ARIEL PALACIOS , CORRESPONDENTE / BUENOS AIRES - O Estado de S.Paulo
O ministro de Defesa da Argentina, Arturo Puricelli, reuniu-se em Caracas durante dois dias com seu colega venezuelano, Harry de Jesús Rangel, e assinou um memorando de cooperação para aprofundar as relações bilaterais. O objetivo é intensificar o treinamento e a troca de informações em tecnologia bélica.
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou que a aproximação entre os dois países na área militar "é uma importante aliança estratégica para levantar essa capacidade ofensiva do Mercosul". Chávez, depois de celebrar a entrada de Caracas como o quinto membro pleno do bloco, afirmou que a região precisa se consolidar como uma grande área de paz sul-americana. "Uma zona de democracia onde nunca mais ocorram golpes de Estado nem invasões", segundo ele.
Os equipamentos das Forças Armadas argentinas estão sucateados, segundo afirmam especialistas militares em Buenos Aires. Puricelli e Rangel afirmaram que 51 oficiais venezuelanos estão "sendo treinados" atualmente na Argentina.
Paradoxalmente, o governo argentino, que está se aproximando da Venezuela na área militar, é um importante parceiro de Washington. Em 1998, quando o país era governado por Carlos Menem, Buenos Aires ganhou status de "aliado extra-Otan", designação dada pelo governo americano para parceiros estratégicos que não são membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Fontes do Ministério da Defesa da Argentina fizeram questão de ressaltar ao Estado que essa aliança, forjada nos anos 90, atualmente é uma "mera formalidade". No entanto, nenhum governo argentino jamais solicitou o fim desse status especial com os EUA.
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