aspiram a diversificar a lista de seus fornecedores de armamento.
Além da Venezuela (um dos compradores mais importantes do material russo), entre os possíveis candidatos podem figurar o Peru que comprara armamentos russos ainda na época da extinta União Soviética e também a Argentina que ultimamente manifesta interesse por produtos de fabricação russa. E, igualmente, alguns outros países. No caso da Argentina, a situação, para dizer a verdade, vem agravando-se pela crise econômica permanente que obstaculiza conclusão de dispendiosos contratos de armamentos.
É preciso também levar em consideração que na América Latina o rearmamento é um processo que apresenta, regra geral, altibaixos em função das atitudes do líder. Se a Rússia conseguir entrar no mercado brasileiro ofertando produtos de sortimento bastante amplo, isso poderá servir de mecanismo de lançamento para o desenvolvimento da cooperação técnico-militar também com outros países da região.
Entre os vetores mais promissores dessa cooperação se destacam os fornecimentos eventuais de helicópteros. Já há muito tempo que as máquinas russas de asas rotativas têm ganhado boa reputação no continente. Bem como os sistemas de defesa antiaérea, veículos blindados de pequeno porte e armas de tiro.
Grandes fornecimentos de aviões de combate são pouco prováveis, sem contar o caso do Brasil. As potencialidades econômicas e ambições políticas deste país vêm crescendo de maneira sustenível. Por outro lado, a Rússia também pode tirar vantagens da cooperação com a indústria aeroespacial brasileira, muito especialmente no que diz respeito a sua experiência em matéria de desenvolvimento de aviões para aerolinhas regionais e locais.
SNB