sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Caça chinês de quinta geração será resultado de ciberespionagem?


O novo caça chinês de quinta feração J-31 efetuou com sucesso o seu primeiro voo e entrará na história como o primeiro exemplar de alta tecnologia militar a dever o seu aparecimento ao êxito na ciberespionagem.

As fontes de inspiração dos criadores da Corporação Aeronáutica de Shengyang foram evidentes logo que apareceram as primeiras imagens do segundo caça chinês de quinta geração. As fotos do seu primeiro voo, que mostram o caça de diferentes ângulos, não deixam dúvidas de que o seu design repete de uma forma bastante fiel os contornos do prometedor caça estadunidense F-35.
Não se pode dizer que o aparecimento do avião chinês inspirado no F-35 tenha sido uma grande surpresa. É largamente conhecido o fato de ter havido, em 2009, a partir de território chinês, uma infiltração nas redes informáticas de uma das empresas construtoras do F-35 com uma posterior entrada na rede do Pentágono e o roubo de uma grande quantidade de dados acerca desse avião. Antes se considerava, porém, que a informação roubada, apesar do seu grande volume, não seria suficiente para copiar o F-35, se bem que permitisse ter uma ideia bastante precisa do seu aspeto e capacidades, assim como preparar métodos para o combater. Por outro lado, pode ter havido outros episódios de roubo de dados sobre o F-35 que os serviços secretos norte-americanos não detetaram ou não divulgaram.
De qualquer forma, não se pode dizer que os chineses tenham copiado o F-35 de uma forma minimamente completa. Para isso seria necessário conhecer o fabrico do motor, do radar de bordo e do sistema de comando. O nível técnico desses e outros componentes está muito à frente das capacidades da indústria chinesa. No protótipo funcional do J-31, segundo tudo indica, estão instalados motores russos RD-93 dos que foram fornecidos à RPC para equipar o caçaFC-1 de exportação.
Se isso for assim, então o mais recente avião de combate chinês tem um propulsor de um caça soviético de quarta geração que nem era o mais avançado, tendo o seu fornecimento à força aérea da URSS sido iniciado em 1983. Já há muitos anos que decorrem os trabalhos para a criação de um motor chinês análogo ao RD-93, conhecido por WS-13 Taishan, mas estarão longe, provavelmente, de estarem terminados. Neste momento faltam também à China outros componentes importantes para um caça de quinta geração, nomeadamente um radar moderno com uma matriz ativa faseada.
Assim, o J-31, tal como o J-20 que levantou voo um ano e meio antes, será mais provavelmente um demonstrador de tecnologia, um protótipo experimental, que ainda vai ter de ser durante muito tempo recheado com os aparelhos e sistemas necessários. Provavelmente, no início as necessidades de componentes e sistemas serão satisfeitas à custa de importações e com uma substituição gradual dos componentes importados por análogos nacionais. Contudo, se oJ-20 é em geral um projeto original, já o J-31 copia o desenho exterior, os parâmetros principais e uma série de outras decisões estruturais de um protótipo estrangeiro.
Com um défice evidente de criatividade por parte dos construtores, oJ-31 se torna no símbolo mais visível da entrada na era da espionagem informática. Apesar de o próprio fenómeno ter já cerca de 30 anos, para muitos ela foi durante demasiado tempo um conceito abstrato. Agora, porém, já existe algo para mostrar aos que ainda consideram a ciberespionagem como algo exótico.
De qualquer forma, o êxito parece ser evidente. Para a China, no entanto, este trabalho de imitação de soluções técnicas estrangeiras poderá não ser completamente inofensivo. O desenvolvimento baseado em tecnologias alheias (compradas ou roubadas) é inevitável numa determinada etapa, mas não pode ser olhado como uma estratégia de sucesso a longo prazo. Os hábitos de copiar anulam o potencial de inovação próprio e trava a acumulação de experiência na realização de projetos complexos autônomos. A URSS, que também tinha poderosos serviços de informação técnico-científicos e que roubava de forma ativa tecnologias ocidentais, demonstrou um maior atraso precisamente nas áreas onde a cópia de modelos estrangeiros tinha sido transformada na opção principal do seu desenvolvimento
Voz Da Russia SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Embraer é favorita em contrato nos EUA


Roberto Godoy e Denise Chrispim Marin, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO/WASHINGTON - O governo americano deve anunciar em dezembro, um mês antes da posse de Barack Obama, o resultado da escolha de sua aeronave de ataque leve e apoio à tropa terrestre, o programa LAS, envolvendo 20 aviões.
O favorito é o turboélice brasileiro A-29 Super Tucano, da Embraer. O contrato vale cerca de US$ 355 milhões. A frota será toda transferida para a aviação militar do Afeganistão. É um negócio importante. A encomenda encaminha um segundo pedido de 100 unidades para atender as forças dos Estados Unidos - estimado em US$ 1 bilhão.
O processo de seleção tem sido tumultuado. Há um ano, a Embraer superou a outra concorrente, a Hawker-Beechcraft, que participava da disputa com o modelo AT-6, muito limitado e fora da especificação definida no Departamento de Defesa.
Anunciado o resultado. a empresa perdedora recorreu à Justiça contestando o critério e pedindo esclarecimentos a respeito do procedimento.
No dia 28 de fevereiro, a Força Aérea dos EUA (USAF) comunicou a decisão de cancelar a compra e abrir um novo edital limitado às duas propostas, da Hawker-Beechcraft e da Embraer.
Em abril, em visita oficial a Washington, a presidente Dilma Rousseff cobrou do presidente dos EUA, Barack Obama a preservação da escolha inicial. "Os EUA sempre falaram no respeito aos contratos. Como é que, agora, não respeitam um deles?", questionou Dilma.
Integrante do grupo de executivos e empresários que acompanhava Dilma, o presidente da Embraer, Frederico Curado, destacou que a importância do contrato está no objetivo estratégico. "A operação com o Departamento de Defesa vale como selo de qualidade para os Super Tucanos", disse.
Concorrência
Políticos do Estado do Kansas, sede da Hawker, movimentaram-se em Washington em favor de uma revisão no processo de aquisição. O então pré-candidato republicano, Newt Gingrich, criticou duas vezes a vitória da empresa brasileira, como "exemplo de negligência do governo" Obama em sua missão de gerar empregos.
Gingrich omitiu o fato de a Embraer planejar produção desses Super Tucanos em Jacksonville, Flórida. Os brasileiros atuam na empreitada com um parceiro local, a Sierra-Nevada Corporation. O vice-presidente, Taco Gilbert, se diz confiante: "As missões LAS exigem aviões feitos para operar em ambiente hostil, prontos para fazer o trabalho de contra insurgência e de ataque leve, tudo a custo reduzido".
Nessa fase final, o Super Tucano - rebatizado Super-T nos Estados Unidos - cresceu em qualidade. Desde julho, o modelo está no oferecendo no mercado sistemas de armas de avançada tecnologia da Boeing Defesa, Espaço e Segurança. A empresa americana fornecerá equipamentos de ponta como o Joint Direct Attack Munition (JDAMS), espécie de kit que transforma bombas "burras" em "inteligentes", para ataques de precisão.
A Boeing foi selecionada pela Embraer para participar do plano destinado a adicionar essas capacidades ao turboélice A-29.
O presidente da Embraer Defesa e Segurança (EDS), Luiz Carlos Aguiar, acredita que a integração de sistemas vai influenciar a disputa LAS. O Super Tucano é o escolhido por forças de dez países e acumula pouco mais de 137 mil horas de voo, das quais cerca de 18,5 mil cumprindo missões de combate. Toda a frota em atividade soma 150 turboélices de ataque e treino. A decisão do Pentágono só será conhecida no fim deste ano.
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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Marinha, Exército e Aeronáutica apresentam prioridades na Câmara


Wilson Silveira

As prioridades das Forças Armadas do Brasil nos próximos anos incluem a construção de um submarino de propulsão nuclear e de submarinos convencionais, a aquisição de navios-patrulha para vigiar a área de exploração do petróleo na camada pré-sal, a modernização do caça supersônico F-5, o desenvolvimento de uma aeronave de última geração pela Embraer e a construção de um helicóptero brasileiro. Além disso, são consideradas prioritárias a fiscalização das fronteiras e a proteção de instalações estratégicas para a segurança nacional.

Os programas mais importantes das três Forças foram apresentados nesta quarta-feira (7) por representantes dos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, que busca subsídios para o debate sobre o Orçamento da União.

Em relação ao Orçamento, os representantes das três Forças afirmaram que os recursos vêm sendo ampliados gradativamente, nos últimos oito anos. Eles afirmam que o montante não é o ideal, mas é o suficiente para levar adiante o planejamento estratégico do setor de defesa nacional.
Submarinos

O representante da Marinha, contra-almirante Antonio Garcez, destacou três projetos. O primeiro deve ser inaugurado pela presidente Dilma Rousseff em novembro, que é a base e o estaleiro para a manutenção e a construção dos submarinos. A segunda etapa são quatro submarinos convencionais, a partir de um acordo entre o Brasil e a França. A terceira fase é um projeto inteiramente nacional, que é a construção do primeiro submarino de propulsão nuclear brasileiro.

“São 4,5 milhões de km² de águas sob jurisdição brasileira – aproximadamente a área daAmazônia Legal e metade do território brasileiro. O submarino convencional não tem capacidade de patrulhar essa área, mas o submarino nuclear”, explica Garcez.

O representante do Exército, general Luiz Felipe Linhares, apresentou projetos para os próximos 20 anos. “Um é o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira (Sisfrom) que permite, em uma ação integrada, diminuir o contrabando e combater o tráfico na fronteira. O outro é o Proteger. Como diz a palavra, é um projeto que visa proteger instalações estratégicas terrestres.”

Caças

O representante da Aeronáutica, brigadeiro-do-ar Maurício Ribeiro, destacou a modernização do caça supersônico F-5 para a defesa aérea, a modernização da aeronave subsônica F-1, própria para ataques no solo. Ele também ressaltou desenvolvimento, pela Embraer, de um jato militar de transporte de última geração, o KC-390. A expectativa é vender mais de 300 aeronaves nos próximos 20 anos, que vão representar um ganho de 23 bilhões de dólares e gerar mais de 12 mil empregos.

“O grande ganho do KC-390 é que ele chega ao mercado mundial no momento em que ele necessita de uma substituição. São aproximadamente 3 mil aeronaves, mais da metade acima de 25 anos de uso, e esse nicho a Embraer tem que aproveitar com preços competitivos e aproveitando esse timing.”

A presidente da comissão, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), disse que a discussão do Orçamento precisa priorizar recursos para os grandes projetos do Brasil, inclusive o do submarino nuclear, da fiscalização das fronteiras, de soberania e fortalecimento do Brasil. “Nós temos dito que o Brasil é um país de paz, e vai continuar pregando a paz. Mas nem por isso precisa ser um país desarmado.”

O Orçamento do ano que vem está em discussão na Câmara e no Senado e precisa ser votado até 22 de dezembro.
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Neutralidade na internet causa mais polêmica no Marco Civil

Além de prever a judicialização dos procedimentos de retirada de conteúdo ilegal da internet e de não contemplar os direitos autorais em seu texto, o projeto de lei do Marco Civil da Internet traz em seu bojo outra polêmica questão - a da neutralidade da internet. De um lado, criadores e produtores de conteúdo a defendem; de outro, as operadoras de telecom não querem o conceito no projeto.

O conceito de neutralidade reza que todos os dados devem trafegar igualitariamente pela grande rede, sem que sejam discriminados. Segundo o relator do projeto, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), não se pode dar preferência, por meio de acordo comercial, à navegação num portal A em detrimento do portal B (por exemplo, dificultando a passagem dos pacotes de rede do portal B no tráfego on-line). Mas as operadoras querem ter o direito de usar sua infraestrutura de internet de acordo com seus próprios interesses, permitindo acesso a mais banda a quem puder pagar, por exemplo.

Segundo Bruno Magrani, professor e pesquisador do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getulio Vargas (FGV), que auxiliou Molon na redação do texto do projeto, a controvérsia com as operadoras surgiu quando inicialmente se sugeriu que deveria haver regulamentação posterior sobre a neutralidade e o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI-Br) deveria ser ouvido sobre o tema.

"As teles logo se eriçaram, dizendo que o Comitê Gestor não poderia regular nada, e sim a Anatel, criando até cizânia dentro do governo. Mas, na verdade, elas já eram contra a neutralidade e usaram isso como pretexto contra o projeto", diz Magrani.

Ele explica que a menção ao CGI-Br (órgão de aconselhamento, não de gestão) visava a orientar juízes em processos futuros tratando do tema, já que a neutralidade, mesmo desejável, tem algumas exceções - por exemplo, é preciso ajustar as redes para combater o envio de spam, prevenir ataques de negação de serviço, calibrar serviços de voz sobre internet, etc.

"O deputado Molon acreditou que o Comitê Gestor poderia dar subsídios ao Judiciário no trato do tema, mas aí veio toda a celeuma", diz. "De qualquer modo, ter neutralidade da internet é garantia de que não haverá violação do livre comércio, nem prejuízo aos consumidores".

Para o professor, mesmo que o texto sofra com o lobby do setor de telecom, "é melhor ter alguma neutralidade na rede do que nenhuma".

Reação das teles - As operadoras de telefonia, responsáveis pela infraestrutura da rede, aguardam a Conferência Mundial de Telecomunicações, que será realizada em Dubai em dezembro, para se posicionarem. Na ocasião, a neutralidade da rede estará em xeque, pois serão revisadas as regras de telecomunicações definidas pela ONU.

De acordo com o diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia (Sinditelebrasil), Eduardo Levy, o setor defende uma solução equilibrada. "Neutralidade é um termo que não dá para ser contra, mas ser neutro não significa que não possamos gerenciar a rede".

O setor espera que a rede possa ser gerenciada de acordo com os usos específicos de empresas e consumidores. De acordo com Levy, não é razoável tratar da mesma maneira o "heavy user", que usa a internet para acessar filmes, e a pessoa que só se conecta para mandar e-mails. "O Correio tem o Sedex, o avião tem a classe executiva. O serviço de internet também deve ser tratado desta forma", defende.

Outros países - Magrani diz que alguns países já saíram na frente, protegendo a neutralidade on-line, como Chile, Holanda e, parcialmente, os Estados Unidos. "Nos EUA, não há neutralidade nas redes de celulares".

Segundo José Francisco de Araújo Lima, diretor de Relações Institucionais, Regulação e Novas Mídias das Organizações Globo, a briga na conferência em Dubai promete. "As telecom não querem a neutralidade pois desejam oferecer mais banda a quem pagar mais; porém, os produtores de conteúdo pretendem fazer face a elas na conferência".

Outra consequência da ausência de neutralidade da internet é o potencial monitoramento das atividades dos internautas por seus provedores, por meio de plataformas polêmicas como a da empresa britânica Phorm, que chegou a ser alvo de processo na União Europeia e cuja atuação no Brasil foi investigada pelo Cade.
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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Empresas francesas buscam novos parceiros para troca de tecnologia


A França demonstra interesse em fazer com o Brasil uma parceira também na área espacial, para possibilitar a construção de satélites e foguetes lançadores no Brasil, um mercado de bilhões de dólares e que se expande entre os países emergentes. Empresas francesas do setor, como Astrium, Thales e Safran, buscam ampliar investimentos no Brasil e promover associações com parceiros brasileiros, pavimentando o terreno para cooperação mais ampla, segundo fontes em Paris.

Em todo o mundo, poucos países são capazes e estão dispostos a cooperar num setor de enorme sensibilidade como o de satélites e foguetes lançadores. No caso da França, a diferença é que os franceses são proprietários de sua tecnologia e podem transferi-la para o Brasil, poupando recursos financeiros e anos de pesquisa.

Além disso, a França tem capacidade de resistir a pressões de terceiros paises contra transferência de tecnologia ao Brasil, como já faz no caso da construção conjunta de submarinos.

A oferta francesa é diferente da cooperação do Brasil com a Ucrânia e a Rússia, por exemplo. Os ucranianos não transferem tecnologia para construção do veículo lançador de satélites na base de Alcântara, no Maranhão. A Rússia, por sua vez, desempenha apenas papel de "avalista" do programa Cruzeiro do Sul, que é para desenvolvimento de lançador de satélite no Brasil.

A parceria espacial entre França e Brasil pode ser facilitada também pela constatação de que os dois lados podem ser complementares com suas respectivas bases na Guiana e em Alcântara.

A avaliação em Paris é que uma eventual parceria com os franceses, baseada no desenvolvimento conjunto de projetos, com absorção de tecnologia e criação de capacidade industrial no Brasil, pode acelerar a conclusão de etapas importantes do programa espacial brasileiro, sua evolução para novas áreas e tecnologias e consolidação de base industrial brasileira para torná-la mais competitiva externamente. O Brasil não é autônomo em todas as tecnologias necessárias ao desenvolvimento de satélites e foguetes lançadores.

O Brasil tem também acordo de cooperação tecnológica e científica com a China, e o governo indicou que quer ampliar a participação brasileira. O satélite CBERS-4, que tem lançamento agendado para agosto de 2014, terá 70 de participação chinesa, que também será responsável por seu lançamento.
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O mundo está se preparando para uma grande guerra


A China realizou o primeiro teste do novo caça de quinta geraçãoShenyang-31 (J-31). A nova exibição de êxitos técnico-militares da China é tanto uma forma de assinalar o 18º Congresso do Partido Comunista como uma demonstração de força aos potenciais adversários.

O J-31 é o segundo modelo de caça de quinta geração. O primeiro, o J-20, foi testado em janeiro. Ambas as versões são aviões furtivos aos radares inimigos. Assim, a China se tornou no segundo país, depois dos EUA, a conceber duas versões de caças de quinta geração simultaneamente, referiu o perito do Centro de Análise Interdisciplinar, Alexei Sukharev:
“É evidente que estamos a assistir ao aparecimento de um novo líder geoestratégico. A longo prazo, ele deve seguramente competir com os EUA. A China, aproveitando o seu poderosíssimo potencial econômico, está a desenvolver todos os atributos necessários para ser a segunda potência mundial, e no futuro talvez a primeira.”
Os caças de quinta geração são claramente um legitimo motivo de orgulho. Mas não se deve excluir a possibilidade de os próximos testes dos J-31 e J-20 demorarem muito tempo e necessitarem mesmo de ajuda externa.
A versão de teste do J-31 tem instalados dois motores russos que podem, no futuro, ser substituídos por motores chineses semelhantes. Segundo bloggers chineses, se pode tratar de motores RD-93. Esses propulsores equipam, nomeadamente, os caças chineses JF-35.
Entretanto, os peritos, ao analisar as fotografias e materiais em vídeo do J-31, referem que o mais provável é os motores do novo caça chinês não terem capacidade de empuxo vetorado ao contrário do caça estadunidense F-22 com o qual se parece muito exteriormente. O J-31 também não tem, provavelmente, a característica de decolagem curta e aterragem vertical.
Os peritos não excluem, porém, a possibilidade de ser precisamente o J-31 a ser apresentado como caça de convés para equipar porta-aviões. Relativamente ao J-20, foram divulgadas suposições de que esse modelo tem um compartimento interior considerável para o armamento, sendo essencialmente um avião de ataque. O J-31, por outro lado, é uma versão de caça mais manobrável, adaptado em primeiro lugar para equipar porta-aviões.
O presidente da Academia dos Problemas Geopolíticos Leonid Ivashov viu no teste do novo protótipo de caça de quinta geração mais um sinal da mudança do equilíbrio de forças global:
“O mundo está a resvalar para uma dura confrontação militar e a China está se preparando. A China está a fazer tudo o que é possível para reequipar o seu exército com meios modernos de combate.  O primeiro porta-aviões foi modernizado e incorporado na Marinha de guerra, submarinos de nova geração são enviados para missões e equipados com mísseis antinavio. Claro que também a aviação é modernizada. Tudo isso é natural. O mundo se está preparando para uma grande guerra. E os seus participantes principais serão os EUA, a China e a OTAN como componente euro-atlântica.”
A China testou o J-20 logo depois do anúncio dos Estados Unidos da sua estratégia de regresso à Ásia. O J-31 levantou voo na província de Liaoning, no nordeste da China, num ambiente de agravamento da tensão na zona de confluência da China, do Japão e da Coreia do Sul. O primeiro voo do novo caça reforçou a posição dura de Pequim na disputa territorial com Tóquio no Mar da China Meridional.
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chele terminou o processo de modernização do submarino de submarinos em estaleiros Shyri Equador, Chile



Quito (Pichincha) -. Ministério da Defesa Nacional (Midena) resolveu toda a rota da modernização de submarinos e BAE equatoriano "Shiri", cujo trabalho foi executado por um contrato assinado em 10 de janeiro de 2008, com os estaleiros e arsenais Marinha (Asmar) do Chile.
Uma comissão formada por membros da Marinha do Equador e executado Midena entrega e recebimento do primeiro submarino em uma cerimônia realizada nas instalações da Asmar, localizada na cidade de Talcahuano, no Chile. Em 25 de outubro aconteceu no Chile com o submarino manobra Shyri Equador, dentro do período de treinamento de segurança no mar.
Da mesma forma o processo de modernização é o submarino BAE "Huancavilca", cuja entrega está prevista para fevereiro de 2014. O custo total dos dois navios é de US $ 125 milhões.
Unidades submarinos são de propriedade da Marinha do Equador, que irão se juntar as tarefas de defesa da soberania nacional, especialmente para um maior controle do mar territorial e combater o tráfico de drogas eo crime transnacional.
O objetivo desse contrato inclui formação de pessoal, manuais e publicações técnicas por parte da empresa chilena. POG / Midena
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Forças Armadas dos EUA compraram 68 aviões não-tripulados Shadow


As Forças Armadas dos EUA encomendaram à empresa AAI mais 68 aviões não-tripulados RQ-7B Shadow. O seu custo e prazo de vida útil não foram indicados.

Atualmente, o exército estadunidense possui cerca de 450 aparelhosRQ-7B Shadow. Os fuzileiros dispõem ainda de cerca de 50 drones. Para além dos Estados Unidos, vários outros países utilizam este tipo de aviões, nomeadamente a Austrália, Roménia e Turquia.
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Ao vivo: 'Melhor está por vir', diz Obama reeleito

Momentos após o fim do discurso de vitória de Obama, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deu parabéns ao presidente reeleito: "A aliança estratégica entre Israel e EUA está mais forte do que nunca. Continuarei a trabalhar com o presidente Obama para garantir os interesses vitais à segurança dos cidadãos de Israel".........Obama diz a seus correligionários: "Nós sabemos, nos nossos corações, que o melhor ainda está por vir. Quero agradecer a todos os americanos que participaram dessa eleição. Se votaram pela primeira vez, ou esperaram na fila por muito tempo - aliás, temos que consertar isso - se esperaram na calçada, ou falaram ao telefone, se ergueram um cartaz de Obama ou Romney, sua voz foi ouvida, e vocês fizeram a diferença. Falei com o governador Romney e parabenizei a ele e a Paul Ryan por uma batalha dura".
No início de seu discurso de reeleição, o presidente dos EUA, Barack Obama, diz: "Obrigado. Obrigado. Muito obrigado. Hoje à noite mais de 200 anos depois de uma antiga colônia ter ganho o direito de determinar seu próprio destino, o teste de aperfeiçoar nossa união avança. Avança por causa de vocês. Avança porque vocês reafirmaram o espírito que triunfou sobre guerra e depressão, que ergueu esse país do desespero. Somos uma família americana, e cairemos e nos ergueremos juntos". 
Em seu discurso de derrota, o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, disse ter parabenizado o presidente Barack Obama pela vitória. Romney acrescentou que espera que o democrata possa solucionar os problemas do país, pois, segundo ele, a "América atravessa tempos difíceis". "Eu acredito na América. Eu acredito no povo da América", afirmou o candidato derrotado.Romney inicia discurso de derrota.Com a vitória de Obama na Virgínia, cresce a expectativa de que Romney fará o discurso de derrota daqui a alguns minutos em Massachusetts.
 BBC Brasil   segurança nacional blog

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Voo não tripulado: Elbit Systems prestes a fechar novos contratos de venda do Hermes 900


A israelense Elbit Systems esta negociando a venda de sistemas aéreos não tripulados (UAS) Hermes 900 para mais três países não revelados, sendo que uma dessas nações espera receber a primeira unidade desse equipamento antes do final do corrente ano.
Já em serviço na Força Aérea de Israel e selecionado pelas Forças Amadas do Chile e da Colômbia, além da Polícia Federal do México, o Hermes 900 possui um peso de decolagem de 1.100 Kg, incluindo 300 Kg de carga útil. O modelo esta envolvido também numa concorrência na Suíça, disputando um contrato de venda com o Heron I da Israel Aerospace Industries (IAI).
A Elbit Systems vem aperfeiçoando o sistema elétrico original do Hermes 900, com o objetivo de adequá-lo para receber avançados sensores a serem requisitados por potenciais usuários. A companhia israelense lançou no ano passado um programa de testes abrangendo varias opções de novos equipamentos embarcados, incluindo um conjunto eletro-óptico/infravermelho Elbit/Elop D- Compass e uma avançada suíte multissensorial que inclui antenas de comunicações e inteligência eletrônica.
Baseado no UAS tático Hermes 450 da própria Elbit, o qual já acumula mais de 250 mil horas de voo, o Hermes 900 tem asas com envergadura de 15 metros e capacidade de voar a uma altitude de 9.150 metros. Sua autonomia de voo alcança 36 horas sem interrupção.
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MB - 20 navios patrulha navios-patrulha de 500 toneladas, do Programa

Normalmente licitados por lote, os navios-patrulha de 500 toneladas, do Programa de Reaparelhamento da Marinha (PRM), podem ser construídos a partir de uma única concorrência. Com previsão inicial de construção de 46 embarcações desse tipo, por diretrizes de reestruturação, a Marinha do Brasil decidiu privilegiar 27 delas. Desse montante, duas já estão em operação e outras cinco em construção. Para as outras 20, a Marinha estuda uma estrutura de financiamento envolvendo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Secretaria do Tesouro Nacional para fazer uma só licitação.

— É um modo inédito e estamos tentando desenvolver. A ideia seria uma licitação com um grande grupo, que vai ter que fazer uma sociedade de propósito específico. Se esse grupo assim quiser, terá acesso a financiamento do BNDES, desde que cumpra as egras do banco. É um modelo extremamente novo, que naturalmente temos dúvidas, mas estamos estudando com muito afinco para tentar tornar isso uma realidade — diz o coordenador do Programa de Reaparelhamento da Marinha (PRM), contra-almirante Petrônio Aguiar. Os navios, acrescenta ele, seriam arrendados à Marinha por 12 anos e, após esse prazo, a instituição teria a opção de compra das embarcações.

O primeiro lote dos navios-patrulha de 500 toneladas, que englobou duas embarcações, foi construído pelo estaleiro Inace, instalado no Ceará, e já foi incorporado à Marinha. Primeiro navio da classe, o NPa Macaé teve o batimento de quilha em novembro de 2006 e foi incorporado à Armada em dezembro de 2009. Já o batimento de quilha do NPa Macau aconteceu em julho de 2007 e foi incorporado em novembro de 2010. Outros cinco navios de um segundo lote estão sendo construídos pelo estaleiro Eisa, no Rio de Janeiro. O mais adiantado é o Maracanã, que será entregue em 2013. A entrega dos outros quatro, segundo Aguiar, será realizada até 2014.

Os navios-patrulha têm 55,6 metros de comprimento, boca máxima de 9,3 metros e calado máximo de 2,5 metros. O índice de nacionalização das embarcações está na faixa de 60% a 70%. No caso do navio Macaé, dentre os modernos sistemas nacionalizados estão o Sistema de Controle e Monitoramento de Máquinas (SCM); e o Terminal Tático Inteligente (TTI). O navio conta ainda com dois radares de busca de superfície, ambos fornecidos pela Sperry Marine, um canhão 40mm 1.70 (AOS) e duas metralhadoras 20mm GAM B-01-2. O sistema de propulsão conta com dois MCP MTU 16 V 4000M90 e três grupos diesel-geradores MTU. Com velocidade máxima de 21 nós, a embarcação conta com quatro oficiais e 30 praças.

Dentro do PRM está também o Programa de Obtenção de Meios de Superfície (Prosuper), que prevê a construção de 11 navios. Deste total, cinco são navios escolta de seis mil toneladas, outros cinco são navios-patrulha oceânico de 1,8 mil toneladas e um é de apoio logístico, de 13 mil toneladas. A Marinha recebeu a partir de 2009 propostas de sete países, que foram intensamente analisadas, e consideradas muito semelhantes. Atualmente, diz Aguiar, o assunto circula no ministério da Defesa e pode ser apresentado ao governo brasileiro ainda esse ano. Uma das exigências da Marinha é que o projeto seja de navios já existentes.

“A nossa prioridade é fazer negócio com países que já tenham os navios aprovados, que já existam. A partir daí será necessária transferência de tecnologia, os navios serão construídos em estaleiros nacionais privados ou públicos. Então é preciso preparar esses estaleiros, tem que ter mão de obra especializada para fazer os navios. A partir do momento que começa a produção, podemos imaginar que depois de 12 anos esses navios estariam prontos”, acredita o contra-almirante. Segundo Aguiar, o acordo entre o Brasil e outra nação não necessariamente precisa envolver os 11 navios.

Enquanto não se define a situação dos navios escolta, no último mês de setembro o ministério da Defesa aprovou a licitação para a construção de quatro corvetas que, segundo Aguiar, se assemelham a esses navios. Embora as corvetas sejam menores — cerca de 2,5 mil toneladas —, a embarcação tem armamentos, sonar e sensores parecidos com os navios escolta. Elas serão construídas a partir do projeto da corveta Classe Barroso, mais recente da instituição e que foi produzida na década de 90 no Arsenal de Marinha. A administração marítima está atualizando o projeto, que deve ser concluído em 2013 para que a construção seja iniciada no final de 2014 em estaleiro nacional. A embarcação leva cerca de cinco anos para ser construída.

Também em setembro chegou ao Brasil o mais novo navio-patrulha oceânico da Marinha. Com 1,8 mil toneladas, o Amazonas é uma das três embarcações compradas pela instituição da BAE Systems. Construída nas instalações da empresa, em Portsmouth, no Reino Unido, a embarcação será baseada no Rio de Janeiro. Este e outros dois navios iguais, que seriam inicialmente vendidos à guarda costeira de Trinidad e Tobago, foram oferecidos à Marinha por um preço extremamente barato: 40 milhões de libras cada um.

A tripulação do segundo navio, segundo Aguiar, está realizando cursos na Inglaterra. A previsão é que o navio chegue ao Brasil em abril de 2013, também no Rio de Janeiro. O terceiro tem previsão de ser incorporado em abril do próximo ano e a tripulação deve viajar a Inglaterra no início do ano. Aguiar explica que os navios estão sendo preparados principalmente para ações antipirataria. “A vinda deles para o Brasil passa obrigatoriamente pelo continente africano, inicialmente pelo golfo da Guiné. Então esses navios irão a vários países africanos, mostrando nossa bandeira e fazendo até atividades de exercício de antipirataria com essas marinhas visitadas”, conclui.

O Programa de Obtenção de Submarinos (Prosub) também já é uma realidade. Um acordo assinado no final de 2008 entre os governos brasileiro e francês prevê a construção de quatro submarinos de propulsão convencional e um de propulsão nuclear, além da construção de um estaleiro e de uma base naval, que já está sendo implantada no município de Itaguaí, no Rio de Janeiro.

As duas primeiras sessões do primeiro submarino convencional foram fabricadas na França e até o final do ano chegam ao Brasil. A conclusão do submarino está prevista para meados de 2017. Já os outros três, destaca Aguiar, serão completamente construídos no Brasil na base naval, em Itaguaí. Neste mês de novembro, inclusive, será inaugurado o primeiro complexo da base de submarinos, onde serão trabalhados os primeiros módulos do submarino. Aguiar estima que a base e o estaleiro devem estar prontos até o final de 2014.

O acordo Brasil-França prevê a construção do submarino nuclear, com exceção da planta nuclear, que está sendo totalmente desenvolvida no Brasil. O contra-almirante destaca a importância no projeto do programa programa nuclear da Marinha (PNM), que é desenvolvido no Centro Experimental de Aramar, localizado na cidade de Iperó, no estado de São Paulo. “A Marinha desenvolveu há alguns anos uma centrífuga e hoje já conseguimos pensar em enriquecer urânio. Com esta tecnologia desenvolvida, a Marinha já há alguns anos desenvolve a planta da propulsão desse submarino”, diz.

O projeto do submarino de propulsão nuclear teve início em 2010 com a transferência de tecnologia e o desenvolvimento do projeto, que deve ficar pronto até 2018. Em paralelo a isso, entre 2016 e 2022, o submarino será construído. A transferência de tecnologia visa incentivar a base industrial de defesa nacional. “Temos uma relação excelente com as indústriasbrasileiras. O submarino é complexo, terá muitos equipamentos e temos realmente preocupação de empregar a indústria brasileira para isso”, diz Aguiar.

Por isso, o ministério da Defesa, através da Secretaria de Produto de Defesa, criou o Sistema de Empresa de Indústria de Defesa Nacional e desde 2011 começou a cadastrar as empresas que estão aptas a fornecer a Marinha. Até o meio do ano, 50 empresas foram cadastradas. “São empresas de toda qualidade de material, navipeças em geral voltadas naturalmente para a defesa nacional”, detalha ele.

Exclusivamente para o Prosub, por ter materiais específicos para equipar os submarinos, é necessário que as empresas sejam certificadas pela própria Marinha. “Essas empresas têm que cumprir alguns pré-requisitos, tanto de tecnologia como de mão de obra especializada. É um trabalho minucioso, mas estamos vendo muito interesse da própria indústria em participar dessa atividade”, avalia. Ainda não é possível ter condições de estabelecer o índice de conteúdo local dos submarinos, mas o objetivo, segundo o coordenador do PRM, é nacionalizar “o máximo possível”. (Revista Portos e Navios)
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Compra de caças Sukói na pauta secreta Dilma-Putin. :

Presidente vai à Rússia no dia 14 de dezembro; encontro com presidente Vladimir Putin inclui tema que não está na pauta oficial: a compra pelo Brasil dos caças-bombadeiro Sukói; informação chegou à França  Vazou entre a diplomacia internacional um ítem da agenda secreta que a presidente Dilma Rosseff terá com o presidente da Rússia, Vladmir Putin, em Moscou, para onde ela viaja no dia 14 de dezembro: a reabertura do diálogo formal para a compra dos poderosos caça Sukói, um dos aviões militares classificados no Projeto FX, de modernização da Força Aérea Brasileira. Aberta durante a gestão do presidente Fernando Henrique, o FX é uma concorrência de US$ 1 bilhão que se arrasta dentro do governo brasileiro por mais de dez anos sem qualquer definição. O presidente Lula, em 2009, chegou a anunciar e comemorar a compra dos jatos franceses Rafale, o que provocou surpresa até mesmo nos executivos da fabricante Dassault. O negócio, efetivamente, não foi fechado.
Após o encontro com Putin, Dilma irá a Paris para um tète a tete como presidente François Hollande. Os Rafale farão parte das conversas.
Na mesma medida em que há preocupação do lado francês com o que seria uma espetacular reviravolta na decisão brasileira de compra estratégica bilionária, um otimismo discreto já toma conta do ambiente no campo russo. O presidente Putin trabalha com a informação de que Dilma está disposta a comprar os Sukói, convencida pelos argumentos dos técnicos do Ministério da Aeronáutica.
Os pilotos brasileiros que testaram, nos países fabricantes, o Sukói e o Rafale, além dos caças Grippen, suecos, também avaliados no início do processo de concorrência, jamais esconderam suas preferências pelo bombardeiro russo – um avião de grande porte para a categoria caça, com autonomia de voo em condições de combate para uma distância equivalente à base de Anápolis e a capital da Venezuela. O Sukói tem condições, assim, de alcance de sobra em relação às fronteiras do País com todos os seus vizinhos.
A França, por seus meios, conseguiu a informação de o Sukói seria o tema da agenda secreta entre Dilma e Putin. O fato de o assunto ter sido incluído – ou até mesmo provocado a existência da pauta sigilosa – trouxe, às pressas, o ex-presidente Nicolas Sarkozi como surpresa do presidente Hollande, para obter a antecipação da posição de Dilma, por ela própria, e, qualquer quer seja a resposta, pedir a compra dos Rafale. Ninguém quer perder esse negócio estratégico de US$ 1 bilhão.
Ao fim da reunião, os dois ministros informaram que o encontro serviu para reforçar a importância da relação estratégica firmada durante o mandato dos ex-presidentes Nicolas Sarkozy e Luiz Inácio Lula da Silva, e também para revisar a execução dos contratos de compra de cinco submarinos Scorpène e de 50 helicópteros Eurocopter, avaliados em mais de 8,5 milhões.

Le Drian destacou as "relações estreitas" entre os dois países ao salientar que sua visita ao Brasil ocorre antes da "visita oficial que a presidente Dilma fará a Paris no início de dezembro" e após o encontro entre Dilma e o presidente francês, François Hollande, ocorrido em junho.

"Temos uma relação importante com a França, uma relação que se estende por várias áreas e que é particularmente forte na área de defesa (...), e essa relação se intensificou nos últimos anos com a compra milionária de equipamentos franceses", recordou Amorim.

Os dois ministros afirmaram ter conversado sem restrições sobre a concorrência que o Brasil promove para a compra dos 36 caças pelo valor aproximado de US$ 5 bilhões, embora Amorim tenha insistido em dizer que o Brasil ainda não tomou uma decisão.

Os finalistas são a francesa Dassault, com o avião Rafale, a norte-americana Boeing, com o F/A-18 Super Hornet, e a sueca Saab, com o Gripen NG. "Não há assuntos que sejam tabu. Mas o nosso entendimento é que essa é uma conversa em que os dados estão sobre a mesa, que envolve uma decisão pelo lado brasileiro, e que em algum momento essa decisão terá de ser tomada", disse Amorim. O governo brasileiro adiou a decisão para 2013, informou recentemente uma fonte governamental.

Num primeiro momento, o favorito era o avião francês, que chegou a ser proclamado vencedor pelo ex-presidente Lula. Mas a decisão acabou sendo deixada para o governo Dilma, e foi postergada por motivos orçamentários.

O ministro francês também apontou a necessidade de reforçar a cooperação bilateral "na luta contra os narcotraficantes e as rotas do narcotráfico", em especial na fronteira do Brasil com a Guiana e por todo o Caribe.

Visita. Le Drian, que faz sua primeira visita ao Brasil na condição de ministro da Defesa francês, teve no domingo uma reunião a portas fechadas com industriais do setor de defesa, no Rio de Janeiro.

Depois de se reunir com Amorim em Brasília, o ministro francês pretendia ir a Itaguaí, no Rio, onde estão sendo construídos a base naval e o estaleiro em que será montado o primeiro submarino Scorpène francês, dos cinco comprados pelo Brasil num contrato assinado em 2008.

Os outros quatro submarinos serão construídos no Brasil. O último será um submarino com propulsão nuclear, que o Brasil adaptará com tecnologia própria e que o governo brasileiro pretende ter pronto em 2021.

O Brasil, que se impôs como meta relançar uma indústria bélica forte, estabelece em todos os contratos do setor as exigências da transferência de tecnologia e da fabricação nacional dos aparelhos, inclusive com vistas à exportação. E o contrato que desperta o maior interesse, tanto da França, como dos Estados Unidos, é o dos caças.
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Brasil e França querem aprofundar cooperação bilateral em defesa

 O aprofundamento da cooperação bilateral e da parceria no desenvolvimento de projetos estratégicos setoriais foi a tônica do encontro entre os ministros da Defesa do Brasil e da França, Celso Amorim e Jean-Yves Le Drian, nesta segunda-feira, em Brasília.

Na reunião, os ministros também trataram de aspectos gerais relativos à cooperação em defesa, ressaltando a confiança mútua existente entre as duas nações na execução de projetos de interesse comum.“Temos com a França uma relação importante que se estende também na área da defesa. Essa cooperação recebeu um impulso enorme nos últimos anos”, destacou Amorim.

O ministro francês ressaltou a disposição do governo de seu país em manter os compromissos contratuais firmados com o Brasil, sobretudo no aspecto relativo à transferência de tecnologia, requisito indispensável previsto na Estratégia Nacional de Defesa (END) brasileira para aquisições militares.A França é, atualmente, um dos principais parceiros estratégicos do Brasil no setor de defesa. Durante o encontro, os representantes das duas nações mencionaram alguns dos mais relevantes projetos em conjunto atualmente em curso. O primeiro foi o PROSUB (Programa de Desenvolvimento de Submarinos), que prevê a construção de submarinos convencionais e à propulsão nuclear, em Itaguaí (RJ). O outro envolve a produção de 50 helicópteros de transporte, modelo EC-725, fabricados pela Eurocopter e Helibras, em Itajubá (MG).

Na reunião, os ministros também fizeram breves considerações sobre as visões estratégicas dos dois países. Amorim lembrou a influência francesa na formação do Exército Brasileiro e ressaltou a importância na manutenção de uma parceria duradoura, que vá além de um único governo. O ministro brasileiro reafirmou as prioridades geoestratégicas do Brasil, focadas no incremento da cooperação com os países sul-americanos e africanos, mas sem a exclusão de parceiros de outras regiões do mundo.

O encontro entre Amorim e Le Drian resulta no desdobramento das conversas mantidas entre a presidenta Dilma Rousseff e o presidente da França, François Hollande, em julho, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. No próximo mês, a presidenta fará visita oficial à França.

Missões de paz e cooperação

A comitiva francesa chegou a Brasília no último domingo (04). Hoje, pela manhã, foi recebida com honras militares na sede do Ministério da Defesa. Em seguida, as duas autoridades iniciaram a reunião bilateral com suas respectivas equipes, que incluíram comandantes militares e autoridades civis.

No início da conversa, o ministro Amorim deu as boas-vindas ao colega francês e destacou que recebia, pela primeira vez, o ministro do governo Hollande para tratar de assuntos de defesa. Depois, o brasileiro apresentou a proposta dos temas que seriam tratados no encontro.

Entre outros aspectos, os ministros destacaram a participação brasileira nas missões de paz no Líbano e no Haiti. A propósito desse último país, Amorim recordou a doação de US$ 40 milhões feita pelo governo brasileiro para a elaboração do projeto de construção da usina hidrelétrica de Artibonite. O ministro sugeriu a participação francesa no projeto, que tem por finalidade suprir o Haiti de energia elétrica, insumo indispensável para garantir condições para o desenvolvimento socioeconômico da nação caribenha.

Amorim destacou também a participação de um assessor especial do Ministério da Defesa, em evento em Paris, para relatar aos franceses sobre a experiência do processo de elaboração do Livro Branco de Defesa Nacional, que pela primeira vez está sendo editado no Brasil. O governo Hollande vem coletando informações sobre o tema para elaboração de documento congênere que deverá contemplar as diretrizes estratégicas de defesa daquele país. “Isso é uma demonstração de confiança e interesse mútuos”, disse Amorim.

O tráfico de drogas na fronteira entre Brasil e Guiana Francesa também foi assunto abordado na reunião. O ministro francês explicou que seu governo tem permanecido atento em relação ao tema. Ele citou inclusive o patrulhamento da fronteira da Guiana como forma de combate ao narcotráfico.

Ainda em relação ao aprofundamento da cooperação bilateral, os dois ministros conversaram sobre a possibilidade de retomada das reuniões no formato “2+2”, que consiste na participação dos titulares das pastas de Defesa e de Relações Exteriores. Para eles, o encontro poderia se dar a cada ano, como forma de estreitar as relações Brasil-França. A proposta deverá ser encaminhada à consideração dos presidentes e ministros das Relações Exteriores dos dois países.

Programa FX-2

A compra dos caças pelo Brasil no âmbito do programa FX-2 também entrou na pauta do encontro bilateral. Numa breve consideração, o ministro Amorim explicou que o tema está sob análise da presidenta Dilma Rousseff, a quem caberá, oportunamente, a decisão final sobre o assunto.alt

De Brasília, o ministro francês seguiu para o Rio de Janeiro. A comitiva de Le Drian visitará as obras que contemplam o PROSUB, como a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), além da construção do Estaleiro e Base Naval (EBN) de Submarinos, em Itaguaí . Ele será acompanhado pelo comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, e do diretor-geral do Material da Marinha, almirante Arthur Pires Ramos.

O ministro conhecerá as futuras instalações que possibilitarão a construção do submarino com propulsão nuclear, marco do PROSUB.

A parceria estratégica entre Brasil e França adotou, entre outras, a Cooperação na Área de Defesa, mediante a qual os dois países desenvolverão parcerias industriais e transferência de tecnologia. Essa Cooperação abrange, como uma das metas, a construção conjunta de quatro submarinos com propulsão convencional (S-BR) e a assistência da França para desenvolver a parte não nuclear do projeto de submarino com propulsão nuclear brasileiro (SN-BR).
Fotos: Felipe Barra
Ministério da Defesa...SEGURANÇA NACIONAL BLOG

PROSUB - MB deve inaugurar este mês primeira fase da base de submarinos em Itaguaí


Rio de Janeiro – O Brasil dará um passo importante no domínio da tecnologia de submarinos convencionais e nucleares com a inauguração da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), em Itaguaí, prevista para este mês. Em uma área construída de 90 mil metros quadrados, com destaque para o hangar principal, de 47 metros de altura, serão feitos os segmentos dos submarinos que depois seguirão para montagem no estaleiro.
A unidade está inserida em um complexo com 750 mil metros quadrados, a 90 quilômetros do centro do Rio. O local, além do estaleiro e da própria Ufem, também abrigará a base naval da Marinha. Para ligar a base ao estaleiro, foi escavado na rocha um túnel de 700 metros de extensão, por 14 metros de diâmetro. Os esforços fazem parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), que garantirá ao Brasil quatro modernos submarinos convencionais, a partir de 2017, e um submarino nuclear, previsto para entrar em operação até 2025.
O investimento do governo brasileiro, só na montagem das estruturas, fora os custos com os submarinos, chega a R$ 4,997 bilhões, dos quais R$ 2,8 bilhões já foram aplicados, com previsão de liberação de mais R$ 1,4 bilhão no Orçamento da União de 2013. As informações foram divulgadas hoje (5), pelo assessor da gerência do projeto, capitão de mar e guerra João Carlos Pimenta. Ele participou da visita que o ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, e o comandante da Marinha, Julio Soares de Moura Neto, fizeram ao local das obras.O interesse do país em desenvolver uma frota de submarinos, mais moderna do que a atual, de tecnologia alemã, se justifica pela proteção aos campos petrolíferos do pré-sal, além de garantir soberania brasileira à chamada Amazônia Azul, como é conhecida a zona econômica exclusiva (ZEE) de 200 milhas náuticas (370 quilômetros) a partir da costa, compondo uma extensão de 3,6 milhões de quilômetros quadrados. Além do petróleo, o subsolo marítimo guarda outras riquezas, incluindo metais nobres.Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil..
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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Transferência de tecnologia O estilo Thales de negócios em defesa

iCesar Kuberek, vice-presidente para América Latina da Thales, recebe no estande da empresa  O submarino S-BR, baseado no modelo Scorpene, e atualmente em construção para a Marinha do Brasil, possui dezenas de componentes importantes fabricados pela Thales, e muitos deles serão objeto de transferências de tecnologia o Comandante da Marinha do Brasil, almirante de esquadra Julio Soares de Moura Neto o sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON), cujo primeiro lote foi licitado recentemente pelo Exército Brasileiro, teve como vencedor o consórcio Tepro, formado por Savis Tecnologia e Sistemas S/A e OrbiSat Indústria e Aerolevantamento S/A, empresas controladas pela Embraer Defesa e Segurança. Dos diversos componentes necessários para dar forma ao sistema, os optrônicos são considerados essenciais, especialmente em trechos onde o relevo e o adensamento da vegetação degradam a eficácia de radares e outros sensores. A Thales, líder mundial em soluções de alta tecnologia nas áreas de defesa, segurança e transportes, está cotada para ser a fornecedora deste e de outros recursos necessários para tornar o SISFRON uma realidade. Para falar sobre importantes aspectos relacionados com a transferência de tecnologias previstas na Estratégia Nacional de Defesa (END), Tecnologia & Defesa entrevistou, durante a Euronaval 2012, o vice-presidente da Thales para a América Latina, César Kuberek, que discorreu de forma franca e direta sobre este tema estratégico e ao mesmo tempo controverso.Tecnologia & Defesa: O SISFRON é uma grande oportunidade para uma empresa de portfólio tão amplo como a Thales. No entanto, existem outros programas na área de Defesa em andamento que também possuem um ótimo potencial de negócios. Quais seriam estes programas?
César Kuberek: Além do SISFRON e do Sistema de Vigilância da Amazônia Azul (SISGAAZ), o governo brasileiro também está implementando o Sistema Integrado de Proteção de Estruturas Estratégicas Terrestres (PROTEGER), que é voltado para a defesa de instalações críticas da infraestrutura crítica (óleo e gás, usinas hidrelétricas, grandes ativos brasileiros). Estamos negociando para atender a este requerimento via Comissão Aeronáutica Brasileira (CAB) em Washington, e definindo como se dará a transferência da licença de produção de alguns itens para uma empresa estratégica de defesa brasileira, conforme as regras estabelecidas pelo Ministério da Defesa. Este será o primeiro passo dentro de uma lógica de transferência de tecnologia. Numa segunda etapa, precisamos amortizar este esforço, dar continuidade ao processo, que não pode morrer com o fim do contrato inicial, e uma forma de se fazer isso é estabelecendo áreas para onde o Brasil poderá exportar estes produtos, mediante uma renumeração da propriedade intelectual, que é da Thales e será transferida. O terceiro passo é desenvolver novas capacidades localmente, gerando novos produtos e novas vendas, e mantendo assim o esforço industrial instalado em constante movimento.Tecnologia & Defesa: Muito se fala sobre transferência de tecnologia e offsets comerciais. Como a Thales planeja e excuta este processo na construção dos contratos com governos?
César Kuberek: Falemos por etapas, a primeira é a transferência de mantenimento, a capacidade de se manter localmente o sistema adquirido, estabelecendo níveis de trabalho entre as empresas locais e a empresa vendedora. Numa segunda etapa, vem a transferência de produção, que dividimos em três processos, o primeiro é a montagem, onde fazemos o teste final do que montamos utilizando bancos de provas e ferramentas muito específicas. O segundo processo é a produção de subcomponentes e teste final, e por fim, a produção local de componentes. A Thales pensa em termos de mercado global, e considerando sua presença na América do Sul, as projeções de demanda dos muitos programas e a extensa rede comercial da empresa em todos os continentes, ficou evidente para nós que o caminho a ser seguido é um envolvimento de longo prazo, pois o investimento é muito alto e somente atuando como parceiros poderemos gerar escala de produção para atender tanto as necessidades domésticas quanto encomendas de exportação. Isso é transferência de tecnologia real, com acesso a documentação, procedimentos e capacitações.Thales tem um portfólio de mais de cinco mil produtos e uma real capacidade de cumprir os requisitos de transferência de tecnologias estabelecido pela Estratégia Nacional de Defesa.Tecnologia & Defesa: Falando especificamente de Euronaval e da presença da Marinha do Brasil no evento, o que a Thales apresentou ao Almirante Moura Neto e sua comitiva, especialmente em se tratando de PROSUPER?
César Kuberek: A Thales já é parceira da Marinha do Brasil em diversos programas, portanto já existe um conhecimento de parte a parte, selecionamos para apresentar aos oficias brasileiros o sistema Imast (integração de sensores e comunicações no mastro do navio, de novo design e concepção), os sonares de profundidade variável (VDS) rebocados, utilizados para guerra antisubmarina, além do trabalho que já estamos fazendo com relação a transferência de tecnologias em sonares para os novos submarinos S-BR Scorpene. Temos dezenas de produtos na área naval que atendem os requerimentos de equipamento para os navios a serem escolhidos para o PROSUPER. O MANSUP é outro programa que temos caminhado lado a lado com a Marinha, juntamente com o desenvolvimento e aquisição de torpedos e capacidades nesta área.

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