sábado, 14 de julho de 2012

F-18 vs SAM

  
SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Boeing propõe ampliar projeto para vender caças ao Brasil


Denise Chrispim Marin, Correspondente
WASHINGTON - O pacote de transferência de tecnologia dos caças F18 Super Hornet ao Brasil poderá ser "ampliado" na medida em que seja aprofundada a cooperação e a confiança entre os governos dos Estados Unidos e do Brasil e entre as companhias dos dois lados envolvidas no projeto. Segundo o vice-presidente do Programa Boeing F/A-18, Mike Gibbons, o mesmo o tratamento foi dado pela companhia aos seus atuais clientes desse segmento de defesa.
Caça F18 Super Hornet é um dos concorrentes em licitação do governo brasileiro - Facundo Arrizabalaga/EFE
Facundo Arrizabalaga/EFE
Caça F18 Super Hornet é um dos concorrentes em licitação do governo brasileiro
"O Brasil e os EUA precisam um do outro. Os EUA precisam do Brasil para estar seguro. Por isso, se o Brasil comprar os F18 Super Hornet e tornar-se um aliado dos EUA, a parceria a confiança mútua vai se expandir, e a transferência tecnológica será estendida para um potencial adicional", afirmou Gibbons ao Estado. "A transferência tecnológica para os nossos atuais clientes está em contínua ampliação, na medida em que aumenta a parceria e a confiança dos dois lados", completou.
Desde o ano passado, a Boeing tem demonstrado seu especial interesse na ampliação de negócios com o Brasil. Abriu um escritório em São Paulo, enviou como sua representante a ex-embaixadora americana em Brasília Donna Hrinak e, recentemente, fechou acordos com a Embraer para o aperfeiçoamento do A-29 Super Tucano e para apoio nas vendas do cargueiro KC-390 aos EUA e a outros países.
A Boeing também fechou parceria com a AEL, subsidiária no Brasil da israelense Elbit Systems, para o fornecimento de novas telas do painel de controle (como as de um vídeo game de última linha) para os seus caças, inclusive os eventuais F18 a serem entregues ao Brasil. A companhia americana faz dessas parcerias com a Embraer e a AEL exemplos da cooperação que pretende manter com outras empresas brasileiras, seja como fornecedoras de peças e partes ou como parceiras na concepção de futuros aviões.
"O Brasil tem a opção de construir o seu próprio caça. Mas oferecemos uma melhor oportunidade para suas empresas que vierem a construir componentes, já em fase de desenho, para os novos Super Hornet e outros projetos futuros da Boeing", afirmou Gibbons. "Esse é um trabalho de alta qualidade e mais durável. Além dessa vantagem em curto prazo, queremos oferecer melhor valor agregado para o desenvolvimento de novas aeronaves."
A rigor, a promessa de transferência tecnológica americana não traz o adjetivo "irrestrito", presente na oferta da concorrente francesa, a Dassault, com seus caças Rafale. A qualificação pesou na disposição do então presidente Luis Inácio Lula da Silva de dar preferência nesse negócio à França, em 2009.
O compromisso americano está escudado sobretudo na palavra do presidente dos EUA, Barack Obama, que concorre à reeleição em novembro. Em visita ao Brasil, em abril passado, o secretário da Defesa, Leon Panetta, garantiu a ampla transferência tecnológica, inclusive nas áreas sensíveis, se o governo Dilma Rousseff optar pelos Super Hornet. Mas a palavra final sobre tal questão pertence ao Senado americano.
O Senado, na opinião de Gibbons, não teria como recuar. A Boeing, salientou ele, estaria preparada para iniciar a produção assim que fosse fechado o pacote de produção industrial. "Estamos prontos este ano, se for preciso", afirmou Gibbons, sem deixar transparecer o desapontamento da Boeing com a nova postergação, desta vez para o final de dezembro, da decisão do governo brasileiro sobre o FX2. A expectativa criada pelo próprio ministro da Defesa, Celso Amorim, era de anúncio do vencedor em junho.
No mês passado, o ex-chanceler Amorim extraiu dos três concorrentes do FX2 - a americana Boeing, a francesa Dassault e a sueca Saab - a promessa de congelar suas ofertas de venda até 31 de dezembro. O anúncio deve ser feito antes dessa data.
Esse processo de compras vem se arrastando desde 1998, quando o governo Fernando Henrique Cardoso lançou o programa FX para substituir os Mirage 3 da Força Aérea Brasileira (FAB) com 16 novos caças. A gestão de Lula continuou o processo até 2005, quando o enterrou. Dois anos depois, foi lançado em Brasília o FX2, para a compra de 36 caças.
Segundo o vice-presidente do programa F18 Super Hornet, a Boeing entende ser essa uma decisão que extrapola a aquisição de um produto de defesa. Envolve também a escolha de um país como forte aliado em matéria de segurança e de uma companhia como parceira das empresas brasileiras. "Não estamos frustrados com o novo adiamento. O Brasil será capaz de tomar uma decisão em médio prazo."
Desde 2007, a Boeing sintetiza sua oferta ao público como a de melhor custo benefício. Os caças F18 Super Hornet já foram testados inúmeras vezes em combate. O preço é um dos segredos da oferta. Mas cada unidade da mesma aeronave vendida para a Marinha americana custou US$ 60 milhões. Dependendo dos requisitos a serem agregados ou descartados pela FAB, custará mais ou menos esse mesmo valor.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Petrobras aprova contratos para construir seis sondas


EQUIPE AE - Agencia Estado
SÃO PAULO - A Petrobras informa na noite desta sexta-feira que aprovou a assinatura dos contratos com a empresa Sete Brasil para a construção de seis plataformas flutuantes de perfuração a serem construídas no Brasil, no Estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ), com porcentuais de conteúdo local entre 55 e 65%.
Essas sondas de perfuração, do tipo semissubmersível, fazem parte do pacote de 21 sondas negociadas com a Sete Brasil, conforme divulgado em 9 de fevereiro de 2012, e serão entregues a partir de 2016. Os equipamentos se destinam à perfuração de poços no pré-sal da Bacia de Santos e poderão operar em profundidade de 3 mil metros, com capacidade de perfuração de até 10 mil metros.
Após a construção, as sondas serão fretadas à Petrobras por um período de 15 anos. Três sondas serão operadas pela empresa Petroserv, duas pela Queiroz Galvão Óleo e Gás e a outra pela Odebrecht Óleo e Gás.
A Petrobras diz em comunicado que fez uma análise crítica prévia no estaleiro e comprovou sua potencial capacidade para o atendimento dos compromissos contratuais de construção das seis plataformas, com o conteúdo local e nos prazos exigidos. Foram também verificadas a adequação das instalações e evidências de compromissos com fornecedores dos insumos e principais pacotes de equipamentos das sondas, licenciamento ambiental, gestão de SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde), gestão contratual, além de aspectos jurídicos e financeiros.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Laser mísseis guiados antitanque (Dehlaviyeh) revelado pela Guarda Revolucionária Iraniana Corps.flv


SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Irã conseguiu produzir mísseis semelhantes aos russos


O Irã dominou a produção de mísseis anti-tanque Dehlaviyeh, que são uma cópia dos mísseis anti-tanque russos Kornet-E.

Igor Korotchenko, diretor do Centro de Análise do Tráfico Mundial de Armas, declarou que o Irã não dispõe de licença de produção dosKornet. Há, porém, dados de que este míssil teria ido parar a Teerã via Síria, com a mediação do grupo terrorista libanês Hezbollah.
Os mísseis anti-tanque Kornet se destinam a alvejar material blindado dotado de defesa dinâmica, assim como fortificações, pessoal inimigo e alvos aéreos e navais de baixa velocidade, a qualquer hora, em difíceis condições meteorológicas e não obstante a existência de interferências óticas, tanto passivas como ativas
SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Irã faz novo alerta de bloqueio do Estreito de Ormuz


Reuters
O Irã pode impedir que até "uma simples gota de petróleo" passe pelo Estreito de Ormuz se a sua segurança for ameaçada, disse neste sábado um chefe naval, à medida que aumentam as tensões sobre o programa nuclear iraniano.
Teerã vai aumentar sua presença militar nas águas internacionais, afirmou Ali Fadavi, comandante naval do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (CGRI).
'Se eles (EUA) não obedecerem as leis internacionais e os alertas do CGRI, haverá consequências gravíssimas para eles", afirmou Fadavi, de acordo com a agência de notícias iraniana Fars.
"As forças navais do CGRI têm desde a guerra (Irã-Iraque) a habilidade de controlar completamente o Estreito de Ormuz e não permitir que uma simples gota de petróleo passe por ele", disse Fadavi. "Essa presença da força naval do CGRI em águas internacionais vai aumentar."
O Irã tem ameaçado repetidamente fechar o Estreito de Ormuz, pelo qual passam 40 por cento das exportações marítimas de petróleo no mundo. Seria uma retaliação às sanções feitas às suas exportações do produto pelas potências ocidentais.
As suspensões foram impostas devido ao programa nuclear iraniano, que o Ocidente suspeita ter o objetivo de construir uma bomba atômica. O Irã diz que o programa possui fins pacíficos, para geração de energia.
Os EUA reforçaram sua presença no Golfo Pérsico, acrescentando na semana passada um navio para ajudar as operações se o Irã levar a cabo as ameaças de bloquear o estreito.
(Reportagem de Yeganeh Torbati) 
segurança nacional blog

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Quatro terroristas estúpidos (Lions

SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Primeiras imagens da aeronave Super Tucano, morto na zona rural de Jambaló (Cauca


SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Força aérea da Colômbia sofre novo ataque


estadão.com.br
BOGOTÁ - Um dia depois da queda de um caça Super Tucano em uma área controlada pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), um helicóptero que transportava soldados no norte do país foi atacado nesta sexta-feira, 13, com tiros. Ninguém se feriu. No Departamento (Estado) de Cauca, onde o jato foi ao chão, homens da guerrilha deixaram sete feridos em um ataque ao povoado de Toribío.
Guerrilheiros das Farc durante confronto com Exército - Luis Robayo/AFP
Luis Robayo/AFP
Guerrilheiros das Farc durante confronto com Exército
Segundo a Rádio Caracol, o helicóptero foi atacado enquanto sobrevoava o povoado de Convención, a cerca de 700 km ao norte de Bogotá. Havia no voo também deputados da Assembleia Legislativa de Santander. Não está claro se o voo conseguiu chegar ao destino final ou teve de fazer um pouso de emergência.
Em Cauca ao menos sete pessoas ficaram feridas e 30 casas foram destruídas em uma incursão das Farc em Toribío. "O mais grave não é o ataque e si. Estamos há tempos pedindo às autoridades que reavaliem sua estratégia militar", disse o prefeito de Corinto, Oscar Quintero. "Nós acabamos pagando a conta."
Centenas de indígenas manifestaram-se na quinta-feira em Toríbio, perto de onde foi encontrado o Super Tucano, contra a presença militar na região. Eles derrubaram antenas de comunicação e destruíram trincheiras em protesto.
O presidente Juan Manuel Santos prometeu ainda se reunir com lideranças indígenas do sudoeste colombiano, área de atuação das Farc, que protestam contra as frequentes incursões militares em seu território, mas rejeitou retirar as tropas de lá. "Também estamos cansados de guerra, mas não podemos, por nenhum motivo, desmilitarizar nosso território", disse
De acordo com o prefeito, o Departamento de Cauca é historicamente controlado pelas Farc por ser uma zona geográfica com fácil acesso a diversas áreas do sul da Colômbia. No ano passado, um posto do Exército em Corinto foi atacado pela guerrilha.
Resgate
Em Bogotá, a Força Aérea da Colômbia (FAC), recebeu os corpos dos militares mortos na queda do Super Tucano, de fabricação brasileira. As Farc, que dizem ter derrubado o caça, e o Corpo de Bombeiros de Cauca, no sudoeste do país, entregaram os corpos ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV)
"Os restos mortais dos dois tripulantes foram entregues pela Cruz Vermelha às autoridades de Popayán", disse o CICV por meio de comunicado.
O Super Tucano caiu na quarta-feira em Cauca durante uma operação de rotina contra as Farc. Santos disse ser improvável que a guerrilha tenha derrubado o avião e acusou o grupo de mentir para projetar uma maior influência. As Farc mostraram imagens do avião derrubado e dizem ter retirado dele armas de ataque, como uma metralhadora .50.
"A verdade é que não sabemos ainda o que aconteceu, mas é muito improvável que o avião tenha sido derrubado porque a guerrilha não tem capacidade pra isso", disse Santos.
Com AFP..SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Brasil eleva o tom contra Assad e condena massacre em Tremseh

BRASÍLIA - O Brasil condenou nesta sexta-feira, 13, de forma veemente, o massacre ocorrido no vilarejo de Tremseh por forças sírias, na última quinta. De acordo com opositores do presidente Bashar Assad, 220 pessoas foram mortas durante o bombardeio por helicópteros e tanques de forças aliadas ao regime.O governo brasileiro, por meio de nota divulgada à imprensa, afirmou estar "preocupado" com o uso de armamento pesado contra civis e pediu que o governo sírio interrompa "imediatamente quaisquer ações militares contra civis desarmados". Além disso, o Itamaraty reiterou seu apoio às decisões da Conferência de Grupo de Ação sobre a Síria, realizada em Genebra.
"O Brasil condena veementemente a repressão violenta contra civis desarmados e recorda os compromissos do governo sírio, contidos no Plano de Paz de seis pontos do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, de cessar imediatamente toda movimentação de tropas e o uso de armamento pesado em áreas urbanas", diz a nota.A condenação representa uma mudança importante no tom de crítica de Brasília com relação ao regime de Assad, que reprime de forma violenta a revolta popular desde março do ano passado.
Em Genebra, as potências que participaram da reunião chegaram a um acordo para tentar impor a formação de um governo de transição na Síria como forma de acabar com a violência. Mas, diante da inflexibilidade da Rússia e China, não definiram o destino do presidente Bashar Assad
estadão.com.br..SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Anúncio de derrubada de avião requer cautela; Venezuela é alvo de suspeitas


DE BRASÍLIA

É preciso cautela ao avaliar o anúncio da inédita derrubada de um Super Tucano pelas Farc, uma vez que os narcoterroristas estão fragilizados e precisando elevar o moral de seus homens.
E propaganda melhor seria difícil, já que o modelo participou de ataques como o que matou o número 2 do grupo, em 2008.
Isso dito, há um componente intrigante no anúncio. Se realmente abateu o caça leve de ataque, do qual a Colômbia comprou 25 unidades desde 2006, isso significa que as Farc tiveram acesso a algum meio para tal.
Como canhões antiaéreos não combinam com guerrilha em coluna na selva, o candidato óbvio é um sistema de mísseis portáteis, que pode ser disparado do ombro.
Assim, os olhos se virariam para o governo de Hugo Chávez, que apoia as Farc e, incidentalmente, possui grandes estoques de SA-24 Igla-S, o mais moderno modelo russo de míssil portátil.
Os números precisos não são conhecidos, mas só em 2009 1.800 unidades foram vendidas de Moscou para Caracas, o principal cliente militar da Rússia na América do Sul. Os dados são obscuros, mas o país latino já anunciou ao menos US$ 5 bilhões em gastos com armas russas.
Já na época da venda, a diplomacia americana se mostrava preocupada com a eventual transferência dos Igla-S às Farc, segundo telegramas vazados pelo site WikiLeaks.
No ano passado, o Congresso americano ouviu de militares que as Farc, por sua vez, poderiam fazer o material chegar aos seus aliados nos cartéis mexicanos de tráfico de drogas. Naturalmente, a Venezuela descarta tais hipóteses como fantasiosas.
Os Igla-S são capazes de destruir alvos a até 3,5 km de altitude, seguindo o calor de seus motores. O Brasil opera uma variante mais antiga do modelo, com cerca de 50 lançadores em condições de uso.
Mísseis portáteis já mudaram a narrativa de conflitos no passado, como no caso dos Stinger americanos utilizados pelos guerrilheiros islâmicos no Afeganistão contra a ocupação promovida pelos soviéticos entre 1979-89.
A derrubada de helicópteros de ataque e caças de ataque ao solo é considerada fator contribuinte para a retirada de Moscou. Mas é cedo para saber seu impacto na selva colombiana.
(IGOR GIELOW) NOTIMP..SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Satélite recém-descoberto de Plutão e a possibilidade de uma catástrofe


Foi descoberto mais um, o quinto, satélite do longínquo Plutão. É mais um motivo para os cientistas se perguntarem porque tem tantos satélites um corpo celeste de tamanho inferior à nossa Lua. Será mais um facto a favor da hipótese de um antigo cataclismo cósmico?

O satélite, com o nome provisório de P5, foi descoberto, tal como o seu antecessor P4 há um ano, numa foto feita com grande exposição pelo telescópio orbital Hubble . Transversalmente ele mede de 10 a 24 km. Os cientistas que o descobriram comparam a família de satélites de Plutão com uma matrioshka, a famosa boneca russa. As suas órbitas encaixam umas nas outras, explica Vladimir Surdin, astrofísico do Instituto Astronómico Shternberg da Universidade Estatal Lomonossov de Moscou.
“O Plutão é perfeitatamente original. Foi descoberto em 1930 e em 1978 foi descoberto o seu satélite Charon com uma massa enorme. A partir daí nós consideramo-lo um planeta duplo. Sabemos que um “servo de dois amos” ou um “agente duplo”, um espião que trabalhe para 2 países, não tem uma vida longa. Na mesma lógica, qualquer satélite que gire à volta de um planeta duplo também não pode existir por muito tempo, por isso o sistema de satélites de Plutão terá, provavelmente, aparecido há pouco tempo, numa escala astronómica. O mais provável é tratar-se de frangmentos de dois corpos que terão colidido junto a Plutão num tempo previsível, talvez há centenas de milhões de anos, o que não é muito.”
Também existe uma versão de colisão semelhante que pelo menos explica o aparecimento de Charon: o próprio Plutão podia ter colidido com um corpo da mesma ordem de grandeza. Depois parte dos fragmentos terão formado o Charon e a outra parte terá sido atraída pelos restos de Plutão, tendo mais tarde ambos os corpos obtido a forma esférica. Depois de cataclismos desse tipo poderia ter aparecido um sistema de aneis, se bem que à volta de Plutão ainda não os descobriram. Na opinião do norte-americano Andrew Steffl, podem ser encontrados aneis pálidos para além da órbita do quinto satélite de Plutão, nunca a menos de 42 mil km do centro de todo o sistema. Numa região mais próxima e instável eles seriam inevitavelmente destruidos pela gravidade alternada do planeta duplo.
Também há astrónomos partidários da versão da passagem junto ao Sol de um sistema planetário de outra estrela. Um dos seus componentes teria colidido com Plutão o que explicaria a inclinação estranha da sua órbita e a quantidade de satélites. Vladimir Surdin discorda.
“Isso é impossível. O mais provável é o Sistema Solar nunca ter sofrido a influência de outras estrelas. Se isso tivesse acontecido, nós não teríamos orbitas tão estáveis. A Terra percorre uma órbita quase circular. As colisões no espaço são um fenómeno comum, até hoje foram descobertos mais de meio milhão de pequenos corpos, chamados asteróides, no interior do Sistema Solar. Quando há tantos corpos a circular próximos uns dos outros as colisões acontecem.”
O recém descoberto P5 já foi incluido na lista dos objetos a estudar pela estação Novos Horizontes (New Horizons) da NASA. Em fevereiro de 2015 a estação estará suficientemente próxima de Plutão para iniciar as observações. Em julho do mesmo ano ela passará a 10 mil km de Plutão sem reduzir a velocidade. O período mais favorável para as fotos mais nítidas irá durar apenas dez minutos, depois do que a Novos Horizontes entrará em sequência nas zonas de sombra solar de Plutão e de Charon. Se Charon possuir uma atmosfera, como o seu consorte, isso será detetado pelos aparelhos. Segundo Vladimir Surdin, a missão do aparelho pode soerguer o véu que cobre o mistério da origem do planeta e do seu sistema.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Oposição denuncia possível massacre mais sangrento da crise síria


Mais de duzentas pessoas foram mortas nesta quinta-feira no vilarejo de Tremseh, na província síria de Hama, de acordo com informações da oposição síria.Se confirmado o número de mortes, esse seria o pior massacre do conflito Sírio. Até agora o episódio com o maior número de vítimas ocorreu em maio, quando 108 pessoas morreram em um ataque contra o vilarejo de Houla.
As denúncias ainda não puderam ser verificadas por veículos de imprensa ocidentais, mas segundo o correspondente da BBC em Beirute, Jim Muir, os dois lados do conflito sírio falam em um número alto de mortos em Tremseh, embora tenham versões totalmente diferentes sobre o que ocorreu.
Segundo opositores, sobreviventes relataram que o vilarejo foi alvo de ataques de helicópteros do Exército e tanques de guerra. Membros das Shabiha, milícias contratadas pelo presidente Bashar Al-Assad, também teriam entrado em Tremseh abrindo fogo contra a população.
O Conselho da Liderança Revolucionária, um dos principais grupos de oposição na Síria, disse à agência de notícias Reuters que a maior parte dos mortos em Tremseh eram civis e que as tropas do governo estariam tentando retomar o local do controle dos rebeldes.
Já a imprensa oficial síria diz que o massacre foi organizado por grupos rebeldes para provocar uma escalada de tensões às vésperas de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a Síria.
De acordo com estimativas da oposição, mais de 16 mil pessoas já morreram no país desde o início dos confrontos entre tropas do regime e os rebeldes, que pedem a renúncia de Assad. A ONU fala em mais de 10 mil mortos no país, desde o início do conflito, há 16 meses.
BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Posição do Brasil em favor de sanções contra Paraguai pode ser contraditória


Lourival Sant'Anna, de O Estado de S. Paulo
ASSUNÇÃO - A posição do Brasil em favor de sanções contra o Paraguai parece estar em contradição com posições assumidas em relação à Líbia, à Síria e ao Irã. O critério segundo o qual a formalidade dos ritos não é suficiente para que o Paraguai seja considerado democrático também não parece condizente com a visão que o Brasil tem defendido a respeito da Venezuela. A incoerência pode prejudicar a projeção do Brasil no mundo.Desde o início da Primavera Árabe, primeiro com a Líbia e depois com a Síria, assim como em relação ao programa nuclear iraniano, o Brasil tem insistido na necessidade de negociar até que todas as possibilidades estejam esgotadas, e argumentado que a experiência mostra que sanções não atingem o efeito desejado. O Brasil se recusou a lançar um processo de negociação com o novo governo paraguaio. Não apoiou sanções comerciais, mas liderou a imposição de punições políticas - na forma de sua suspensão do Mercosul, da Unasul e, agora, da Organização dos Estados Americanos.
A Constituição paraguaia não foi formalmente desobedecida na destituição do presidente Fernando Lugo. Mas a democracia foi atropelada, uma vez que o presidente não teve oportunidade de defender-se e ficou claro que perdeu o mandato apenas porque não tinha apoio no Parlamento. Isso que é natural no parlamentarismo não é suficiente em um sistema presidencialista.
A premissa da posição brasileira em relação ao Paraguai é a de que a formalidade não é o bastante para que um país seja considerado democrático. Mas ao longo de uma década o Brasil tem sustentado o contrário em relação à Venezuela. O fato de haver eleições lá tem sido considerado suficiente, apesar da perseguição à oposição e à imprensa e das mudanças sucessivas na Constituição com a finalidade exclusiva de manter o presidente Hugo Chávez no poder.
Se essa interpretação for válida, a Carta Democrática impede o ingresso da Venezuela no Mercosul. Faltava o aval do Senado paraguaio, dominado por correntes anti-Lugo e anti-Chávez, para que a Venezuela fosse aceita. O Brasil e seus parceiros aproveitaram a suspensão do Paraguai para autorizar a entrada da Venezuela.
Aqueles que vêm incongruências em tudo isso podem apontar uma contaminação ideológica na política externa brasileira: Chávez, Lugo, a presidente Dilma Rousseff e seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, são vistos como políticos de esquerda. Uma intenção de confrontar os Estados Unidos - constantemente fustigados por Chávez - e de alinhar-se com a Rússia e a China poderia ser detectada também nas posições favoráveis aos regimes do Irã, da Líbia e da Síria.

Embora a política externa seja considerada do âmbito dos Estados, e não dos governos, em geral é possível apontar incoerências ocasionadas por preferências ideológicas também noutros países. A começar pelos Estados Unidos, por exemplo, com relação ao programa nuclear israelense. Entretanto, como dizem os militares, os EUA têm o "porrete". Sua liderança está baseada em seu poderio militar e econômico.
A projeção do Brasil está fundada na sua moderação e na sua capacidade de mediar. Para isso, a coerência parece um valor central. Assim, a sua perda pode ser mais custosa para o Brasil do que para outros países.

SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Governo começa a testar internet gratuita


CÉLIA FROUFE / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
O governo quer que o setor privado ofereça internet gratuita para os usuários que acessarem os sites das empresas para fazer compras ou contratar serviços. Para isso, lançou ontem, em parceria com o governo do Distrito Federal, um projeto piloto de uso livre de banda larga. "Se muitos sites já oferecem frete grátis de seus produtos, por que não oferecer também a navegação?", questionou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
Ele salientou que o serviço é inédito no mundo e funciona como as ligações telefônicas para 0800, em que a cobrança é feita ao portador do número de destino da chamada. Batizado de "BL 0800", o projeto tem como alvo o usuário do telefone pré-pago, que representa 82% da base de celulares do Brasil.
Os sites que quiserem oferecer navegação livre a seus clientes terão a extensão no endereço de "0800.br". O nome do domínio, porém, ainda não está disponível para ser usado comercialmente, pois o governo ainda precisa estabelecer as regras dessa nova forma de uso da internet.
O projeto BL 0800 entra em vigor amanhã, na região administrativa de São Sebastião, em Brasília. Durante 15 dias, 80 pessoas escolhidas pelo governo do Distrito Federal poderão acessar o site governamental bandalarga.0800.br, que vai apresentar de graça notícias e informações de utilidade pública. Os escolhidos têm, segundo o governo, perfis diferentes, com diferenciação de escolaridade, idade e ocupação.
Os 80 celulares que serão distribuídos para teste estão programados para não realizar cobrança quando estiverem no site do governo. A página pode ser acessada pelos demais internautas - que serão tarifados normalmente. "Ninguém ainda fez isso no mundo, o que não quer dizer que não possamos fazer", afirmou o ministro.
Acesso à informação. Bernardo ressaltou que, com a nova lei de acesso à informação, o próprio governo tem a obrigação de oferecer navegação gratuita em seus sites. O ministro enfatizou, porém, que o objetivo principal do projeto é o setor privado. "Os bancos, por exemplo, têm condições de pagar pelo serviço. Aliás, eles preferem que a gente use apenas a internet e não vá até a agência para fazer filas nos caixas", observou.
O ministro disse que não vislumbra a possibilidade de a oferta gratuita de navegação se tornar uma obrigação. Considerou, no entanto, que é uma forma de atrair clientes. "O 0800, como sabemos, está consagrado", comparou. O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, previu que até a Copa das Confederações, em junho de 2013, o projeto estará ampliado para todo o DF.
O diretor executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Eduardo Levy, também enfatizou o ineditismo do programa. "Isso não existe em nenhum lugar do mundo. É uma jabuticaba, e uma jabuticaba boa", avaliou.
SEGURANÇA NACIONAL BLOG