domingo, 13 de maio de 2012

Israel prepara arsenal para enfrentar Irã


ROBERTO GODOY - O Estado de S.Paulo
Pode ser uma série de misseis Jericó, gigantes de 15,5 metros e 30 toneladas, com ogivas de ataque de até 1.300 quilos de explosivos de alta capacidade de destruição. Ou, é mais provável, as bombas GBU-28 de 2 toneladas, despejadas por uma força combinada de ataque, formada por caças F-15I Ra'am, o Trovão, e F-16I Sufa, a Tempestade, as versões israelenses de dois poderosos jatos americanos de combate, o Strike Eagle e o Fighting Falcon.
O primeiro fogo de um ataque de Israel contra o Irã será pelo ar, e terá de ser necessariamente devastador para dificultar a reação, tão inevitável quanto a investida preventiva que especialistas dão como certa há 12 anos. É difícil.
Vai exigir certos recursos que os esquadrões da aviação frontal israelense ainda estão desenvolvendo ou aprendendo a usar.
"Esse gênero de operação implicará intensas negociações diplomáticas para obtenção das autorizações dos voos no espaço aéreo de países como Arábia Saudita, Jordânia, Kuwait e Iraque", pondera analista John Miller, do Foreing Political Center (FPC), de Washington.
O plano de ataque só será eficiente se adotar o estilo americano de bombardeio maciço em ondas contínuas. Isso depende diretamente de oferecer reabastecimento no ar. É um ponto sensível. A frota israelense de aviões é pequena, composta por sete aviões, quatro dos quais jatos quadrimotores.
De acordo com um cenário do FPC, a principal dificuldade a ser superada pela aviação de Israel é a distância até os alvos principais - Natanz, Bushehr, Isfahan e Qom, onde foram construídas, em alguns casos, dentro de imensos complexos subterrâneos, as principais instalações do programa nuclear iraniano. Um reator, uma fábrica de gás de urânio, e os centros estratégicos da pesquisa que agências de inteligência ocidentais consideram dedicadas à missão de produzir, em segredo, armas atômicas e toda uma família de foguetes lançadores.
A contar das bases da força aérea, são 1.800 quilômetros e, a partir da linha de fronteira leste, cerca 1.500 km.
Para chegar até os três objetivos com ao menos 15 ou 20 minutos de autonomia, fornecedores como Lockheed-Martin, Boeing Defense e Raytheon, dos Estados Unidos, criaram, junto com técnicos israelenses, arranjos especiais para os supersônicos F-15 e F-16. Projetaram ainda a configuração de penetração da bomba inteligente GBU-28.
Boa parte da eletrônica de bordo das aeronaves, que ganharam a letra I, de Israel, na identificação, foi projetada por especialistas locais - o novo computador central, por exemplo, da mesma forma que o sistema destinado a permitir que o piloto direcione e dispare armas, empregando só o conjunto ótico do capacete.
O F-15I pode cobrir 2 mil quilômetros sem tanques extras. Já o F-16I precisou receber reservatórios de desenho especial. A velocidade máxima do Ra'am bate no limite de 2,600 km/hora. Leva 10,4 toneladas de carga externas de combate. É um jato de grande porte, mede pouco menos de 20 metros de comprimento, C0m 15,2 metros o Sufa é menor, fica na faixa de 1,4 a 1.7 mil km/hora e de 7,7 mil quilos sob as asas. Ambos são dotados de canhões de 20 milímetros.
A força Israel estaria em condições de lançar de 75 a 100 aeronaves. Cada uma delas estaria armada com seis mísseis e bombas de precisão, do grupo GBU-28, com poder de penetração de seis metros em blindagem de concreto, e de 30 metros em terreno despreparado. A guiagem é feita por um laser, que indica a direção do alvo virtualmente sem erro. Há modelos mais leves no arsenal.
Reação pesada. A resistência do Irã está baseada em sua força de mísseis. A indústria de Defesa do regime de Teerã produz tipos de médio alcance, na faixa superior a 2 mil quilômetros, com ogivas de 500 kg a 750 kg.
Existem nove diferentes configurações. Os mísseis Shahab-2 e 3 podem chegar a qualquer ponto, em Israel e em todo o Oriente Médio. Mais que isso, o complexo de defesa aérea emprega sistemas russos avançados, preparados para identificar, simultaneamente, dezenas de intrusos, priorizando o disparo de interceptação pelo grau de ameaça.
O regime dos aiatolás é abastecido por 125 polos industriais militares. Mísseis leves, ar-ar, antitanque e terra-ar, além de armamento de porte pessoal, munição, kits de comunicações e processamento de dados táticos são fabricados nos núcleos, com tecnologia própria ou comprada na Coreia do Norte e no Paquistão.
Quando houve o golpe de 1979 o soberano deposto, Mohamed Reza Pahlevi, havia recebido dos Estados Unidos 80 moderníssimos supersônicos F-14 Tomcat. Sob embargo, a aviação iraniana ficou sem receber peças e componentes - no ano 2000, segundo o Instituto de Estudos Estratégicos de Londres, 49 caças estavam em condições de uso, embora de forma precária. Com apoio de técnicos estrangeiros "simpatizantes do regime fundamentalista", conforme análise do Instituto, de 2007, a frota remanescente foi revitalizada. A aviação iraniana estaria apta a mobilizar atualmente entre 100 e 15o aeronaves - além dos Tomcat, o inventário inclui times de MiG-29, Mirage F-1, F-5I, F-4 Phantom, e Chengdu F-7, chineses.
segurança nacional

sábado, 12 de maio de 2012

Brasil é que mais investe em segurança


RENATA GIRALDI e LUANA LOURENÇO...  VANTES  FALÇAO   AVIBRAS
Da Agência Brasil – Brasília
Na América do Sul, o Brasil e a Colômbia são os países que mais gastaram com defesa e segurança, no período de 2006 a 2010, segundo o Centro de Defesa Estratégica, vinculado à União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Pelo relatório preliminar, o conjunto de países da região investiu US$ 126,1 bilhões no período, registrando um gasto médio por nação de US$ 25,2 bilhões.
Os valores gastos com defesa representam uma média de 4,14% do total das despesas anuais dos governos e 0,91% do Produto Interno Bruto (PIB) na região. O relatório será enviado aos ministros da Defesa da Unasul. No próximo dia 4, eles se reunirão em Assunção, no Paraguai, para avaliar o documento e adotar as políticas que considerem adequadas.
O Brasil foi responsável por gastar o equivalente a 43,7% do total investido na Unasul, seguido pela Colômbia, que aplicou 17%, Venezuela (10,7%), pelo Chile (9%) e pela Argentina (8,3%).
Entre os países que investiram menos estão o Equador (4,5%), o Peru (4%), o Uruguai (1,3%), a Bolívia (0,9%), o Paraguai (0,5%), o Suriname (0,1%) e a Guiana (0,1%).
NOVOS PAPÉIS
A presidente Dilma Rousseff disse que o trabalho das Forças Armadas tem que acompanhar os novos papéis do Brasil no cenário internacional. “Somos a sexta economia do mundo e queremos ser um país desenvolvido, com elevado Índice de Desenvolvimento Humano, as nossas Forças Armadas também têm de estar à altura do país em meritocracia, profissionalismo e capacidade técnica e, além disso, em capacidade dissuasória”, disse.
A presidente defende o fortalecimento da indústria nacional de defesa e a “recomposição da capacidade operativa” das Forças Armadas para que as instituições continuem executando funções de defesa, proteção do patrimônio, cooperação com forças civis e atividades sociais e para que o Brasil mantenha sua capacidade de dissuasão na relação com outros países.
“Somos um país pacífico, que respeita a soberania das outras nações, que vive em paz com elas e que preza suas boas e frutíferas relações com nossos vizinhos há mais de 140 anos, mas sabemos que a capacidade dissuasória do Brasil é fundamental para a continuidade desse cenário de paz e de respeito mútuo”.
Dilma citou a Missão de Paz no Haiti – liderada por militares brasileiros – e a Operação Ágata – que envolve parceria com forças militares de outros países para atuação nas fronteiras – como exemplos dos novos papéis das forças militares brasileiras.
Também lembrou da cooperação entre militares e forças civis de segurança estaduais e municipais para retomada de áreas dominadas pelo crime organizado, como ocorreu durante a instalação das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio de Janeiro, e da participação que os militares terão na segurança de grandes eventos internacionais que o Brasil vai sediar nos próximos anos, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
 SEGURANÇA NACIONAL

CIGS realiza testes operacionais da Lancha Guardian 25

Manaus (AM) – O Centro de Instrução de Guerra na Selva realizou, na semana de 23 a 27 de abril, testes operacionais da Lancha Guardian 25, com execução de tiro real dos seguintes armamentos: metralhadoras MAG e .50 e Fuzil 7,62mm. Ao longo do ano, novos testes serão realizados com esta embarcação.SEGURANÇA NACIONAL

Agência Espacial Russa divulga 'megafoto' da Terra


A Roscosmos, Agência Espacial da Rússia, divulgou nesta sexta-feira, 11, uma imagem da Terra registrada pelo Elektro-L. É a maior imagem da Terra já registrada, com 121 megapixels.
Cada pixel da foto corresponde a aproximadamente 1 quilômetro de distância real. A imagem não é como as outras, que reúne diversos registros projetado em um modelo de globo - ela registra a Terra em sua totalidade em uma única foto.
O satélite registra uma foto como esta a cada 30 minutos para ajudar a monitorar mudanças climáticas.SEGURANÇA NACIONAL

FAB lança Processo de Seleção para Aeronaves Reabastecedoras


O Comando da Aeronáutica, em cumprimento ao Plano de Equipamento e Articulação da Força Aérea Brasileira, e de acordo com o cronograma estabelecido pela instituição, procede, nesta 4ª feira, 9 de Maio de 2012, a entrega dos Pedidos de Oferta às empresas participantes do Projeto KC-X2: Airbus Military, Boeing e Israel Aerospace Industries (IAI).
O Projeto KC-X2 visa, exclusivamente, à aquisição de duas aeronaves de reabastecimento em voo e de transporte estratégico de carga e tropa, bem como missões humanitárias e de evacuação aeromédica e substituirão as aeronaves KC-137, que, por terem sido fabricadas na década de 1960, têm tido seu custo de operação progressivamente elevado.
A partir do recebimento do Pedido de Oferta, as empresas terão o prazo de noventa dias para apresentarem suas propostas, que serão submetidas ao processo de avaliação e seleção previsto pela FAB, e que tem como base, dentre outros, os requisitos técnicos, operacionais, logísticos e industriais estabelecidos.

Brasília-DF, 9 de maio de 2012.

Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno
Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica.SEGURANÇA NACIONAL

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Parada da Vitória: em memória dos heróis


Em Moscou foi realizada a parada solene em homenagem ao sexagésimo sétimo aniversário da vitória da União Soviética na Segunda Guerra Mundial.
Participaram do desfile mais de 15 mil militares do exército russo, mais de cem unidades de material de guerra moderno. Helicópteros desfraldaram a bandeira nacional da Rússia e os símbolos das Forças Armadas sobre a praça principal do país. Destas solenidades participaram milhares de veteranos da guerra, a direção política e militar da Rússia e convidados estrangeiros. O desfile de uma hora de material de guerra e de unidades militares, rigorosamente cronometrado, decorreu em perfeita conformidade com o roteiro elaborado de antemão.
Os habitantes do Extremo Oriente da Rússia foram os primeiros a festejar o Dia da Vitória. Ao mesmo tempo, em Moscou estavam em plena marcha os últimos preparativos para a parada principal do país. Foi interdito o tráfego de veículos e de pedestres numa grande parte da cidade, mas os moscovitas e os hóspedes da capital reagiram a isso tranquilamente. Compreendiam que isso era feito para a sua segurança e a para observância perfeita do roteiro dos festejos. De manhã, o tempo estava pouco favorável, chovia, mas melhorou quando no momento do início do desfile, o que permitiu aos espectadores sentir-se confortavelmente durante toda a parada. As badaladas do carrilhão do Kremlin marcaram o início da cerimônia.
"Parada! Para receber a bandeira naciobal da Federação Russa e a Bandeira da Vitória, Sentido! Para o encontro da esquerda, apresentar armas!"
A parada começou ao som da canção lendária de Aleksandr Aleksandrov Guerra Sagrada, interpretada por uma orquestra de mil músicos. Neste momento, na praça Vermelha fez-se o silêncio: esta canção desperta em todos um sentimento de orgulho pelo país-vencedor e pesar por os que tombaram na guerra mais cruel na história da humanidade.
O presidente da Rússia e comandante em chefe das Forças Armadas russas Vladimir Putin dirigiu-se aos participantes do desfile e aos convidados.
"Estimados cidadãos da Rússia, caros veteranos, camaradas soldados e marinheiros, camaradas sargentos, camaradas alferes e suboficiais da marinha. Camaradas oficiais, generais e almirantes, felicito-vos pelo Dia da Grande Vitória, felicito-vos pela festa da glória e do triunfo do nosso povo, pelo dia da memória, do orgulho e do pesar que une agora todos os cidadãos da Rússia. Há 67 anos, o nazismo foi derrotado. Era uma força terrível e cínica. E nós não temos o direito de esquecer como ela nasceu e se consolidou, tornando-se cada vez mais descarada aos olhos do mundo inteiro. Não temos o direito de esquecer que os bárbaros planejavam eliminar povos inteiros e governar destinos de países e continentes. É preciso reconhecer mais uma vez que as intenções agressivas dos nazistas não depararam com resistência coletiva e oportuna. É preciso reconhecer que a desconexão entre os países, a sua desconfiança mútua e a confrontação ideológica não permitiram prevenir a Segunda Guerra Mundial. A humanidade teve que pagar um preço enorme por isso. Mas, a seguir se deu aquilo que devia ocorrer inevitavelmente. A responsabilidade e a decisão comum de vencer o mal acabaram por prevalecer."
O coronel-general Valeri Guerasimov, vice-chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, comandou a parada. O ministro da Defesa, Anatoli Serdiukov, passou as tropas em revista. Desta vez, os militares vestiam o uniforme de gala, enquanto que no ano passado tinham desfilado de uniforme de campanha. Pela primeira pela Praça Vermelha desfilaram os novos veículos blindados Rish, que são agora fornecidos às Forças Armadas. Os convidados tiveram a oportunidade de ver os tanques T – 90, canhões autopropulsionados Msta-C, mísseis antiaéreos Buk-M2, rampas de lançamento dos mísseis antiaéreos C – 400. Provavelmente o elemento mais impressionante da parada foram os complexos de mísseis Iskander-M e Topol-M. Cinco helicópteros Mi-8 concluíram o desfile de material de guerra, sobrevoando a Praça Vermelha à velocidade de cem quilômetros horários. As aeronaves mantinham a distância de 50 metros umas das outras, o que requer o máximo de atenção e de profissionalismo por parte dos pilotos.
A veterana de guerra Antonia Efremova relatou como dedicou a sua vida à eternização da memória dos heróis daquela época.
"Moro agora na cidade de Serpukhov, na região de Moscou. Construí aí um complexo memorial. Em 2005, Vladimir Putin visitou-me, deu de presente quatro milhões de rublos. Construí em Serpukhov um complexo memorial em homenagem aos 30 mil heróis que tombaram na guerra. Hoje devo obrigatoriamente encontrar-me com ele e entregar-lhe uma carta-convite. Se ele não vier, eu irei encontrá-lo, Vladimir Vladimirovich. E vou levá-lo na certa à cidade de Serpukhov para que veja o monumento que foi construído aos heróis da Quinta Divisão de Infantaria, que mereceram durante a guerra o título de unidade da Guarda."
Os veteranos que assistiram à parada, não somente recordaram o passado e se felicitaram mutuamente, mas também discutiram os problemas atuais, incluindo a política mundial. Eles conseguiram conservar o espírito de combate e o interesse em relação a tudo que se passa na Rússia e fora dos seus limites.
Além da parada da vitória, no dia 9 de maio em Moscou foi promovida uma série de ações solenes – desde fogos-de-artifício e grandiosas salvas de artilharia até espetáculos teatralizados para os veteranos da guerra e para aqueles cuja vida em paz se tornou possível graças à façanha dos heróis da guerra.segurança nacional

Indonésia suspendeu compras do Superjet-100


A Indonésia suspendeu as compras do avião russo Superjet-100 até que sejam esclarecidas as causas do acidente ocorrido em 9 de maio, informa o The Jakarta Post, alegando uma declaração da companhia intermediária indonésia PT.
Até agora, todos os peritos tem opinado que o acidente teria sido provocado pela combinação de dois fatores: um câmbio brusco as condições atmosfériacas e a organização incompetente do vôo.
Recorde-se que o avião Sukhoi Superjet-100, o projeto mais ambicioso da indústria aeronáutica civil russa, se despenhou em 9 de maio na Indonésia.segurança nacional