segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A Força Aérea Argentina avalia a aquisição de alerta de aeronaves Embraer E-99


(Infodefensa.com) Buenos Aires - Sob o PLANCAMIL (Plano de Capacidades Militares), e mais especificamente na área de reconhecimento, vigilância e inteligência que integra os objectivos do plano, a Força Aérea Argentina(FAA) avaliados durante capacidades de 15 dias técnicos e operacionais do aviso de início de aeronaves brasileiraEmbraer E-99 , pertencente à Força Aérea Brasileira(FAB), a fim de realizar o seu potencial aquisição.
A aeronave de alerta precoce e de reconhecimento aéreo, foi recebido nas instalações da Primeira Brigada Aérea da Palomar, com base na província de Buenos Aires, disseram fontes da Força Aérea Argentina para Infodefensa.com , e por um período de dois semanas foram avaliados seu desempenho e comportamento de seus sistemas, para definir se eles são compatíveis com as necessidades operacionais apresentados pela FAA. Durante a avaliação dos seus sistemas, o E-99 aeronaves da FAB, realizou várias missões aeroespaciais de controle e de alerta Antecipada aviões-caça com A4-AR e helicópteros Mi-17E e Bell 212 da Força Aérea Argentina.
A fim de reforçar a segurança e controle aeroespacial, bem como aumentar a sua exploração e reconhecimento, Argentina Força Aérea prevê aquisição de três aeronaves de alerta Antecipada até 2015.
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E=mc2 pode falhar no espaço


Equação local
O físico Andrei Lebed está agitando o mundo da física com uma ideia intrigante, mas que pode ser testada experimentalmente.
Segundo ele, a equação mais emblemática do mundo, a famosa E = mc2 de Albert Einstein, pode estar correta ou não, dependendo de onde você está no espaço.
Lebed propõe que a equação de equivalência entre massa e energia funciona no espaço curvado por um objeto celeste, mas não no espaço plano.
E ele propõe um experimento para testar sua ideia: uma sonda espacial levando consigo átomos de hidrogênio.
O átomo mais simples encontrado na natureza, o hidrogênio, consiste apenas de um núcleo orbitado por um elétron. Os cálculos de Lebed indicam que o elétron pode saltar para um nível de energia mais elevado apenas quando o espaço é curvo. A ideia pode ser testada detectando fótons emitidos durante esses eventos de comutação de energia.
Conceito de massa
A chamada Teoria da Relatividade Especial de Einstein é expressa na famosa equação E=mc2, onde E significa energia, m massa e c a velocidade da luz (elevada ao quadrado).
Os físicos já validaram as ideias de Einstein em inúmeras experiências e cálculos, e em muitas tecnologias, incluindo bombas atômicas, telefones celulares e GPS.
Uma das consequências bem conhecidas da relatividade é que a massa dos objetos curva o espaço ao seu redor.
A chave para o argumento de Lebed reside justamente no conceito de massa.
De acordo com o paradigma aceito hoje, não há diferença entre a massa de um objeto em movimento, que pode ser definida em termos da sua inércia, e a massa outorgada a esse objeto por um campo gravitacional.
Em termos simples, o primeiro conceito, também chamado de massa inercial, é o que faz com que o pára-choques de um carro se dobre com o impacto em um poste, enquanto o segundo, chamado massa gravitacional, é vulgarmente conhecido como "peso".
E=mc<sup>2</sup> pode falhar no espaço
Um pulsar superpesado parece ser pesado demais mesmo para as teorias de Einstein, tendo recentemente colocado a teoria em cheque. [Imagem: David A. Aguilar (CfA)/NASA/ESA]
Massas inercial e gravitacional
Este princípio de equivalência entre as massas inercial e gravitacional vem sendo confirmado com um nível de precisão cada vez mais elevado.
"Mas meus cálculos mostram que, acima de uma certa probabilidade, há uma chance muito pequena, mas real, de que a equação falhe para uma massa gravitacional," disse Lebed.
Quando se mede seguidamente o peso de objetos quânticos - como um átomo de hidrogênio -, o resultado será o mesmo na grande maioria dos casos. Mas uma pequena porção dessas medições vai dar uma leitura diferente, em uma aparente violação de E=mc2.
Isto tem confundido os físicos, mas poderia ser explicado se massa gravitacional não fosse o mesmo que massa inercial, o que é um paradigma em física.
"A maioria dos físicos não concorda com isso porque acredita que a massa gravitacional iguala exatamente a massa inercial," diz Lebed. "Mas o que defendo é que a massa gravitacional pode não ser igual à massa inercial devido a alguns efeitos quânticos na Relatividade Geral, que é a teoria da gravitação de Einstein."
E=mc<sup>2</sup> pode falhar no espaço
Por outro lado, o espaço pode não ser totalmente plano fora do raio de ação das grandes massas:Universo pode ter singularidade não prevista por Einstein. [Imagem: NASA]
Conceito de gravidade de Einstein
De acordo com Einstein, a gravidade é o resultado de uma curvatura no próprio espaço.
Pense em um colchão sobre o qual foram colocados vários objetos, por exemplo, uma bola de pingue-pongue, uma bola de beisebol e uma bola de boliche. A bola de pingue-pongue não fará uma curvatura visível, a bola de beisebol vai fazer um declive muito pequeno e a bola de boliche vai afundar na espuma.
Estrelas e planetas fazem o mesmo para o espaço - quanto maior a massa de um objeto, maior será a cavidade que ele fará no tecido do espaço. Em outras palavras, quanto mais massa, mais forte é o puxão gravitacional.
Neste modelo conceitual da gravitação é fácil ver como um pequeno objeto, como um asteroide errante pelo espaço, eventualmente é pego na "depressão" de um planeta, preso em seu campo gravitacional.
De acordo com o físico, é a curvatura do espaço que torna a massa gravitacional diferente da massa inercial.
Sonda da massa
Lebed sugere testar sua ideia medindo o peso do objeto quântico mais simples: um único átomo de hidrogênio - na verdade, como ele espera que o efeito será extremamente pequeno, serão necessários muitos átomos de hidrogênio.
Veja como funcionaria:
E=mc<sup>2</sup> pode falhar no espaço
Telescópio Einstein é uma das principais esperanças dos físicos para detectar as ondas gravitacionais. [Imagem: NASA]
Em raras ocasiões, o elétron que circula ao redor do núcleo do átomo salta para um nível mais elevado de energia, que pode ser imaginado aproximadamente como uma órbita mais larga. Em pouquíssimo tempo, o elétron volta para seu nível de energia anterior.
De acordo com a equação E=mc2, a massa do átomo de hidrogênio vai mudar junto com a alteração do nível de energia do elétron.
Aqui embaixo, onde o espaço está curvado pela massa da Terra, tudo funciona como bem se sabe. Mas o que aconteceria se levássemos o mesmo átomo a uma certa distância da Terra, onde o espaço não é mais curvado, mas plano?
Certo, o elétron não poderia saltar para níveis mais elevados de energia porque, no espaço plano, ele estaria confinado ao seu nível primário de energia. Não haveria salto no espaço plano.
"Neste caso, o elétron pode ocupar somente o primeiro nível do átomo de hidrogênio," explica Lebed. "Ele não sente a curvatura da gravidade."
Lebed afirma que a nave não teria que ir muito longe: "Nós teríamos que enviar a sonda para o espaço cerca de duas ou três vezes o raio da Terra, e tudo vai funcionar".
Casamento duvidoso
Segundo o físico, seu trabalho é a primeira proposta para testar a combinação da mecânica quântica e da teoria da gravidade de Einstein no Sistema Solar.
"Não há experiências diretas sobre o casamento dessas duas teorias", disse ele. "É importante não só do ponto de vista de que a massa gravitacional não é igual à massa inercial, mas também porque muitos veem esse casamento como uma espécie de monstruosidade. Eu gostaria de testar este casamento. Quero ver se ele funciona ou não."
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Bisturi sônico corta com feixe de som ultrafino


Sons cortantes
Uma lente comum focaliza a luz em um ponto.
Mas basta recobri-la com nanotubos de carbono para que ela faça algo bem mais interessante: converter a luz em um feixe altamente focalizado de som.
O resultado é um dispositivo capaz de focalizar ondas sonoras de alta pressão sobre um ponto preciso.
As aplicações são inúmeras, mas a primeira delas está vindo na forma de um bisturi sônico invisível, que poderá ser usado para fazer cirurgias internas que dispensem grandes aberturas no corpo do paciente.
Hyoung Won Baac e Jay Guo, da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, criadores do novo instrumento, lembram que as ondas de luz concentradas já são usadas em medicina, por exemplo, para quebrar pedras nos rins ou alvejar tumores da próstata.
Mas esses feixes ainda são "grosseiros" para o padrão das cirurgias, geralmente na faixa dos centímetros, no máximo vários milímetros.
Efeito optoacústico
O princípio de funcionamento do bisturi sônico - chamado efeito fotoacústico, ou optoacústico - é bem conhecido, mas até agora ninguém havia conseguido gerar um sinal sonoro forte o suficiente para que pudesse ser útil em medicina.
Para isso, os pesquisadores adicionaram ao seu dispositivo a capacidade de amplificação das ondas sonoras, o que é feito com uma camada de nanotubos de carbono e outra camada feita com um polímero conhecido como PDMS (polidimetilsiloxano).
A camada de nanotubos de carbono absorve a luz, gerando calor, que faz com que a camada de polímero se expanda, amplificando o sinal.
Bisturi sônico corta com feixe de som ultrafino
Furos (150 micrômetros de diâmetro) e cortes feitos na simulação de um cálculo renal. [Imagem: Hyoung Won Baac]
A saída é ultra-sônica, ondas sonoras com uma frequência 10.000 vezes mais elevadas do que o ouvido humano pode captar.
Esse feixe de ultra-som age nos tecidos biológicos criando ondas de choque e microbolhas que exercem pressão no alvo, executando furos ou cortes.
Bisturi ultra-sônico
O novo dispositivo concentra ondas sonoras de alta amplitude na forma de uma "linha" de 75 por 400 micrômetros - um micrômetro equivale a um milésimo de milímetro.
"Acreditamos que ele possa ser usado como um bisturi invisível para cirurgias não invasivas," disse Guo. "Nada entra no seu corpo além do feixe de ultra-sons. E ele é tão estreitamente focalizado que pode atuar em células individuais."
O bisturi sônico corta por pressão, e não por calor - os pesquisadores especulam que ele poderá até mesmo permitir a realização de cirurgias sem dor, já que tem precisão suficiente para evitar cortar fibras nervosas.
Em um dos testes, os pesquisadores fizeram um furo de 150 micrômetros em uma pedra extraída de um rim. Agora o aparelho precisará ser avaliado em cirurgias reais, inicialmente em animais.
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Os Mistérios da Antártida serão descobertos dentro de alguns anos


Nas águas do antigo lago Vostok (Leste) pode haver vida e isso será provado dentro de alguns anos, quando for possível elevar água não congelada com microrganismos vivos à superfície das profundezas da geleira. Por enquanto, cientistas russos estudam em conjunto com colegas estrangeiros a geologia do lago e a própria geleira.

Agora é possível apenas levantar gelo de um poço de quatro quilômetros. Sob pressão, água do lago sobe pelo poço e se congela rapidamente. A análise de amostras retiradas mostra que água não contém microrganismos. Mas cientistas russos não duvidam que nas profundezas do lago haja vida. As temperaturas são lá um pouco mais altas. É necessário desenvolver uma nova tecnologia de elevação de água viva e não congelada. É só assim que se pode conhecer tudo sobre a flora e a fauna do lago, tem a certeza o chefe do centro logístico da expedição antártica russa do Instituto da Ártica e Antártica, Viacheslav Martianov:
“Tudo que diz respeito à biota, é necessário fazer em água em estado líquido. Para isso, devemos penetrar no lago, fazer experiências e elevar água em estado vivo. Só assim poderemos tirar conclusões microbiológicas. Mas isso acontecerá dentro de alguns anos, quando for possível elevar água viva e não congelada. Será um processo muito complexo, porque a temperatura média anual na base de Vostok é de 58 graus negativos. Nestas condições, será necessário retirar água de uma profundidade de 4 quilômetros, fazendo com que ela não se congele”.
Cientistas estrangeiros trabalham também na expedição no lago Vostok. Atualmente, por exempro, um pesquisador alemão estuda o sistema de fluxo e refluxo no lago congelado. Para russos é importante que colegas estrangeiros também participem destes trabalhos. Regra geral, os resultados de pesquisas conjuntas são mais exatos, diz o diretor adjunto do Instituto da Ártica e Antártica, Alexander Danilov:
“Sempre fomos investigadores principais do lago. Em diferentes etapas, fomos ajudados por americanos que respondiam por perfuração e não por pesquisas. Franceses ajudam a analisar testemunhos retirados. É obrigatório efetuar tais investigações minuciosas em conjunto com colegas estrangeiros, para que não sejamos acusados de resultados falsificados. Quando, paralelamente aos nossos trabalhos, as pesquisas analíticas são efetuadas também em laboratórios estrangeiros, a confiança nos resultados é de cem por cento”.
A geleira foi perfurada durante mais de 40 anos. Foi necessário não apenas perfurar um poço, mas também retirar dele gelo de milhares de anos da idade. Os ritmos dos trabalhos diminuíam consideravelmente por causa de temperaturas baixas. Só no inverno passado, cientistas russos conseguiram penetrar no lago Vostok, coberto por camadas de gelo antártico de quatro quilômetros de espessura.
Quando começou a perfuração, ninguém podia imaginar que seria possível alcançar águas do maior lago sob a superfície do gelo continental da Antártida. Ao mesmo tempo, as tarefas naquela altura foram absolutamente diferentes, diz Viacheslav Martianov:
“A perfuração na estação durou muito tempo, porque foi necessário analisar a cronologia geológica de alterações climatéricas ocorridas em centenas de milhares de anos. A Universidade de São Petersburgo elaborou uma metodologia que permitiu retirar cuidadosamente, centímetro por centímetro, quase quatro quilômetros de gelo. No início, nada se conhecia praticamente sobre o lago. A principal tarefa da perfuração naquela altura foi estudar alterações climatéricas, o que conseguimos fazer”.
Atualmente, na Antártida é época de verão. A temperatura de ar não desce abaixo de 40 graus negativos. Mas já dentro de um mês os trabalhos ativos devem ser suspensos por causa de frios severos. Cientistas russos voltarão para casa em maio a bordo do navio de investigação Akademik Fiodorov. Durante alguns meses as amostras de gelo do lago Vostok serão analisadas em laboratórios de São Petersburgo.
VOZ DA RUSSIA SEGURANÇA NACIONAL BLOG

ESA e NASA irão juntas à Lua?


A Agência Espacial Europeia (ESA) e a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos EUA (NASA) assinaram um acordo segundo o qual, o módulo de serviço da nave espacial tripulada Orion, que está sendo construída para voos além da órbita baixa da Terra, será criado com base na nave espacial europeia de carga ATV.

O primeiro voo da Orion está previsto para 2017, quando a nave, em modo não-tripulado, deve chegar à Lua. O segundo voo, como se planeja atualmente – já com a participação de pessoas – deve ser realizado em 2021, e o novo acordo entre as agências poderia significar que na tripulação haverá um europeu.
O acordo assinado é mais uma indicação de que a futura exploração do espaço será, o mais provavelmente, um caso de cooperação internacional.
A espaçonave de carga europeia ATV (sigla de Veículo de Transferência Automatizado ou Automated Transfer Vehicle em inglês) é usado para manutenção da Estação Espacial Internacional desde 2008. Durante este tempo, três ATV visitaram a estação, e um quarto, chamado de Albert Einstein está que se preparando para seu voo. Após o voo da quinta ATV em 2014, planeja terminar o programa.
Por outro lado, a Orion está sendo desenvolvida pela NASA juntamente com o novo foguete-portador SLS. Este par deve proporcionar aos Estados Unidos um retorno ativo ao programa espacial tripulado depois da época dos shuttles. No entanto, o próprio novo programa de presença humana no espaço é incerto, embora como objetivo principal na maioria dos casos seja chamada a Lua. Mas o que precisamente se planeja fazer durante o voo, por enquanto é incerto.
Está mais ou menos determinada a primeira expedição (Exploration Mission 1 ou EM-1) em 2017 – a nave espacial Orion, na versão não tripulada, em 17 de dezembro de 2017 será lançado ao espaço pelo novo veículo de lançamento e seguirá rumo à Lua. A segunda Orion pode ser lançado para a Lua em 2021, com uma tripulação de quatro (ou menos) pessoas a bordo. Se espera que a tripulação vai passar três ou quatro dias em órbita lunar antes de voltar para casa.
Segundo o novo acordo, o módulo de serviço da Orion irá acomodar os motores, os tanques, o sistema de gestão térmica, um estoque de água e oxigênio. Além disso, serão instalados na Orion painéis solares em forma de X, típica da ATV.
Tal “entrada” da Europa no programa tripulado dos EUA poderia significar que à medida que avança o trabalho irão começar as negociações já sobre a inclusão de um participante europeu na futura equipe da primeira missão tripulada. Porque atualmente o funcionamento da EEI só é garantido até 2020, esta solução irá proporcionar uma espécie de “transição suave” de um tipo de missões tripuladas para o outro. Obviamente, se tudo correr bem.
De qualquer forma, problemas técnicos podem não ser os principais do programa Orion. A queixa principal que se expressa em relação a ele, é a falta de um objetivo claramente definido dessas missões. Presumivelmente, tudo o que é feito no campo de voos tripulados, deve levar o ser humano a Marte. Mas por enquanto ainda não há um plano claro de como chegar ao Planeta Vermelho. Outra ideia é usar a Orion para um voo tripulado para um asteroide. Uma tarefa ambiciosa e, obviamente, interessante, mas não suscita uma aprovação unânime.
A participação da Europa no projeto, portanto, pode ser considerada como uma espécie de “garantia” de continuação do trabalho. No entanto, os peritos também esperam que a NASA publique algum documento que definirá os objetivos finais do programa tripulado para as próximas décadas.
O mesmo é mais ou menos válido para a Rússia. O recém revelado programa de atividades espaciais da Rússia até 2020 põe o programa espacial tripulado em terceiro lugar por prioridade (após o desenvolvimento da indústria de serviços espaciais e ciência espacial), porque até então ele será baseado principalmente na EEI. No entanto, o texto também contém referências ao fato de que, nos próximos sete anos, será necessário criar um avanço cientifico e tecnológico para futuros voos tripulados ao espaço profundo. Provavelmente, isso implica antes de tudo um voo para a Lua, mas o programa não contem informações mais específicas, talvez porque, por natureza, ele é mais parecido com um plano para satisfazer as necessidades mais prementes da indústria espacial nacional. Voos para outros planetas, em qualquer caso, por agora continuam sendo se não puramente “arte pela arte”, um investimento a prazo bastante longo.
VOZ DA RUSSIA ..SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Soldados franceses e malianos entram em Diabali


Uma coluna de cerca de 30 viaturas blindadas, com cerca de 200 soldados  malianos e franceses a bordo, entrou na cidade pelas 09:00 (locais e GMT),  sem encontrar resistência, informou o jornalista da AFP que acompanhava  os militares. 
Ainda assim, os responsáveis de ambos os exércitos temem que, à saída  da cidade, os combatentes islamitas tenham deixado minas no terreno. 
A entrada da coluna, que partira de Niono, 60 quilómetros a sul de Diabali,  foi precedida de voos de reconhecimento de helicópteros das forças armadas  francesas. 
Os habitantes saíram de casa para saudar a chegada dos soldados e alguns  tiraram fotografias com os seus telemóveis. 
A coluna partiu da localidade de Niono, 350 quilómetros a nordeste de  Bamako e 60 quilómetros a sul de Diabali. 
O ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, indicara no domingo  que Diabali ainda não tinha sido retomada pelas forças malianas.  
"Tudo leva a crer que a evolução de Diabali vai ser positiva nas próximas  horas", acrescentou na altura. 
Testemunhos de habitantes afirmaram à AFP que os islamitas tinham abandonado  a cidade depois de ataques aéreos franceses a 17 de janeiro. 
Um grupo fundamentalista islâmico controla o norte do Mali há nove meses,  tendo motivado uma intervenção militar francesa, que começou a 11 de janeiro,  e outra da África Ocidental. 
Cerca de 2.000 soldados franceses estão já no terreno e esperam a chegada  dos militares africanos, da força da Comunidade Económica dos Estados da  África Ocidental.
sicnoticias.sapo.pt..SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Veja como é fabricado o helicóptero utilizado pela presidente Dilma


Para fabricar o helicóptero EC725, utilizado pela presidente Dilma Rousseff, são necessárias 18 mil horas ou dois anos de trabalho. A aeronave tem vidro com filamentos em ouro, pás com interior de papelão e até equipamento blu-ray.
O helicóptero da presidente é fruto de um acordo de € 1,8 bilhão (cerca de R$ 4,67 bi) com as Forças Armadas, para a fabricação de 50 helicópteros do modelo EC725. 
No mercado, com uma configuração mais simples do que a utilizada pela presidente Dilma Rousseff, o EC225 – versão civil do helicóptero EC725– é avaliado em cerca de R$ 57 milhões.O UOL foi a Itajubá (MG) conhecer a única fábrica brasileira de helicópteros, a Helibras, que pertence ao grupo Eurocopter. São cinco grandes etapas que fazem parte do processo de fabricação: montagem, instalação elétrica, pintura, testes e manutenção.
A empresa, que monta as aeronaves de tecnologia francesa, pretende lançar oprimeiro modelo 100% nacional até 2020. O país ainda não possui nenhum modelo com tecnologia totalmente brasileira.
Além da presidente Dilma Rousseff, o modelo também é utilizado pela Petrobras para o transporte de funcionários para plataformas de petróleo.
.O UOL.SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Embraer anuncia produção de helicópteros comerciais e militares


A fabricante brasileira de jatos Embraer  (EMBR3) e a fabricante de helicópteros AgustaWestland, empresa do grupo italiano Finmeccanica, anunciaram nesta segunda-feira a assinatura de um acordo para avaliar a criação de uma joint-venture no Brasil.
Segundo a Embraer, o acordo poderá levar à produção de helicópteros no Brasil para mercado comercial e militar em toda a América Latina.
Em nota publicada no site da AgustaWestland, o presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado, afirma que "esse é um passo importante para a Embraer na medida que continuamos a expandir o nosso negócio. Estamos certos de que as habilidades e competências combinadas da Embraer e AgustaWestland criará grande avlor para os clientes da região", disse.
Para o presidente da AgustaWestland, Bruno Spagnolini, as empresas estão "ansiosas" para iniciar a fabricação de helicópteros no Brasil. "O Brasil é um mercado importante para a AgustaWestland e nós acreditamos que ter uma presença industrial no país nos ajudará a crescer ainda mais, em um dos mercados que crescem mais rápido no mundo", afirma.
Ainda em nota, as duas empresas afirmam que vêem um grande potencial de mercado para heliópteros com dois motores, especialmente para atender as demandas do mercado offshore de petróleo e gás. Além disso, Embraer e Agusta estão de olho no transporte executivo e militar
 UOL, em São Paulo SEGURANÇA NACIONAL BLOG

domingo, 20 de janeiro de 2013

Forças francesas avançam rumo ao norte do Mali


AE - Agência Estado
As forças militares francesas estão avançando rumo ao norte do Mali, dominado por militantes islâmicos, depois de tomar posições nas cidades de Niono e Sevare, disse um porta-voz da operação militar francesa Serval neste domingo. "O avanço para o norte das forças da Operação Serval, que começou há 24 horas, está em curso com tropas dentro das cidades de Niono e Sevare", afirmou o tenente-coronel Emmanuel Dosseur, a repórteres.
Enquanto isso, um vídeo obtido pela agência Associated Press, supostamente filmado por um morador local, mostra a população da cidade de Diabaly inspecionando veículos e armas destruídos por ataques aéreos franceses e forças terrestres do Mali após a fuga de radicais islâmicos.
No sábado, as Forças Armadas do Mali anunciaram que o governo passou a controlar Diabaly, marcando uma conquista importante da ofensiva para expulsar os extremistas do norte e centro do país. "As pessoas estão tranquilas desde que os (militantes) islâmicos deixaram a cidade de Diabaly antes de ela ser tomada pelas forças malinesas e francesas ontem", disse Oumar Coulibaly, que vive na cidade vizinha de Niono.
Diabaly havia sido tomada por grupos ligados a al-Qaeda no início da semana. A área segue bloqueada por um cordão militar e os jornalistas não conseguiram acesso até o momento. Moradores que haviam fugido para a cidade vizinha de Niono e autoridades descreveram como os militantes se retiraram, em sua maioria a pé, da cidade após dias de ataques aéreos franceses que destruíram seus veículos. "Eles tentaram roubar um carro, mas o motorista não parou e eles dispararam no carro e mataram o motorista", disse um oficial de inteligência do Mali que falou em condição de anonimato, porque não estava autorizado a conversar com jornalistas.
Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, havia dito que a força multinacional africana no Mali atingirá 5.500 soldados e irá substituir, dentro de algumas semanas, o exército francês, que permanecerá no país africano apenas em uma função de apoio.
Soldados da Nigéria e do Togo já estão em Bamako, capital do Mali, assinalou Fabius, e soldados do Chade se encontram no leste. "O objetivo, quando reunirmos todas as contribuições, (é que) as forças cheguem a 5.500 homens", apontou o ministro, em entrevista à rádio francesa Europe1.
"Nós estamos lá na linha de frente com os malineses até que (a força multinacional africana) assuma esse papel dentro de algumas semanas. Depois disso, podemos ficar para apoiá-los, mas é função das tropas africanas ficar lá no longo prazo", disse o ministro das Relações Exteriores. As informações são da Associated Press e da Dow Jones. 
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Rússia e China disputam mercado de armamentos do Bangladesh


Após se reunir com a premiê do Bangladesh, Sheikh Hasina, Vladimir Putin anunciou que a Rússia vai conceder a este país um crédito no valor de $1 bilhão, destinado à aquisição de armamentos. Se trata da venda de helicópteros, materiais para a defesa antiaérea e a infantaria.

Provavelmente, os helicópteros serão uma das versões modificadas do Mi-17, o helicóptero de fabrico russo mais popular no mercado internacional de exportações. Países de escassos recursos, como é o caso do Bangladesh, não se podem permitir o luxo de comprar helicópteros de combate novos, como os Mi-35, Mi-28 e Ka-52.
É igualmente provável que o Bangladesh adquira um lote, não muito grande, de mísseis de defesa antiaérea de médio ou curto alcance, como os Buk ou Pechora 2, ou sistemas de defesa antiaérea portáteis. O fornecimento de carros de combate é pouco provável: recentemente o Bangladesh concluiu um contrato de compra de MBT-2000 chineses. No entanto, é bem possível que este país asiático opte por comprar veículos blindados ligeiros de fabrico russo, por exemplo, os BTR-80/82 ou BMP-3.
Atualmente, no mercado de Bangladesh predomina a República Popular da China que, nos últimos anos, concluiu com Daca vários contratos. A China, assim como a Rússia, tem em conta as reduzidas possibilidades financeiras do Bangladesh e tenta fornecer material bélico a este país com base em condições privilegiadas. Em 2011, o Exército do Bangladesh anunciou a aquisição à China de 44 carros de combate MBT-2000 e de três veículos blindados de resgate e evacuação, no valor de $160 milhões. Também foi concluído um contrato que prevê a compra de 16 caças J-7BGI. Segundo este contrato, os chineses concederam cerca de 50% (!) de desconto, tendo o custo de uma unidade deste material blindado constituído apenas $5,85 milhões. A China fornece ainda lanchas de patrulha, bem como modelos novos de armamento naval, incluindo mísseis antinavio para a Marinha de Guerra do Bangladesh.
China, sendo historicamente o maior provedor de armas ao Bangladesh, aproveita as vantagens decorrentes deste fato. Em particular, o Bangladesh possui importante frota de carros blindados obsoletos do tipo 59, de fabrico chinês, que pretende modernizar. Esta encomenda, evidentemente, irá ser realizada por empresas chinesas. Os caças recém-comprados J-7BGI dicarão estacionados na mesma base onde estavam os J-7 chineses de versão mais antiga.
Ao mesmo tempo, o Bangladesh se esforça por diversificar as importações de produtos de alta tecnologia para uso militar e civil. Para além do crédito para compra de armas, a Rússia e o Bangladesh assinaram um convênio de concessão ao Bangladesh de um crédito de $500 milhões para construção da primeira usina atômica deste país.
Embora as ambições do Bangladesh no que se refere a armamentos e tecnologias militares possam, à primeira vista, provocar surpresa, parece que a corrida armamentista pan-asiática não atingiu deste país. Na esfera militar, o Bangladesh não pode nem quer competir com a Índia, que rodeia o seu território por todos os lados. Contudo, as relações com Myanmar (Birmânia), outro vizinho, não são tão desanuviadas. Durante um período prolongado, entre os dois países existiram litígios fronteiriços que periodicamente desembocavam em escaladas de tensão ao longo da fronteira. Pese embora a decisão do tribunal internacional da ONU sobre a fronteira marítima entre o Bangladesh e Myanmar, ainda falta muito para um pleno restabelecimento da confiança.
A instabilidade em Myanmar gera, de vez em quando, a ameaça de afluxo ao Bangladesh de refugiados muçulmanos vítimas de violência étnica e religiosa. Em 2012, o Bangladesh se viu na obrigação de reforçar a proteção da fronteira para evitar a penetração em seu território de grandes massas de refugiados. Ao mesmo tempo, é de salientar que a Rússia e a China, no âmbito de cooperação militar e tecnológica, são os parceiros principais tanto de Myanmar como do Bangladesh. O crescimento econômico destes últimos países fará com que no futuro, eles se tornem mais interessantes para os produtores de armamento russos e chineses e, naturalmente, se tornem também em objeto de competição entre Moscou e Pequim
VOZ DA RUSSIA.. SEGURANÇA NACIONALBLOG

Cazaquistão se equipa com drones russos


O exército do Cazaquistão será equipado com com veículos aéreos não tripulados Sunkar-2 construídos nesse país sob licença russa.

O Sunkar-2 é uma versão local do drone Irkut-10 desenvolvido pela empresa russa Irkut Engineering. O novo drone será entregue a uma dezena de batalhões das forças armadas do Cazaquistão.
O sistema Irkut-10, constituído por dois veículos aéreos não tripulados e por meios terrestres de controle e manutenção, se destina a cumprir, durante 24 horas, missões de reconhecimento e observação aérea.
VOZ DA RUSSIA SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Força africana no Mali terá 5,5 mil soldados, diz França


LETICIA PAKULSKI - Agência Estado
A força multinacional africana no Mali atingirá 5.500 soldados e irá substituir, dentro de algumas semanas, o exército francês, que permanecerá no país africano apenas em uma função de apoio, destacou o chanceler da França, Laurent Fabius, neste domingo. Soldados da Nigéria e do Togo já estão em Bamako, capital do Mali, assinalou Fabius, e soldados do Chade se encontram no leste. "O objetivo, quando reunirmos todas as contribuições, (é que) as forças cheguem a 5.500 homens", apontou o ministro, em entrevista à rádio francesa Europe1. "Nós estamos lá na linha de frente com os malineses até que (a força multinacional africana) assuma esse papel dentro de algumas semanas. Depois disso, podemos ficar para apoiá-los, mas é função das tropas africanas ficar lá no longo prazo", disse o ministro.
Exércitos africanos irão transportar algumas de suas tropas para o Mali, e países da União Europeia, bem como Canadá, têm oferecido assistência. Ele acrescentou que a Rússia também ofereceu ajuda com transporte ao exército francês.
A França lançou uma campanha aérea no Mali há uma semana e colocou tropas terrestres no país, em resposta a um pedido de ajuda do governo malinês para deter rebeldes islâmicos que já controlam o norte do país. A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, um grupo regional de nações ao qual pertence Mali, enviará tropas para auxiliar. O chanceler disse que um processo de transição política no Mali será mediado assim que a integridade territorial do país for restabelecida.
O ministro francês também disse à rádio que a França realizará uma reunião sobre a Síria com a presença do grupo de oposição Coalizão Nacional Síria no dia 28 de janeiro. As informações são da Dow Jones. 
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sábado, 19 de janeiro de 2013

FAB TV – Fique por dentro da rotina dos especialistas da Força Aérea Brasileira

Concentração, sensibilidade e vigor físico. Estas são algumas das características marcantes do especialista em música, o primeiro profissional a ter o dia-dia acompanhado pelo programa "Especialistas da FAB". Veja também um momento de emoção para o militar que fazia sua última apresentação, antes de ir para a reserva. E neste primeiro programa, contaremos ainda um pouco da rotina da Escola de Especialistas de Aeronáutica nas palavras de um ex-aluno.
Fonte: CECOMSAER..SEGURANÇA NACIONAL BLOG

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Sem Chávez, como ficam os negócios bilionários do Brasil na Venezuela?


Envolto em atritos com a Colômbia e disposto a reduzir a dependência dos Estados Unidos, Hugo Chávez provocou uma revolução nos negócios internacionais da Venezuela em seus 13 anos de governo - e alguns empresários brasileiros estão entre os que mais se beneficiaram desse processo.
Com a bênção de Chávez - e muitas vezes apoiadas pelo BNDES - construtoras brasileiras como a Camargo Correa, a Andrade Gutierrez, a Queiroz Galvão e a Odebrecht alcançaram um portfólio de obras hoje estimado em US$ 20 bilhões, segundo José Francisco Marcondes, presidente da Câmara de Comércio Venezuela-Brasil (Camven).
O comércio também se multiplicou. Em 1999, quando Chávez assumiu, as exportações brasileiras para o país eram de US$ 536 milhões. Em 2012, saltaram para US$ 5 bilhões e, como as importações são de apenas US$ 996 milhões, a Venezuela foi responsável pelo terceiro superávit da balança comercial brasileira, só atrás da China e da Holanda (porta de entrada de toda a Europa).
Entre as empresas brasileiras que se animaram a investir no país estão a Gerdau, a Braskem, a Alcicla e o Grupo Ultra. "Estamos vivendo uma onda de nacionalizações na Venezuela, menos das brasileiras", chegou a dizer Chávez em 2009.
"A maior parte das exportações brasileiras têm como destino o governo e as estatais venezuelanas e aumentaram por questões políticas: havia uma preferência de Chávez pelo comércio e projetos com o Brasil ou com outros parceiros não-tradicionais da Venezuela (como China, Irã e Rússia)", diz Fernando Portela, da Câmara de Comércio e Indústria Venezuelana-Brasileira, em Caracas.
José Augusto de Castro, presidente da Associação de Exportadores Brasileiros (AEB), concorda. "Houve uma reorientação de parte dos negócios da Venezuela de países como a Colômbia para o Brasil por questões políticas - e isso não seria possível sem apoio de Chávez."
A constatação, porém, levanta uma dúvida: com o presidente venezuelano afastado do poder - e a perspectiva de que possa não voltar para cumprir o mandato para o qual foi eleito em outubro - como ficam os negócios bilionários do Brasil com a Venezuela?
Continuidade
A resposta depende, antes de tudo, dos possíveis cenários pós-Chávez.
Antes de viajar para Havana, em dezembro, para passar por sua quarta cirurgia em decorrência de um câncer na região pélvica, o líder venezuelano indicou o vice-presidente Nicolás Maduro como seu sucessor.
Chávez não conseguiu voltar para o país nem para a data marcada para sua posse, que foi adiada. E a oposição defende que se não puder reassumir, seriam necessárias novas eleições.
Mesmo nesse cenário, porém, as chances de uma vitória de Maduro são grandes, segundo analistas, em função da comoção causada pela doença do presidente.
E um eventual governo Maduro "representaria a continuidade das boas relações entre Venezuela e Brasil", na opinião de Pedro Silva Barros, da missão do Instituto de Pesquisas Avançadas (Ipea).
"Durante os seis anos em que foi chanceler, Maduro construiu uma relação de confiança com os principais interlocutores do governo brasileiro (Planalto, Itamaraty e outros ministérios) e tem boa relação com os principais atores privados brasileiros que atuam na Venezuela", diz Barros.
Castro e Portela concordam que uma continuidade chavista seria o melhor cenário para os negócios brasileiros, já que líderes opositores poderiam ser menos resistentes a uma reaproximação com Estados Unidos e a Comunidade Andina de Nações (CAN), da qual Chávez retirou a Venezuela em 2011.
Mas ressaltam que, no médio e longo prazo, não é possível descartar uma volta ao poder da oposição ou até um cenário de mudança de direcionamento no chavismo.
"Não pode ser descartada a possibilidade de que um novo governo chavista no médio prazo seja mais vulnerável a pressões de grupos internos ou dos que querem apostar mais nas relações com a Colômbia, por exemplo", avalia Portela.
Mercosul
Em meio a essas incertezas, segundo analistas, há a expectativa de que o Mercosul funcione como uma garantia política e institucional para os negócios brasileiros.
"Os brasileiros não estão tão interessados na redução das tarifas de importação para o mercado venezuelano - até porque seu grande cliente é o governo, que não paga tarifas - mas eles esperam que o avanço da incorporação plena da Venezuela ao bloco funcione como um sinal político de que o Brasil continuará sendo prioridade mesmo sem Chávez", diz o presidente da AEB.
Caracas foi oficialmente aceita no Mercosul em agosto e, em dezembro, líderes da região se reuniram em Brasília para estabelecer o cronograma para sua adequação às regras do bloco.
"Mas na Venezuela não houve um processo amplo de consulta aos empresários privados sobre o tema, porque a negociação está sendo determinada por interesses políticos", reclama Roberto Bottome, editor do informativo VenEconomia, em Caracas.
Ficou definido que, a partir de abril, a Venezuela adotará a mesma nomenclatura de produtos usada no Mercosul e a Tarifa Externa Comum começará a ser aplicada para 28% de seus produtos.
Ainda falta avançar no cronograma de temas como o estabelecimento do livre comércio com outros países do Mercosul e a simplificação do trânsito de pessoas. Porém, no segundo semestre deste ano, a Venezuela já assumirá pela primeira vez a presidência do Mercosul.
Portela preocupa-se com a possibilidade de que as incertezas políticas no país vizinho atrasem esse processo. Para Barros, não há motivos para preocupações - até porque o bloco é visto como uma forma de o governo venezuelano ganhar legitimidade internacional.
"A legitimidade internacional do governo venezuelano tem dois importantes alicerces: o Mercosul-Unasul, cuja maior expressão é o Brasil, e a Alba-Petrocaribe, com Cuba como país-chave, e qualquer movimento político relevante levará em conta essa sustentação", afirma Barros.
Petróleo
Além da questão política, porém, um dos fatores que mais tem impacto sobre os negócios do Brasil com a Venezuela são os preços do petróleo.
"Essa é a variável-chave para se entender o comércio e os negócios com Caracas porque determina a capacidade de pagamento do governo venezuelano", afirma Marcondes.
"Enquanto o valor do petróleo continuar nesse patamar atual dos US$ 110, a Venezuela continuará a ter recursos para investir e comprar produtos brasileiros", concorda Castro.
As relações com o Brasil começaram a avançar a passos rápidos em 2005, quando Chávez e Lula firmaram uma aliança estratégica bilateral.
O setor privado brasileiro, porém, começou a se interessar mais pelo processo quando o petróleo quebrou seus recordes históricos, chegando a US$ 140 dólares em 2008.
Na época, os cofres do governo venezuelano se rechearam de divisas, em um momento em que o setor produtivo do país encolhia em função da instabilidade econômica e conflitos entre o governo e elites econômicas.
Resultado: a Venezuela começou a ter dólar de sobra para investir em parcerias ou pagar por importações, que hoje respondem por cerca de 80% do que o país consome.
Na época, a agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) chegou a anunciar que empresários brasileiros colaborariam em um projeto para construir 200 "fábricas socialistas". E o BNDES prometeu mais de US$ 4 bilhões para projetos no país.
Revisões
Entre 2009 e 2010, alguns desses planos de negócios foram revistos ou esvaziados, enquanto o petróleo caía para US$ 40 e a Venezuela mergulhava em dois anos de crise.
A Braskem cancelou dois projetos no valor de US$ 3,5 bilhões. O governo venezuelano acabou não colocando os recursos que havia prometido na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
Várias "fábricas socialistas" foram deixadas de lado, embora algumas parcerias tenham se concretizado - entre elas uma fábrica de geradores e outra de processamento de alimentos entregues pela Fundação Certi, de Santa Catarina.
Ainda assim, o governo brasileiro continuou a avançar em projetos bilaterais, com a participação de instituições como a Caixa Econômica Federal (que apoia a versão local do Minha Casa, Minha Vida) e a Embrapa.
Agora, com a volta do petróleo ao patamar dos US$ 100, há quem veja as relações com bastante otimismo.
"Os projetos executados por empresas brasileiras têm aumentado na Venezuela", diz Barros. "Há muitos projetos novos, de menos de dois anos: termelétricas, projetos de produção de etanol de cana-de-açúcar e uma hidrelétrica."
Chávez e a presidente Dilma Rousseff se comprometeram a integrar o sul da Venezuela e a região amazônica brasileira, e uma proposta de agenda para esse projeto seria apresentada em junho, segundo Barros.
Marcondes espera que o comércio dobre em cinco anos.
Para Portela, porém, o problema é que mesmo se as trocas comerciais crescerem, será difícil que o governo brasileiro consiga mitigar as suas desigualdades.
"As importações venezuelanas para o Brasil ainda são muito baixas", diz Portela. "Mas, para que os empresários do país sejam convencidos do benefício da integração, mais além de qualquer afinidade política entre governos, o ideal seria que o comércio fosse mais equilibrado - e, sem isso, é possível que a integração via Mercosul encontre sérias dificuldades no médio prazo."
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