quarta-feira, 18 de julho de 2012

Primeiro subsistema de propulsão para satélite desenvolvido no Brasil é apresentado pelo INPE


O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, visita a unidade de Cachoeira Paulista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) na tarde de segunda-feira (16/7) para conhecer o primeiro subsistema de propulsão para satélite desenvolvido no Brasil que entrará em órbita, a bordo do Amazonia-1. O equipamento é necessário para correção de atitude e elevação de órbita durante a vida útil do satélite.

Além das instalações do Laboratório de Combustão e Propulsão (LCP), onderecentemente foi testado com sucesso o novo subsistema, o ministro visitará o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC). Raupp estará acompanhado do diretor do INPE, Leonel Perondi, pesquisadores e representantes da indústria nacional.

O desenvolvimento de satélites é importante indutor da inovação no parque industrial brasileiro, que se qualifica e moderniza para atender aos desafios do programa espacial. O subsistema de propulsão foi desenvolvido em parceria com a empresa Fibraforte para a PMM, a Plataforma Multimissão criada pelo INPE para base de satélites como o Amazônia-1 e o Lattes.

Inovação

Sob a coordenação do INPE, a PMM está sendo construída por um consórcio de empresas como a Fibraforte, de São José dos Campos, responsável pelo subsistema de propulsão. São construídos dois modelos idênticos, um de qualificação e o outro para voo no satélite.

O modelo de qualificação do subsistema de propulsão da PMM foi submetido a uma sequência de testes severos, realizados em laboratórios do INPE, que reproduzem todo tipo de esforços e o ambiente hostil que o satélite terá desde o lançamento ao fim de sua vida útil no espaço.

No Laboratório de Integração e Testes (LIT), em São José dos Campos, foram realizados os testes de vibração, termovácuo, alinhamento e vazamento. Antes disso, em conjunto com a empresa o LIT também foi responsável pelo desenvolvimento dos processos de soldagem, pela qualificação dos corpos de prova e pela própria soldagem de todas as tubulações do subsistema.

Já no Banco de Testes com Simulação de Altitude (BTSA), em Cachoeira Paulista, aconteceu o teste de tiro real sob vácuo, que simula manobras em órbita. Todos os testes foram aprovados na etapa de qualificação.
“Como os testes foram realizados pela primeira vez em um subsistema de propulsão, os laboratórios tiveram adaptações em suas estruturas. O BTSA, que integra o Laboratório de Combustão e Propulsão, obteve investimentos para adaptações e melhorias”, conta Heitor Patire Júnior, pesquisador do INPE que é o responsável técnico do projeto.  “Novos desenvolvimentos e domínio de tecnologia foram necessários para a construção do subsistema de propulsão, tanto do lado INPE como pela empresa contratada”.

Segundo o pesquisador do INPE, alguns equipamentos que fazem parte do subsistema de propulsão ainda foram importados por não haver produto similar no país, enquanto outros foram desenvolvidos pela Fibraforte, como propulsores, válvulas de enchimento e dreno de combustível e gás pressurizante, tubulação e a própria estrutura e suportes do subsistema.

“Pelo INPE está sendo desenvolvido o catalisador que abastece os propulsores (onde o combustível sofre reação química gerando a propulsão nos motores), todo processo de soldagem da tubulação que transporta o combustível entre o tanque e os propulsores, além do treinamento das equipes de vários laboratórios envolvidos nesse desenvolvimento”, explica Heitor Patire Júnior.

Na Fibraforte, a equipe reúne técnicos, engenheiros, mestres e doutores com formação multidisciplinar, como engenheiros mecânicos, eletrônicos e de materiais. Para a empresa, além do desenvolver de produtos com alto grau de inovação, outro resultado relevante de programa como esses é a formação de recursos humanos de alto nível.

Para os próximos satélites, a Fibraforte pretende desenvolver também o tanque de propelente. Com mais esse passo, sistemas de propulsão para controle de órbita e atitude de satélites estarão livres de barreiras de importação por sensibilidade tecnológica.

“Os novos desenvolvimentos relacionados ao subsistema de propulsão podem levar o país a ser autossuficiente em todos os equipamentos que hoje são importados, levando ao crescimento da nossa indústria aeroespacial”, conclui o pesquisador do INPE.

Subsistema de propulsão da PMM na câmara do BTSA
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Maquetes de satélites são expostas na 64ª SBPC

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) participará da ExpoT&C, exposição vinculada à 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) que acontece de 23 a 27 de julho na Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Desde a primeira ExpoT&C, que está comemorando 20 anos como uma das mais importantes mostras de Ciência e Tecnologia do Brasil, o INPE leva alguns de seus principais projetos ao pavilhão destinado aos institutos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Nesta edição, o estande do INPE terá um tapete com a imagem da cidade de São Luís registrada pelo satélite CBERS e duas maquetes. Uma delas mostra detalhes de equipamentos do satélite CBERS-3, que tem lançamento previsto para o final de 2012. A outra maquete é do SCD, satélite de coleta de dados lançado em 1993 que foi o primeiro desenvolvido pelo Brasil.

Também serão exibidos vídeos que destacam as áreas científicas, de engenharia, cooperação internacional e as principais aplicações do INPE, como a oferta gratuita de imagens de satélites, testes para a indústria nacional, dados de desmatamentos, entre outros produtos e serviços oferecidos à sociedade. 

Serão distribuídas aos visitantes imagens de São Luís, registradas pelo satélite sino-brasileiro CBERS, e cartilhas didáticas sobre projetos do instituto. O horário de funcionamento da ExpoT&C é das 10h às 19h.

Programa espacial

Na programação científica da 64ª Reunião Anual da SBPC, destacam-se duas atividades que envolvem o Programa Espacial Brasileiro. Na terça-feira (24), das 10h30 às 12h, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB) José Raimundo Braga Coelho (AEB) é o conferencista do tema “O Programa Espacial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável”. No mesmo dia, das 15h30 às 18h, acontece uma mesa-redonda sob o tema “Tecnologias Estratégicas para o Programa Espacial Brasileiro: Oportunidades para as Universidades e Institutos de Pesquisas”, cujos participantes são Thyrso Villela Neto (INPE/AEB), Celio Costa Vaz (SBF) e José Renan de Medeiros (UFRN).
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terça-feira, 17 de julho de 2012

SUBEX-REF 2012


No período de 4 a 14 de julho, a Marinha do Brasil realizou uma grande Manobra Operativa na região de Itaóca, na costa sul do Espírito Santo, reunindo cerca de 650 militares e quase 100 viaturas e equipamentos de engenharia. A coordenação da SUBEX-REF 2012 foi do Comando da Tropa de Reforço e envolveu todas as suas unidades subordinadas, como o Batalhão de Viaturas Anfíbias, o Batalhão Logístico de Fuzileiros Navais, o Batalhão de Engenharia de Fuzileiros Navais, a Unidade Médica Expedicionária da Marinha, a Companhia de Apoio ao Desembarque, a Companhia de Polícia e a própria Base de Fuzileiros Navais da Ilha das Flores. O importante evento do calendário operativo do Corpo de Fuzileiros Navais teve como propósito adestrar a TrRef no provimento do apoio logístico e do apoio em movimento aos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais formados no âmbito da Força de Fuzileiros da Esquadra.
Da esquerda para a direita, em primeiro plano: Contra-Almirante (FN) Paulo Martino Zuccaro, Comandante da Tropa de Reforço (TrRef); Vice-Almirante (FN) Fernando Antonio de Siqueira Ribeiro, Comandante da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE); e Ronaldo Olive, Consultor Técnico de Tecnologia & Defesa
 acompanhou o evento com exclusividade e, em sua próxima edição impressa, apresentará completa cobertura do mesmo. As fotos a seguir são uma pequena amostra das atividades realizadas no transcorrer da Manobra.
Fuzileiro Naval utiliza detector de minas terrestres
Equipe da Companhia de Polícia faz a guarda de um "prisioneiro"
O moderno hospital de campanha da Unidade Médica Expedicionária da Marinha
Um CLANF do Batalhão Anfíbio utilizando o kit adicional de blindagem reativa
CLANF em progressão por terreno repleto de obstáculos erguidos pelo "inimigo"
Remoção de fuzileiro ferido para a retaguarda, realizada por equipe de socorristas trajando apatrechos de proteção NQB
Fuzileiro Naval equipado com máscara, luvas e demais apetrechos de proteção NQB
Fuzileiros Navais da Companhia NQBR prontos para uma faina de descontaminação
Modernas instalações de descontaminação são utilizadas pela Cia NQBR
A Unidade Médica Expedicionária da Marinha conta com avançados recursos para salvar a vida dos feridos em combate
CLANF durante deslocamento anfíbio
Travessia de curso dágua realizada por equipes de engenharia
Transposição de curso dágua com transporte de suprimentos e veículos, realizado pelo pessoal da engenharia de combate
Ambulância Land Rover pronta para prestar apoio médico de remoção de feridos em combate
Equipes da engenharia de combate preparam uma área de transposição de curso dágua
Uma ponte de travessia montada sobre pontões flutuantes pela engenharia de combate
As espartanas acomodações na base de Fuzileiros Navais em Itaóca, ES
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KMW entrega projetos estruturais à Prefeitura de Santa Maria.


O diretor geral da Krauss Maffei Wegmann (KMW) do Brasil, Christian Böge, esteve na tarde desta segunda-feira (16) na Prefeitura para dar início aos protocolos dos primeiros projetos referentes a instalação da unidade da gigante alemã fabricante de blindados em Santa Maria (Rio Grande do Sul).
Acompanhado de representantes da empresa Build, Christian Böge foi recebido pelo prefeito Cezar Schirmer, que determinou ao Escritório da Cidade que inicie a análise do estudo de impacto de vizinhança da planta que será erguida numa área de 18 hectares, próximo à Universidade ULBRA. A unidade terá 40 mil metros quadrados de área construída e uma pista de testes para veículos blindados.
Na oportunidade, Christian Böge confirmou que o presidente mundial da KMW, Frank Haun, acompanhado de uma comitiva de diretores da fabricante de blindados alemã estará em Santa Maria, no dia 17 de setembro, para o lançamento da pedra fundamental da obra. O início das operações também foi confirmado para março do ano que vem.De acordo com a KMW, em no máximo 15 dias estará dando entrada na Prefeitura o projeto definitivo da planta do empreendimento, com o relatório de impacto ambiental sendo encaminhado à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Na próxima semana também estará finalizado o layout da sede da KMW em Santa Maria que, inicialmente, trabalhará na manutenção de blindados Leopard 1A5 BR e desmobilização das unidades Leopard 1A1 Be.
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Cervejaria de Belém quer ganhar o mundo


GISELE TAMAMAR - Agencia Estado
SÃO PAULO - Os norte-americanos, asiáticos e europeus vão conhecer os sabores da cerveja artesanal da Amazônia no ano que vem. A Amazon Beer, cervejaria com sede em Belém, pretende exportar seus produtos já no primeiro semestre de 2013. A intenção é surpreender o mercado internacional com uma mistura de malte e frutas típicas da região.
"O mundo está globalizado e a cerveja é mundial. Acredito que temos um produto com potencial grande e único, com um forte apelo da Amazônia", avaliou o diretor da cervejaria, Arlindo Guimarães. A Taperebá Witbier, um dos produtos que serão exportados, tem 4,7% de teor alcoólico e foi lançada este ano. A bebida é aromatizada com o fruto, também conhecido como cajá, e leva dois tipos de malte: trigo e cevada.
Criada em maio de 2000, a cervejaria cresce em média 20% ao ano. Para 2012, a meta é alcançar 30% e em 2013 faturar 70% a mais com a expansão para o mercado internacional. Para pavimentar esse caminho, no ano passado foram investidos R$ 9,1 milhões na inauguração de um parque fabril no Distrito Industrial de Belém. O local hoje pode produzir 70 mil litros por mês, mas a meta da Amazon Beer é dobrar a capacidade quando as exportações ganharem espaço. Caso seja necessário, com pequenos ajustes na planta, a produção pode chegar a 300 mil litros todos os meses.
Quando decidiu abrir o negócio, Guimarães precisou estudar o mercado e, principalmente, acertar na escolha do mestre cervejeiro. Ele optou por Reynaldo Fogagnolli, que já trabalhou na Brahma e fez cursos na Alemanha. No início, a produção era de apenas 12 mil litros ao mês. Hoje, são produzidos 100 mil litros. Mas, antes de focar nas exportações, o planejamento do empresário, neste ano, é consolidar a Amazon Beer no mercado brasileiro - atualmente, as cervejas da Amazônia podem ser encontradas no Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e, claro, no Pará.
Atualmente, as variedades especiais da bebida representam entre 4% e 5% do mercado brasileiro de cervejas. Na avaliação da presidente da Associação Brasileira dos Profissionais em Cerveja e Malte (Cobracem), Cilene Saorin, a expectativa é atingir 10% em dez anos. Mas o cenário positivo vai depender, principalmente, de três aspectos: econômico, demográfico e também o cultural. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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Nave russa Soyuz TMA-05M com três tripulantes se acopla com sucesso à ISS


EFE
MOSCOU - A nave russa Soyuz TMA-05M, com três tripulantes a bordo, acoplou-se nesta terça-feira, 17, com sucesso à Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês), informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia. "O engate aconteceu em regime automático e na hora prevista", disse um porta-voz do CCVE citado pela agência oficial russa "RIA Novosti".
A Soyuz levou à ISS o cosmonauta russo Yuri Malenchenko, a americana Sunita Williams e o japonês Akihiko Hoshide, que integram a 33ª expedição à plataforma orbital. Uma vez verificado o hermetismo do acoplamento, a escotilha será aberta, o que deverá acontecer entre 4h25 e 4h55 (horário de Brasília). Os recém-chegados, que permanecerão seis meses no espaço, serão recebidos pelos atuais tripulantes da ISS: os russos Gennady Padalka e Sergei Revin e o astronauta da Nasa de origem porto-riquenha Joe Acaba. Assim que os três novos integrantes da plataforma orbital se acomodarem, Sunita exercerá a função de engenheira de voo até setembro, quando substituirá Padalka como comandante.
A americana de origem indiana é a mulher que permaneceu mais tempo no cosmos e também a que mais horas passou fora da ISS em caminhadas espaciais. A manobra de engate desta terça-feira coincidiu com um importante aniversário na história da prospecção espacial: em 17 de julho de 1975 aconteceu o acoplamento da nave soviética Soyuz-19 e da americana Apolo 18, que se tornou um símbolo da distensão entre as duas potências.
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Argentina e Venezuela fazem pacto militar


ARIEL PALACIOS , CORRESPONDENTE / BUENOS AIRES - O Estado de S.Paulo
O ministro de Defesa da Argentina, Arturo Puricelli, reuniu-se em Caracas durante dois dias com seu colega venezuelano, Harry de Jesús Rangel, e assinou um memorando de cooperação para aprofundar as relações bilaterais. O objetivo é intensificar o treinamento e a troca de informações em tecnologia bélica.
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou que a aproximação entre os dois países na área militar "é uma importante aliança estratégica para levantar essa capacidade ofensiva do Mercosul". Chávez, depois de celebrar a entrada de Caracas como o quinto membro pleno do bloco, afirmou que a região precisa se consolidar como uma grande área de paz sul-americana. "Uma zona de democracia onde nunca mais ocorram golpes de Estado nem invasões", segundo ele.
Os equipamentos das Forças Armadas argentinas estão sucateados, segundo afirmam especialistas militares em Buenos Aires. Puricelli e Rangel afirmaram que 51 oficiais venezuelanos estão "sendo treinados" atualmente na Argentina.
Paradoxalmente, o governo argentino, que está se aproximando da Venezuela na área militar, é um importante parceiro de Washington. Em 1998, quando o país era governado por Carlos Menem, Buenos Aires ganhou status de "aliado extra-Otan", designação dada pelo governo americano para parceiros estratégicos que não são membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Fontes do Ministério da Defesa da Argentina fizeram questão de ressaltar ao Estado que essa aliança, forjada nos anos 90, atualmente é uma "mera formalidade". No entanto, nenhum governo argentino jamais solicitou o fim desse status especial com os EUA.
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