terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Programa Espacial Brasileiro entre 2012 e 2021. No novo PNAE

O novo Programa Nacional de Atividades Espaciais (Pnae) está pronto. O documento estabelece as diretrizes e ações do Programa Espacial Brasileiro entre 2012 e 2021. No novo PNAE, o aumento da participação da indústria nacional e a implantação de um programa de domínio de tecnologias críticas são as principais metas. A formação e capacitação de pessoal e a ampliação da cooperação internacional também são temas prioritários no documento.

Segundo o presidente Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho, o documento é produto de estudos realizados pela AEB. “Avaliamos os resultados dos três PNAEs anteriores (1996, 1998 e 2005) e também recebemos contribuições de importantes instituições governamentais e privadas em anos recentes”, conta. Além disso, foi feita uma análise da organização e do funcionamento do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE).

“Acreditamos que o documento servirá como apelo à inventividade e ao empreendedorismo no Brasil”, afirma o presidente da AEB. De acordo com José Raimundo Coelho, é preciso atender às crescentes necessidades e demandas espaciais do país. “Precisamos ser capazes de usufruir, soberanamente e em grande escala, dos benefícios das tecnologias, da inovação, da indústria e das aplicações do setor em prol da sociedade brasileira”. Para isso, ele acredita ser necessário priorizar o desenvolvimento e o domínio das tecnologias críticas, “indispensáveis ao avanço industrial e à conquista da necessária autonomia nacional em atividade tão estratégica”. Para José Raimundo, esse domínio só será alcançado com intensa e efetiva participação sinérgica do governo, centros de pesquisa, universidades e indústrias.

No novo documento busca-se, até 2016, concluir e consolidar diversos projetos em andamento, destacando-se os projetos dos Satélites Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres CBERS-3 e CBERS-4, o foguete Cyclone-4, que será lançado a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (MA), o Veículo Lançador de Satélites (VLS), o Veículo Lançador de Microssatélites (VLM), do satélite Amazônia-1 e o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).

No período de 2016 a 2021, denominado como fase de expansão, busca-se o desenvolvimento de novos projetos de maior complexidade tecnológica, compreendendo a continuidade do programa Amazônia (AMZ-1B, AMZ-2), o desenvolvimento de um satélite meteorológico geoestacionário, o lançamento do segundo satélite de comunicação e o desenvolvimento do satélite radar de abertura sintética.

2013 - Este ano será importante para o Programa Espacial Brasileiro. O quarto satélite da série CBERS, o CBERS-3 será lançado. O satélite é importante no monitoramento e na gestão territoriais.

Ainda em 2013, o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), localizado em Alcântara (MA), deverá ficar pronto para os lançamentos do VLS e do Cyclone-4. O Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, localizado em Parnamirim (RN) também passará por reformas.  “Estamos propondo a modernização de boa parte da infraestrutura do CLBI e a recomposição de outra, utilizando a experiência que adquirimos no CLA. Os dois centros de lançamentos são considerados estratégicos”, conta o presidente da AEB.

A formação de recursos humanos para o Programa Espacial Brasileiro será fortalecida em 2013. “Queremos, por meio do programa Ciências sem Fronteiras, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação levar estudantes brasileiros para se especializarem em países já desenvolvidos na área espacial e, também, trazer especialistas desses países para o Brasil. Dessa forma, um dos grandes gargalos de nosso programa espacial, a falta de mão de obra especializada, começará a ser sanado”, completa o presidente da AEB, José Raimundo Coelho.

Fonte: AEB SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Tropas do Mali e França reconquistar duas cidades nas mãos dos jihadistas

Exército do Mali, apoiados por tropas francesas, tomou o controle de duas cidades a partir dos jihadistas instalados no norte. Um é Diabali, a 400 km de Bamako, que foi atacado por Dine Ansar e Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI) há oito dias, o outro é Douentza, na estrada de Gao, no norte, que era de meses nas mãos do grupo terrorista Movimento de Unidade da Jihad na África Ocidental (Muyao).
Diabali recuperação não tem sido fácil. Salafistas foram camuflados entre a população, o que impediu fuga, a fim de evitar o bombardeio da aviação francesa. No entanto, a presença de um grande contingente de tropas em Niono galas (sul Diabali) por três dias foi o suficiente para muitos dos jihadistas para sair. Ontem, uma coluna composta por cerca de 30 veículos blindados e 200 soldados francomalienses finalmente entrou na cidade e deu-lhe algumas horas mais tarde por controlada, embora possa haver algum lutador oculto.
No outro extremo da frente, o Exército maliano decidiu ir um pouco mais para o norte e para além da linha de demarcação que divide o país em dois, para o território controlado jihadista. No entanto, a entrada em Douentza não tem sido uma verdadeira batalha porque dias atrás radicais que decidiu retirar a sua fortaleza de Gao, no norte do país. A cidade foi bombardeada em dias anteriores pela aviação francesa, que resultou em uma goleada de combatentes Muyao.
Além disso, as tropas francesas, que já têm 2.000 tropas no terreno parecem estar se concentrando grande parte de suas forças e material de guerra em Sevare (Mopti), a fim de evitar novas tentativas de avançar jihadistas no sul . Ao mesmo tempo, a aviação continua bombardeando posições dos radicais no norte, e este fim de semana os ataques se intensificaram em Timbuktu e arredores.Na traseira, as tropas africanas para estrelar, ao lado do Exército do Mali, a reconquista do norte são foda corpo com a chegada de novos soldados.Quando a implantação estiver completa terá um total de 5.800, dos quais 300 já estão em solo Mali (100 nigerianos, 100 Togo, Benin 50 e 50 do Senegal).
A maior parte da Missão de Apoio Internacional Mali (mesmo) será composta de 1.200 soldados da Nigéria e 2.000 soldados que, no último minuto, Chad decidiu enviar um pedido direto da França. Parte dessas tropas já estão em Niamey e Mali irá juntar-se estacionado no Níger por um ano sob o coronel Gamou, Tuareg exrebelde integrados no Exército na década de noventa, a avançar para Gao e Kidal.
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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A Força Aérea Argentina avalia a aquisição de alerta de aeronaves Embraer E-99


(Infodefensa.com) Buenos Aires - Sob o PLANCAMIL (Plano de Capacidades Militares), e mais especificamente na área de reconhecimento, vigilância e inteligência que integra os objectivos do plano, a Força Aérea Argentina(FAA) avaliados durante capacidades de 15 dias técnicos e operacionais do aviso de início de aeronaves brasileiraEmbraer E-99 , pertencente à Força Aérea Brasileira(FAB), a fim de realizar o seu potencial aquisição.
A aeronave de alerta precoce e de reconhecimento aéreo, foi recebido nas instalações da Primeira Brigada Aérea da Palomar, com base na província de Buenos Aires, disseram fontes da Força Aérea Argentina para Infodefensa.com , e por um período de dois semanas foram avaliados seu desempenho e comportamento de seus sistemas, para definir se eles são compatíveis com as necessidades operacionais apresentados pela FAA. Durante a avaliação dos seus sistemas, o E-99 aeronaves da FAB, realizou várias missões aeroespaciais de controle e de alerta Antecipada aviões-caça com A4-AR e helicópteros Mi-17E e Bell 212 da Força Aérea Argentina.
A fim de reforçar a segurança e controle aeroespacial, bem como aumentar a sua exploração e reconhecimento, Argentina Força Aérea prevê aquisição de três aeronaves de alerta Antecipada até 2015.
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E=mc2 pode falhar no espaço


Equação local
O físico Andrei Lebed está agitando o mundo da física com uma ideia intrigante, mas que pode ser testada experimentalmente.
Segundo ele, a equação mais emblemática do mundo, a famosa E = mc2 de Albert Einstein, pode estar correta ou não, dependendo de onde você está no espaço.
Lebed propõe que a equação de equivalência entre massa e energia funciona no espaço curvado por um objeto celeste, mas não no espaço plano.
E ele propõe um experimento para testar sua ideia: uma sonda espacial levando consigo átomos de hidrogênio.
O átomo mais simples encontrado na natureza, o hidrogênio, consiste apenas de um núcleo orbitado por um elétron. Os cálculos de Lebed indicam que o elétron pode saltar para um nível de energia mais elevado apenas quando o espaço é curvo. A ideia pode ser testada detectando fótons emitidos durante esses eventos de comutação de energia.
Conceito de massa
A chamada Teoria da Relatividade Especial de Einstein é expressa na famosa equação E=mc2, onde E significa energia, m massa e c a velocidade da luz (elevada ao quadrado).
Os físicos já validaram as ideias de Einstein em inúmeras experiências e cálculos, e em muitas tecnologias, incluindo bombas atômicas, telefones celulares e GPS.
Uma das consequências bem conhecidas da relatividade é que a massa dos objetos curva o espaço ao seu redor.
A chave para o argumento de Lebed reside justamente no conceito de massa.
De acordo com o paradigma aceito hoje, não há diferença entre a massa de um objeto em movimento, que pode ser definida em termos da sua inércia, e a massa outorgada a esse objeto por um campo gravitacional.
Em termos simples, o primeiro conceito, também chamado de massa inercial, é o que faz com que o pára-choques de um carro se dobre com o impacto em um poste, enquanto o segundo, chamado massa gravitacional, é vulgarmente conhecido como "peso".
E=mc<sup>2</sup> pode falhar no espaço
Um pulsar superpesado parece ser pesado demais mesmo para as teorias de Einstein, tendo recentemente colocado a teoria em cheque. [Imagem: David A. Aguilar (CfA)/NASA/ESA]
Massas inercial e gravitacional
Este princípio de equivalência entre as massas inercial e gravitacional vem sendo confirmado com um nível de precisão cada vez mais elevado.
"Mas meus cálculos mostram que, acima de uma certa probabilidade, há uma chance muito pequena, mas real, de que a equação falhe para uma massa gravitacional," disse Lebed.
Quando se mede seguidamente o peso de objetos quânticos - como um átomo de hidrogênio -, o resultado será o mesmo na grande maioria dos casos. Mas uma pequena porção dessas medições vai dar uma leitura diferente, em uma aparente violação de E=mc2.
Isto tem confundido os físicos, mas poderia ser explicado se massa gravitacional não fosse o mesmo que massa inercial, o que é um paradigma em física.
"A maioria dos físicos não concorda com isso porque acredita que a massa gravitacional iguala exatamente a massa inercial," diz Lebed. "Mas o que defendo é que a massa gravitacional pode não ser igual à massa inercial devido a alguns efeitos quânticos na Relatividade Geral, que é a teoria da gravitação de Einstein."
E=mc<sup>2</sup> pode falhar no espaço
Por outro lado, o espaço pode não ser totalmente plano fora do raio de ação das grandes massas:Universo pode ter singularidade não prevista por Einstein. [Imagem: NASA]
Conceito de gravidade de Einstein
De acordo com Einstein, a gravidade é o resultado de uma curvatura no próprio espaço.
Pense em um colchão sobre o qual foram colocados vários objetos, por exemplo, uma bola de pingue-pongue, uma bola de beisebol e uma bola de boliche. A bola de pingue-pongue não fará uma curvatura visível, a bola de beisebol vai fazer um declive muito pequeno e a bola de boliche vai afundar na espuma.
Estrelas e planetas fazem o mesmo para o espaço - quanto maior a massa de um objeto, maior será a cavidade que ele fará no tecido do espaço. Em outras palavras, quanto mais massa, mais forte é o puxão gravitacional.
Neste modelo conceitual da gravitação é fácil ver como um pequeno objeto, como um asteroide errante pelo espaço, eventualmente é pego na "depressão" de um planeta, preso em seu campo gravitacional.
De acordo com o físico, é a curvatura do espaço que torna a massa gravitacional diferente da massa inercial.
Sonda da massa
Lebed sugere testar sua ideia medindo o peso do objeto quântico mais simples: um único átomo de hidrogênio - na verdade, como ele espera que o efeito será extremamente pequeno, serão necessários muitos átomos de hidrogênio.
Veja como funcionaria:
E=mc<sup>2</sup> pode falhar no espaço
Telescópio Einstein é uma das principais esperanças dos físicos para detectar as ondas gravitacionais. [Imagem: NASA]
Em raras ocasiões, o elétron que circula ao redor do núcleo do átomo salta para um nível mais elevado de energia, que pode ser imaginado aproximadamente como uma órbita mais larga. Em pouquíssimo tempo, o elétron volta para seu nível de energia anterior.
De acordo com a equação E=mc2, a massa do átomo de hidrogênio vai mudar junto com a alteração do nível de energia do elétron.
Aqui embaixo, onde o espaço está curvado pela massa da Terra, tudo funciona como bem se sabe. Mas o que aconteceria se levássemos o mesmo átomo a uma certa distância da Terra, onde o espaço não é mais curvado, mas plano?
Certo, o elétron não poderia saltar para níveis mais elevados de energia porque, no espaço plano, ele estaria confinado ao seu nível primário de energia. Não haveria salto no espaço plano.
"Neste caso, o elétron pode ocupar somente o primeiro nível do átomo de hidrogênio," explica Lebed. "Ele não sente a curvatura da gravidade."
Lebed afirma que a nave não teria que ir muito longe: "Nós teríamos que enviar a sonda para o espaço cerca de duas ou três vezes o raio da Terra, e tudo vai funcionar".
Casamento duvidoso
Segundo o físico, seu trabalho é a primeira proposta para testar a combinação da mecânica quântica e da teoria da gravidade de Einstein no Sistema Solar.
"Não há experiências diretas sobre o casamento dessas duas teorias", disse ele. "É importante não só do ponto de vista de que a massa gravitacional não é igual à massa inercial, mas também porque muitos veem esse casamento como uma espécie de monstruosidade. Eu gostaria de testar este casamento. Quero ver se ele funciona ou não."
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Bisturi sônico corta com feixe de som ultrafino


Sons cortantes
Uma lente comum focaliza a luz em um ponto.
Mas basta recobri-la com nanotubos de carbono para que ela faça algo bem mais interessante: converter a luz em um feixe altamente focalizado de som.
O resultado é um dispositivo capaz de focalizar ondas sonoras de alta pressão sobre um ponto preciso.
As aplicações são inúmeras, mas a primeira delas está vindo na forma de um bisturi sônico invisível, que poderá ser usado para fazer cirurgias internas que dispensem grandes aberturas no corpo do paciente.
Hyoung Won Baac e Jay Guo, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, criadores do novo instrumento, lembram que as ondas de luz concentradas já são usadas em medicina, por exemplo, para quebrar pedras nos rins ou alvejar tumores da próstata.
Mas esses feixes ainda são "grosseiros" para o padrão das cirurgias, geralmente na faixa dos centímetros, no máximo vários milímetros.
Efeito optoacústico
O princípio de funcionamento do bisturi sônico - chamado efeito fotoacústico, ou optoacústico - é bem conhecido, mas até agora ninguém havia conseguido gerar um sinal sonoro forte o suficiente para que pudesse ser útil em medicina.
Para isso, os pesquisadores adicionaram ao seu dispositivo a capacidade de amplificação das ondas sonoras, o que é feito com uma camada de nanotubos de carbono e outra camada feita com um polímero conhecido como PDMS (polidimetilsiloxano).
A camada de nanotubos de carbono absorve a luz, gerando calor, que faz com que a camada de polímero se expanda, amplificando o sinal.
Bisturi sônico corta com feixe de som ultrafino
Furos (150 micrômetros de diâmetro) e cortes feitos na simulação de um cálculo renal. [Imagem: Hyoung Won Baac]
A saída é ultra-sônica, ondas sonoras com uma frequência 10.000 vezes mais elevadas do que o ouvido humano pode captar.
Esse feixe de ultra-som age nos tecidos biológicos criando ondas de choque e microbolhas que exercem pressão no alvo, executando furos ou cortes.
Bisturi ultra-sônico
O novo dispositivo concentra ondas sonoras de alta amplitude na forma de uma "linha" de 75 por 400 micrômetros - um micrômetro equivale a um milésimo de milímetro.
"Acreditamos que ele possa ser usado como um bisturi invisível para cirurgias não invasivas," disse Guo. "Nada entra no seu corpo além do feixe de ultra-sons. E ele é tão estreitamente focalizado que pode atuar em células individuais."
O bisturi sônico corta por pressão, e não por calor - os pesquisadores especulam que ele poderá até mesmo permitir a realização de cirurgias sem dor, já que tem precisão suficiente para evitar cortar fibras nervosas.
Em um dos testes, os pesquisadores fizeram um furo de 150 micrômetros em uma pedra extraída de um rim. Agora o aparelho precisará ser avaliado em cirurgias reais, inicialmente em animais.
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Os Mistérios da Antártida serão descobertos dentro de alguns anos


Nas águas do antigo lago Vostok (Leste) pode haver vida e isso será provado dentro de alguns anos, quando for possível elevar água não congelada com microrganismos vivos à superfície das profundezas da geleira. Por enquanto, cientistas russos estudam em conjunto com colegas estrangeiros a geologia do lago e a própria geleira.

Agora é possível apenas levantar gelo de um poço de quatro quilômetros. Sob pressão, água do lago sobe pelo poço e se congela rapidamente. A análise de amostras retiradas mostra que água não contém microrganismos. Mas cientistas russos não duvidam que nas profundezas do lago haja vida. As temperaturas são lá um pouco mais altas. É necessário desenvolver uma nova tecnologia de elevação de água viva e não congelada. É só assim que se pode conhecer tudo sobre a flora e a fauna do lago, tem a certeza o chefe do centro logístico da expedição antártica russa do Instituto da Ártica e Antártica, Viacheslav Martianov:
“Tudo que diz respeito à biota, é necessário fazer em água em estado líquido. Para isso, devemos penetrar no lago, fazer experiências e elevar água em estado vivo. Só assim poderemos tirar conclusões microbiológicas. Mas isso acontecerá dentro de alguns anos, quando for possível elevar água viva e não congelada. Será um processo muito complexo, porque a temperatura média anual na base de Vostok é de 58 graus negativos. Nestas condições, será necessário retirar água de uma profundidade de 4 quilômetros, fazendo com que ela não se congele”.
Cientistas estrangeiros trabalham também na expedição no lago Vostok. Atualmente, por exempro, um pesquisador alemão estuda o sistema de fluxo e refluxo no lago congelado. Para russos é importante que colegas estrangeiros também participem destes trabalhos. Regra geral, os resultados de pesquisas conjuntas são mais exatos, diz o diretor adjunto do Instituto da Ártica e Antártica, Alexander Danilov:
“Sempre fomos investigadores principais do lago. Em diferentes etapas, fomos ajudados por americanos que respondiam por perfuração e não por pesquisas. Franceses ajudam a analisar testemunhos retirados. É obrigatório efetuar tais investigações minuciosas em conjunto com colegas estrangeiros, para que não sejamos acusados de resultados falsificados. Quando, paralelamente aos nossos trabalhos, as pesquisas analíticas são efetuadas também em laboratórios estrangeiros, a confiança nos resultados é de cem por cento”.
A geleira foi perfurada durante mais de 40 anos. Foi necessário não apenas perfurar um poço, mas também retirar dele gelo de milhares de anos da idade. Os ritmos dos trabalhos diminuíam consideravelmente por causa de temperaturas baixas. Só no inverno passado, cientistas russos conseguiram penetrar no lago Vostok, coberto por camadas de gelo antártico de quatro quilômetros de espessura.
Quando começou a perfuração, ninguém podia imaginar que seria possível alcançar águas do maior lago sob a superfície do gelo continental da Antártida. Ao mesmo tempo, as tarefas naquela altura foram absolutamente diferentes, diz Viacheslav Martianov:
“A perfuração na estação durou muito tempo, porque foi necessário analisar a cronologia geológica de alterações climatéricas ocorridas em centenas de milhares de anos. A Universidade de São Petersburgo elaborou uma metodologia que permitiu retirar cuidadosamente, centímetro por centímetro, quase quatro quilômetros de gelo. No início, nada se conhecia praticamente sobre o lago. A principal tarefa da perfuração naquela altura foi estudar alterações climatéricas, o que conseguimos fazer”.
Atualmente, na Antártida é época de verão. A temperatura de ar não desce abaixo de 40 graus negativos. Mas já dentro de um mês os trabalhos ativos devem ser suspensos por causa de frios severos. Cientistas russos voltarão para casa em maio a bordo do navio de investigação Akademik Fiodorov. Durante alguns meses as amostras de gelo do lago Vostok serão analisadas em laboratórios de São Petersburgo.
VOZ DA RUSSIA SEGURANÇA NACIONAL BLOG

ESA e NASA irão juntas à Lua?


A Agência Espacial Europeia (ESA) e a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos EUA (NASA) assinaram um acordo segundo o qual, o módulo de serviço da nave espacial tripulada Orion, que está sendo construída para voos além da órbita baixa da Terra, será criado com base na nave espacial europeia de carga ATV.

O primeiro voo da Orion está previsto para 2017, quando a nave, em modo não-tripulado, deve chegar à Lua. O segundo voo, como se planeja atualmente – já com a participação de pessoas – deve ser realizado em 2021, e o novo acordo entre as agências poderia significar que na tripulação haverá um europeu.
O acordo assinado é mais uma indicação de que a futura exploração do espaço será, o mais provavelmente, um caso de cooperação internacional.
A espaçonave de carga europeia ATV (sigla de Veículo de Transferência Automatizado ou Automated Transfer Vehicle em inglês) é usado para manutenção da Estação Espacial Internacional desde 2008. Durante este tempo, três ATV visitaram a estação, e um quarto, chamado de Albert Einstein está que se preparando para seu voo. Após o voo da quinta ATV em 2014, planeja terminar o programa.
Por outro lado, a Orion está sendo desenvolvida pela NASA juntamente com o novo foguete-portador SLS. Este par deve proporcionar aos Estados Unidos um retorno ativo ao programa espacial tripulado depois da época dos shuttles. No entanto, o próprio novo programa de presença humana no espaço é incerto, embora como objetivo principal na maioria dos casos seja chamada a Lua. Mas o que precisamente se planeja fazer durante o voo, por enquanto é incerto.
Está mais ou menos determinada a primeira expedição (Exploration Mission 1 ou EM-1) em 2017 – a nave espacial Orion, na versão não tripulada, em 17 de dezembro de 2017 será lançado ao espaço pelo novo veículo de lançamento e seguirá rumo à Lua. A segunda Orion pode ser lançado para a Lua em 2021, com uma tripulação de quatro (ou menos) pessoas a bordo. Se espera que a tripulação vai passar três ou quatro dias em órbita lunar antes de voltar para casa.
Segundo o novo acordo, o módulo de serviço da Orion irá acomodar os motores, os tanques, o sistema de gestão térmica, um estoque de água e oxigênio. Além disso, serão instalados na Orion painéis solares em forma de X, típica da ATV.
Tal “entrada” da Europa no programa tripulado dos EUA poderia significar que à medida que avança o trabalho irão começar as negociações já sobre a inclusão de um participante europeu na futura equipe da primeira missão tripulada. Porque atualmente o funcionamento da EEI só é garantido até 2020, esta solução irá proporcionar uma espécie de “transição suave” de um tipo de missões tripuladas para o outro. Obviamente, se tudo correr bem.
De qualquer forma, problemas técnicos podem não ser os principais do programa Orion. A queixa principal que se expressa em relação a ele, é a falta de um objetivo claramente definido dessas missões. Presumivelmente, tudo o que é feito no campo de voos tripulados, deve levar o ser humano a Marte. Mas por enquanto ainda não há um plano claro de como chegar ao Planeta Vermelho. Outra ideia é usar a Orion para um voo tripulado para um asteroide. Uma tarefa ambiciosa e, obviamente, interessante, mas não suscita uma aprovação unânime.
A participação da Europa no projeto, portanto, pode ser considerada como uma espécie de “garantia” de continuação do trabalho. No entanto, os peritos também esperam que a NASA publique algum documento que definirá os objetivos finais do programa tripulado para as próximas décadas.
O mesmo é mais ou menos válido para a Rússia. O recém revelado programa de atividades espaciais da Rússia até 2020 põe o programa espacial tripulado em terceiro lugar por prioridade (após o desenvolvimento da indústria de serviços espaciais e ciência espacial), porque até então ele será baseado principalmente na EEI. No entanto, o texto também contém referências ao fato de que, nos próximos sete anos, será necessário criar um avanço cientifico e tecnológico para futuros voos tripulados ao espaço profundo. Provavelmente, isso implica antes de tudo um voo para a Lua, mas o programa não contem informações mais específicas, talvez porque, por natureza, ele é mais parecido com um plano para satisfazer as necessidades mais prementes da indústria espacial nacional. Voos para outros planetas, em qualquer caso, por agora continuam sendo se não puramente “arte pela arte”, um investimento a prazo bastante longo.
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