quinta-feira, 17 de maio de 2012

EUA têm plano pronto para atacar o Irã, diz diplomata


REUTERS
TEL-AVIV - Os planos dos EUA para um possível ataque contra o Irã estão prontos, e tal opção está "totalmente disponível", disse o embaixador norte-americano em Israel, Dan Shapiro, dias antes de Teerã retomar as negociações com potências mundiais acerca do seu programa nuclear.A exemplo de Israel, os EUA dizem ver a força militar como último recurso para impedir que o Irã desenvolva armas nucleares. Teerã insiste no caráter pacífico do seu programa atômico.
"Seria preferível resolver isso diplomaticamente e por meio do uso da pressão em vez do uso da força militar", disse o embaixador Shapiro em declarações transmitidas na quinta-feira pela Rádio do Exército de Israel.
"Mas isso não significa que essa opção não esteja plenamente disponível -- não só disponível, como pronta. O planejamento necessário foi feito para garantir que esteja pronta", disse Shapiro. A rádio disse que ele fez as declarações na terça-feira.
EUA, Rússia, China, Grã-Bretanha, França e Alemanha têm usado sanções e negociações para tentar convencer o Irã a abandonar seu programa de enriquecimento de urânio, que pode ter finalidades civis ou militares. Uma nova rodada de negociações começou no mês passado em Istambul, e terá continuidade na quarta-feira que vem em Bagdá.
SEGURANÇA NACIONAL

PROSUB - Projeto cria empresa pública para construir Submarino Nuclear

A Câmara analisa o Projeto de Lei 3538/12, do Executivo, que cria a empresa pública Amazônia Azul Tecnologias e Defesa S.A. (Amazul) para fomentar e desenvolver o setor nuclear brasileiro, especialmente na parte relativa à construção do submarino nuclear.

A nova empresa será vinculada ao Ministério da Defesa e é originária da divisão parcial da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron). Essa divisão, no entanto, precisa ser homologada pelo Conselho de Administração da Emgepron, depois de ouvido o seu Conselho Fiscal.

“A criação de uma nova empresa por cisão é a melhor alternativa para gerenciamento dos recursos humanos e a consequente retenção de conhecimento no setor, o que irá proporcionar o desenvolvimento de projetos e a construção dos meios navais necessários para que o Comando da Marinha possa melhor desempenhar sua missão constitucional”, argumentou o Poder Executivo em exposição de motivos assinada pelos ministros Celso Amorim (Defesa), Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento).

O quadro de pessoal da Amazul será composto por empregados da Emgepron vinculados ao Programa Nucelar da Marinha (PNM) e transferidos para a Amazul, nos cargos para os quais fizeram concurso público; profissionais captados no mercado de trabalho, submetidos ao regime celetista, cujo ingresso se dará, obrigatoriamente, por meio de aprovação prévia em concurso público; e militares da Marinha e servidores públicos civis postos à sua disposição.

A Amazul também fica autorizada a patrocinar entidade fechada de previdência complementar, inclusive aderindo a alguma entidade já existente.

Segundo a proposta, a Amazul terá sede e foro na cidade de São Paulo (SP), e prazo de duração indeterminado, podendo estabelecer escritórios, dependências e filiais em outras unidades da federação e no exterior.

Atribuições
Entre as competências da nova empresa estão:

- implementar ações necessárias à promoção, ao desenvolvimento, à absorção, à transferência e à manutenção de tecnologias relacionadas às atividades nucleares da Marinha, ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) e ao Programa Nuclear Brasileiro;
- colaborar no planejamento e na fabricação de submarinos, com a prestação de serviços de seus quadros técnicos;
- fomentar a implantação de novas indústrias do setor nuclear e prestar a assistência técnica necessária;
- estimular e apoiar técnica e financeiramente as atividades de pesquisa e desenvolvimento do setor nuclear, inclusive pela prestação de serviços;
- captar, em fontes internas ou externas, recursos a serem aplicados na execução de programas aprovados pelo comando da Marinha;
- promover a capacitação do pessoal necessário ao desenvolvimento de projetos de submarinos, articulando-se com instituições de ensino e pesquisa do país e do exterior; e
- elaborar estudos e trabalhos de engenharia, realizar projetos de desenvolvimento tecnológico, construir protótipos e outras tarefas relacionadas ao desenvolvimento de projetos de submarinos.

O governo pede urgência na aprovação do texto para garantir um quadro de pessoal qualificado. “Com o mercado altamente aquecido e a crescente procura por profissionais altamente qualificados, aumenta substancialmente a probabilidade de se perder empregados vitais para o prosseguimento do Programa Nuclear Brasileiro, em especial nas atividades estratégicas ligadas ao enriquecimento de urânio e às tecnologias de projeto e construção de reatores”.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e está sendo analisado por comissão especial..................................SEGURANÇA NACIONAL

Fragata “União” realiza última patrulha no Líbano


Nesta segunda-feira, 14 de maio, a Fragata “União” (F45) deixou o Porto de Beirute – Líbano – para realizar sua última patrulha na área de operações marítimas do Mediterrâneo. O navio, que integra a Força Tarefa-Marítima (FTM) da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) desde novembro de 2011, será substituído, em 17 de maio, pela Fragata “Liberal” (F43).
A principal atividade realizada pelo navio brasileiro no Líbano é o controle do trânsito de embarcações e aeronaves, na área de operações. “Nosso navio tem que estar sempre pronto para, se necessário, abordarmos um navio suspeito. Por isso, efetuamos treinamentos constantes com nosso Grupo de Visita e Inspeção (GVI) e com o nosso Grupo de Presa (GP)”, explicou o Comandante do Navio, Capitão-de-Fragata Ricardo Gomes.
O adestramento da tripulação é uma preocupação permanente, mesmo nos dias que precedem o encerramento da participação da Fragata na FTM. Além de exercícios com o GVI/GP – quando são praticadas abordagens cooperativas e não-cooperativas – foram realizados, nos últimos dois dias, adestramentos de combate a incêndio e alagamento pelo grupo de controle de avarias do navio e de qualificação e requalificação de pouso a bordo, com o helicóptero orgânico AH-11A “Super Linx”. “Chegar até aqui nos fez revisar tudo aquilo que aprendemos, para avaliarmos a aplicabilidade de nossos procedimentos”, expôs o CF Ricardo Gomes.
Segundo o Comandante da FTM-UNIFIL, Contra-Almirante Wagner Lopes de Moraes Zamith, “a participação de uma Fragata brasileira na FTM foi um grande desafio e um intenso aprendizado, onde obtivemos pleno êxito. Para a Marinha, é motivo de imenso orgulho”.SEGURANÇA NACIONAL

Exército argentino negocia compra do blindado Guarani


Guilherme Serodio
As Forças Armadas do país poderão funcionar como um novo polo de aproximação entre Brasil e Argentina. O Guarani, novo veículo blindado brasileiro, ainda não é produzido em larga escala no país, mas já pode ter sua primeira venda internacional confirmada nas próximas semanas. O Ministério da Defesa está negociando um lote piloto de 14 unidades para o exército argentino.
Fruto de uma parceria entre o Centro de Tecnologia do Exército e a montadora italiana Iveco, o Guarani vai ser fabricado em uma nova linha de montagem da companhia ligada ao grupo Fiat em sua fábrica em Sete Lagoas, Minas Gerais.
Cautelosa, a Iveco assume estar envolvida nas negociações que classifica como "conversas preliminares". A montadora do grupo Fiat investiu R$ 52 milhões de reais na implantação da linha de produção de veículos militares na sua fábrica de Sete Lagoas (MG), onde já produz caminhões. A linha de produção deve ficar pronta ainda este ano, mas a fabricação em larga escala dos Guaranis é prevista para o começo de 2013.
À frente das negociações dos blindados pelo lado brasileiro, está o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi. Ele esteve no país vizinho em abril, e tratou da negociação com o ministro da Defesa argentino, Arturo Puricelli. De Nardi afirma que uma delegação argentina é esperada em Brasília nas próximas semanas para "acertar os detalhes técnicos e financeiros" com o Ministério da Defesa e a Iveco.
O valor da venda aos argentinos ainda não foi definido e depende dos equipamentos a serem incluídos no carro, como o canhão. Até agora, a Iveco só fabricou cinco unidades de um lote-piloto de 16 Guaranis para o Exército brasileiro, além do protótipo desenvolvido em 2010. A configuração encomendada pelos militares brasileiros tem valor aproximado de R$ 2,74 milhões por unidade. Se a encomenda argentina for de veículos idênticos, a venda vai somar R$ 38,3 milhões. Como previsto em contrato entre o Exército e a Iveco, parte do valor das vendas internacionais do veículo ficará com o Exército. Se for confirmada a venda aos argentinos, os carros devem ser entregues no primeiro semestre de 2013.
A Iveco já tem uma encomenda de 2.044 unidades do blindado com diferentes configurações para o Exército brasileiro. Serão entregues cerca de 100 unidades por ano nos próximos vinte anos. Para isso, a montadora está treinando profissionais em tarefas especializadas, como solda de aço balístico, na fábrica de veículos de defesa em Bolzano, na Itália. Lá a montadora produz entre dois e três mil carros militares por ano.
Em Sete Lagoas, a empresa deve empregar 350 funcionários na nova linha de montagem. Além do blindado, a Iveco também poderá adaptar caminhões para o uso militar, o que já faz na fábrica italiana. Mas o foco da companhia é o veículo blindado. "Como é um contrato muito grande, todos os recursos, principalmente humanos, estão direcionados para os Guaranis", afirma o diretor de comunicação da Iveco, Marco Piquini, acrescentando que ainda não há encomendas para a adaptação de caminhões.
No Brasil, o Guarani é parte do plano de modernização das Forças Armadas. Com capacidade para transportar até 11 pessoas, o anfíbio de tração 6x6 e 18 toneladas vai substituir os modelos Urutu e Cascavel, desenvolvidos nos anos 1970 pela extinta Engesa (Engenheiros Especializados S.A). Grande sucesso de vendas, os carros da Engesa foram exportados para países como Iraque, Angola, Uruguai, Venezuela, Chile e Colômbia. Mas nunca para a Argentina.
Para o Ministério da Defesa, a venda do lote de 14 veículos pode ser a primeira de muitas para a Argentina, que também pretende modernizar seu exército. "Dependendo do desempenho do carro eles querem transformá-lo em carro chefe das Forças Armadas argentinas", ressalta o general De Nardi.
O interesse da Argentina pelos Guaranis surgiu em outubro do ano passado, quando uma delegação de militares daquele país visitou a fábrica da Iveco. Na ocasião, os argentinos acompanharam uma demonstração do veículo. Entre os dias 15 e 16 de abril, o ministro Puricelli esteve em Brasília e confirmou ao ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, a intenção de adquirir os blindados.
SEGURANÇA NACIONAL

terça-feira, 15 de maio de 2012

Bomba mata duas pessoas e fere 39 na capital da Colômbia

BOGOTÁ - Um ataque a bomba em um bairro comercial da capital colombiana, Bogotá, matou duas pessoas e deixou ferido um ex-ministro Fernando Londoño, do Interior e Justiça, que era o alvo da explosão nesta terça-feira, 15, disse o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos.Londoño e os outros 38 feridos no atentado foram levados a uma clínica e a sua situação é estável, segundo um boletim médico divulgado. Sua esposa disse à rádioCaracol que o advogado e economista está "consciente", mas que teve lesões no tórax e na cabeça, e estilhaços pelo corpo. Seu motorista e seu segurança foram mortos no ataque.
O comandante da Polícia Metropolitana de Bogotá, general Luíz Eduardo Martínez, atribuiu o atentado às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc): "A ninguém mais se pode atribuir, e temos todos os elementos para afirmar o que estamos dizendo", disse. 
O governo colombiano enfrenta há cinco décadas a guerrilha de esquerda Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), mas o grupo perdeu força nos últimos anos e raramente realiza ataques na capital.
"Nós condenamos esse ataque... esse governo não será desviado do caminho por esses ataques terroristas", disse. "Esse foi um ataque ao ex-ministro Fernando Londoño."
Inicialmente, a imprensa colombiana afirmou que a explosão tinha acontecido em um ônibus.
Apesar de terem sido debilitadas por uma ofensiva do governo colombiano financiada pelos Estados Unidos, as Farc permanecem uma força a ser considerada.
A guerrilha costuma ter a polícia e instalações militares como alvo, usa carros-bomba em áreas já afetadas pela violência do tráfico de drogas e causa temores em outras regiões.
Com informações da Efe e Reuters
SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Foi atingido um alvo errado


A cimeira da OTAN em Chicago, que se inicia em  finais da semana em curso e à qual os EUA atribuem elevada importância, irá ficar marcada, pelo país anfitrião, por mais um passo rumo à realização da DAM européia. Segundo as informações oficiais da Agência da Defesa Anti-Míssil dos EUA, o míssil-interceptor Standard Missile 3-Block IB aniquilou um alvo na zona do Havaí.

Espera-se que os mísseis deste tipo sejam estacionados até 2015 na Romênia e na Polónia, devendo vir a constituir um elemento básico da DAM da OTAN na Europa.              
Agora a questão que se coloca é a seguinte: por que é que foi necessário testar oummíssil moderno exatamente em vésperas da cimeira da OTAN da qual Moscou não deixa de esperar sinais positivos na solução do problema da DAM? Os peritos dizem não ver aí uma demarche evidente contra Moscou. O diretor do Instituto de Avaliações Estratégicas, Serguei Oznobichev, questionado pela VR sobre algumas novas nuances engendradas pelo teste do míssil interceptor, disse o seguinte.           
"Claro que há algumas nuances novas, pelo que o teste será utilizado por aqueles que criam tensão à volta da DAM. Esta tensão é criada por ambas as partes. Trata-se, antes de mais, de ações desajeitadas empreendidas por políticos dos EUA e da OTAN  que pouco ligam à posição da Rússia que, aliás,  encara a Aliança como um parceiro. Se nós somos parceiros, devemos levantar as preocupações. Caso contrário, as conversações entrarão num empasse, podendo ser criada uma nova espiral dew nervosismo e de ideologização das nossas relações. O teste do míssil será qualificado pela parte russa como um sinal de menosprezo e de necessidade de reagir com medidas adequadas."         
Em síntese, falando em termos concretos, o alvo militar foi neutralizado enquanto que o objetivo político se tornou inadequado à situação atual. É verdade que a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, ressaltou em 10 de maio em uma nota governamental oficial que a Aliança na cimeira de Lisboa de 2010, lançara a proposta para que a Rússia aderisse à formação do sistema DAM no continente europeu. Através desta cooperação, frisou, pretendemos abrir um novo capítulo nas relações com Moscou. Acrescentou que a iniciativa da Aliança Atlântica não deixa de ser atual.           
A Rússia deu a entender reiteradas vezes quais as condições de cooperação que poderá aceitar. Serguei Oznobichev qualifica as palavras de Merkel (para ele uma das figuras políticas moderadas e sensatas do Ocidente) como um sinal de mudanças positivas nos enfoques de parceiros europeus. Ainda há tempo para chegar a um acordo consensual, admite o perito. A propósito, no decurso da conferência internacional dedicada a esta temática que teve lugar em Moscou na semana passada, o secretário do Conselho Nacional de Segurança, Serguei Patruchev, sugeriu iniciar a elaboração de um conceito de DAM que possa consolidar a segurança comum. É pena se este apelo lançado por Moscou não seja ouvido em Chicago.VOZ DA RUSSIA SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Nave russa com 3 tripulantes a bordo parte rumo à ISS


A nave russa Soyuz TMA-04M com três tripulantes a bordo decolou nesta terça-feira, 15, da base cazaque de Baikonur rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.
O lançamento da nave ocorreu à 0h01 de Brasília com ajuda de um foguete Soyuz FG e transcorreu sem contratempos, indicou um porta-voz do CCVE citado pelas agências russas.
A Soyuz TMA-04M leva à ISS os cosmonautas russos Gennady Padalka e Sergey Revin e o astronauta da Nasa Joe Acaba, que se somarão à 31ª expedição da missão permanente na plataforma orbital.
De acordo com o programa de voo, nesta quinta-feira a Soyuz se acoplará à ISS, atualmente tripulada pelo russo Oleg Kononenko, o holandês André Kuipers e o americano Donald Pettit.
A Soyuz TMA-04M deveria ter decolado rumo à plataforma orbital em 30 de março, mas a Roscosmos, a agência espacial russa, se viu obrigada a adiar seu lançamento devido a uma avaria sofrida pelo módulo de descenso da nave.
Poucos dias após sua chegada à ISS, Padalka, Revin e Acaba, junto aos tripulantes veteranos, serão testemunhas da histórica chegada à plataforma espacial do novo cargueiro americano Dragon, que será lançado pela Nasa em 19 de maio.
Em caso de êxito, essa será a primeira nave espacial privada a acoplar-se à ISS.
O comandante da 31ª missão será Padalka, que a seus 53 anos é um veterano cosmonauta que já viajou duas vezes à ISS e uma à lendária estação soviética MIR, totalizando 585 dias no espaço.
Para Acaba, ex-professor de ciências e matemática, que acedeu ao programa de astronautas da Nasa em 2004 e voou ao espaço nas hoje aposentadas naves americanas, essa será sua segunda missão a bordo da ISS.
Já o russo Revin, de 46 anos, voa pela primeira vez ao espaço, embora faça parte do programa de pilotos da Roscosmos desde 1996.
Além dos tradicionais experimentos e caminhadas espaciais, a 31ª missão deve lançar um satélite que se encarregará de prever os prazos e o lugar da queda em nosso planeta dos restos de estruturas espaciais e satélites de comunicações.Efe SEGURANÇA NACIONAL