quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Projeto atômico iraniano está mais imprevisível, diz Israel


Reuters
TEL-AVIV - As ações nucleares do Irã estão se tornando cada vez mais imprevisíveis para os serviços israelenses e norte-americanos e isso dá mais urgência aos esforços para dissuadir Teerã de desenvolver armas nucleares, disse o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, nesta quinta-feira, 9.Ele comentava uma reportagem do jornal Haaretz, segundo a qual o presidente dos EUA, Barack Obama, havia recebido uma Estimativa de Inteligência Nacional (EIN) dando conta de que o Irã obteve progressos significativos e surpreendentes no desenvolvimento de armas atômicas.
"Provavelmente realmente existe tal relatório norte-americano de inteligência --não sei se é uma EIN-- rodando pelos principais gabinetes (de Washington)", disse Barak à Rádio Israel.
"Até onde sabemos, ela traz a avaliação norte-americana mais próxima da nossa..., torna a questão iraniana ainda mais urgente e (mostra que está) menos claro e certo que iremos saber tudo a tempo sobre seu constante progresso rumo à capacidade nuclear militar."
Israel, considerada a única potência nuclear do Oriente Médio, vê o programa nuclear iraniano como uma ameaça à sua existência, e não descarta atacar militarmente as instalações atômicas da República Islâmica para impedir o desenvolvimento de armas atômicas. Teerã nega ter a intenção de desenvolver bombas atômicas.
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Arábia Saudita irá abater aviões da Força Aérea israelense


As autoridades sauditas avisaram Tel-Aviv sobre sua intenção de abater aviões israelenses em caso de sobrevoarem o espaço aéreo do reino com destino ao Irã, informa hoje o diário israelense Yedioth Ahronoth.

De acordo com o jornal, a mensagem de Er-Riad foi transmitida através de colaboradores da administração estadunidense durante conversações que mantiveram recentemente com responsáveis de Israel em Jerusalém.
De acordo com informações veiculadas anteriormente na mídia, Israel estaria preparando uma ação militar unilateral contra o Irã com receio de desenvolvimento de seu programa militar. Segundo o jornal, o ataque aéreo de Israel pode ser levado a cabo também através do espaço aéreo do Iraque.
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Rússia começa testes de caça T-50 com novo radar


Rússia começou a testar um caça de quinta geração T-50 com o novo sistema de radar de varredura eletrônica ativa.

O novo radar foi instalado no terceiro protótipo promissor de caça T-50-3.
O sistema irá permitir ao T-50 reconhecer e classificar alvos múltiplos e individuais a longa distância, bem como realizar a orientação simultânea de armamento a alguns deles. Além disso, o sistema fornecerá comunicações e contramedidas eletrônicas.
De acordo com o calendário atual, o fornecimento do T-50 em série para as tropas está previsto para 2015.
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Aviação de longo alcance russa agora dispõe de um novo míssil de cruzeiro

Um novo míssil de cruzeiro entrou em serviço na Força Aérea Estratégica de Longo Alcance da Rússia, afirmou nesta terça-feira o ministro da Defesa da Rússia, Anatoly Serdyukov.

Serdyukov não deu maiores detalhes do novo míssil, apenas disse que era um de longo alcance lançado de uma plataforma aérea.


O comandante da Força Aérea Russa, o coronel-general Alexander Nikolayevich Zelin, disse que o míssil de cruzeiro foi desenvolvido pela empresa Taktitcheskoye Raketnoye Vooruzhenie (Míssil Tático) e que as especificações do mesmo eram secretas.  Ele também disse que os novos mísseis serão instalados nos caças quinta geração russos.

Douglas Barrie, um analista de guerra aérea do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos com sede em Londres, disse que o novo míssil provavelmente de ser o Kh-555 ou Kh-101/102. O Kh-555 é uma variante convencional do míssil de cruzeiro com capacidade nuclear Kh-55, que está em serviço na VVS desde 1984 a bordo dos bombardeiros estratégicos Tu-95 e Tu-160.

O Kh-101 é um míssil de cruzeiro com capacidade nuclear que fora desenvolvido pela Raduga design bureau, juntamente com uma variante convencional (Kh-102). O GLOBALSECURITY, afirma que esse míssil foi testado em outubro de 1998. Alguns relatórios afirmam é em si uma variante do Kh-555.

Serdyukov disse também que a frota russa de bombardeiros estratégicos de longo alcance Tu-160 “Blackjack” e Tu-95MS “Bear” serão modernizados.
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Será que Polônia decidiu criar seu próprio escudo antimíssil?


Os peritos e comentaristas da mídia europeia não param de tecer conjeturas a respeito da declaração inesperada do presidente da Polônia, Bronislaw Komorowski, feita na entrevista à revista polaca Wprost.

Ele propôs, nada mais nada menos, do que criar o seu próprio sistema de defesa antimíssil. De acordo com o presidente, este sistema deve ser "capaz de proteger o país" contra as potenciais ameaças balísticas. Futuramente, afirma ele, o sistema polonês de defesa antimíssil pode vir a ser uma parte do “escudo” comum da NATO.
Quanto à causa de apresentação desta sua iniciativa, aí Komorowski primou na mesma medida pela franqueza e pela falta de respeito em relação ao seu parceiro ultramarino na aliança. Mais exatamente, em relação ao presidente Barack Obama, que continua por enquanto a dirigir a Casa Branca. O líder polaco afirmou, em particular, que um erro que a Polônia fez ao concordar com a proposta dos EUA sobre o sistema europeu de defesa antimíssil, foi não levar em consideração "todo o risco político", relacionado com a mudança do presidente. Komorowski ressaltou que os polacos tiveram que pagar um "alto preço" por isso e que futuramente semelhantes erros não se podem repetir.
Como se sabe, Obama alterou o plano do seu antecessor, George W. Bush, a respeito da instalação de mísseis interceptores e de radares na Polônia e na República Checa, dilatando o processo de criação do "escudo antimíssil" europeu ao longo de quatro etapas. É preciso constatar que este gesto não foi um "presente muito valioso" para a Rússia, pois o objetivo final dos EUA continua o mesmo. Todavia, o diretor do Centro Russo de Análise de Estratégias e de Tecnologias, Ruslan Pukhov, afirma que mesmo esta decisão da Casa Branca por pouco não foi interpretada pela direção da Polônia como traição. Komorowski está preocupado também com o fato de que os sistemas de que a Polônia dispõe já serem obsoletos. Por isso, afirma ele, simplesmente não vale a pena gastar meios com a sua renovação.
Vamos deixar de lado a questão de saber o que é mais sensato nas condições da atual crise – renovar os meios de defesa antiaérea existentes ou criar a partir do zero todo um sistema de proteção contra os golpes aéreos e balísticos. Como se diz, é o dono que sabe! Mas neste caso impõe-se uma outra questão – de onde virão os golpes aéreos que Varsóvia receia tanto? Aliás, a mesma pergunta pode ser feita relativamente a várias outras capitais europeias, especialmente às capitais dos países bálticos. Quanto a um possível ataque balístico do Irã ou da Coreia do Norte, disso na Europa praticamente não se fala mais. Mas quanto a alusões à região russa de Kaliningrado, onde os antimísseis russos podem ser instalados em caso de criação do "escudo" da NATO, estas é que não faltam e os autores destas afirmações preferem não perceber que, neste caso, a lógica das suas considerações está virada "de cabeça para baixo". O perito militar Viktor Litovkin, redator-chefe do jornal Resenha Militar Independente, constata na declaração de Bronislaw Komorowski uma série de nuances:
"Por um lado, isso tem o aspeto de recriminação aos americanos por terem protelado o processo de criação do sistema europeu de defesa antimíssil, afirma o perito. Mas quanto à Rússia, afirma-se que ela estaria ameaçando a Polônia já agora, pois pretende instalar no território da região de Kaliningrado os seus complexos antimísseisIskander-M. Os autores destas declarações ignoram por completo o fato de a Rússia pretender instalar estes antimísseis somente como resposta à instalação do sistema americano de defesa antimíssil no território da Polônia. Por outro lado, esta é uma forma de apoio à indústria militar americana pois os elementos do sistema antimíssil dos EUA serão adquiridos precisamente aí. Tal é a posição dupla de Varsóvia em relação ao aliado. O mais engraçado nisso é que este tal aliado não aprecia muito os esforços feitos pela Polônia no Iraque, no Afeganistão e em outros locais."
É preciso constatar que a iniciativa de Varsóvia, que pode ser qualificada, usando palavras bem medidas, de pouco comum, tem como pano de fundo as permanentes declarações a favor da criação do escudo antimíssil americano na Europa. O jornal alemão Der Tagesspiegel afirma, por exemplo, que o perito em questões de defesa Svenja Sinjen, da Associação Alemã para a Política Externa, DGAP, já percebeu a ameaça por parte de certos misteriosos mísseis sírios. "Por isso, afirma o jornal, é preciso construir o escudo da Europa apesar da resistência da Rússia". Como se diz, "o medo torna tudo maior". Será que os demais membros da aliança irão seguir a iniciativa de Komarowski? Quanto à crise econômica, ela que espere.
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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Brasil, Índia e África do Sul querem desenvolver projetos conjuntos na área de defesa

Países-símbolo das potencialidades do eixo Sul-Sul, Brasil, Índia e África do Sul, que juntos integram o Fórum IBAS, reuniram mais uma vez seus emissários para reforçar a cooperação dos três países na área de defesa. 

A agenda teve início ontem, em Brasília, com uma reunião que durou a manhã inteira, no Ministério da Defesa (MD). O encontro reuniu 22 funcionários de ministérios e representantes das indústrias nacionais de defesa.

“Nossa intenção é buscar caminhos de interação e de parceria”, afirmou o general-de-divisão Aderico Mattioli, diretor do Departamento de Produtos de Defesa do MD brasileiro.

Segundo Mattioli, essa é a segunda visita do rodízio que os três países fazem entre si. O grupo já esteve na Índia, reúne-se agora no Brasil e, por fim, irá à África do Sul, possivelmente em novembro, com a intenção de conhecer também a base industrial de defesa daquele país.

Para o general brasileiro, as visitas, que incluem deslocamentos para cidades onde há desenvolvimento de iniciativas estratégicas de defesa, ajudam a prospectar possibilidades de cooperação e de desenvolver projetos conjuntos. 

Antonie Visser, chefe da Divisão de Material de Defesa da delegação sul-africana, concorda. “A finalidade aqui não é competir, e sim colaborar, para depois partirmos para pesquisa e desenvolvimento a médio e longo prazo”, disse.Países-símbolo das potencialidades do eixo Sul-Sul, Brasil, Índia e África do Sul, que juntos integram o Fórum IBAS, reuniram mais uma vez seus emissários para reforçar a cooperação dos três países na área de defesa. 

A agenda teve início ontem, em Brasília, com uma reunião que durou a manhã inteira, no Ministério da Defesa (MD). O encontro reuniu 22 funcionários de ministérios e representantes das indústrias nacionais de defesa.

“Nossa intenção é buscar caminhos de interação e de parceria”, afirmou o general-de-divisão Aderico Mattioli, diretor do Departamento de Produtos de Defesa do MD brasileiro.

Segundo Mattioli, essa é a segunda visita do rodízio que os três países fazem entre si. O grupo já esteve na Índia, reúne-se agora no Brasil e, por fim, irá à África do Sul, possivelmente em novembro, com a intenção de conhecer também a base industrial de defesa daquele país.

Para o general brasileiro, as visitas, que incluem deslocamentos para cidades onde há desenvolvimento de iniciativas estratégicas de defesa, ajudam a prospectar possibilidades de cooperação e de desenvolver projetos conjuntos. 

Antonie Visser, chefe da Divisão de Material de Defesa da delegação sul-africana, concorda. “A finalidade aqui não é competir, e sim colaborar, para depois partirmos para pesquisa e desenvolvimento a médio e longo prazo”, disse.

Em Brasília, os representantes estrangeiros puderam conhecer a estrutura organizacional do Ministério da Defesa, bem como sistemas de defesa e projetos em andamento. Presentes também ao encontro, representantes da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde) falaram a respeito das perspectivas brasileiras no setor.

Para o secretário-adjunto de governo da Índia, Pramode Kumar Mishra, o encontro na capital brasileira foi positivo.  “Os três países têm a mesma visão sobre o mundo, seguir no objetivo comum de desenvolver tecnologias em conjunto que possam atender as expectativas do grupo. Temos que dar pequenos passos, mas já tivemos um princípio. Esse é o verdadeiro significado dessa cooperação”, avaliou.  

Fazem parte também do cronograma de atividades dos representantes indianos e sul-africanos, durante sua estada no Brasil, visitas às unidades militares que trabalham com pesquisas e desenvolvimento de produtos em Brasília, bem como a institutos e indústrias de defesa como a Emgepron, no Rio de Janeiro, e Embraer e Avibras, em São José dos Campos (SP), entre outras.

Fotos: SO Carlos
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Após deserção de premiê, TV mostra reunião de Assad com enviado do Irã


A televisão estatal síria exibiu nesta terça-feira imagens do presidente Bashar Al-Assad durante um encontro com o chefe da segurança do Irã, Saeed Jalili, na tentativa de passar uma imagem de normalidade um dia após a deserção do premiê  Riad Hijab. Foi a primeira aparição de Assad na TV estatal em mais de duas semanas.
Durante a reunião em Damasco, Jalili afirmou que a Síria é parte vital de uma aliança regional vital. "O Irã não deixará que esse eixo de resistência, do qual acreditamos que a Siria é parte essencial, se quebre", afirmou, numa referência, acredita-se, à parceria entre os dois países e os grupos Hezbollah, no Líbano, e Hamas, em Gaza.
Assad falou a Jalili sobre "a determinação do povo e do governo da Síria para limpar o país de terroristas", dizendo que regime "continuará no caminho do diálogo" e "lutando contra conspirações estrangeiras."O Irã, principal aliado regional da Síria, ganhou nova relevância no conflito após 48 iranianos terem sido sequestrados na capital síria no sábado. Os rebeldes responsáveis pelo sequestro disseram que o grupo integra a Guarda Revolucionária, Exército de elite do Irã, mas o governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad disse se tratar de peregrinos.
Jalili afirmou que “o sequestro de inocentes é inaceitável em qualquer lugar”. Em Teerã, o vice-ministro iraniano das Relações Exteriores, Hossein Amir Abdollahian, afirmou que considera os Estados Unidos responsáveis pela “segurança dos reféns” pelo fato de ter “apoiado grupo terroristas e enviado armas para a Síria”. Há relatos de que três dos iranianos foram mortos.
Em mais uma tentativa de transmitir a imagem de normalidade, o novo primeiro-ministro da Síria, Omar Ghalawanji, apontado em caráter provisório para o cargo na segunda-feira, liderou uma reunião de gabinete na segunda-feira e ressaltou que todos os ministros estavam presentes.No entanto, ativistas da oposição afirmam que, além do premiê, dois ministros desertaram e um terceiro foi preso ao tentar deixar o país.
A TV estatal mostrou estes dois ministros que teriam desertado na reunião com Ghalawanji e buscou minimizar a importância da deserção de Hijab.
O ministro do Interior, Omran al-Zoubi, disse que a Síria é um Estado de instituições fortes e que a saída de alguns indivíduos não afetarão o governo.
Hijab assumiu o cargo há menos de dois meses e sua deserção é a mais importante enfrentada por Assad desde que a revolta popular contra seu regime começou, em março de 2011.
"Anuncio hoje minha deserção do regime assassino e terrorista e anuncio que me uni ao grupo que faz a revolução da liberdade e da dignidade", afirmou Hijab, em comunicado lido por seu porta-voz.
Mas os boatos sobre deserções continuam, com a Turquia afirmando que um general estava entre os mais de 1,3 mil refugiados que cruzaram a fronteira na madrugada. No total, 47,5 mil sírios foram para a Turquia.
Com BBC SEGURANÇA NACIONAL BLOG