Em Moscou foi realizada a parada solene em homenagem ao sexagésimo sétimo aniversário da vitória da União Soviética na Segunda Guerra Mundial.
Participaram do desfile mais de 15 mil militares do exército russo, mais de cem unidades de material de guerra moderno. Helicópteros desfraldaram a bandeira nacional da Rússia e os símbolos das Forças Armadas sobre a praça principal do país. Destas solenidades participaram milhares de veteranos da guerra, a direção política e militar da Rússia e convidados estrangeiros. O desfile de uma hora de material de guerra e de unidades militares, rigorosamente cronometrado, decorreu em perfeita conformidade com o roteiro elaborado de antemão.
Os habitantes do Extremo Oriente da Rússia foram os primeiros a festejar o Dia da Vitória. Ao mesmo tempo, em Moscou estavam em plena marcha os últimos preparativos para a parada principal do país. Foi interdito o tráfego de veículos e de pedestres numa grande parte da cidade, mas os moscovitas e os hóspedes da capital reagiram a isso tranquilamente. Compreendiam que isso era feito para a sua segurança e a para observância perfeita do roteiro dos festejos. De manhã, o tempo estava pouco favorável, chovia, mas melhorou quando no momento do início do desfile, o que permitiu aos espectadores sentir-se confortavelmente durante toda a parada. As badaladas do carrilhão do Kremlin marcaram o início da cerimônia.
"Parada! Para receber a bandeira naciobal da Federação Russa e a Bandeira da Vitória, Sentido! Para o encontro da esquerda, apresentar armas!"
A parada começou ao som da canção lendária de Aleksandr Aleksandrov Guerra Sagrada, interpretada por uma orquestra de mil músicos. Neste momento, na praça Vermelha fez-se o silêncio: esta canção desperta em todos um sentimento de orgulho pelo país-vencedor e pesar por os que tombaram na guerra mais cruel na história da humanidade.
O presidente da Rússia e comandante em chefe das Forças Armadas russas Vladimir Putin dirigiu-se aos participantes do desfile e aos convidados.
"Estimados cidadãos da Rússia, caros veteranos, camaradas soldados e marinheiros, camaradas sargentos, camaradas alferes e suboficiais da marinha. Camaradas oficiais, generais e almirantes, felicito-vos pelo Dia da Grande Vitória, felicito-vos pela festa da glória e do triunfo do nosso povo, pelo dia da memória, do orgulho e do pesar que une agora todos os cidadãos da Rússia. Há 67 anos, o nazismo foi derrotado. Era uma força terrível e cínica. E nós não temos o direito de esquecer como ela nasceu e se consolidou, tornando-se cada vez mais descarada aos olhos do mundo inteiro. Não temos o direito de esquecer que os bárbaros planejavam eliminar povos inteiros e governar destinos de países e continentes. É preciso reconhecer mais uma vez que as intenções agressivas dos nazistas não depararam com resistência coletiva e oportuna. É preciso reconhecer que a desconexão entre os países, a sua desconfiança mútua e a confrontação ideológica não permitiram prevenir a Segunda Guerra Mundial. A humanidade teve que pagar um preço enorme por isso. Mas, a seguir se deu aquilo que devia ocorrer inevitavelmente. A responsabilidade e a decisão comum de vencer o mal acabaram por prevalecer."
O coronel-general Valeri Guerasimov, vice-chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, comandou a parada. O ministro da Defesa, Anatoli Serdiukov, passou as tropas em revista. Desta vez, os militares vestiam o uniforme de gala, enquanto que no ano passado tinham desfilado de uniforme de campanha. Pela primeira pela Praça Vermelha desfilaram os novos veículos blindados Rish, que são agora fornecidos às Forças Armadas. Os convidados tiveram a oportunidade de ver os tanques T – 90, canhões autopropulsionados Msta-C, mísseis antiaéreos Buk-M2, rampas de lançamento dos mísseis antiaéreos C – 400. Provavelmente o elemento mais impressionante da parada foram os complexos de mísseis Iskander-M e Topol-M. Cinco helicópteros Mi-8 concluíram o desfile de material de guerra, sobrevoando a Praça Vermelha à velocidade de cem quilômetros horários. As aeronaves mantinham a distância de 50 metros umas das outras, o que requer o máximo de atenção e de profissionalismo por parte dos pilotos.
A veterana de guerra Antonia Efremova relatou como dedicou a sua vida à eternização da memória dos heróis daquela época.
"Moro agora na cidade de Serpukhov, na região de Moscou. Construí aí um complexo memorial. Em 2005, Vladimir Putin visitou-me, deu de presente quatro milhões de rublos. Construí em Serpukhov um complexo memorial em homenagem aos 30 mil heróis que tombaram na guerra. Hoje devo obrigatoriamente encontrar-me com ele e entregar-lhe uma carta-convite. Se ele não vier, eu irei encontrá-lo, Vladimir Vladimirovich. E vou levá-lo na certa à cidade de Serpukhov para que veja o monumento que foi construído aos heróis da Quinta Divisão de Infantaria, que mereceram durante a guerra o título de unidade da Guarda."
Os veteranos que assistiram à parada, não somente recordaram o passado e se felicitaram mutuamente, mas também discutiram os problemas atuais, incluindo a política mundial. Eles conseguiram conservar o espírito de combate e o interesse em relação a tudo que se passa na Rússia e fora dos seus limites.
Além da parada da vitória, no dia 9 de maio em Moscou foi promovida uma série de ações solenes – desde fogos-de-artifício e grandiosas salvas de artilharia até espetáculos teatralizados para os veteranos da guerra e para aqueles cuja vida em paz se tornou possível graças à façanha dos heróis da guerra.segurança nacional
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