segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Petrobras perde posto de maior empresa da AL, diz FT


FERNANDO NAKAGAWA, CORRESPONDENTE - Agencia Estado
LONDRES - A Petrobras perdeu o posto de maior empresa da América Latina. A informação é destaque na edição de segunda-feira do jornal britânico "Financial Times". Com a queda de 25% do valor da ação nos últimos 12 meses, o valor de mercado da estatal brasileira foi ultrapassado pela também estatal petrolífera Ecopetrol, da Colômbia.
Em reportagem publicada nesta segunda-feira, o jornal afirma que a Petrobras sofreu "um dos movimentos mais dramáticos da indústria de energia no ano passado" e no fim dos negócios de sexta-feira (25), o valor da brasileira - calculado conforme o preço das ações - era de US$ 126,8 bilhões. Já a Ecopetrol valia US$ 129,5 bilhões.
A reportagem destaca que a Ecopetrol já vale mais para os investidores que a Petrobras, "embora a produção da empresa brasileira seja cerca de três vezes maior que a da colombiana".
Para a reportagem, as grandes reservas de recursos naturais e políticas "amigáveis aos negócios" do país vizinho tornaram a Colômbia um local "privilegiado" para o setor de petróleo.
Ao mesmo tempo, diz o texto, "apesar do entusiasmo com as enormes descobertas de petróleo na costa do Brasil, as ações da Petrobras perderam 45% do valor ao longo dos últimos três anos". Segundo o FT, o papel foi "atingido por resultados financeiros decepcionantes e preocupações sobre o enorme investimento necessário para desenvolver esses campos". A reportagem não cita eventual pressão política sobre a estratégia da empresa.
O diretor-presidente da Ecopetrol, Javier Gutiérrez, foi cauteloso ao avaliar os números. "Realmente, não se pode comparar porque a Petrobras é um gigante em muitas frentes", disse ao FT. "O valor de mercado é simplesmente um reflexo da confiança que o mercado tem na Colômbia e na Ecopetrol". A estatal tem 80% do capital controlado pelo governo do presidente Juan Manuel Santos e é responsável por cerca de 80% da produção da commodity na Colômbia.
Apesar do movimento considerado "dramático" com as ações da maior empresa brasileira, o FT diz que investidores e analistas reconhecem que a derrubada do preço da ação da Petrobras não se justifica pelos fundamentos da empresa.
SNB

Atech inicia nova fase sob a gestão da Embraer


Virginia Silveira
A Atech, empresa que a Embraer adquiriu 50% de participação em 2011, iniciou uma nova fase neste ano, que, num primeiro momento, envolve a mudança em seu comando. O executivo Tarcísio Takashi Muta passou o bastão para o engenheiro Jorge Ramos, que já atuava como diretor da empresa há alguns meses, após deixar o cargo de diretor de desenvolvimento tecnológico da Embraer, onde trabalhou quase 30 anos.
As mudanças foram colocadas em prática em 1º de janeiro e devem incluir uma alteração no capital da Atech, com a Embraer assumindo o controle. Sobre a aquisição do controle da empresa, a Embraer não quis se pronunciar.
Takashi permanece no conselho da Atech, que presidiu desde o início, em 2009, quando houve a separação da Fundação Atech. Criada em 1997 para garantir ao Brasil o domínio da tecnologia do Projeto de Vigilância e Proteção da Amazônia (Sivam/Sipam), a fundação também iniciou nova fase, com a mudança do nome para Ezute e da presidência, que voltou ao engenheiro Takashi.
Formado pelo Instituto Tecnológico de aeronáutica (ITA), o engenheiro eletrônico Jorge Ramos assumiu o desafio de comandar uma empresa estratégica para os negócios da Embraer na área de defesa. Segundo o executivo, a Atech já começa o ano com a expectativa de alta da ordem de 40% a 60% no faturamento, que em 2012 foi de R$ 50 milhões e R$ 60 milhões.
As Forças Armadas brasileiras respondem pela maior parte dessa receita e os projetos previstos para este ano vão permitir à empresa aumentar o número de funcionários dos atuais 250 para 300. "A parceria com a Embraer fortalece a ação empresarial da Atech e facilita sua expansão, ao permitir que a empresa participe de contratos bem mais abrangentes com as Forças Armadas", disse Ramos.
O exemplo mais recente disso, segundo o executivo, é a modernização de cinco aeronaves de vigilância e alerta aéreo antecipado E-99, para a Força Aérea Brasileira (FAB). A Embraer foi contratada para o projeto e a Atech fará a atualização de parte do sistema de comando e controle.
A Atech também participa do consórcio integrado pela europeia Cassidian, braço de defesa da EADS, selecionado para fornecer o sistema tático de missão naval de oito helicópteros EC-725, comprados pela Marinha brasileira e fabricados pela Helibras. Somente a parte da Atech neste contrato está estimada em R$ 30 milhões.
Os contratos em carteira, segundo Ramos, também evoluíram, para R$ 300 milhões em 2012. O executivo destaca o início do desenvolvimento do sistema de comando e controle do reator nuclear da Marinha, que será utilizado no futuro submarino nuclear. O contrato com a Marinha, assinado no final do ano passado, está avaliado em R$ 231 milhões. A Atech também está entre as 10 empresas do mundo que dominam a tecnologia do controle de tráfego aéreo. Isso permitiu que o Brasil obtivesse autonomia no gerenciamento do seu espaço aéreo.
Em 2013, segundo Ramos, a Atech dará continuidade à implantação do Sagitário, uma versão mais moderna do sistema de tráfego aéreo brasileiro. O Sagitário vem sendo utilizado nos Cindactas (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) de Brasília, Curitiba e Recife. "Este ano, entrará em operação também em Manaus (Cindacta IV) e nos Centros de Controle de Aproximação de São Paulo, Rio, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Recife.
Ramos conta ainda que a Atech assinou, recentemente, um contrato com a aeronáutica para fazer a implantação do Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos (Sigma). As funcionalidades do sistema, segundo Ramos, já foram testadas na Rio+20 e apresentaram excelentes resultados. "O Sigma faz a gestão da demanda e capacidade de tráfego aéreo, ideal para ser usado em eventos de grande fluxo aéreo, como as Copas do Mundo e das Confederações e as Olimpíadas", informa o executivo.
Já a Fundação Ezute, além de projetos relacionados a tecnologias estratégicas, manteve em seu escopo iniciativas nas áreas de educação, social e meio ambiente. No segmento de defesa, a Ezute está fazendo o gerenciamento do projeto de nacionalização do Míssil Antinavio Nacional (Mansup), do qual também participam as empresas Avibras e Mectron.
A fundação continua responsável ainda pelo projeto de concepção do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), que vai ampliar a capacidade de vigilância das águas juridicionais brasileiras e das regiões de busca e salvamento sob a responsabilidade do país. O contrato da Marinha com a fundação, para esse projeto, tem valor estimado de R$ 31 milhões.
"O objetivo da fundação é trabalhar no desenvolvimento de tecnologias que serão aplicadas em projetos estratégicos e que contribuam para a transformação e o desenvolvimento nacional", explica o presidente da Ezute.
Takashi cita o exemplo o Sivam, quando a então Fundação Atech, de direito privado, foi contratada para desenvolver um projeto estratégico e fortemente tecnológico, que desse ao país condições para fazer o monitoramento da Amazônia de forma autônoma e independente de fornecedores estrangeiros.
A Ezute manterá a sua sede em São Paulo da mesma forma que a Atech S.A. Na estrutura da Fundação trabalham 150 funcionários.
VALOR.. DEFESA NET.. SNB

Mali : l'armée française progresse vers Tombouctou, l'aviation frappe Kidal


Depois de ter tomado os "terroristas jihadistas" a cidade de Gao, sabado, 26 de janeiro, as AFP/FRED DUFOURtropas francesas e Mali não estão longe de Timbuktu. Quanto à força aérea francesa, ela bateu, domingo de manhã, posições islâmicas em Kidal, 1 500 km a nordeste de BamakoEles passaram a noite de Niafounké e última, eles são as portas de Timbuktu" , disse uma fonte do Mali militar citado pela Reuters. Soldados franceses e maliense parou na periferia da cidade e até agora não se reuniu com a resistência de rebeldes islâmicos presentes em Timbuktu. De acordo com os habitantes da cidade, citado pela AFP, os islâmicos muitos deixaram Timbuktu abordagem das tropas francesas e Mali. 
Mais ao norte, a Força Aérea Francesa bombardeada islamitas e região Kidal. "Estas greves foram especialmente atingidos casa por Iyad Ag Ghaly Kidal [o líder da Ansar Eddine ] e um acampamento militar na mesma cidade " , disse à AFP uma fonte de segurança do Mali. Informação confirmada, sempre à AFP, eleitos pela região.
Região de Kidal ea fortaleza de Ansar Eddine. Liderados por Iyad Ag Ghaly, ex-militar e ex-figura de rebeliões tuaregues da década de 1990 no Mali , este grupo veio à luz em 2012.
foi reforçado por combatentes que eram membros ativos da filial norte-Africano de Al-Qaeda. Comunicações telefônicas com a cidade de Kidal são interrompidas.
Kidal foi a primeira cidade conquistada pelos rebeldes tuaregues e os grupos islâmicos março de 2012. Rebeldes tuaregues do Movimento de Libertação Nacional de Azawad (MNLA) foram expulsos da área por seus antigos aliados.
O Monde.fr com AFP ..SNB

domingo, 27 de janeiro de 2013

FAB TV - Conexão FAB - Revista Eletrônica - Out 2012

SNB

Vocabulário da Guerra dos Drones


AUMF: Autorização de Uso de Força Militar, uma lei aprovada pelo Congresso dias após os ataques de 11 de setembro de 2001, autorizando o presidente a usar de "toda a força necessária e apropriada" contra qualquer pessoa envolvida nos ataques ou que desse abrigo aos envolvidos. Baseados na AUMF, tanto Bush quanto Obama reivindicaram autoridade ampla para deter e matar suspeitos de terrorismo.
AQAP: A Al Qaeda na Península Arábica é a filial iemenita da Al Qaeda ligada à tentativa de explosão de um avião comercial no dia de Natal de 2009.
No último ano os EUA intensificaram os ataques à AQAP, alvejando líderes e também militantes não especificados"Disposition Matrix": Um sistema para rastrear alvos terroristas e avaliar quando --e onde-- eles podem ser mortos ou capturados. O "Washington Post" divulgou no semestre passado que a matriz é uma tentativa de codificar para o longo prazo as "kill lists", ou listas de alvos da administração.
Glomar: Uma resposta que rejeita um pedido de informação sobre um programa classificado, alegando simplesmente que a existência da tal informação não pode ser confirmada nem desmentida. O nome remonta a 1968, quando a CIA disse a jornalistas que não poderia "nem confirmar nem negar" a existência de um navio chamado Glomar Explorer. Aos pedidos de informações sobre seu programa de drones, a CIA vem dando respostas glomar.
JSOC: O Comando Conjunto de Operações Especiais é um setor de elite e sigiloso das Forças Armadas. Unidades do JSOC realizaram o ataque a Bin Laden, operam os programas de drones das Forças Armadas no Iêmen e na Somália e também realizam coleta de informação.
Ataque a personalidade: Um ataque seletivo contra um indivíduo específico identificado como líder terrorista.
"Signature Strike": Um ataque contra alguém que se acredita ser militante, mas cuja identidade não é necessariamente conhecida. Esses ataques seriam baseados numa análise de "padrão de vida" --ou seja, informações sobre seu comportamento que sugerem que o indivíduo seja militante. Essa política, que teria sido iniciada por Bush no Paquistão em 2008, hoje é permitida no Iêmen.
TADS: Ataque de Interrupção de Ataques Terroristas, termo usado ocasionalmente para descrever alguns ataques em que a identidade do alvo é desconhecida. Funcionários do governo disseram que os critérios que definem esses ataques são diferentes dos critérios que determinam os "signature strikes", mas não está claro de que modo.
QUEM SEGUIR
Para reportagens e comentários no Twitter sobre a guerra com drones:
@drones reúne editoriais, artigos de opinião e notícias sobre drones. É administrado por membros da Electronic Frontier Foundation, que cobre segurança nacional
e manifesta diretamente preocupações com privacidade no uso de
drones dentro dos EUA.
@natlsecuritycnn traz últimas notícias.
@Dangerroom, da "Wired", cobre segurança nacional e tecnologia, incluindo muitas informações sobre drones.
@lawfareblog cobre as dimensões legais dos drones.
@gregorydjohnsen é especialista no Iêmen e acompanha de perto a
guerra nesse país.
@AfPakChannel, da New America Foundation e "Foreign Policy", tuíta notícias e comentários sobre Afeganistão e Paquistão.
FOLHA..SNB

França encurrala combatentes ligados à Al Qaeda no Mali


A guerra do Mali entrou na terceira semana com os franceses encurralando combatentes ligados à Al Qaeda em Gao (1.200 km de Bamaco), um dos principias bastiões dos rebeldes que ocupam o norte do país.
Do ponto de vista militar, começa a fase crítica do combate porque a luta por terra deverá se intensificar.
Desde 11 de janeiro, os franceses retomaram duas cidades do centro do país --Konna e Diabali-- seguindo a mesma fórmula: primeiro, ataques aéreos contra alvos da Al Qaeda antes de ocupar as zonas urbanas com blindados e forças especiais para, depois, entregar as áreas para o Exército malinês.A Al Qaeda do Magreb Islâmico e Ansar Dine, os principais grupos de radicais islâmicos, são capazes de se deslocar rapidamente em caminhonetes quatro por quatro e tiveram mais de sete meses para esconder suprimentos e armas pelo deserto.
Muitos dos rebeldes são veteranos da guerra civil da Argélia nos anos 1990 e dos combates na Líbia que antecederam à queda do ditador Muammar Gaddafi, segundo o Exército francês.
Na semana passada, o ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, admitiu que os radicais islâmicos são bem treinados e têm grande conhecimento do terreno. Segundo ele, os rebeldes costumam se misturar à população civil para se proteger de ataques aéreos.
No campo político, as autoridades do Mali começaram a adotar um discurso otimista, prevendo uma vitória completa sobre os grupos que ocuparam o norte do país expulsando, praticamente sem resistência, o Exército local.
Embora tenha apoio logístico e material de uma dúzia de nações, a França é o único país europeu a ter enviado soldados para lutar no solo. O isolamento só não é maior porque Paris conseguiu convencer países vizinhos ao Mali a reforçar o efetivo.
Este isolamento é o foco das críticas que o presidente socialista François Hollande passou a receber da sua oposição de direita.
Quanto mais a guerra durar, mais tende a se agravar a situação humanitária no norte de Mali, um dos países mais pobres do mundo.
Até agora, segundo o Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), 380 mil pessoas já abandonaram suas casas desde o controle dos radicais islâmicos. O número, segundo a agência, poderá chegar a 700 mil nos próximos meses.
No norte desértico, onde vivem cerca de 1,8 milhão de habitantes, a ofensiva militar interrompeu a chegada de alimentos e medicamentos por causa da linha de cerco imposto pelos franceses.
FOLHA SNB

Drones: controvertidos franco-atiradores


Enquanto Barack Obama se preparava para subir ao palco do Centro de Convenções de Washington e celebrar, dançando, sua segunda posse, apenas um pequeno grupo de manifestantes enfrentava a baixa temperatura e a polícia para protestar.
O alvo único? Aquilo que se tornou a marca --ou mácula-- registrada do primeiro governo do democrata e prêmio Nobel da Paz em 2009: os drones.
A palavra em inglês, roubada da zoologia (significa "zangões"), define aeronaves robóticas, não tripuladas, que conduzem tanto operações de vigilância como de ataque, e se tornou o código para uma controversa política de assassinatos seletivos que Obama ampliou em lugares como o Paquistão, a Somália e o Iêmen.
Números a esse respeito são estimativas com base em registros da imprensa. Mas um surto de mortes ocasionadas por ataques de drones em 2010 --quando elas somaram 818 só no Paquistão segundo a independente New America Foundation-- causou reveses de opinião pública e vozes dissidentes no governo e na academia.
De 20 países analisados pelo Centro Pew de pesquisas em 2012, só nos Estados Unidos uma maioria apoiava seu uso. E um em cada três americanos se opunha a ele.
CAMPANHA
Críticas e pedidos por transparência ganharam eco nos últimos meses, com a campanha que reelegeu Obama --um presidente que diz ter acabado com a tortura em suas fileiras e prometera, sem sucesso, fechar a prisão de Guantánamo para suspeitos de terrorismo, heranças do governo George W. Bush com as quais os drones competem em impopularidade.
"Há exagero do governo [americano] em dizer a toda hora que os drones são a melhor coisa que existe", reclamou em teleconferência nesta semana o almirante Dennis Blair, que de janeiro de 2009 a maio de 2010 foi Diretor Nacional de Inteligência.
"Isso é uma visão de curto prazo para algo que será um problema de longo prazo", afirmou.
Blair, como outros críticos militares e civis, não vê erro no uso de drones, que descreve como "evolução dos franco-atiradores usados por Estados contra inimigos de peso em situações de guerra".
Tampouco teme que ele se reverta a favor dos inimigos --a tecnologia dos robôs armados ainda é privilégio dos Estados Unidos e só agora começa a ser desenvolvida por Israel; além disso, para que ela tenha serventia é preciso contar com uma ampla rede de inteligência da qual outros governos e atores não estatais carecem.
O problema, ressalta o militar, é que falta ao governo transparência para explicitar sua política e a inexistência de balizas ao conduzi-la.
Micah Zenko, um especialista em segurança do influente centro de estudos Council on Foreign Relations, concorda e lista as consequências do silêncio público.
Autor de um estudo abrangente e sóbrio sobre o tema apresentado nesta semana, ele aponta para uma corrosão do "soft power" americano e para a alienação da opinião pública doméstica --ambos, a seu ver, fundamentais para amparar as operações.
"Nas áreas tribais do Paquistão e nas zonas rurais do Iêmen, os drones são a cara da política externa dos Estados Unidos. E, porque nós não articulamos nem descrevemos nossa política, permitimos que outros o façam", ponderou Zenko em entrevista à imprensa. "É um erro estratégico de comunicação."
Seu relatório, "Reformando as Políticas de Ataque com Drones dos Estados Unidos", traz recomendações à Casa Branca, ao Congresso dos Estados Unidos e às instituições internacionais, quase todas voltadas à melhor divulgação de informações, no primeiro caso, e à supervisão e à revisão das ações militares americanas, nos demais.
Uma de suas propostas é a criação de uma associação internacional de fabricantes de drones, que poderia coletar informações e produzir dados hoje inexistentes.
CIVIS
Por ora, o pesquisador usa uma média de estimativas de ONGs para contabilizar em 3.430 os assassinatos por drones nos últimos 12 anos. Ao menos 401 deles, calcula, são de civis. Mas muito poucos, frisa, são de líderes terroristas de alto escalão.
"O governo Obama afirma, por questões legais, que todos os indivíduos visados são líderes sêniores da Al Qaeda e que representam uma ameaça significativa e iminente à segurança dos Estados Unidos", afirma. "Na verdade, não são essas pessoas que os Estados Unidos visam, e isso traz à tona a questão dos 'signature strikes'."
Os "signature strikes" de que Micah Zenko fala são ações que visam militantes não identificados com base em seu perfil, seus padrões de comportamento e redes de contatos --uma aplicação, com pena capital, da máxima "diga-me com quem andas que te direi quem és".
"Os Estados Unidos deveriam explicar melhor sua política e rever esse aspecto, limitando os assassinatos a líderes de organizações terroristas internacionais e indivíduos com envolvimento passado ou corrente em tramas contras os Estados Unidos e seus aliados", argumenta Zenko.
No último domingo, o jornal "Washington Post", citando fontes no governo e militares, revelou que uma cartilha de contraterrorismo que vem sendo preparada pelo governo Obama com objetivo de fixar regras claras sobre potenciais alvos de operações de assassinato seletivo nada diz sobre drones.
folha SNB

sábado, 26 de janeiro de 2013

Reino Unido envia ao Mali um avião-espião


A Força Aérea do Reino Unido enviou ao Mali um avião-espião Sentinel R1 para apoiar a operação militar da França contra os islâmicos armados, informa o Ministério da Defesa britânico.

O ministro da Defesa Philip Hammond declarou que o avião “já provou sua importância na Líbia e em operações contra os rebeldes no Afeganistão”.
A Força Aérea do Reino Unido tem em serviço cinco aviões-espiões Sentinel, mas enviou ao oeste da África apenas um deles.
VOZ DA RUSSIA.. SNB

Para Davos, Brasil perde o brilho e Brics se reduzem ao 'C', de China


O encontro anual 2013 do Fórum Econômico Mundial termina neste sábado (26), com a constatação, no que se refere aos mercados emergentes, de que a sigla Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) perdeu brilho e, a rigor, acaba reduzida ao C, de China.
"A China joga em um campeonato próprio", comentou, por exemplo, John Defterios, editor de Mercados Emergentes da CNN, em debate ontem sobre tais mercados.
O programa irá ao ar amanhã e dirá que "a narrativa sobre a ascensão inevitável e impressionante dos Brics" que marcou Davos nos últimos anos agora está sendo substituída por uma avaliação "mais nuançada".
O que é explicável: o crescimento desses países deixou de ser luminoso. Mesmo o da China, na imponente altura dos 7,8%, é o menor desde 1999 --ou seja, desde antes de o Goldman Sachs inventar a sigla, em 2001.
O Brasil é um caso particular de desapontamento: pelas contas do FMI (Fundo Monetário Internacional), cresceu no ano passado apenas 1%, menos da metade do desempenho da África do Sul (2,3%), o segundo pior resultado do grupo.
Como se fosse pouco, a fila anda: já estão na pista os chamados "Próximos 11", países emergentes candidatos a tomar o lugar do que Defterios chamou de "velha guarda". Entre eles, México, Nigéria, Paquistão, Filipinas e Turquia.
De certa forma, o México já atropelou o Brasil como o novo queridinho dos mercados, pelo menos no âmbito latino-americano, até porque cresceu quase quatro vezes mais que o Brasil.
A Nigéria, segundo o presidente de seu banco central, Sanusi Lamido Sanusi, prepara-se para dar um salto para um crescimento de dois dígitos. Para isso, precisa "reexaminar sua relação com a China", de forma a produzir valor agregado na própria África para vender para o país asiático, em vez de simplesmente exportar commodities.
DESAFIO À LÓGICA
É significativo que Carlos Ghosn, o marroquino-brasileiro que preside a Renault-Nissan, tenha cobrado "o desafio à lógica" que representa o fato de o Brasil exportar minério de ferro para a Coreia do Sul, por exemplo, e importar produtos acabados. Ou seja, não produz o valor agregado que a "nova guarda" coloca na agenda.
Já o Brasil não tem ambições tão grandes, ao menos a julgar pelo que disse o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, no debate de ontem. Limitou-se a relatar as medidas já anunciadas pelo governo para aumentar a produtividade, via redução do custo da energia e dos impostos sobre a folha de pagamento.
De todo modo, Tombini reafirmou para a plateia global da CNN, de que Davos é um ótimo condensado, que o Brasil retomará um nível mais robusto de crescimento (3% neste ano).
É justo dizer, de todo modo, que Tombini tem um ponto: o magro crescimento de 2012 não impediu o país de criar 1 milhão de empregos e de viver uma situação de virtual pleno emprego.
São esses diferentes números (baixo crescimento/alto emprego) que criam um cenário em que a popularidade da presidente é elevadíssima internamente, mas a imagem do país, externamente, já não tem o brilho de dois anos atrás
  FOLHA.. SNB

Secretária americana alerta para o risco de um '11-S cibernético'


WASHINGTON - O Estado de S.Paulo
A secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Janet Napolitano, defendeu na quinta-feira em conferência no Woodrow Wilson Center uma lei proposta pelo governo do presidente Barack Obama para ampliar o controle sobre a internet. Segundo ela, os Estados Unidos estão sujeitos a um ciberataque em sua infraestrutura, com uma destruição comparável à da ação terrorista da Al-Qaeda em 11 de setembro de 2001 e aos efeitos da passagem do furacão Sandy,
"Não podemos esperar até que haja um '11 de Setembro' no mundo cibernético. Há coisas que podemos fazer e deveriam estar sendo feitas agora. Se não prevenirem (um ataque), pelo menos mitigariam a extensão de seus danos", afirmou Janet, "Um ciberataque de Estados nacionais ou de grupos extremistas violentos pode ser tão destrutivo quanto o ataque terrorista do 11 de Setembro."
Desde o ano passado, a Casa Branca impulsiona a aprovação da Lei de Proteção e Compartilhamento de Informações Cibernéticas (Cispa, na sigla em inglês). A lei permitiria às autoridades americanas acesso a conteúdos protegidos da internet e a informações confidenciais sobre segurança cibernética de companhias privadas. E-mails e conversas pessoais pela internet poderiam ser monitorados.
Submetido ao plenário do Senado, em agosto, o projeto foi rejeitado, apesar de a maioria dos membros ser do partido democrata. A Casa Branca não desistiu desse caminho e, enquanto pressiona por uma nova votação, prepara um decreto de menor amplitude.
Napolitano não está sozinha nessa pressão. Em sua sabatina na Comissão de Relações Exteriores, na quarta-feira, o senador John Kerry, futuro secretário de Estado, afirmou que a ameaça de ciberataque será, neste século, equivalente à do ataque nuclear, no século 20. O secretário da Defesa, Leon Panetta, por sua vez, teme um "Pearl Harbour cibernético". / D.C.M.
SNB

Armas e mulheres


GAIL COLLINS - THE NEW YORK TIMES - O Estado de S.Paulo
As mulheres nas Forças Armadas dos EUA terão de servir em combate. E não era sem tempo. "Acredito que as pessoas chegaram à conclusão sensata de que não se pode dizer que a vida de uma mulher é mais valiosa do que a vida de um homem", disse-me certa vez a general da reserva da Força Aérea Wilma Vaught.
Desde quando a recomendação tornou-se pública, na quarta-feira, exceto por críticas da Concerned Women for America ("nossas forças militares não podem continuar preferindo a experimentação social e correção política, em lugar de preparar-se para o combate"), a recepção parece em geral positiva.
É difícil lembrar - tantas partes da história recente parecem difíceis de lembrar hoje em dia -, mas foi o espectro de mulheres sob fogo que, mais do que qualquer outra coisa, ajudou a esmagar o movimento por uma Emenda de Direitos Iguais à Constituição dos EUA nos anos 70. "Nós dizíamos que esperávamos que ninguém entrasse em combate, mas, se entrasse, as mulheres deveriam estar lá também", recordou a feminista Gloria Steinem.
O medo de pôr mulheres nas trincheiras dispersou-se em dois fronts. Um, é claro, foi a mudança do modo como o público americano pensa sobre as mulheres. O outro foi a escassez de trincheiras na guerra moderna, quando um oficial nas linhas de frente não está necessariamente numa posição mais perigosa que um trabalhador de apoio.
Shoshana Johnson, uma cozinheira, foi baleada nos dois tornozelos, capturada e mantida em cativeiro por 22 dias após sua unidade ser separada de um comboio que cruzava o deserto iraquiano. Lori Piestewa, como Johnson uma mãe solteira, estava guiando no mesmo comboio repleto de funcionários e trabalhadores de manutenção. Ela estava conduzindo habilidosamente seu Humvee em meio ao fogo de morteiros quando um caminhão imediatamente à sua frente deu uma guinada e a roda dianteira do seu veículo foi atingida por um foguete. Ela morreu no acidente que ocorreu logo em seguida.
A maior preocupação de segurança para mulheres nas forças militares não é realmente tanto o fogo inimigo, mas sim abusos sexuais de colegas. Como o crime é bem pouco denunciado, é impossível dizer quantas mulheres sofrem ataques sexuais quando estão de uniforme, mas 3.192 casos foram registrados em 2011. Permitir que mulheres recebam os benefícios de servir em postos de combate não agravará essa ameaça. Aliás, poderá melhorar as coisas, pois significará mais mulheres nos altos escalões das Forças Armadas e isso, inevitavelmente, levará mais atenção às questões femininas.
A ideia dos militares sobre o que constitui um posto de combate tem mais a ver com burocracia do que com balas. Hoje, as mulheres estão em patrulhas armadas e aviões de caça. Mas não podem ocupar aproximadamente 200 mil postos oficialmente denominados "de combate", que com frequência trazem melhor remuneração e são o trampolim para promoções. O sistema é complicado. Mas os cínicos poderiam especular se algumas altas patentes militares não temem mais a mobilidade hierárquica das mulheres do que o perigo no front.
"Só temos uma mulher que é general quatro estrelas", disse a senadora Kirsten Gillibrand, de Nova York, membro da Comissão das Forças Armadas do Senado, que elogiou a nova recomendação do Estado-Maior. Foi "um grande passo adiante para nossos militares", disse ela, e um passo que não era de fato esperado. Só recentemente, recordou Gillibrand, ela e seus aliados declararam vitória quando meramente conseguiram uma fraseologia na lei de autorização de defesa requerendo que o Departamento de Defesa estudasse a questão de mulheres em combate.
As mulheres constituem hoje quase 15% dos militares americanos e sua disposição de servir tornou possível a mudança para um Exército só de voluntários. Elas assumiram seus postos com tanta tranquilidade que o país mal tomou conhecimento. O espectro que adversários julgavam impensável - nossas irmãs e mães morrendo sob fogo em terras estrangeiras - já aconteceu muitas vezes. Mais de 130 mulheres morreram e mais de 800 foram feridas no Iraque e no Afeganistão. A Câmara dos Deputados tem uma mulher duplamente amputada, a recém-eleita Tammy Duckworth, de Illinois, uma ex-piloto militar que perdeu as duas pernas quando seu helicóptero foi abatido no Iraque.
Percorremos um longo, por vezes trágico, e heroico caminho. / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK
* É COLUNISTA E ESCRITORA 
SNB

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Viatura Blindada Emprego Dual CTEx VBPED

O Centro Tecnológico do Exército (CTEx), órgão do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), cuja missão a pesquisa e desenvolvimento de materiais de emprego militar de interesse do Exército Brasileiro (EB), é o herdeiro de uma antiga tradição da Força Terrestre em apresentar soluções para suas necessidades em material de uso militar.
Em 2008, em um convenio com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, o órgão projetou o protótipo da Viatura Especial de Patrulhamento (VEsPa), utilizando os requisitos apresentados pela Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro (SESEG) e os recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). Após os testes efetuadas pelas polícias civis e militares do Estado, diversas melhorias foram sugeridas e, novamente com recursos da FAPERJ, um novo veículo blindado multiuso e com muito mais capacidade foi desenvolvido, o VEsPa 2, que também objetivava a aplicação por parte das forças policiais.Nascido da experiência adquirida anteriormente com o programa VEsPa e com o objetivo de atender à crescente demanda de utilização de blindados em ambientes urbanos, seja em operações de Manutenção da Paz sob a égide da ONU ou em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), surge o terceiro protótipo de blindado policial do CTEX, a Viatura Blindada de Patrulhamento de Emprego Dual (VBPED), cujo os Requisitos Operacionais Básicos (ROB) priorizavam a proteção balística, mobilidade e logística.

Com capacidade e de transporte de sete militares (motorista, chefe de viatura/comandante e cinco fuzileiros) e sempre privilegiando o uso de componentes comerciais nacionais, ele foi montado sobre o chassi Agrale MA 9.2 e foi equipado com um motor MWM Acteon 4.12 TCE com 150hp a 2200 rpm, com caixa automática Allison LTC 2000. Possui Blindagem Nível III PA2, da Norma NBR 15000, resistente a disparos de calibres 7,62x51mm e 5,56x45 mm, escotilhas e seteiras para disparos. É equipado com uma torreta mecânica para metralhadora leve, mas está sendo idealizado para utilizar um sistema de armas remotamente controlado, como o reparo REMAX."Jornalista Roberto Caiafa

BRASILEIRO NÃO DA VALOR PARA O MATERIAL BELÍCO NACIONAL DA PARA O LEITOR  ENTENDER  ÍSSO..

tecnodefesa  SNB

 


Grupo Inbrafiltro - Gladiador - Blindado Multiuso de Alta Performance

China invade o espaço


A China está se tornando uma potência espacial. Em 2013, tenciona colocar em órbita um grupo de 20 sondas e satélites. Se os lançamentos programados tiverem sucesso, Pequim ultrapassará Moscou e Washington nessa área importante.

Na segunda metade do ano corrente, a China planeja enviar uma sonda de reconhecimento para a Lua. O pouso na superfície lunar será o primeiro na história de programas espaciais chineses, constituindo um novo passo na conquista do espaço. A nova sonda chinesa deverá sobrevoar a Lua, efetuar o respetivo pouso e, depois de transmitir informações sobre a superfície, regressar à Terra. Se tudo correr bem, este será o primeiro desembarque nos últimos 40 anos a seguir ao malogrado pouso de uma sonda soviética nos anos 70 do século passado.
O número de engenhos espaciais colocados em órbita pela China já é igual à quantidade de aparelhos análogos russos. No que se refere aos prazos de serviço técnico dos satélites, a China está à frente da Rússia e, pelo número total de lançamentos, atingiu, em 2010, o nível da Rússia. Naquele ano, os dois países efetuaram 15 lançamentos efetivos. Os foguetes chineses puseram em órbita 20 satélites e os norte-americanos – 35.
Atualmente, a China conta com 200 aparelhos espaciais em órbita, o que constitui 20% do seu número total existente no mundo inteiro. Dos 20 engenhos que pretende colocar em órbita ainda este ano, três quartos serão, direta ou indiretamente, empregues para fins militares, revelou à emissora Voz da Rússia Vladimir Evseev, diretor do Centro Analítico de Pesquisas Político-Sociais.
"A China tem vindo a desenvolver uma sua esquadra submarina, integrando uma série de submersíveis com mísseis balísticos a bordo. Desse ponto de vista, importa muito a questão da navegação, que prevê o uso de sistemas espaciais específicos e de satélites de comunicação. A par disso, a China está aumentando potencialidades relativas ao emprego de complexos de mísseis móveis, que precisam de informações procedentes de satélites."
Pequim continua concretizando seus programas espaciais sob o pano de fundo da criação pelos EUA de uma faixa de defesa antimíssil que se estende do Alasca até à Austrália, passando pelo Japão, Coreia do Sul e Filipinas. A DAM norte-americana tem por objetivo conter o crescimento do arsenal de mísseis chineses, considera Vladimir Evseev. Para tal, poderá reagir a partir do espaço cósmico.
"A China está testando suas possibilidades quanto à contenção dos EUA na esfera espacial, dedicando atenção espacial aos limites geográficos da DAM por possuir um potencial limitado no domínio de mísseis balísticos intercontinentais. Uma das tarefas do atual programa espacial passa pela obtenção de dados completos sobre a existência de bases militares dos EUA. Também se pretende acompanhar lançamentos de mísseis ao abrigo da DAM norte-americana na região asiática e seguir com muita atenção as ações dos Aliados dos EUA – Japão, Coreia do Sul e Taiwan."
Nos primeiros dez anos do século XXI, a China investiu na realização do seu programa espacial cerca de 11 bilhões de dólares, ou seja, uma soma 15 vezes inferior aos meios canalizados para o efeito pelos EUA. Todavia, no que tange aos ritmos de crescimento do financiamento de programas espaciais, a China mantém a liderança mundial incontestável, tendo ultrapassado a Rússia e os EUA.
VOZ DA RUSSIA ..SNB

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013