sábado, 22 de setembro de 2012

6 lições de carreira de um curso de sobrevivência na selva


Por mais incrível que pareça, preparar armadilhas, acender e manter uma fogueira e até usar a bússola trazem competências úteis para os mais diferentes profissionais

Camila Pati

São Paulo – Um treinamento de sobrevivência na floresta pode fazer mais pela carreira de quem participa dele do que apenas ensinar a preparar armadilhas, usar a bússola, acender uma fogueira ou ainda dar noções de primeiros socorros e controle de incêndios.
Os benefícios ultrapassam as questões práticas da selva as habilidades conquistadas podem ser utilizadas no - não menos selvagem - ambiente corporativo.
É o que garante o empresário Salmeron Cardoso, diretor do Centro Educacional de Aviação no Brasil (CEAB), que oferece o treinamento, uma exigência da ANAC para a formação de pilotos e comissários de voo.
Confira algumas competências que você pode adquirir depois de uma temporada de treinamento de sobrevivência na selva:
1. Observação
Uma das primeiras instruções do curso é a de primeiros socorros. Para saber o que e como fazer, as primeiras medidas são “ver, sentir e ou ouvir”. Apenas depois destas três ações, é que o socorro começa. Ou seja, antes de agir é preciso observar quem está ferido.
No mundo dos negócios, a observação também é fundamental, sobretudo antes da tomada de decisões. “É importante que a pessoa tenha consciência do ato que está praticando”, diz Cardoso.
Manter os olhos bem abertos ao que se passa a sua volta também é uma das dicas fundamentais para quem começa um novo desafio profissional, na opinião da diretora de negócios da consultoria LHH/DBM, Irene Azevedo. Celia Spangher, diretora de gestão do talento da Maxim, dá o mesmo conselho aos novatos em uma empresa: “observe mais do que fale”.
2. Direção de carreira
Saber utilizar corretamente a bússola pode certamente tirar você de uma floresta perigosa e cheia de predadores. O aparelho é essencial para saber a direção a seguir.
Isso mesmo, só a direção. Esqueça a riqueza de detalhes e as mil e uma possibilidades de rota que um GPS apresenta. “A bússola me dá o norte, mas não me dá o caminho”, diz Cardoso.
Ter uma direção, um foco também é essencial na carreira. “Mas o caminho para chegar lá é você que escolhe”, lembra o empresário. Passar por um processo de coaching pode ajudar profissionais a encontrarem a direção mais adequada para a carreira e a partir daí estabelecer qual a melhor rota para chegar até lá.
3. Multiplicar competências para atuar em várias frentes
Conseguir alimento é uma das principais preocupações e também uma dificuldade na selva. No curso de sobrevivência, os alunos aprendem a montar diversos tipos de armadilhas para capturar presas. Para aumentar as chances de sucesso, várias e diferentes serão montadas. “Cada tipo de animal demanda uma armadilha diferente”, diz Cardoso.
Um bom profissional sabe que, para se dar bem na carreira, precisa ser versátil e desenvolver múltiplas competências para conseguir atuar em várias frentes e atingir resultados. Um exemplo disso são as expertises exigidas de um CFO, hoje em dia.
Segundo Maísa Maion, diretora da FESA, se o diretor financeiro tradicional do setor infraestrutura tinha a expertise voltada para a área de tesouraria, de investimentos, planejamento financeiro e estratégico, hoje em dia, é também preciso, além disso, se destacar no setor de captação financeira e de análise de investimentos.
Por isso, muitas vezes a FESA tem ido buscar profissionais que atuam em outros setores, como o mercado financeiro, para conseguir suprir essa multidisciplinaridade que função exige atualmente.
Imagem4. Trabalho em equipe e motivação
Quase todas práticas de um curso de sobrevivência na selva exigem a capacidade de trabalho em grupo. O combate a um incêndio é um exemplo. Os alunos apagam o fogo em grupo de 8 a 10 pessoas, usando extintores com diferentes substâncias - água, dióxido de carbono e pó químico. “É uma ação coordenada por uma liderança e foco no resultado”, explica Cardoso.
Fazer e manter uma fogueira também exige a mobilização de várias pessoas e é outro exemplo. “Uma pessoa acende a fogueira e equipes se revezam para mantê-la”, explica Cardoso.
De acordo com ele, esse exercício trabalha a motivação da equipe. “Um passa o bastão para o outro e existe um comprometimento. Cada um quer fazer o seu melhor pensando no próximo grupo que vier”, diz.
No mundo dos negócios, não é diferente. Não tem segredo: ser colaborativo e atuar bem em grupo são a chave para subir na carreira. “Um trabalho coeso de uma equipe motivada e bem liderada pode ter a excelência como resultado”, diz Cardoso.
5. Liderança
De mãos dadas, o grupo de alunos do curso de sobrevivência atravessa um local tomado pela fumaça. Não é possível enxergar nada. Sem saber para onde ir cada um precisa confiar a direção dada pelo companheiro à frente. “Em fila, um orienta o outro, ou seja, todo mundo se descobre precisando liderar um colega”, diz Cardoso.
Segundo ele, o peso da liderança apavora muitos alunos. “Tem gente que chora quando percebe a responsabilidade que é. Nem todos são líderes natos”, explica.
Gerenciamento de equipe e liderança são competências cada vez mais raras no mercado global, de acordo com uma pesquisa feita pela Hays com recrutadores em mais de 30 países. Segundo o levantamento, a falta de preparo e maturidade é o ponto fraco de chefes, que a cada ano são mais jovens.
6. Evitar ação por impulso
Quem passar por um curso desse tipo vai ouvir a sigla: ESAON. São as iniciais de: estacionar, sentar, alimentar, orientar e navegar. Os verbos em questão são as atitudes mais indicadas para quem está perdido na selva.
Ou seja, a primeira coisa a se fazer é parar, sentar – para se acalmar – se alimentar – para continuar com suas funções vitais plenas – procurar saber onde está, passar informações a quem estiver com ele (orientar) e, só então, seguir em frente – navegar.
O nervosismo não pode ser o pano de fundo para nenhuma atitude. Isso vale para a floresta e para a vida profissional em geral. “Decisões tomadas por impulso têm um índice de erro muito mais alto”, lembra Cardoso.
Em situações de crise, quando a pressão aumenta no trabalho, e o nível de estresse vai às alturas, lembrar-se da sigla ESAON pode ser essencial para que o raciocínio não seja prejudicado pelo calor do ambiente. Pare, respire, tome uma água, coma alguma coisa, busque se orientar sobre a situação e só então prossiga
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Embraer quer operar segurança aérea de toda a África Subsaariana


Waterkloof (África do Sul), 21 set (EFE).- A Embraer, terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo, quer operar os sistemas de controle aéreo além da fronteira de toda a região da África Subsaaariana, assegurou nesta sexta-feira à Agência Efe a empresa. Fontes da direção de vendas da Embraer para a África Subsaariana falaram dos planos da empresa na "Africa Aerospace and Defence 2012" (AAD 2012), a feira aeronáutica e de defesa mais importante do continente, realizada na base militar aérea sul-africana de Waterkloof, perto de Pretória A Embraer em associação com a ATECH, companhia brasileira de controle de tráfego aéreo, e outras organizações especializadas em sistemas de radar e segurança, estão mantendo contatos com os diferentes Governos da região para administrar seus espaços aéreos em matéria de defesa. "Estão sendo mantidos contatos de primeiro nível, com o apoio do Governo brasileiro, e nossa aspiração é chegar a todos os países da região, respeitando certamente as restrições das Nações Unidas em relação a armamento para determinados países", disse à Efe um alto diretor da empresa, que pediu para permanecer no anonimato, porque não está autorizado a falar com a imprensa.
Trata-se de um sistema de radares e controle de tráfego aéreo que se complementa com o desdobramento de aeronaves EMB 145 AEW&C de vigilância e inteligência, e aviões de combate Super Tucano, todos eles fabricados pela Embraer. O modelo é similar ao que o Governo brasileiro usa com sucesso para a vigilância da floresta Amazônica, tanto no que se refere à proteção de seu espaço aéreo, como o controle de atividades em terra, explicou à Efe o representante da companhia. O projeto deve ser realizado em associação com empresas locais e com a criação de um centro de treinamento para os futuros controladores do sistema. Estes contratos podem representar receitas milionárias para a companhia brasileira, ressaltou o diretor da Embraer durante o terceiro dia da AAD 2012, realizada até domingo. A pirataria, o tráfico de drogas e pessoas, além da caça ilegal e a atividade de grupos armados, são os principais desafios de defesa na região. Seis empresas brasileiras estiveram presentes no pavilhão do Brasil na AAD 2012, uma mostra da importância do mercado africano para a indústria de defesa do Brasil, disse o almirante Carlos Afonso Pierantoni, vice-presidente executivo da Associação Brasileira de Indústrias de Segurança e Defesa (Abimde). Segundo a Abimde, o mercado de defesa da África é de US$ 1 bilhão, 10% do cômputo global, e cresce a um ritmo de 5% anual.
A empresa brasileira aeroespacial Friuli anunciou hoje o começo em breve de um projeto de colaboração com a firma sul-africana Realtech para a construção de mísseis para o avião de combate Super Tucano, que serão fornecidos ao Exército peruano. Alexandre Correa, diretor internacional de negócios da Friuli, que participa da feira africana, explicou à Efe que o contrato se materializará nas próximas semanas, e a fabricação poderia começar em um prazo de três meses. A AAD 2012 foi inaugurada na quarta-feira passada com a presença de 350 expositores, 40% deles estrangeiros, e 13 pavilhões nacionais. A feira terminou hoje seus dias dedicados ao comércio, mas continuará aberta ao público todo o fim de semana para acolher exibições aéreas.
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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Projeto estratégico Guarani: VBR-MR 8x8


Dando continuidade ao Projeto Estratégico Guarani, o Exército Brasileiro decidiu desenvolver a Viatura Blindada de Reconhecimento Média de Rodas (VBR-MR), integrante da nova família de Blindados Médios de Rodas, tendo como base uma plataforma 8x8.
 
O projeto conta com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e o desenvolvimento da versão VBR-MR 8x8 oferece uma flexibilidade notavelmente maior para a implementação de sistemas de armas e de funcionalidades previstas nos Requisitos Operacionais Básicos (ROB) e Requisitos Técnicos Básicos (RTB) desse tipo de viatura.
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Chegada do NaPaOc Amazonas ao Brasil


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Índia testa novo míssil balístico


Na Índia foi testado um novo tipo de mísseis balísticos. O lançamento do Agni-4, capaz de portar cargas nucleares e aniquilar alvos à distância de 4 mil quilômetros, decorreu sem incidentes.

À primeira vista, o fato poderia ter sido qualificado como mais uma espiral da corrida armamentista com o Paquistão. Estacadas de mísseis balísticos e de cruzeiro encontram-se instaladas ao longo da fronteira entre os dois países. Todavia, peritos opinam que o Paquistão deixou de ser o principal adversário indiano. Segundo frisou o politólogo Stanislav Tarassov, na etapa presente, a Índia está examinando outras ameaças.
"O problema deve ser analisado sob um prisma mais amplo, dentro do triângulo Índia-Paquistão-China. É amplamente sabido que a Índia e o Paquistão são países possuidores de armas nucleares. Sabe-se que entre eles surgem disputas e até conflitos armados. No entanto, seria incorreto encarar os testes recentes de mísseis indianos apenas na sua vertente paquistanesa. É que a China se transformou, de fato, em segunda grande potência mundial, expandindo cada vez mais a sua influência geopolítica. Em termos concretos, fez afastar as posições do Ocidente no Paquistão".
Sendo um jogador mundial de peso, a China possui um forte potencial militar que não deixa de inquietar os seus vizinhos, inclusive a Rússia. Em opinião do diretor do Instituto de Pesquisas Político-Militares, Alexander Khramtchikhin, a alteração de preferências e objetivos militares da Índia corresponde aos interesses da Rússia.
"Saudamos a criação de novos mísseis indianos, porque não pensamos que eles se tornem um adversário nosso. Índia continua sendo o nosso aliado nem tanto contra o Paquistão, mas sim contra a China, em maior grau. Portanto, creio que o principal objetivo dos testes seja a China e não o Paquistão".
Além disso, a Índia continua a ser um potencial aliado e o maior consumidor de tecnologias militares russas, constata o investigador sênior do Centro de Segurança Internacional junto da Academia Nacional de Ciências, Piotr Topychkanov.
"Acho que os novos mísseis testados pela Índia não representem ameaça para a Rússia. Os dois países não têm contradições na área de política externa. Quanto aos mísseis nucleares, ai, as nossas tecnologias não se usam oficialmente, embora em outras modalidades militares a Rússia tenha desempenhado um papel importante".
Em resumo, estamos perante uma situação interessante. Há duas semanas, os ministros da Defesa da Índia e da China regozijaram-se pela aproximação na esfera militar e de segurança. Mas, passado pouco tempo, a Índia lançou um míssil capaz de destruir qualquer alvo no território chinês. Não se exclui a hipótese de que, deste jeito, Deli resolveu também testar a confiança de Pequim que, pelos vistos, não tardará a reagir
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Complexo de mísseis Bal acerta alvo a uma distância de até 100 km


O novo sistema costeiro de mísseis Bal acertou num alvo que se encontrava a uma distância de até 100 quilômetros no decorrer dos exercícios estratégicos de quartel e equipe Cáucaso-2012, informou na quinta-feira o serviço de imprensa do Distrito Militar Sul.

O complexo costeiro de mísseis Bal entrou em serviço da Flotilha do Mar Cáspio no final de 2011. O complexo é capaz de atingir alvos a uma distância de até 120 km, a qualquer hora do dia ou noite, e em quaisquer condições meteorológicas. O complexo leva 10 minutos para ser preparado para combate. Seu alcance de movimento autônomo é de 850 km. As munições são 64 mísseis com capacidade de disparar 32 unidades de uma vez.
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Robô-cobra' é nova aposta para tratar câncer


Uma "cobra" de 30cm se move pelo corpo de um homem deitado em uma maca, avançando pelo seu fígado. Ela para, "fareja" um ponto à sua esquerda e vira à direita.
A 'cobra mecânica' é uma entre várias tecnologias de combate ao câncer que estão sendo desenvolvidas - OC Robotics
OC Robotics
A 'cobra mecânica' é uma entre várias tecnologias de combate ao câncer que estão sendo desenvolvidas
Trata-se de um robô médico, guiado por um cirurgião experiente e criado para alcançar pontos do corpo que os médicos só conseguiriam ver durante um procedimento cirúrgico invasivo.
Por enquanto, o equipamento é apenas um protótipo e não foi usado em pacientes reais - apenas em laboratório. Mas seus criadores britânicos dizem que, quando o aparelho estiver pronto e aprovado, será uma arma da medicina para encontrar e remover tumores.
A "cobra mecânica" é uma entre várias tecnologias de combate ao câncer que estão sendo apresentadas nesta semana na Conferência de Engenharia Oncológica da Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha.
A maioria dos equipamentos exibidos ainda está em fase inicial de desenvolvimento, mas Safia Danovi, representante da organização Cancer Research UK, lembra que pesquisas em inovações são extremamente importantes no combate ao câncer.
"Novas tecnologias que façam as cirurgias mais precisas e eficientes são fundamentais", diz ela. "Graças a pesquisas, inovações como cirurgias por pequenas incisões e a robótica estão mudando as perspectivas para os pacientes de câncer, e essa tendência precisa continuar."
Orifícios ou incisões. O câncer causa 13% das mortes anuais registradas no mundo, aponta a Organização Mundial da Saúde. Ainda que alguns tratamentos usem técnicas não invasivas, os médicos muitas vezes necessitam adotar procedimentos cirúrgicos de risco.
Os "robôs-cobra", por sua vez, são tão minimamente invasivos quanto possível dentro da tecnologia atual. Eles usam orifícios do corpo ou incisões locais como pontos de entrada, explica Rob Buckingham, diretor-gerente da OC Robotics, empresa de Bristol (Inglaterra) responsável pelos equipamentos.
O aparelho permite que o cirurgião observe e "sinta" o corpo do paciente, usando câmeras e dispositivos ultrassensíveis. Com isso, pode complementar um sistema de cirurgia robótica em uso há uma década: o sistema Da Vinci, desenvolvido nos EUA, que é um robô com quatro braços equipados com pinças.
Ainda que o equipamento não realize a cirurgia de forma autônoma, ele permite que os médicos realizem cirurgias complexas de forma menos invasiva e mais precisa.
O Da Vinci é controlado por um cirurgião, através de pedais e alavancas.
Apesar do alto custo (US$ 2,2 milhões, ou R$ 4,4 milhões) do sistema Da Vinci, ele já é adotado por diversos hospitais no mundo.
Outra opção é um longo e fino braço mecânico chamado Mirosurge, desenvolvido pelo centro espacial alemão DLR. Também é um protótipo, mas engenheiros da DLR defendem que ele é mais versátil que o sistema Da Vinci.
"Ele tem sensores que impedem que diferentes braços mecânicos se choquem (durante um procedimento)", diz Sophie Lantermann, da DLR, agregando que os custos do Mirosurge também são menores.
Remoção do tumor. Um dos desafios no combate ao câncer é garantir que, na cirurgia, todo o tumor seja removido. Para tal, os cirurgiões precisam saber exatamente onde o tumor acaba, tarefa nem sempre fácil.
Na Universidade de Berna, na Suíça, cientistas têm injetado um medicamento no corpo do paciente que, uma vez que alcança o tumor, torna-se incandescente perante a luz.
Essa tecnologia de imagem também é aplicada a instrumentos usados para "navegar" pelo corpo, da mesma forma que um GPS ajuda a encontrar um caminho.
"A ideia é controlar os instrumentos cirúrgicos para que um cirurgião possa ver, pela tela do computador, como esses instrumentos se movem pelo corpo", explica Stefan Weber, do centro ARTORG de Pesquisas de Engenharia Biomédica na Universidade de Berna.
"Se você observa o fígado, por exemplo, verá que é um órgão homogêneo de cor vermelha e marrom. Mas para ver onde estão os tumores, fazemos uma tomografia do paciente, um modelo 3D do órgão e dos vasos sanguíneos e nesse modelo conseguimos enxergar o tumor, para dizer ao cirurgião onde ele deve operar."
Weber conta que essa detecção dos vasos sanguíneos, que alinha o modelo com a anatomia do paciente, e a precisão do procedimento "é algo que os computadores não eram capazes de fazer há cinco anos".
Uma técnica semelhante está sendo desenvolvida na Holanda. Mas Rob Buckingham, da OC Robotics, explica que um dos principais objetivos da conferência oncológica de Leeds é fazer com que todas essas tecnologias trabalhem em conjunto.
"Se começamos a combinar, por exemplo, nosso 'robô-cobra' - para alcançar partes traseiras dos órgãos do corpo - com sensores que podem identificar um alvo, pode haver benefícios clínicos", diz ele.
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Navio de Taiwan se aproxima de ilhas em disputa


EQUIPE AE - Agência Estado
Um navio de protesto de Taiwan se juntou hoje a dezenas de embarcações chinesas em águas próximas às ilhas administradas pelo Japão, que estão em disputa. O navio taiwanês foi localizado a 44 quilômetros de Uotsurijima, a maior ilha do arquipélago conhecido como Senkaku, pelo Japão, e Diaoyu, pelos chineses. O Japão controla esse conjunto de ilhas, cuja posse é reivindicada pela China e também por Taiwan.
"Esse navio não é de propriedade do governo. Pelos alto-falantes e comunicação sem fio, estamos alertando o navio a não entrar em nossas águas territoriais", informou, por telefone, um porta-voz da guarda costeira da ilha japonesa de Okinawa. Segundo a lei internacional, as águas territoriais se estendem até 12 milhas náuticas a partir de uma linha costeira. "O navio insiste que as ilhas são parte de seu território. Eles nos orientaram a não ficar em seu caminho", afirmou o porta-voz.
Cartazes com os dizeres "Proteja Diaoyu" e "Devolva Diaoyu", em chinês, foram vistos à bordo do navio, informou a guarda costeira, em comunicado. Havia 13 embarcações de transporte marítimo e de autoridades pesqueiras nas águas próximas às ilhas em disputa, perto da meia-noite no horário de Brasília, como informou a guarda costeira. Todas elas estavam fora da zona chamada "contígua", uma faixa que está a mais de 12 milhas náuticas das águas territoriais, informou o comunicado. As informações são da Dow Jones.
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Espião que violou sistema da Abin é novato na agência

O episódio da prisão em flagrante W.T.N., de 35 anos, servidor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que conseguiu "hackear" 238 senhas de investigadores do órgão, está sendo tratado pela Presidência da República com absoluto sigilo. Um dia depois de o Correio revelar que o oficial técnico de inteligência foi preso em flagrante, dentro de sua sala na própria instituição, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) se fechou para não expor ainda mais a fragilidade da proteção de informações sigilosas. Ontem, o ministro chefe do GSI, general José Elito Carvalho, tratou do assunto em várias reuniões. Para auxiliares, o ministro demonstrou grande insatisfação com a divulgação do caso.

O Correio apurou que o espião W.T.N. foi empossado recentemente na Abin e ainda estaria em estágio probatório. De acordo com a legislação brasileira, os servidores do órgão têm prerrogativa de sigilo de informações pessoais e funcionais pela natureza da atividade desempenhada. No fim da tarde de ontem, a Polícia Federal encaminhou nota à imprensa confirmando as informações publicadas na reportagem.

No comunicado, a PF ressalta que "foi acionada pela Direção-Geral da Agência Brasileira de Inteligência na tarde da última sexta-feira, informando que um servidor daquele órgão estava acessando informações sigilosas restritas que não poderiam ser divulgadas a terceiros. Uma equipe de policiais federais compareceu à sede da Abin no mesmo dia e verificou a ocorrência de flagrante de possívelviolação de sigilo funcional, tendo em vista que o acesso daquelas informações era restrito", diz a nota.

Para vender

Com as 238 senhas "hackeadas", o espião teria conseguido entrar nos e-mails dos oficiais de inteligência que trabalham com investigações estratégicas para o governo. O especialista em segurança pública Antônio Carlos Testa avaliou que o araponga, provavelmente, teria a intenção de vender as informações roubadas. "De maneira geral, são informações que desequilibram estruturas de poder", ressaltou Testa.

A Abin é ligada diretamente à Presidência da República por meio do GSI. A agência e a PF buscam, agora, descobrir para quem o investigador trabalhava. A Abin informou que a Corregedoria-Geral da autarquia instaurou processo administrativo disciplinar para dar seguimento às medidas administrativas cabíveis. Só depois disso, o araponga poderá ser expulso do serviço público. A Polícia Federal já instaurou inquérito para apurar o episódio. A corporação confirmou, oficialmente, que o agente foi enquadrado por violação de sigilo funcional, crime previsto no Artigo 325 do Código Penal, com pena de seis meses a dois anos de detenção ou multa. "A agência verificou um fluxo atípico de dados em uma estação de trabalho na sua sede em Brasília. As atividades desenvolvidas nessa estação foram acompanhadas, identificando diversas ações vetadas por regulamentos e normas legais", salienta o Gabinete de Segurança Institucional.
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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

OPERAÇÃO AMAZÔNIA - Imagens com microcâmeras mostram visão dos pilotos em reabastecimento em voo


Pilotos e equipes de manutenção da Força Aérea Brasileira realizaram nesta quarta-feira (19/09) missões de reabastecimento em voo durante a Operação Amazônia, no Norte do país. Até o fim do mês, militares das Forças Armadas treinam ações conjuntas em uma área que inclui os Estados do Amazonas, Pará, Acre e Rondônia.
O reabastecimento é a única situação em que o avião entra em contato com outro durante o voo. Em vídeo produzido pela Agência Força Aérea, veja imagens exclusivas captadas por microcâmeras instaladas no capacete de um piloto de caça durante um reabastecimento.
Para entender um pouco a complexidade do procedimento, imagine como seria abastecer um carro em movimento. Aeronaves reabastecedoras decolaram do Rio de Janeiro e de Porto Velho, em Rondônia, para missões de treinamento nas proximidades de Tefé, no Amazonas. Do Rio de Janeiro decolaram caças A-1 do Esquadrão Adelphi, e sua aeronave reabastecedora, um KC-137 do Esquadrão Corsário. De Porto Velho, decolaram aviões F-5, do Esquadrão Pacau e um KC-130 do Esquadrão Gordo.
O Chefe de Operações da Força Aérea Componente (FAC 104), responsável pela coordenação e emprego das aeronaves durante a Operação Amazônia, Tenente-Coronel-Aviador José Stumbo Neto, ressaltou que o procedimento é uma ferramenta estratégica para a defesa do país. "Com o reabastecimento em pleno voo, os caças ganham mais autonomia e podem alcançar qualquer ponto do país", explica ele que está em Manaus.
Para reabastecer, os caças se aproximam da aeronave reabastecedora e reduzem a velocidade. Em seguida, o avião "tanque" libera uma mangueira de 12 metros que se conecta ao probe, espécie de haste que fica do lado superior direito do piloto de caça. O combustível é transferido por meio da conexão.
Os KC-130, por exemplo, têm 14 horas de autonomia e o combustível ocupa as asas, os tanques externos e dois internos, com capacidade de 6.520 litros. O KC-130 pode cruzar o Oceano Atlântico e percorrer os quase 6.000 quilômetros entre Recife (PE) e Lisboa, em Portugal.
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Segundo caça chinês de quinta geração


No futuro próximo, podemos esperar novas informações sobre o caça chinês que está sendo desenvolvido pela Shenyang Aircraft Corporation (SAC), bem como o reconhecimento oficial da existência desse avião. Isso, provavelmente, será seguido de notícias triunfais de seu primeiro voo.
Da mesma forma, ocorreu a divulgação de informações sobre o caça chinês J-20, que foi desenvolvido pela Chengdu Aircraft Industry Group (CAC). Ambas as empresas são parte da Aviation Industry Corporation of China (AVIC). Portanto, os dois aviões de quinta geração chineses, o mais provavelmente, não copiam um ao outro, mas se complementam.
A julgar pelas fotos disponíveis, o avião J-21 é menor, e portanto mais leve, que o J-20. Sobre oJ-20 tem sido sugerido que ele tem um grande compartimento interno de armas e é uma aeronave de ataque. Assim, o J-21 é mais provavelmente um caça concebido para se basear em porta-aviões.
Se a informação sobre a existência do J-20 for finalmente confirmada, a China será o único país do mundo realizando em paralelo dois programas de desenvolvimento de aviões de quinta geração. Nem os Estados Unidos nem a Rússia se permitiram tal magnitude, e a UE nem sequer está desenvolvendo caças avançados.
No entanto, a China não possui uma tecnologia-chave necessária para tais aviões – ela não é capaz de produzir motores modernos para aeronaves. Mesmo para o caça de quarta geração, que constitui hoje a base da Força Aérea chinesa, a maioria dos motores são comprados da Rússia. O caça chinês J-11B, como regra, utiliza o motor AL-31F, e o caça J-10 utiliza o AL-31FN. É, portanto, provável que os novos aviões chineses também ultilizem motores russos.
A existência de dois protótipos de caças de quinta geração é, para a China, uma razão legítima para estar orgulhosa. Mas é possível que seus testes e solução de problemas se arrastem por um longo tempo e exijam o recurso da ajuda externa.
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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

80 anos de Brasil Boeing comemora avanços no país de olho na concorrência FX-2

No último dia 12 de Setembro, no Clube de Engenharia em Brasília, a Boeing recebeu convidados da área governamental e seus parceiros comerciais e industriais locais para comemorar 80 anos de Brasil. O Brigadeiro Moretti Bermudez, Comandante do VI COMAR, representou o Comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito. Donna Hrinak, atual presidente da Boeing Brasil esteve acompanhada de Al Bryant, Joe McAndrew e Tom De Wald, executivos do primeiro escalão da empresa. Também presente ao evento o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, liderando os representantes diplomáticos da Embaixada Americana.Em 14 de Setembro de 1932, a Boeing e o governo brasileiro começaram a construir uma história sólida de parceria com a entrega dos caças biplanos F4B-4. As aeronaves chegaram ao país de navio no Rio de Janeiro e foram entregues para o governo brasileiro, pois na época ainda não havia sido constituída a Força Aérea Brasileira (FAB). Os aviões foram distribuídos entre a Marinha (Aviação Naval) e o Exército Brasileiro. Desde então, a Boeing tem mantido um relacionamento produtivo com o Brasil. Atualmente, o Boeing F/A-18E/F Super Hornet está na competição do Programa F-X2, que planeja a compra de 36 aviões de combate para substituírem os antiquados caças franceses Mirage 2000C e posteriormente, os caças Northrop F-5EM/FM e Embraer A-1M AMX modernizados, atualmente empregados pela FAB.
Na área comercial, a Boeing fez sua primeira entrega para o Brasil em sete de Junho de 1960, um quadrimotor a jato 707 para a VARIG, uma das mais famosas companhias aéreas de todos os tempos no País. Desde então, a empresa entregou aproximadamente 177 aviões comerciais, incluindo aviões de carga, para 13 operadoras brasileiras. No setor de biocombustível para aviação, a Boeing está servindo como um catalisador para o setor, incluindo o recrutamento de empresas áreas brasileiras para o Grupo de Usuários de Combustível Sustentável para Aviação (SAFUG). Em outubro de 2011, a Boeing, a Embraer e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) anunciaram um acordo de colaboração de longo prazo para pesquisa e desenvolvimento de biocombustíveis para aviação, o que representa mais um grande passo para a criação de uma indústria de biocombustíveis sustentáveis para aviação no Brasil (incluindo aí a aviação militar).
Em 2011, a Boeing abriu dois escritórios no Brasil (São Paulo e Brasília) ampliando a atuação da empresa no país e afirmando seu compromisso de que veio para ficar. Em 2012, este movimento foi consolidado com o anúncio do Centro de Pesquisas Boeing Brasil e também da parceria Boeing/EDS para abrir novos mercados para o transporte militar KC-390, ora em desenvolvimento pela empresa brasileira e considerado como o virtual substituto das versões mais antigas do C-130 Hércules, fabricado pela Lockheed Martin nos Estados Unidos. Adicionalmente, a Boeing vem captando e qualificando empresas brasileiras em diversos estados para tornarem-se fornecedoras da sua cadeia mundial de suprimentos.
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DEFESA - País planeja investir R$ 124 Bi em duas décadas

Os programas estratégicos das três Forças Armadas brasileiras para as próximas duas décadas somam R$ 124 bilhões em investimentos. Todos orientados para a transferência e o desenvolvimento de tecnologia no Brasil, com o objetivo de formar um parque industrial bélico no País. Os sete projetos estratégicos do Exército representam quase metade desse total: R$ 57,03 bilhões, de acordo com levantamento feito pelo Estado.

A Força Aérea Brasileira pretende comprar 120 caças, no valor de cerca de R$ 10 bilhões. A transferência de tecnologia é um critério chave na escolha do fabricante. Por causa de sua oferta de transferência "irrestrita", o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a anunciar a escolha do avião francês Rafale, fabricado pela Dassault, mas recuou diante da resistência da FAB. A maioria dos militares prefere o americano F-18, da Boeing, como máquina de guerra. Mas os obstáculos para a transferência de tecnologia são grandes entre os americanos, e os oficiais das áreas de pesquisa e desenvolvimento insistem no sueco Gripen, da SAAB.

A EMBRAER está desenvolvendo para a FAB um novo cargueiro de 20 toneladas, o KC-390, destinado a substituir os C-130 Hercules e a concorrer com eles no mercado internacional. O custo estimado do projeto é de R$ 4,63 bilhões. Cada uma das três Forças receberá ainda 16 helicópteros de transporte EC-725 CARACAL, da Eurocopter, com capacidade para 2 tripulantes e 29 soldados com seu equipamento. O investimento de R$ 4,65 bilhões inclui a transferência da tecnologia e o aumento progressivo de conteúdo nacional. Os helicópteros serão fabricados pela Helibrás, subsidiária da Eurocopter.

A Marinha trabalha na construção de um reator nuclear de geração de energia para a propulsão de submarino. O projeto, que envolve ainda o enriquecimento de urânio, não só para o submarino mas também para a geração de energia elétrica, está orçado em R$ 2,59 bilhões, e se estende até o ano 2025.

A Marinha mantém um programa de desenvolvimento de submarinos, chamado de PROSUB, no valor total de R$ 27,26 bilhões, também até 2025. O projeto inclui um estaleiro para a construção de quatro submarinos convencionais e um nuclear, além de uma base naval.

Outro programa da Marinha, o PROSUPER, no valor de R$ 18 bilhões, é a construção de 11 navios - 5 fragatas, 5 escoltas e um de apoio. Seis países disputam o contrato: Alemanha, Coreia do Sul, Espanha, França, Itália e Inglaterra. Os navios devem ser construídos no Brasil a partir de um projeto existente e já em operação. O fornecedor terá de transferir tecnologia a um estaleiro brasileiro.

A maioria desses projetos foi gestada no fim do século passado. Mas eles parecem ganhar mais impulso, com a ênfase na transferência e desenvolvimento local de tecnologia, e a perspectiva de exportação. "Para que uma empresa possa exportar, primeiro ela precisa fornecer para o governo de seu país", observa Luiz Carlos Aguiar, presidente da EMBRAER Defesa e Segurança.

A exigência de conteúdo nacional por parte da FAB tem tornado concorrentes da Embraer inelegíveis no Brasil. Algumas empresas brasileiras que se associaram a parceiros estrangeiros temem agora que o mesmo aconteça com elas nas disputas com a EMBRAER por contratos com o Exército. O assunto é delicado por causa do sigilo que encobre as escolhas e contratos feitos pelas Forças Armadas.

No momento em que o Brasil deixa décadas de letargia na área da defesa e se lança para a criação de um parque tecnológico e industrial para o setor, muitas oportunidades surgem, e muitos desafios também, nas relações entre o público e o privado.
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PARTICIPAÇÃO DO BRASIL EM OBSERVATÓRIO EUROPEU CONTINUA INDEFINIDA


Herton Escobar / O Estado de S. Paulo
A adesão do Brasil ao Observatório Europeu do Sul (ESO, em inglês) e sua participação na construção do Telescópio Europeu Extremamente Grande (E-ELT) continuam indefinidas, quase dois anos após a assinatura de um acordo formal entre o consórcio europeu e o governo brasileiro. A parceria, que garantirá o acesso de pesquisadores brasileiros a vários telescópios de ponta do ESO instalados no Chile, tem um custo estimado de R$ 565 milhões em dez anos.
Os primeiros pagamentos deveriam ter sido feitos em 2011, mas não foram, porque o contrato de adesão não foi enviado ao Congresso para ser ratificado – etapa necessária por se tratar de um acordo entre países. Em janeiro, o diretor-geral do ESO, Tim de Zeeuw, fez várias advertências de que a sociedade com o Brasil poderia ser revista, ou até cancelada, caso o País não ratificasse o acordo até meados deste ano – o que não aconteceu.
Agora, em nova entrevista ao Estado, Zeeuw diz que sua intenção não foi dar um “ultimato” ao Brasil, mas “encorajar” o País a acelerar o processo de ratificação e, assim, garantir a participação da indústria brasileira nas licitações para construção do E-ELT – que deverá ser o maior telescópio do mundo, com um espelho de 39 metros de diâmetro. “A indústria brasileira tem ótimas condições de competir nesse processo, mas só poderá receber contratos se o Brasil for membro pleno do ESO, o que implica em ratificar o acordo de adesão e depositar os pagamentos anuais”, afirma Zeeuw.
Segundo informações do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o acordo de adesão foi enviado ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) no dia 30 de maio e agora está com a Casa Civil, com a anuência de ambas as pastas. A Casa Civil informou apenas que o documento está “em análise” e não deu previsão de quando (ou se) ele será enviado ao Congresso. Zeeuw, porém, não estipulou nenhum novo prazo para isso, dizendo apenas que “seria melhor” se o Brasil ratificasse o acordo até o fim deste ano, já que os contratos de construção do E-ELT começarão a ser negociados em 2013.
“Nenhum dos 14 sócios europeus tem interesse em ‘expulsar’ o Brasil. Pelo contrário, eles têm uma opinião muito positiva sobre a adesão do País, uma vez que isso permitirá trabalhar em parceria com o Brasil em ciência e tecnologia, com benefícios mútuos”, afirma o diretor.
Mais do que isso, a participação do Brasil é considerada vital, financeiramente falando, para a construção do E-ELT. Fontes próximas ao projeto dizem que os europeus, em meio a uma crise econômica e com seus orçamentos já esticados ao máximo, não têm como bancar o telescópio sozinhos – o que explicaria a inusitada “paciência” europeia com o Brasil. O custo estimado do telescópio é de mais de EU$ 1 bilhão.
A entrada do Brasil no ESO, se confirmada, faria do País o primeiro não europeu a integrar o consórcio. A maior parte da comunidade científica astronômica brasileira é favorável à adesão. Alguns críticos, porém, consideram o preço alto demais – mesmo com o desconto de 30% oferecido pelo ESO, comparado ao que pagam os países europeus.
A bandeira do Brasil já figura no site e em todos os materiais de divulgação do ESO desde o início de 2011, mesmo com o acordo não ratificado. Astrônomos brasileiros, assim como os de qualquer outro país não membro, sempre puderam participar de pesquisas feitas com os telescópios do ESO (todos localizados nos Andes chilenos), mas sempre em colaboração com parceiros europeus. Como membro do consórcio, o País ganharia muito mais acesso e autonomia no uso desses telescópios, que estão entre os melhores do mundo para uma série de aplicações.
O Observatório de Paranal é a maior “joia” do ESO, com vários telescópios de alta tecnologia. (FOTO: ESO/G.Hüdepohl) Abaixo, uma das fotos mais recentes divulgadas de lá, da galáxia NGC 1187, localizada a 60 milhões de anos-luz da Terra. A imagem foi feita com o Very Large Telescope, que significa, literalmente, Telescópio Muito Grande
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Lançamento da Soyuz TMA-06M rumo à ISS é adiado

O lançamento da nave russa tripulada Soyuz TMA-06M, programado para o dia 15 de outubro próximo, foi adiado vários dias por motivos técnicos, anunciou nesta segunda-feira, 17, o diretor da Roscosmos, a agência espacial da Rússia, Vladimir Popovkin.

O responsável pelo programa espacial russo explicou que o adiamento obedece a que se decidiu substituir um dos equipamentos da nave e realizar um novo ciclo de testes.

O diretor da Roscosmos fez o anúncio no Centro de Controle de Voos Espaciais da Rússia, onde foi pessoalmente acompanhar a aterrissagem da Soyuz TMA-04M, que trouxe de volta à Terra os cosmonautas russos Gennady Padalka e Sergei Revin, e o astronauta americano de origem porto-riquenha Joe Acaba.
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