terça-feira, 27 de novembro de 2012

Nova tecnologia Thales

Sensores, radares e equipamentos de comunicações, partes vitais de um navio militar, estão usualmente montados em mastros complexos, de difícil integração e que demandam extensos e custosos testes visando eliminar interferências e validar desempenhos. A Thales Netherlands desenvolveu e está colocando em serviço um novo conceito de mastro, totalmente integrado, de concepção modular e que pode ser construído juntamente com o navio, o Integrated Mast, ou I-Mast. Oferecido a Marinha do Brasil formalmente durante a Euronaval 2012 como parte das soluções para o Programa PROSUPER de obtenção de novos meios de superfície, especificamente no caso dos cinco novos Ocean Patrol Vessels (OPV), a tecnologia I-Mast oferece um amplo leque de vantagens. Para conhecê-las de perto, a revista Tecnologia & Defesa esteve na Base Naval Den Helder, da Real Marinha Holandesa, a convite, onde embarcou a bordo do OPV P840 Holland, primeiro navio de sua classe a receber esta revolucionária tecnologia, para acompanhar parte dos testes finais de aceitação para o serviço durante uma saída para alto mar por um dia.Criado para fornecer uma solução única em termos de integração de sensores navais, o I-Mast consiste de uma estrutura modular, compacta e resistente, projetada para receber antenas de comunicações, radares, sensores eletro-ópticos e demais equipamentos associados, maximizando seu funcionamento, reduzindo a necessidade de manutenção e tornando a silhueta do navio que o utiliza mais furtiva (stealth). Adicionalmente, o I-Mast libera espaço no convés e pode ser construído ao mesmo tempo em que o navio que irá recebê-lo vai tomando forma, o que significa menos tempo na carreira do estaleiro, menores prazos de entrega, testes e certificação, e redução de custos.A Holanda, uma nação marítima de longa tradição, optou por manter uma frota de superfície no estado da arte como uma das principais estratégias para a sua defesa. O navio patrulha oceânico da Classe Holland (Holland, Zeeland, Friesland, Groningen) tem por missão manter seguras as águas territoriais holandesas contra ameaças assimétricas (piratas, contrabandistas e traficantes de drogas e armas) além de atuarem como vetores de presença ou como belonaves de resgate em situações de desastres naturais ou questões humanitárias. Em 20 de dezembro de 2007, a Organização de Material de Defesa da Holanda (DMO) e a Thales Nederland assinaram um contrato de 125 milhões de euros para o desenvolvimento e fornecimento de quatro Integrated Mast para esses navios. O Holland (P840), primeiro OPV da Classe, recebeu o I-Mast no final de 2011 e desde então vem procedendo aos trabalhos de integração e verificação final de todos os sistemas, visando a sua volta ao setor operativo da Real Marinha Holandesa.Construídos pelo estaleiro DAMEN em duas localidades (Vlissingen e Galați), os OPV Classe Holland são navios flexíveis, de desenho de casco moderno e capazes de permanecerem por longo tempo em patrulha (mais de 60 dias), apresentando um alto desempenho graças aos 2 motores MAN 12V28/33D diesel de 5460KW. Com 108 metros de comprimento, calado de 4,5 metros e velocidade máxima de 21 nós, os OPV Classe Holland ainda possuem uma apreciável autonomia de 5.000 milhas náuticas a 15 nós. 50 marinheiros formam a sua reduzida tripulação, graças ao intenso automatismo dos sistemas de bordo.O I-Mast integrado ao Holland, e que será instalado nas outras três unidades da classe, formam o Thales Integrated Sensor and Communication Systems (ISCS), que contém os sensores SMILE (radar SEAMASTER 400), SEASTAR (radar SEAWATCHER 100 – vigilância de superfície) e GATEKEEPER (sensor electro-óptico de 360 ​​° de vigilância e alerta baseado em tecnologia IR/TV projetado para combater novas ameaças assimétricas de curto alcance como pequenos barcos e mesmo jet-skis, aumentando a consciência situacional em ambientes costeiros). Os radares de antenas fixas planas multifacetadas SMILE e SEASTAR foram concebidos para detectar alvos litorâneos, difíceis de serem traqueados por um radar de rotação típica. Estes sensores apoiam missões em águas costeiras, graças ao seu baixo tempo de resposta frente a alvos esquivos, possuem a capacidade para operar em condições atmosféricas complicadas e podem lidar com objetos (alvos) pequenos como nadadores na superfície ou periscópios. Adicionalmente, o SEASTAR pode ser usado para guiar o helicóptero orgânico de bordo, usualmente do tipo NFH NH-90. O projeto ainda utiliza um sonar para a detecção de minas.Os OPV Classe Holland estão armados com um canhão naval de fogo rápido Oto Melara de 76 mm montado na proa, um canhão Oto Melara Marlin WS de 30 mm, duas estações para armas de 12.7 mm Oto Melara Hitrole NT's e duas estações para metralhadoras pesadas .50 do tipo M2HB. Todo o armamento pode ser operado de forma automática. Existem mais seis posições para metralhadoras leves FN MAG 7,62 mm operadas manualmente. O navio também está equipado com duas embarcações Fast Raiding Interception and Special Forces Craft (FRISC), utilizadas para abordagens transportando um pelotão de forças especiais. Até 50 soldados podem ser transportados pelo navio em operações militares, e em caso de necessidade, estes OPV podem alojar 40 pessoas em condições satisfatórias de acomodações e higiene (desastres naturais, questões humanitárias ou resgate/salvamento)
.tecnodefesa Segurança Nacional Blog

BNDES libera empréstimo recorde de R$ 22,5 bi para Belo Monte


Vinicius Neder, da Agência Estado
Texto atualizado às 20h00
RIO DE JANEIRO - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou nesta segunda-feira que aprovou financiamento de R$ 22,5 bilhões para a construção da usina hidrelétrica Belo Monte (PA).
Trata-se do maior valor de empréstimo para um projeto da história do banco de fomento. O investimento total na hidrelétrica é estimado em R$ 28,9 bilhões.
Investimentos gerais
Neste ano, o BNDES deverá liberar cerca de R$ 23,5 bilhões para infraestrutura de logística e energia neste ano, entre 20% e 25% a mais do que em 2011, na comparação nominal. O cálculo é do superintendente da Área de Infraestrutura do banco, Nelson Sieffert.
A infraestrutura total, englobando os setores de telecomunicações, saneamento básico, apoio a transportes públicos e ao financiamento de máquinas e equipamentos, deverá chegar a R$ 60 bilhões. Desse total, 40% será desembolsado pelo banco, estimou Roberto Zurli, diretor de Infraestrutura e Insumos Básicos. Os executivos participaram há pouco de coletiva para detalhar a aprovação do financiamento de longo prazo para a usina hidrelétrica de Belo Monte. O empréstimo somará R$ 22,5 bilhões com prazo de 30 anos.Com Reuters
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Ministro da Defesa chinês diz que avanço militar não ameaça o mundo


Reuters
PEQUIM - O desenvolvimento do Exército da China não representa nenhuma ameaça para o mundo, afirmou nesta terça-feira, 27, o ministro da Defesa chinês, Liang Guanglie, em um esforço para acalmar os temores entre os vizinhos asiáticos em meio a prolongadas disputas marítimas.Estados Unidos, Japão e muitos Estados do Sudeste Asiático têm expressado com frequência preocupações com o aumento nos gastos da China com defesa e com a expansão de alcance naval, alegando que os planos de Pequim não são transparentes. "Não há absolutamente nenhuma necessidade disso", disse Liang à Reuters, quando questionado sobre as preocupações dos países vizinhos.
"O Exército chinês precisa desenvolver-se, mas não há nenhuma 'preocupação' ou 'medo' como dizem os estrangeiros", afirmou, antes de uma reunião com o Secretário da Marinha norte-americana, Ray Mabus, que visita o país. "A China não se trata disso".
Cooperação
A crescente influência militar da China coincidiu com um tom diplomático mais assertivo, evidente em disputas com o Japão e o Sudeste Asiático, com relação a ilhas disputadas. A China também disse aos Estados Unidos, que voltaram o foco de sua política externa para a Ásia, para não se envolverem.
Falando no Ministério da Defesa chinês, Liang ressaltou a necessidade de cooperação entre os governos chinês e norte-americano, que pediu à China para que compartilhasse mais sobre suas ambições militares.
"Nós devemos desenvolver laços entre nós, entre nossos dois Exércitos, tocar em algumas de nossas diferenças, resolver pontos de vista conflitantes", disse Liang antes de se encontrar com Mabus.
O Exército chinês realizou testes de voos com seus primeiros caças furtivos e inaugurou seu primeiro porta-aviões, que foi comprado da Ucrânia e reformado. Este mês, revelou um novo helicóptero de combate.
A China também tem aumentado sua evidência nos mares do Sul e do Leste da China este ano, reafirmando sua soberania sobre ilhas ou águas que também são contestadas pelas Filipinas, Vietnã, Malásia, Japão e outros.
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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Petrobras vende bloco em Santos para OGX por US$270 mi


Reuters
RIO DE JANEIRO, 26 NOV - A Petrobras vendeu participação de 40 por cento na concessão BS-4, na bacia da Santos, para a OGX, anunciaram as companhias nesta segunda-feira.
O valor da venda para a empresa de petróleo do empresário Eike Batista foi de 270 milhões de dólares, e inclui os campos de Atlanta e Oliva.
"Essa é a primeira alienação de um ativo da Companhia no âmbito do programa de desinvestimento...", disse a Petrobras em comunicado.
A empresa prevê desinvestimentos totais, dentro do Plano de Negócios e Gestão 2012-2016, de 14,8 bilhões de dólares.
A Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A. permanece como operadora da concessão, com participação de 30 por cento. A Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás também mantém sua participação de 30 por cento na área.
Já a OGX celebrou o acordo.
"Estamos muito satisfeitos com essa aquisição, que demonstra que a OGX está atenta às oportunidades de negócio, no Brasil, que possam contribuir para o crescimento do seu portfólio", comentou Luiz Carneiro, diretor-presidente da OGX em nota.
Os campos de Atlanta e Oliva possuem óleo do tipo pesado, com 14º a 16º API, e estão localizados a 185 quilômetros da costa brasileira, em lâmina d'água de aproximadamente 1.500 metros.
A transação precisa ainda de aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
(Reportagem de Leila Coimbra) 
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A Embraer parte para o ataque


Melina Costa e Roberto Godoy, de O Estado de S. Paulo
"Se fazemos avião, por que não navio?", é assim que Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança, introduz a estratégia da companhia de entrar em uma nova área: a dos navios de guerra. Os planos foram revelados ao Estado ao mesmo tempo em que a companhia se prepara para começar um de seus mais ambiciosos projetos na área de defesa. Ainda hoje, a empresa anuncia que fechou um contrato com o Exército para implementar a primeira fase do Sisfron, o sistema de monitoramento das fronteiras brasileiras, um projeto que deve consumir, ao todo, R$ 12 bilhões. A fração inicial, porém, a cargo da Savis Tecnologia e Sistemas e da OrbiSat (ambas controladas pela Embraer Defesa e Segurança) é de R$ 839 milhões.Mas o que explica essa profusão de projetos inéditos na história da companhia conhecida por seus aviões? Parte da explicação está no renascimento do setor militar do Brasil, que se deu em 2008, quando o governo criou a Estratégia Nacional de Defesa. Só em 2011, o governo investiu R$ 74 bilhões na área de defesa, 23% mais que o valor de 2010. A outra razão está na lógica da própria Embraer: segundo a empresa, fazer navios não é muito diferente de fabricar aviões. E o mesmo, por incrível que pareça, vale para o sistema de monitoramento de fronteiras.
Explica-se: ao construir suas aeronaves, a Embraer basicamente integra fornecedores de 60 mil itens de modo a atingir prazo e custo esperados
Quando a empresa moderniza equipamentos de outros fabricantes, o processo é semelhante. Esse é o caso dos caças F5 da americana Northrop, usados pela Força Aérea Brasileira (FAB). A estrutura dos aviões é pouco alterada, mas o miolo é completamente transformado, com a troca dos componentes eletrônicos.
É exatamente essa expertise - de integrar fornecedores ao redor de um projeto vultuoso - que a companhia espera adotar na construção de embarcações. Para que o plano saia o papel, porém, a empresa precisa de um parceiro responsável pelo casco e já começou a negociar com estaleiros nacionais e estrangeiros. O alvo das ambições da Embraer é o Programa de Reaparelhamento da Marinha, que, entre outros objetivos, anunciou a aquisição de 27 navios-patrulha de 500 toneladas no valor estimado de R$ 65 milhões cada. Até agora, apenas sete dessas embarcações foram encomendadas.
No Sisfron, a lógica da integração de diferentes sistemas também se aplica. Nesse caso, não se trata de reunir as partes de um produto único, como um navio ou um avião, mas um conjunto de produtos e serviços que vão desde o sensoriamento de uma extensão de 650 quilômetros até o desenvolvimento de software e treinamento de equipes. "A integração do todo é o grande diferencial da Embraer. Aviões, muitos fazem, mas nós agregamos valor ao integrar sistemas complexos", diz Marcus Tollendal, presidente da Savis, controlada da Embraer.
Guinada
Diante das oportunidades na área de defesa, a Embraer criou, há dois anos, uma unidade autônoma dedicada a esse mercado. Hoje, a divisão já é responsável por 18% da receita da companhia e deve atingir um faturamento de US$ 1 bilhão até o fim do ano. No terceiro trimestre, o negócio foi o que mais cresceu na comparação com o mesmo período de 2011, contribuindo fortemente para o aumento da margem bruta, que atingiu seu maior nível nos últimos quatro anos. Esse resultado é especialmente bem-vindo no momento em que a carteira de pedidos firmes de aeronaves comerciais da Embraer está em queda. Só no último ano, foram 70 aviões a menos, segundo os analistas do banco JP Morgan.
Uma breve retrospectiva dá uma ideia do tamanho da aposta da Embraer em defesa. Em dois anos, a companhia adquiriu o controle de duas empresas, 50% de participação em uma terceira e criou outras duas. A Embraer trabalha hoje na construção de um satélite e está em fase avançada no desenvolvimento do cargueiro KC-390, uma aeronave que deve levar sua unidade de defesa para um novo patamar.
Até agora, o avião militar mais vendido da Embraer atua em um mercado de US$ 3 bilhões. Para o KC-390, o potencial apenas na reposição de aeronaves antigas, é de US$ 50 bilhões. "Em até dez anos, o KC-390 deve representar um terço da receita da divisão", diz José Antônio Filippo, diretor financeiro da Embraer.
A nova Embraer
Na opinião de especialistas, os investimentos em defesa são, a princípio, benéficos para a empresa. "A companhia diversifica seus produtos e cria um núcleo propulsor de tecnologia, que pode ser usada para tornar a aviação comercial mais competitiva", diz Augusto Assunção, sócio da consultoria PwC no Brasil e especialista no setor aeroespacial. "Ainda mais, os projetos de defesa, por serem longos e ligados a governos, tendem a ser uma fonte de recursos mais sustentável."
Mas nem todos compartilham do otimismo. "O movimento em direção à defesa é bom - o que me preocupa é que essa pode ser uma reação aos resultados fracos da área comercial", diz Stephen Trent, analista de aviação do Citi. Os aviões comerciais são responsáveis por 67% da receita da Embraer - e continuarão sendo o carro-chefe da companhia. O problema é que, ao passo em que as demais fabricantes registram recorde de pedidos, a Embraer amarga uma queda de 40% em sua carteira firme desde o pico, alcançado em 2008.
Por trás desse resultado está uma mudança recente no mercado de aviação, que tem demandado aeronaves maiores que os modelos Embraer. A companhia acredita na recuperação de sua carteira diante de novos pedidos das aéreas americanas - até lá, porém, analistas e investidores estrangeiros mantém cautela em relação aos resultados da empresa, independentemente dos avanços da defesa. Um dado ajuda a entender o porquê. Segundo Trent, as empresas de defesa são negociadas na bolsa por um valor 12% inferior às empresas de aviação comercial. Do ponto de vista dos investidores, muita proximidade com o governo pode trazer reveses. 
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Trem-bala poderá ligar São Paulo a Curitiba, Brasília e BH


Mariana Durão, da Agência Estado
RIO - O governo voltou a estudar a construção de trechos ligando São Paulo a Curitiba, Brasília e Belo Horizonte pelo Trem de Alta Velocidade (TAV), informou o presidente da Empresa de Planejamento Logístico (EPL), Bernardo Figueiredo. "Com a EPL vamos retomar e fazer o estudo de viabilidade das outras ligações", disse Figueiredo, que participou de uma palestra na Câmara de Comércio Americana (Amcham), no Rio.Esses trechos já estavam previstos no lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas acabaram não tendo andamento. De acordo com o executivo, ainda não há uma estimativa dos custos desse projeto. Figueiredo estimou que o valor da tarifa média para viagens no trem-bala fique entre R$ 150 e R$ 200, abaixo da tarifa máxima prevista a preços de hoje pelo governo, de R$ 250.
Prazos
Figueiredo afirmou que a publicação do edital de licitação do TAV deverá sair até o dia 30. Segundo ele não houve atraso e o Tribunal de Contas da União (TCU) já se pronunciou, mas precisa levar o edital ao plenário de ministros. "É preciso respeitar os ritos do TCU", disse, afirmando que o lançamento foi apenas adiado para o dia 29 ou 30.
O edital de concessão do trará como prazo máximo para a entrega de infraestrutura da via do trem ao operador o ano de 2019. Mas a meta do governo é antecipar isso para que o TAV entre em atividade já em 2018, afirmou o presidente da Empresa de Planejamento Logístico (EPL), Bernardo Figueiredo.
A partir da entrega da infraestrutura, o operador selecionado em leilão pelo governo terá seis meses para dar início à operação do trem-bala entre Rio e São Paulo, prevê o edital. "Estou com uma meta minha de entregar (a infraestrutura) até 2018. Quero ganhar dois anos", afirmou Figueiredo, que participou de um evento hoje no Rio.
O projeto de infraestrutura é considerado crítico para o cumprimento do cronograma do TAV e a estimativa do governo é de que leve cinco anos para ser implantado. De acordo com Figueiredo, a previsão hoje é que a parte de infraestrutura responda por R$ 27 bilhões do total de investimento do trem-bala, enquanto a operação demande R$ 8 bilhões (somando R$ 35 bilhões).
Ao longo de 2013, a EPL definirá se a parte estrutural do projeto será realizada por Parceria Público-Privada (PPP), concessão ou mesmo obra pública, o que na avaliação de Figueiredo pode acelerar as obras. A ideia é que a EPL divida a parte de infraestrutura por segmentos e contrate mais de uma empresa para agilizar o processo, adiantou.
A EPL vai elaborar no ano que vem um projeto de engenharia detalhado - que poderá ser contratado no mercado - para dirimir dúvidas sobre custo e risco dessa parte do projeto do TAV. O edital para as obras de infraestrutura deve sair no início de 2014 e a previsão é contratar a obra ainda no primeiro semestre.
A expectativa de Figueiredo é que o edital de concessão da operação e prestação de serviços aos usuários passe pelo plenário de ministros do TCU até quarta-feira. Se isso se confirmar, ele acredita que o edital pode ser lançado até sexta-feira, dia 30. A previsão era que o documento estivesse na rua hoje. "A informação que temos é que a área técnica (do TCU) já se pronunciou", disse. O leilão deverá ocorrer oito meses após a publicação do edital, conforme solicitado pelas empresas candidatas.
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Na terça-feira, os representantes da OTAN e do exército turco começarão a examinar lugares da implantação planejada de sistemas de defesa aérea Patriot na fronteira da Turquia com a Síria. O anúncio foi feito hoje pelo Estado-Maior General das Forças Armadas da Turquia Os sistemas que Ancara tinha pedido à OTAN serão usados contra possíveis ataques de mísseis da Síria, e não para criar uma zona de exclusão aérea ou para usar em operações ofensivas, declarou o Estado-Maior General.



Voz da Russia SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Vírus que "sequestram" computadores aumentam 43% em três meses, diz estudo

Um novo tipo de ataque virtual tem surpreendido internautas em diversos países, inclusive no Brasil. Momentos depois de iniciar o sistema operacional do computador, uma mensagem de alerta, geralmente assinada pelo governo, avisa o usuário que todas as funções do computador, bem como os arquivos armazenados nele, estão bloqueados. A mensagem orienta o usuário a pagar uma "taxa" para que seu computador seja desbloqueado. Na hora do susto, muitos pagam, mas nem todos recuperam o acesso ao computador.O chamado "ransomware" entra em ação depois que o usuário instala um vírus no computador, sem saber, quando clica em um link malicioso recebido por e-mail ou ao acessar uma página de web infectada.
De acordo com a fabricante de antivírus McAfee, o número de amostras de ransomware cresceu 43% no último trimestre. No total, mais de 200 mil amostras deste tipo de malware foram coletadas pela empresa no período. Isso representa quase o triplo de amostras coletadas no mesmo período do ano passado.
"O alto crescimento no número de amostras no último trimestre fez do ransomware uma das áreas de crescimento mais rápido no cibercrime", dizem os analistas da McAfee, no relatório de ameaças do terceiro trimestre.
O crescimento de ataques de ransomware também foi notado pela Symantec em seu relatório de ameaças de outubro. "Neste ano estamos vendo um crescimento na presença de ransomware, não só em se tratando de números, mas também em termos da incorporação de novas técnicas", escreveu Hon Lau, analista de resposta de segurança da Symantec, no relatório.
Como o ransomware funciona?
De acordo com a Symantec, fabricante do antivírus Norton, é comum encontrar amostras de ransomware em banners falsos de publicidade localizados em sites de pornografia. Ao clicar no anúncio, o internauta baixa o vírus para seu computador sem saber. Depois de recebido, o programa é iniciado em segundo plano, trava as funções do computador e exibe a imagem com o aviso, para intimidar o usuário.
Este tipo de ameaça começou a surgir na web ainda em 2009, principalmente na Rússia e países que adotam o idioma. Somente na metade de 2011, os ataques começaram a se espalhar pela Europa e, logo depois, pelos Estados Unidos. Com rapidez, este tipo de ataque ganhou mais relevância entre os cibercriminosos. Confira na galeria abaixo alguns tipos de ransomware encontrados pelos pesquisadores:Na Europa, os cibercriminosos costumam exigir entre 50 euros e 100 euros durante os ataques de ransomware. Nos EUA, as quantias chegam a US$ 200. Em geral, o cibercriminoso define um prazo para o pagamento que, em geral, ocorre pela internet. Contudo, é comum que, mesmo após o pagamento, o usuário não consiga desbloquear o computador - somente após retirar o malware da máquina.
Estimativa da Symantec mostra que os cibercriminosos alcançam taxa de sucesso de cerca de 3% com cada ataque. Após analisar o servidor de uma única amostra de ransomware nos EUA, a empresa estima que o cibercriminoso conseguiu infectar cerca de 68 mil computadores em apenas um mês, o que pode ter lhe rendido cerca de US$ 394 mil.
Novos tipos de sequestro
Segundo Lau, nas primeiras mensagens de ransomware, os cibercriminosos usavam mensagens simples, que exigiam dinheiro em troca do desbloqueio do computador. Em muitos casos, segundo a Symantec, era comum que os ataques usassem uma tela de bloqueio com imagens pornográficas, por exemplo, para obrigar o usuário a fazer o pagamento rapidamente.
Atualmente, no entanto, os cibercriminosos passaram a criar ransomwares específicos para cada país e também com conteúdo que ameaça o usuário com base em possíveis crimes cometidos por ele. Um dos casos nos EUA, por exemplo, é o uso de mensagens com o logotipo do Federal Buereau of Investigation (FBI) com acusações de que o usuário baixou músicas ou vídeos piratas e, por isso, seu computador foi bloqueado para uma investigação do governo.
"Se as estatísticas estão certas sobre a realidade, você pode ter certeza de que essa engenharia social inspirada na aplicação da Lei tem grandes chances de funcionar, principalmente quando combinada com outras técnicas, como bloqueio da tela", explica Lau, no relatório da Symantec.
Em alguns novos "sequestros" de computadores nos EUA, diz a Symantec, há ransomwares que inclusive usam áudio para aumentar o impacto do ataque. Ao exibir a mensagem falsa na tela do computador, o programa malicioso também reproduz uma mensagem (em inglês): "Alerta do FBI: Seu computador está bloqueado por conta de violação de uma Lei federal".
Português e Espanhol
Segundo Fábio Assolini, analista sênior de malware da fabricante de antivírus Kaspersky, os ataques de ransomware ainda são mais comuns nos EUA e Europa. Contudo, a empresa já detectou ransomware nos idiomas espanhol e português, o que pode indicar um avanço deste tipo de ataque à América Latina em breve. "Os ataques ainda são simples, não explorar o bloqueio de arquivos, como os ransomwares disseminados nos EUA e Europa", disse Assolini,
Até agora, a Kaspersky só encontrou um vírus do tipo ransomware no Brasil, menos complexo do que os encontrados nos EUA e Europa. Segundo Fábio, após instalado, o vírus mostra uma tela que acusa a pessoa de usar uma cópia pirata do sistema operacional Windows, da Microsoft. O ataque bloqueia o uso do navegador e sugere que o internauta compre uma suposta cópia original do Windows por apenas R$ 19,90 - o preço da licença original (Windows 7) é de R$ 329.
Para fazer o pagamento, o usuário é levado para uma outra página onde precisa informar o cartão de crédito. No final do processo, em vez de fazer download da versão original do Windows, o usuário tem seu cartão de crédito clonado, mas nem fica sabendo disso. "Os ataques que usam a ideia de pirataria de software não funcionam muito no Brasil, porque o brasileiro não está disposto a pagar por este tipo de produto", diz Assolini.ao iG .
No relatório da Symantec, a empresa aponta que, no primeiro trimestre de 2012, entre 2% e 5% dos ataques de ransomware ocorreram no Brasil. Entre julho e setembro deste ano, a participação do Brasil entre os ataques diminuiu para até 2%, principalmente por conta de pequenos números de ataques que ocorreram em mais países. "O terceiro trimestre mostra o avanço do vírus, com mais ataques na Europa, mas também mais ataques nos EUA", dizem Gavin O'Gorman e Geoff McDonald, analistas da Symantec, no relatório.
Como evitar o sequestro do seu PC
Apesar de o Brasil ainda não estar na mira dos cibercriminosos que sequestram computadores em busca de lucro rápido, os internautas podem tomar algumas precauções para evitar que este tipo de vírus (e muitos outros) infectem o computador. Confira abaixo algumas dicas:
- Evite clicar em anúncios em sites que não são confiáveis;
- Mantenha o seu computador atualizado com as versões mais recentes de Java, Adobe Flash, Acrobat Reader, Windows e do navegador;
- Instale somente programas e aplicativos desenvolvidos por empresas confiáveis;
- Adote um antivírus e mantenha-o atualizado.
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SISFRON - Assinado contrato informe EMBRAER

São Paulo, 26 de novembro de 2012 – O Exército Brasileiro assinou contrato com o consórcio TEPRO, formado por SAVIS Tecnologia e Sistemas S/A e OrbiSat Indústria e Aerolevantamento S/A, empresas controladas pela Embraer Defesa e Segurança, para implementação da primeira fase do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON). O valor do negócio é de R$ 839 milhões.

Esta fase inicial do SISFRON contemplará o monitoramento de aproximadamente 650 quilômetros de fronteira terrestre na faixa que acompanha a divisa do Mato Grosso do Sul com o Paraguai e com a Bolívia, área que está sob a responsabilidade do Comando Militar do Oeste. Serão instalados subsistemas do Sisfron que estarão ligados à 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, em Dourados (MS), ao quartel-general do Comando Militar do Oeste, em Campo Grande (MS), e ao Comando Central do Exército, em Brasília (DF). Na sua totalidade, o Sisfron compreende a vigilância e proteção das fronteiras terrestres do País em uma faixa de 16.886 quilômetros que separa o Brasil de 11 países vizinhos e se estende por dez estados e 27% do território nacional.

“Estamos capacitados a fornecer soluções integradas eficientes e de conteúdo nacional”, disse Marcus Tollendal, Presidente da Savis. “A nossa visão é entregar o SISFRON ao Exército Brasileiro para, posteriormente, exportar este modelo gerando empregos de alto valor agregado no País”.

A SAVIS, empresa da Embraer Defesa e Segurança, foi criada para atuar na gestão integrada de projetos de monitoramento e controle de fronteiras, estruturas estratégicas e recursos naturais, de acordo com as diretrizes da Estratégia Nacional de Defesa. Seu objetivo é fazer frente às necessidades brasileiras no setor de defesa e segurança estimulando o desenvolvimento tecnológico nacional, inclusive para posterior exportação, fortalecendo assim a indústria nacional e a balança comercial brasileira. A OrbiSat Indústria e Aerolevantamento S/A é uma empresa brasileira de base tecnológica, especializada em sensoriamento remoto e radares de vigilância aérea e terrestre, com centros tecnológicos e comerciais em Campinas (SP) e São José dos Campos (SP).

Sobre a Embraer Defesa e Segurança

Com mais de 40 anos de experiência no fornecimento de plataformas e sistemas superiores para Forças Armadas de todo o mundo, a Embraer Defesa e Segurança tem presença crescente no mercado global e cumpre papel estratégico no sistema de defesa do Brasil. O portfólio da Embraer Defesa e Segurança inclui aviões militares, tecnologias de radar de última geração, veículos aéreos não tripulados (VANT) e sistemas avançados de informação e comunicação, como as aplicações de Comando, Controle, Comunicações, Computação e Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (C4ISR). Os aviões e as soluções militares da Embraer estão presentes em mais de 50 forças armadas de 48 países.
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missile tamuz

domingo, 25 de novembro de 2012

China quer desafiar Estados Unidos




Os construtores navais militares chineses estão desenvolvendo o espírito do 18º congresso do PC Chinês. Depois da "oferta ao congresso" do porta-aviões Liaoning, eles se preparam para construir novos navios, declarou o presidente da Corporação Estatal de Construção Naval da China(CSSC) Hu Wenming.Nos seus estaleiros foi concluído o equipamento do cruzador porta-aviões Varyag, comprado à Ucrânia e transformado em Liaoning.

Esta é a primeira declaração, feita depois do 18º congresso do PCC, que confirma a orientação para a modernização e reequipamento da marinha de guerra da China, sublinhou o perito do Instituto do Extremo Oriente Yakov Berger:
"A China tenciona, já há muito tempo, criar a sua frota de porta-aviões. Por enquanto ainda só está sendo estudado o modelo com base noVaryag, mais tarde haverá uma nova construção. Esse objetivo foi referido antes do congresso e já no congresso foi confirmado".
Hu Wenming declarou que a China está preparada para construir maisbases aéreas flutuantes, não referindo um número concreto. Entretanto, o país irá aumentar também a sua capacidade industrial para a produção de armamento e equipamentos para porta-aviões. Segundo o major-general na reserva Vladimir Dvorkin, a China terá toda a capacidade para abandonar a sua situação de único membro permanente do Conselho de segurança da ONU que não possui um único porta-aviões completamente fabricado por meios próprios:
"Não se trata de uma tarefa simples, mas eu penso que a China irá conseguir, visto que já está a criar uma frota de submarinos porta-mísseis. É uma questão de tempo e de recursos. Recursos é uma coisa que a China possui, mas os prazos, com certeza que não serão muito curtos. Mas os chineses nunca pensam à escala do que é imediato".
O programa de construção de porta-aviões está diretamente associado à intenção de possuir novos argumentos nas disputas territoriais com os vizinhos, sublinha Yakov Berger:
"O Japão teve de nacionalizar com urgência as ilhas Senkaku, ou Diaoyudao em chinês. Do ponto de vista da China, se trata de uma venda de ilhas chinesas. A modernização da marinha de guerra deve ser vista como uma resposta a esse passo".
Vladimir Dvorkin considera que o grupo de porta-aviões será um novo argumento da China na disputa geoestratégica com os EUA:
"O objetivo é conservar a sua influência nos mares e estreitos costeiros. Neste momento, nessas zonas predomina a marinha norte-americana. Os EUA apostaram no reforço da sua presença na região do Pacífico, justificando isso com os interesses de segurança. Os porta-aviões são a resposta da China a esses planos dos EUA".
Pelo que se apresenta, o antagonismo entre os EUA e a China no Oceano Pacífico irá aumentar. Isso se deve, em primeiro lugar, à intenção do Pentágono em transferir para lá até 60% de toda a sua marinha, incluindo os grupos de porta-aviões principais. Isso será um golpe nos interesses da China, que considera a região como uma área dos seus interesses e onde tenciona ser ela a ditar as regras. No entanto, parece que os porta-aviões só por si serão insuficientes para alterar a situação político-militar. Pequim entende isso muito bem. Portanto, podemos esperar perfeitamente novas "prendas" político-militares. Desta vez a propósito da sessão de primavera da Assembleia Nacional dos Representantes do Povo da China, na qual será eleito o novo governo do país.

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Israel diz ter testado com sucesso interceptor de foguete mais poderoso


DAN WILLIAMS - Reuters
Um novo escudo aéreo de Israel contra foguetes mais potentes do que aqueles interceptados por Iron Dome no conflito de Gaza passou em seu primeiro teste de campo na semana passada, depois de ser levado para desenvolvimento, disseram autoridades neste domingo.
Eles disseram que Sling de David, anunciado como resposta de Israel aos mísseis de longo alcance de guerrilheiros do Hezbollah libanês e da Síria, abateu um foguete em julgamento secreto em 20 de novembro, que coincidiu com ferozes bombardeios entre Israel e palestinos na Faixa de Gaza.
Preocupado com a deterioração da segurança em todas as frentes com Gaza, Líbano e Síria, e o confronto internacional sobre o programa nuclear do arqui-inimigo Irã, Israel tem acelerado o trabalho em seus escudos de mísseis multi-camadas, com uma grande ajuda dos Estados Unidos.
Uma fonte das indústrias de defesa de Israel disse que Sling de David estava originalmente programado para ensaios ao vivo em 2013, e que este foi antecipado "dado o sentido geral de urgência".
Sling de David usa tecnologia semelhante à do sistema Iron Dome, que Israel diz ter tido uma taxa de sucesso de 90 por cento, interceptando 421 dos foguetes disparados de Gaza em oito dias de combates, que terminaram em um cessar-fogo na quarta-feira.
Também conhecida como Magic Wand, Sling de David está sendo feito pela estatal israelense Rafael Advanced Defence Systems Ltd e pela empresa norte-americana Raytheon Co.
"A conclusão do programa será uma camada significativa do sistema de defesa anti-míssil multi-camadas de Israel", disse o ministro da Defesa, Ehud Barak, em comunicado.
Iron Dome é o mais baixo dos níveis, abordando os foguetes da guerrilha de Gaza e do Hezbollah. Ele foi originalmente concebido para lidar com um alcance de até 70 km, mas os designers dizem que este está sendo ampliado para cerca de 250 km.
O mais alto nível é o interceptor balístico Arrow, projetado para derrubar mísseis de longo alcance iranianos e sírios em altitudes atmosféricas - alta o suficiente para que qualquer ogiva não convencional que poderiam transportar de forma segura fosse destruída. 
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Hezbollah ameaça usar foguetes caso Israel ataque o Líbano


O líder da Hezbollah, Sayyes Hassan Nasrallah, alertou Israel no domingo que milhares de foguetes cairão sobre Tel Aviv e outras cidades israelenses se o governo israelense atacar o Líbano. Em um discurso em comemoração ao festival muçulmano xiita de Ashura, Nasrallah disse que a resposta do Hezbollah a qualquer ataque superaria os ataques de Gaza durante o conflito de oito dias entre Israel e os governantes islâmicos do Hamas da faixa costeira.
"Israel, que foi atingida por um punhado de foguetes Fajr-5 durante oito dias, como lidaria com milhares de foguetes que cairiam em Tel Aviv e outras (cidades)... se decidisse atacar o Líbano?", ele afirmou em um discurso transmitido por vídeo-link para milhares de seguidores xiitas no centro de Beirute.
O Hezbollah, que lutou uma guerra inconclusiva de 34 dias com Israel em 2006, fez voar um "drone" (avião teleguiado) sobre Israel no mês passado, aumentando ainda mais as tensões na região, depois que o país ameaçou bombardear as instalações nucleares do Irã, patrocinador do Hezbollah.
Nasrallah disse que os foguetes disparados contra Israel durante o conflito de Gaza tinham um alcance de 40 a 70 km, enquanto que o Hezbollah pode atacar em qualquer lugar desde a fronteira norte de Israel até o seu porto no Mar Vermelho, ao sul de Eilat.
O festival de luto de Ashura lembra a morte de Hussein, neto do profeta Maomé e da maioria da sua família, levando à divisão do Islã em seitas xiitas e sunitas, uma cisão que continua a atormentar o mundo islâmico.
REUTERS..SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Obama dá passo arriscado


O Estado de S.Paulo
Barack Obama tornou-se o primeiro presidente americano a visitar Mianmar, antiga Birmânia, o pobre país asiático que até muito recentemente era considerado pária e que ensaia uma abertura política e econômica. O histórico acontecimento é a mais forte marca até aqui da mudança de estratégia dos Estados Unidos, sob a administração de Obama, para concentrar as atenções americanas na Ásia, com o objetivo de conter o imenso poder da China na região. Há sinais, porém, de que Obama, na ânsia de fincar a bandeira dos Estados Unidos na vizinhança chinesa, pode ter se precipitado, porque emprestou sua relevância como presidente americano, em pessoa, a um incipiente e ainda incerto processo de democratização.
A visita de Obama coincidiu com a transição de poder na China, o que amplifica possíveis tensões entre Pequim e Washington. A Casa Branca não faz segredo de suas intenções. Ao se aproximar de Mianmar e de outros países do Sudeste Asiático e da região do Pacífico, os Estados Unidos lhes oferecem uma alternativa à relação com a China, normalmente pautada pela presunção chinesa de que esses países são seu quintal. A aproximação vai muito além da diplomacia.
O Departamento de Defesa informou há alguns dias que os americanos pretendem aprofundar os laços militares com o Sudeste Asiático. "O foco dos Estados Unidos na região da Ásia-Pacífico é real, é sustentável e seguirá adiante por um longo período de tempo", disse o secretário de Defesa, Leon Panetta. A presença militar americana deve crescer nas Filipinas e haverá mais exercícios conjuntos com a Austrália e a Nova Zelândia, países cujas relações com a China se ampliaram consideravelmente nos últimos tempos. Além disso, navios de guerra americanos aportaram no Vietnã, indicando a possibilidade de cooperação.
No campo político, os EUA têm se declarado a favor dos organismos multilaterais para a resolução de questões territoriais no Mar do Sul da China, um tema sensível em Pequim. O atual giro de Obama incluiu sua presença na Cúpula da Ásia Oriental, no Camboja, uma maneira de explicitar o apoio de Washington a países que se dispõem a contestar os chineses. Do ponto de vista econômico, a ofensiva americana se traduz na chamada Parceria Transpacífico, uma série de acordos regionais de livre comércio costurados sem a presença da China.
A aproximação com Mianmar aparece nesse contexto, mas também deve ser lida como uma forma de os EUA reafirmarem seu compromisso histórico de estímulo à democracia. A imagem da população de Mianmar com bandeiras americanas e largos sorrisos na recepção a Obama foi a demonstração mais evidente de que a liberdade, estimulada pela diplomacia americana, era ansiada naquele país, após décadas de uma feroz ditadura. No entanto, mesmo a líder oposicionista Aung San Suu Kyi, Prêmio Nobel da Paz em 1991, confidenciou a amigos que considerou a visita de Obama precipitada. O "processo democrático" em Mianmar é totalmente controlado pelos militares, que continuam a violar os direitos humanos e que encontraram maneiras de sujeitar a seus interesses a abertura econômica. Além disso, há uma série de sangrentos conflitos étnicos e religiosos que inviabilizam a organização de Mianmar como um Estado viável no futuro previsível.
Obama, porém, defendeu sua decisão de visitar Mianmar, dizendo que não se tratava de um endosso ao regime, e sim do reconhecimento de que há um processo de abertura impensável no país até bem pouco tempo atrás e que precisa ser apoiado pelo Ocidente - na esperança de que influencie outros países fechados na região, como a Coreia do Norte. Mesmo assim, ao estender a mão aos generais de Mianmar, encerrando a política americana de isolamento daquele país, Obama inaugura a diplomacia do seu segundo governo com a aproximação com um regime cujo compromisso com a democracia está muito longe de ser comprovado. Como mostrou a "Primavera Árabe", o caminho para a transição democrática, principalmente em países com longo histórico de autoritarismo, não é uma linha reta.
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Irã alerta Turquia contra mísseis na fronteira com Síria


Reuters
O Irã afirmou que os planos da Turquia de colocar mísseis de defesa Patriot perto da fronteira com a Síria poderiam adicionar problemas para a região.
A Turquia pediu para a Otan a instalação do sistema Patriot, desenhado para interceptar aviões ou mísseis. O pedido foi feito na semana passada após conversas sobre como aumentar a segurança na fronteira de cerca de 900 km.
"A instalação de tal sistema na região tem efeitos negativos e irá intensificar os problemas na região", afirmou o porta-voz do Parlamento iraniano, Ali Larijani, voltando de uma viagem para a Síria, Líbano e Turquia, de acordo com a agência estatal iraniana Irna.
Ramin Mehmanparast, porta-voz do ministro de Relações Exteriores do Irã, afirmou à agência Isna no domingo que o sistema "não ajudará a resolver a situação na Síria, vai na verdade tornar a situação mais complicada".
A Síria classificou o pedido turco como "provocador", e a Rússia disse que o movimento aumentaria os risco de conflito.
O Irã tem dado apoio ao presidente sírio, Bashar al-Assad, durante os 20 meses de guerra civil. 
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