domingo, 29 de abril de 2012

Um Novo Pré-Sal - Um Brasil cheio de gás


Visto como a nova fronteira energética do país, o gás natural pode colocar o Brasil em um novo patamar no cenário internacional. Até então associado à exploração de petróleo no mar, o gás virou tema de estudos profundos, feitos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e por empresas, que indicam enorme potencial em bacias terrestres. Para especialistas, o país tem reservas gigantescas de gás natural do porte das de petróleo no pré-sal da Bacia de Santos. Com isso, a oferta ao mercado deve aumentar 360%, passando dos atuais 65 milhões para 300 milhões de metros cúbicos por dia entre 2025 e 2027. Para 2020, a Petrobras, principal produtor, trabalha com um cenário de 200 milhões de metros cúbicos por dia. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, vai mais longe. Em entrevista ao GLOBO, prevê a autossuficiência do país no setor em cinco anos. Depois, pode até se tornar exportador:

- O país vai viver a era de ouro para o gás.

É tanto gás que em áreas como nas bacias dos Parecis, em Mato Grosso, e do São Francisco, em Minas Gerais, o gás chega a borbulhar, num fenômeno denominado exsudações. Em certos pontos, como na pequena Buritizeiro, em Minas Gerais, na água que jorra do solo, com apenas um fósforo, se acende uma chama intermitente.

- Na Bacia dos Parecis, em Mato Grosso, no Rio Teles Pires, há 800 metros de rio borbulhando gás e, em certos pontos, se pode até gravar o som. Podemos deixar um Brasil desses para trás? - pergunta Magda Chambriard, diretora-geral da ANP.

Mas, para aproveitar todo esse potencial, é preciso que o governo defina uma nova política para o uso do gás e que a ANP, que já investe R$ 120 milhões por ano no estudo das bacias sedimentares, volte a fazer as rodadas de licitações, paradas desde 2008, com a descoberta do pré-sal.

Especialistas acreditam que, com mais matéria-prima e as novas técnicas de exploração, a indústria nacional pode ganhar competitividade. E, hoje, o preço do gás, acima da média mundial, pode convergir para patamares internacionais nos próximos oito anos, reduzindo em 53% o valor cobrado do setor, estima a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN).

O potencial é enorme. Hoje, 96% das bacias ainda não foram exploradas. Estudos geológicos da ANP indicam grandes reservatórios em seis bacias, do Norte ao Sul. O diretor do Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da USP e ex-diretor da Petrobras Ildo Sauer vai mais longe: para ele, o Brasil está à beira de uma revolução energética. Segundo o especialista, estimativas do Departamento de Energia dos EUA dão conta de que o Brasil pode ter reservas de 7 trilhões de metros cúbicos, contra os 395 bilhões de metros cúbicos atuais. O volume é equivalente a quatro milhões de barris de petróleo por dia.

- É uma verdadeira revolução. Com o desenvolvimento de tecnologia na produção, haverá redução dos custos e menores impactos ambientais. Mas o governo tem que traçar uma política para isso - destaca Sauer.
Transição para uma matriz limpa

Marco Tavares, da consultoria Gas Energy, diz que a exploração de gás em parte das bacias ganhou nova dimensão com a descoberta de uma nova técnica, pelos americanos, que torna os campos economicamente viáveis:

- Assim, os EUA, que importavam 20% do seu consumo de gás, produzem hoje 100% da sua demanda. Lá, o mercado é 30 vezes maior que o do Brasil. O gás é mais limpo que outros combustíveis e pode alavancar o desenvolvimento industrial do país.

Entre os ambientalistas, o gás não associado ao petróleo também é visto como uma opção a carvão, diesel e óleo combustível, por ter menos impactos ambientais. Segundo Ricardo Baitelo, coordenador da Campanha de Energias Renováveis do Greenpeace, o gás é o elo entre as energias de baixa emissão, como a eólica e renovável, e os mais poluentes:

- O gás tem um papel importante, que é servir de transição do atual cenário para uma matriz energética limpa. Por isso, é fundamental essa transição, que vai durar até 2050. Se comparar as emissões do gás com o óleo combustíveis, a emissão cai até pela metade.

Rodolfo Landim, presidente da petroleira YXC e da Mare Investimentos, lembra que o gás aparece como a melhor opção frente a outras fontes de energia envoltas em polêmica. Por outro lado, Landim destaca a importância de o Brasil voltar a fazer os leilões:

- O mercado reage às decisões do governo. Vemos tantos problemas para a aprovação das hidrelétricas, a usina nuclear é um tabu, o carvão tem uma série de problemas (ambientais) e as energias solar e eólica não geram energia suficiente. E o Brasil vai continuar crescendo. Por que não se usa o gás para produzir diesel, o derivado mais consumido no país? Em todas essas bacias, o potencial precisa ser avaliado. Não adianta deixar lá embaixo.

Além dos leilões, é preciso pesquisa. Sauer lembra que o gás em São Francisco e Solimões está em um reservatório diferente (chamado folhelho) dos até então conhecidos:

- Estamos estudando a tecnologia, os custos e o impacto ambiental para a produção desse tipo de gás. Os EUA têm um gás semelhante, o chamado gás de xisto, para o qual foi desenvolvida uma tecnologia que reduziu os custos, para cerca de US$ 2 por milhão de BTUs (unidade internacional do gás), contra os mais de US$ 8 do gás produzido pela Petrobras e o que vem da Bolívia.

Magda brinca com o tamanho das reservas:

- Existe uma profecia de um colega nosso petroleiro que diz que o Brasil ainda vai achar gás natural embaixo do gasoduto Brasil-Bolívia.

É por esse gasoduto que vêm os 30 milhões de metros cúbicos que o país importa por dia do vizinho.

Os recursos da ANP para os estudos das bacias vêm do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para evitar que esse dinheiro seja contingenciado pelo governo. Nos últimos quatro anos, foram destinados R$ 500 milhões. A agência diz que já está com todos os estudos prontos para realizar a 11 rodada de licitações, em áreas acima do Rio Grande do Norte. Só falta a presidente Dilma Rousseff autorizar.

Cristiano Prado, da FIRJAN, acredita que o aumento da oferta de gás vai elevar a competitividade das empresas brasileiras. Hoje, o preço do gás está 17,3% acima da média mundial, com valor de US$ 16,84 por milhão de BTUs:

- Com mais gás, e uma política de governo, o preço pode convergir para o padrão internacional, fazendo com que o preço final à indústria caia 53%.

A abundância de gás já foi até mencionada, em 1956, por Guimarães Rosa em suas caminhadas pelo sertão. Em "Grande Sertão Veredas", fica clara a referência na região de Minas. "Em um lugar, na encosta, brota do chão um vapor de enxofre, com estúrdio barulhão, o gado foge de lá, por pavor.".........segurança nacional

sábado, 28 de abril de 2012

Ex-chefe de segurança ridiculariza premiê de Israel e questiona plano de atacar Irã


Em um pronunciamento sem precedentes, o ex-chefe do Shin Bet (serviço de segurança do governo israelense) ridicularizou a figura do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu e advertiu que um ataque israelense ao Irã pode "acelerar dramaticamente" o projeto nuclear iraniano.
Em um encontro com um algumas dezenas de pessoas, nesta sexta-feira, Yuval Diskin, que foi chefe do Shin Bet entre 2005 e 2011, disse que não confia em Netanyahu nem no ministro da Defesa, Ehud Barak, e que não gostaria que "essas pessoas" conduzissem Israel para uma ação "da dimensão de uma guerra com o Irã".
Ainda não está claro se Diskin sabia que o encontro estava sendo gravado, mas rapidamente o vídeo com seu pronunciamento começou a ser divulgado por redes sociais na internet e, algumas horas depois, as duras criticas que fez aos lideres do país se tornaram manchete dos principais veículos de comunicação.
Diskin ridicularizou Netanyahu e Barak, chamando-os de "messias de Akirov e Keisaria", em referência aos bairros luxuosos onde o premiê e o ministro da Defesa possuem propriedades.
"Eu os vi de perto, e posso dizer a vocês que eles não são messias", afirmou, questionando a imagem que tanto Netanyahu como Barak tentam criar de si mesmos como "salvadores do povo de Israel".

Latidos

Em termos duros, Diskin fez ataques pessoais aos principais lideres do país.
"Sabemos que cachorros que latem não mordem. Infelizmente tenho ouvido latidos demais ultimamente", disse o ex-chefe do Shin Bet.
Diskin afirmou que os lideres do país apresentam ao público um "quadro incorreto sobre a questão iraniana, tentando criar a impressão de que se Israel não agir, o Irã terá uma bomba atômica".
"Eles se dirigem a um publico tolo ou ignorante, dizendo que, se Israel agir, o Irã não terá a bomba, mas isso é incorreto", afirmou Diskin. "Muitos analistas dizem que uma das consequências de um ataque israelense pode ser uma aceleração dramática do projeto nuclear iraniano", disse.
"O que os iranianos fazem hoje devagar e silenciosamente, (depois de um ataque) terão legitimidade para fazer muito mais rápido", afirmou.

Escândalo


As declarações de Diskin, um dos mais respeitados militares israelenses, 
O vice-primeiro ministro, Silvan Shalom, declarou que tem "muito respeito por Yuval Diskin, que foi um ótimo chefe do Shin Bet". "Porém seu pronunciamento foi um erro, coisas assim não precisam ser ditas", acrescentou Shalom.
O ministro dos Transportes, Israel Katz, qualificou as palavras de Diskin como "grosseiras e inadequadas".
Diskin não é o primeiro militar importante em Israel que critica o plano, atribuído a Netanyahu e Barak, de atacar as instalações nucleares do Irã.
No ano passado, o ex-chefe do Mossad, Meir Dagan, qualificou o plano como "estúpido".
Na semana passada o chefe do Estado-Maior do Exército israelense, general Benny Gantz, também fez um pronunciamento que foi interpretado como discordância ao plano de ataque ao Irã.
Gantz afirmou que não acredita que o Irã vá produzir armas nucleares. Segundo o general, o governo iraniano é "racional e sabe que seria um erro enorme produzir armas nucleares".
Gantz também afirmou que as sanções econômicas contra o Irã "começam a dar resultados"......BBC Brasil segurança nacional

Austríacos testam traje espacial para futura missão tripulada em Marte

O Programa de Pesquisa Análoga sobre Marte testou neste sábado (28) um traje espacial que está sendo desenvolvido pelo Fórum Espacial da Áustria para futuras visitas ao chamado "Planeta Vermelho".A roupa, batizada de Aouda.X, foi mostrada para a imprensa em uma caverna de gelo no monte Dachstein, perto da vila de Obertraun. Ela permite simular uma possível missão tripulada a Marte.
O Programa de Pesquisa Análoga sobre Marte é uma iniciativa internacional que envolve estudos em diferentes países, desenvolvendo tecnologia para uma futura viagem espacial ao planeta G1.segurança nacional

Itamaraty aguarda resposta da Bolívia sobre ação militar na fronteira


O Ministério das Relações Exteriores aguarda resposta do governo boliviano sobre denúncias de maus-tratos, invasão de casas, morte de gado e expulsão de brasileiros por parte de militares da Bolívia na região de fronteira com o Brasil.
Segundo o Itamaraty, a ação de soldados teria ocorrido na última quarta-feira. No dia seguinte, representantes do governo federal, da Polícia Federal e do governo do Acre foram até a cidade de Capixaba, a 77 km de Rio Branco, para verificar os fatos.
Na sexta-feira, o encarregado de negócios da Embaixada do Brasil em La Paz, Eduardo Sabóia, foi recebido no Ministério das Relações Exteriores da Bolívia e o secretário-geral das Relações Exteriores, Ruy Nogueira, conversou com o vice-ministro de Relações Exteriores do país. Agora, o governo brasileiro aguarda uma resposta oficial do governo boliviano.
Segundo informações do governo do Acre, o problema na fronteira com o Brasil já é antigo e foi detectado há cerca de quatro anos. A lei da Bolívia estabelece que estrangeiros não podem ser proprietários de terras em uma faixa de 50 km da fronteira. Por causa desse problema, foi feito um acordo entre os dois países para resolver de forma pacífica a retirada de brasileiros do território. No entanto, esse acordo teria sido desrespeitado na ação dos soldados bolivianos.

Brasil desloca militares após Bolívia expulsar brasileiros na fronteira

O Ministério da Defesa deslocou uma tropa para o município de Capixaba (AC), a 70 quilômetros de Rio Branco, após o Exército da Bolívia ter retomado o processo de expulsão de brasileiros que vivem em seu território.

Na semana passada, antes de expulsarem um colono brasileiro, os militares bolivianos circularam por Capixaba portando pistolas e armas de grosso calibre, fizeram compras no comércio local e até abasteceram seus veículos num posto da cidade.

A tropa do Exército Brasileiro, que conta com apoio da Polícia Federal, tem a missão de guardar a fronteira e impedir novas entradas não autorizadas de militares bolivianos em território nacional.

O Ministério da Defesa movimentou o Exército e a Polícia Federal após o governador do Acre, Tião Viana (PT), ter informado ao Gabinete de Segurança Institucional que colonos brasileiros estão sendo expulsos de suas casas e suas terras estão sendo ocupadas por soldados bolivianos.

Existem mais de 500 colonos brasileiros na região do Alto Acre, que abrange os municípios de Capixaba, Acrelândia, Plácido de Castro, Epicilância, Brasiléia e Assis Brasil. Além dos colonos, existem 50 produtores rurais com pequenas fazendas, que variam de 100 a 300 hectares de pastagens.

O colono José Carlos Caldas, expulso pelos bolivianos, perdeu a plantação e a pequena criação de gado, além de outros bens. Parte do gado teria sido abatida pelos militares para alimentar a tropa boliviana.

O colono registrou o caso na delegacia da Polícia Federal de Epitaciolândia e pediu ajuda do governo brasileiro. A propriedade que ele ocupava na Bolívia pertencia ao pai dele há mais de 40 anos.

- O grave é que a Bolívia não parece empenhada em manter boas relações diplomáticas. Qualquer ação militar que envolva os exércitos dos dois países na fronteira deve ser comunicada, mas  nem o Exército Brasileiro, nem o Itamaraty e nem o Governo do Acre foram informados da operação. A situação exige por parte da diplomacia brasileira um protesto forte junto aos diplomatas bolivianos – disse ao  o secretário Nilson Mourão, de Justiça e Direitos Humanos do Acre, após participar de uma reunião em Capixaba com a presença do ministro Eduardo Paes Sabóia, da Embaixada do Brasil na Bolívia.

Mourão adiantou que ele e o ministro estão elaborando um relatório em que sugerem que a Bolívia seja tolerante com a presença dos colonos brasileiros até o final do ano. Até lá, o os colonos serão assentados pelo Incra em território brasileiro.

- No povoado boliviano de Vila Bella, com cerca de 60 casas, não existe energia elétrica. Estamos dispostos, como sinal de boa vontade, a oferecer energia do Luz para Todos que passa no lado brasileiro da rua que divide os dois países. Estamos sugerindo, ainda, que haja um entendimento envolvendo a diplomacia dos dois países em relação aos 50 proprietários que possuem fazendas de 100 a 300 hectares na Bolívia, na região do município de Capixaba – acrescentou Mourão.
 segurança nacional

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Projeto de novo porta-aviões russo estará pronto em 2014


A Corporação Unida de Construção Naval deverá desenvolver e apresentar nos próximos três anos ao Ministério da Defesa os projetos de plataformas dos novos navios da Marinha de Guerra, disse hoje o seu presidente, Roman Trotsenko.
“A Marinha de Guerra da Rússia se encontra em um período de transição, durante o qual é estabelecido o futuro desenvolvimento e as perspetivas de diversas classes de navios. A nossa corporação compreende que a Marinha deverá reduzir os tipos e as classes de forças de superfície e submarinas”, disse o responsável.
“Por isso, na classe de corvetas, o projeto estará pronto já em 2012. O navio de classe oceânica ficará terminado em 2013 e o projeto de porta-aviões deverá ser finalizado em 2014”, disse.voz da Russia segurança nacional

Crise nos EUA motiva luta da Boeing para vender caça ao Brasil


A redução do Orçamento dos EUA para defesa levou a sua principal empresa parceira, a Boeing, a lutar por uma maior participação no mercado mundial de venda de armamento. O CEO da Boeing Defense Space & Security, Dennis Muilenburg, afirmou que o objetivo da companhia é ampliar em 35% seus negócios em armamento no mundo.“Um dos nossos ponto-chave é expandir nossa participação internacional. Cinco anos atrás nossos negócios de defesa fora dos EUA eram apenas 7%. Ano passado, foram 24%. Esperamos chegar a 30% até o próximo ano. E nossa meta seguinte é chegar a 35% nos próximos anos. É uma das razões para o investimento no Brasil e ao redor do mundo", disse MuilenburgEm janeiro deste ano, o presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou a redução de US$ 487 bilhões do Orçamento para área de defesa no prazo de 10 anos. Segundo Muilenburg, a mudança da política dos EUA – principal causador e uma das vítimas da crise econômica mundial iniciada em 2008 – "acelerou" a busca da Boeing por outros mercados.
"Parte dos cortes no Orçamento dos EUA, talvez, acelerou a globalização dos nossos negócios. A economia global está mudando. Vemos três principais áreas de crescimento fora dos EUA. Na América do Sul, o Brasil, principalmente. No Oriente Médio, a Arábia Saudita. E também a Austrália, Japão, Coréia do Sul, Singapura e Índia. Todos esses mostram crescimento no orçamento de defesa", afirmou.
Venda de caças para o Brasil
O CEO (diretor executivo, em tradução livre) recebeu um grupo de seis jornalistas brasileiros - incluído a reportagem do iG - na sede da Boeing Defense, em Saint Louis, para uma conversa nesta semana. Muellenberg confirmou que a venda de caças de 36 caças F/A-18E Super Hornet para o Brasil vai ajudar a cumprir a meta de crescimento de vendas mundial.
Chamado projeto F-X2, da Força Aérea Brasileira, a licitação gira em torno de US$ 5 bilhões conta com mais dois participantes, além do Super Hornet oferecido pela Boeing: o sueco Grippen, produzido pela sueca SAAB, e o Rafale, da francesa Dassault. Até o fim de junho, espera-se que o vencedor seja anunciado pelo governo brasileiro.
“A campanha do F-X2 é muito importante para nós. Esperamos ter um bom resultado”, disse. “Esperamos ser um parceiro por muito tempo”, afirmou Muilenburg. A Boeing tem se esforço para atender o pacote de transferência de tecnologia solicitado pelo governo brasileiro. A empresa tem ressaltado o relacionamento com outras empresas e instituições de ensino no Brasil.
Do ponto de vista político, a Boeing tem contado com o apoio do governo norte-americano para convencer o  Brasil a companhrar os Super Hornet. Nesta terça-feira, o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, reuniu-se com o ministro Celso Amorim (Defesa) para definir uma série de acordos entre os dois países na área.
Além do Brasil, a Boeing está participando de uma concorrência na Coréia do Sul para a venda de caças. Ano passado, a empresa conseguiu vender 84 caças da F-15 para a Arábia Saudita. Fora dos EUA, o primeiro comprador dos Super Hornet foi a Austrália, que adquiriu 24 aeronoves. "Há algumas oportunidades no mundo, mas umas das mais importantes para a Boeing é a do Brasil", afrimou o CEO.
Gigante norte-americana fundada em 1916, a Boeing tem dividido seus negócios com 47% na área de defesa e outros 53% na produção de aviões comerciais. A empresa também tem diversificado seus negócios. Nos últimos anos, passou a investir em defesa cibernética, com o objetivo de identificar ataques de hackers e crackers contra sistemas de governos e empresas privadassegurança nacional

Soyuz aterrissa no Cazaquistão

Os astronautas russos Anton Chklaperov e Anatoli Ivanichin e o americano Dan Burbank retornaram nesta sexta-feira (27) à Terra depois de uma missão de seis meses na Estação Espacial Internacional (ISS). A cápsula espacial Soyuz tocou o solo às 11h45 GMT (8h45 de Brasília) no Cazaquistão, a 88 km da cidade de Arkalyk.Os três serão substituídos por uma nova tripulação que partirá em 15 de maio do cosmódromo russo de Baikonur para unir-se ao russo Oleg Kononenko, ao americano Don Pettit e ao holandês André Kuipers, atuais ocupantes da ISS..  .  informações da AFP) segurança nacional

Sukhôi promove caça Su-35 em mercados da América Latina

Empresa de aeronáutica apresentará modelo para clientes interessados em rearmar suas forças aéreas.A empresa russa de aeronáutica Sukhôi vai expor o avião de caça multipropósito de quarta geração SU-35 durante a Feira Internacional de Aeronáutica e Espaço FIDAE-2012, que será realizada a partir de 27 de março em Santiago, no Chile.

De acordo com a assessoria de imprensa da Sukhôi, o modelo ficará em exposição no stand russo para que os visitantes tenham a possibilidade de conhecer suas especificações técnicas. Os clientes também poderão conversar com representantes da Sukhôi sobre a viabilidade de entrega da aeronave para regiões da América Latina.

A exportação do SU-35 para o Sudeste Asiático, Oriente Médio e América do Sul terá início em breve. O SU-35C é produzido em série pela fábrica Gagárin, na cidade de Komsomolsk-no-Amur (extremo oriente russo), de acordo com o contrato estabelecido em 2009 com o ministério da Defesa russo para entrega de 48 aeronaves à Força Aérea russa até 2015.Durante os testes de voo, foram confirmadas as características da aeronave e de seu equipamento de bordo. Ao nível do mar, o caça atinge velocidade máxima de 1400 km/h, e a altitudes acima disso chega até 2400 km/h, com teto máximo de 18 mil metros.

A aeronave é capaz de detectar um alvo no ar a uma distância de mais de 400 km. O radar de bordo permite detectar e acompanhar vários alvos a uma distância superior a 80 km. Mais de 400 voos já foram realizados e o avião está pronto para ser testado em cenários de combate.

Devido a sua performance, a aeronave supera todos os aviões de caça táticos de geração semelhantes ao Rafale e EF 2000 e caças modernizados como o F-15, F-16, F-18, F-35, podendo combater em condições de igualdade com o F-22A.

Além do SU-35, o stand russo na FIDAE-2012 contará com modelos de avião Yak-130, Sukhôi-Superjet-100 e MS-21.SEGURANÇA NACIONAL

Rússia projeta nova base de lançamentos espaciais


A base de lançamentos espaciais Vostótchni, perto do município de Uglegorsk, na região de Amur, deve ser inaugurada em 2015, anunciou o vice-primeiro-ministro, Dmítri Rogózin. Será a quarta na área antes ocupadas pela URSS e a terceira no território russo, sem contar com os campos de provas de Kapústin Iar e das Tropas de Mísseis Estratégicos, também utilizados para lançamentos espaciais.Desde a queda da URSS, a base de lançamentos Baikonur, no Cazaquistão, tem sido a principal porta de entrada de foguetes russos para o espaço. Entre outubro de 1957 e março de 2012, 1364 foguetes partiram de suas 15 rampas de lançamento, sem contar com os mísseis balísticos lançados em diversos programas de testes.

A base de lançamentos Plesetsk é a segunda base em importância do país. Líder incontestável nos tempos soviéticos, a Plesetsk com suas nove rampas de lançamento teve 1372 lançamentos entre 1966 e 1993. Desde então, perdeu suas posição de liderança devido à redução do programa espacial militar russo.

A estação Vostótchni será construída perto do município de Uglegorsk, na região de Amur

Por ultimo, a base Svobódni foi inaugurada em 1997 e fechada em 2006. Teve apenas cinco lançamentos de foguetes de pequeno porte Start (versão reconvertida do míssil Tópol): dois lançamentos em 1997 e um em 2000, 2001 e 2006. Durante a redução das Forças Armadas em meados da década de 2000, a base foi desativada devido a sua ineficiência.

No entanto, a ideia de criar uma nova “porta de entrada para o espaço” no Extremo Oriente não foi enterrada: em 2007, em um contexto de reativação econômica, intensificaram-se as conversas para a construção de uma base de lançamentos espaciais nessa área.

A base Vostótchni deve ser construída perto da ex-base Svobódni. Além disso, terá ligação com a infraestrutura do município de Uglegorsk, com a estação Ledianaia da estrada de ferro Transiberiana e com autoestrada Amur, inaugurada em 2010.

O seu primeiro lançamento, um  foguete da série lendária de naves espaciais da astronáutica nacional e internacional (Soiuz-2) será realizado em 2015.

Enquanto isso, a futura base é hoje apenas uma área vazia, rodeada pela taiga – densa floresta siberiana de coníferas. A Vostótchni fica a cerca de seis mil quilômetros dos principais centros de construção de foguetes (quase duas vezes mais longe do que a base Baikonur) e dos principais centros de produção de equipamentos necessários.

Em termos de infraestrutura, a situação é melhor do que se pode imaginar: a futura base de lançamentos tem por perto as instalações da 27ª divisão de mísseis desativada nos anos 90.

Ainda assim, o cronograma anunciado é muito apertado, especialmente considerando o fato de que a partir da Vostótchni serão lançados foguetes muito diferentes dos Start.

A nova base também precisará de uma pista de pouso e decolagem de cerca de cinco mil metros de extensão para receber aviões de carga pesados como o Ruslan.

Segundas intenções

A Baikonur, primeira e maior base de lançamentos espaciais do mundo que, após 1991, passou a pertencer ao Cazaquistão, continua atendendo às principais demandas do programa espacial da Rússia e de outros países.

O potencial das duas principais bases da Rússia permite aumentar, pelo menos, em uma vez e meia o número de lançamentos espaciais sem usar os campos de provas de Kapústin Iar e das Tropas de Mísseis Estratégicos.

Portanto, o objetivo da construção de uma base de lançamentos no Extremo Oriente não é diminuir a pressão sobre as bases existentes que, segundo as estatísticas acima citadas, são subutilizadas.

Kapústin Iar é a terceira base de lançamentos mais importante do país Foto: ITAR-TASS

As vantagens geográficas da base Vostótchni também são duvidosas. Se por um lado está localizada mais perto da linha do Equador do que a base Plesetsk, por outro lado, está mais longe do que a base Baikonur, sendo, nesse sentido, menos atrativa para realização de lançamentos.

A Rússia paga caro pelo aluguel da base Baikonur e cada lançamento fracassado aumenta os problemas nas relações entre os dois países. Paralelamente, não deixa de ser um centro necessário à integração da Rússia e Cazaquistão.

A Baikonur proporciona empregos, exige a presença permanente da população russa e permite manter trocas científicas e culturais entre ambas as nações, dando, assim, continuidade à situação de paz entre os dois povos.

A inauguração da base Vostótchni poderá, por sua vez, provocar a degradação da base Baikonur.

Com a construção de uma base de lançamentos espaciais no Extremo Oriente, o governo pretende desenvolver essa região e criar empregos nas áreas científicas.

Histórico de lançamentos

Em 2011, a Rússia promoveu 32 lançamentos espaciais, dos quais 24 foram realizados na base Baikonur, sete na Plesetsk, e um no campo de provas de Iasni das Tropas de Mísseis Estratégicos, perto do município de Dombaróvski, na região de Orenburgo.

Num futuro próximo, a construção de uma rampa para os lançamentos do novo foguete Angará irá aumentar a participação da Plesetsk.

 
Desde 1993 a base de lançamentos Plesetsk perdeu suas posição de liderança Foto: ITAR-TASS

Mesmo sem isso, as duas bases citadas anteriormente são subutilizadas: na época soviética, eram realizados ao todo entre 90 e 100 lançamentos por ano.

Em 1982, a URSS estabeleceu um recorde específico, realizando 59 lançamentos na base Plesetsk, 44 na Baikonur e cinco no campo de provas de Kapústin Iar.

No ano seguinte, a Plesetsk lançou 62 foguetes, a Baikonur, 33 e o campo de provas de Kapústin Iar, apenas quatro.

O campo de provas de Kapústin Iar é a terceira base de lançamentos mais importante do país. Sua função tem sido sempre realizar testes de mísseis. Mesmo assim, o campo de Kapústin Iar lançou para o espaço mais de 80 foguetes.

O maior número de lançamentos espaciais foi realizado nos campos de provas das Tropas de Mísseis Estratégicos.

Os foguetes transportadores eram geralmente mísseis balísticos intercontinentais reconvertidos no programa de redução dos arsenais estratégicos ofensivos da Rússia e dos EUA. Três de tais foguetes foram lançados a partir de submarinos atômicos russos.........................................SEGURANÇA NACIONAL

Brasil terá estação terrestre do Glonass


O desafio de criar um sistema de correção e monitoramento, além de uma infraestrutura e canais de comunicação por satélite, é uma das missões do centro de Sistemas Russos por Satélite.  “Atualmente, temos três estações no exterior e uma rede de estações de correção diferencial e monitoramento (ECDM) na Rússia”, diz Serguêi Karútin, vice-diretor do instituto.

As ECDM fazem parte do sistema de localização por satélite Glonass e permitem localizar objetos com precisão de um metro.

Dentre os futuros projetos do centro, está a instalação, no Brasil, de uma estação terrestre de correção integrada ao sistema de localização por satélite Glonass. “Temos um acordo fechado e agora estamos na fase final, cumprindo as formalidades legais necessárias à entrada do equipamento no território brasileiro”, conta.

Na Rússia, uma rede de ECDM garante a precisão de monitoramento no hemisfério Norte. Para aumentar a exatidão do sistema Glonass no hemisfério Sul, são necessárias outras estações.  E a instalação de uma estação de correção no Brasil é um dos passos para a solucionar esse desafioAssim, teremos a possibilidade de precisar rapidamente os parâmetros de tempo e frequência, e enviá-los ao consumidor”, disse. Para tanto, foram criados canais de comunicação terrestres e satélites retransmissores Luch.

A intenção é colocar em órbita três retransmissores. O primeiro satélite de retransmissão chamado Luch-5 A já está em órbita terrestre e está sendo levado para seu ponto de estacionamento, informou Karútin. “Esperamos que os testes do satélite retransmissor comecem já em junho deste ano.”

Ainda de acordo com ele, a Rússia está concluindo a construção do segundo satélite retransmissor Luch, e o terceiro deverá partir para o espaço no primeiro trimestre de 2014.

O país pretende ainda instalar uma ECDM do sistema Glonass na Austrália. “Essa proposta foi encaminhada para análise do Ministério das Relações Exteriores”, esclareceu Karútin.

Sistema Glonass

O segmento civil do sistema de localização por satélite Glonass foi concebido para definir coordenadas e velocidade de qualquer objeto em movimento equipado com um receptor de sinais correspondente.

Inicialmente, o Glonass, colocado em operação em setembro de 1993, servia aos interesses do ministério da Defesa e contava com uma frota de 12 satélites.

Em dezembro de 1995, o número de satélites subiu para 24. No entanto, problemas do financiamento fizeram com que o Glonass voltasse a operar sua frota inicial de 12 satélites.

Vladímir Pútin pediu, em 2005, à Agência Espacial da Federação Russa (Roscosmos) e ao Ministério da Defesa para recolocarem em operação todos os 24 satélites do sistema GLONASS, e, em 2011, sistema teve sua constelação  orbital totalmente recuperada.

Atualmente, o Glonass possui 31 satélites, dos quais 24 estão em operação, dois em manutenção técnica, quatro na reserva e um deles em testes.

Para manter a continuidade do sinal de navegação em todo o território nacional da Rússia, é preciso pelo menos 18 satélites em operação...SEGURANÇA NACIONAL

O Brasil não exclui a possibilidade de adquirir um Su-35,


O stand russo contou com a exposição dos aviões de caça de múltiplas funções Su-35 e Su-30MK2, aviões de treino e combate Iak-130, helicópteros de carga militar Mi-17, de ataque Mi-28NE, entre outros destaques.

A maioria das peças foi apresentada em forma de maquetes, vídeos e cartazes publicitários. “É muito caro levar veículos e aeronaves em tamanho natural para a outra extremidade do mundo”, afirmaram os especialistas Rosoboronexport, empresa exportadora de equipamento de guerra.

Ainda assim, os países que se interessam em adquirir alguns dos modelos expostos têm a vantagem de poder vê-los em ação em um campo de provas local ou na Rússia.

“O mercado latino-americano é muito promissor e, desde sua criação, a Rosoboronexport tem procurado consolidar as posições da Rússia na região”, disse o chefe da delegação russa, Serguêi Svechnikov, em entrevista à imprensa.

Segundo Svechnikov, sua empresa vem realizando propostas de cooperação para discutir com quase todos os países da região. “Nem tudo será concretizado, mas para nós o mais importante é manter um diálogo intenso, sobretudo por causa do crescente interesse demonstrado”, completou.

No segmento de meios de defesa, os principais destaques foram sistemas de defesa antiaérea e antimíssil como Buk-M2E, Tor-M2E, Antei-2500, Pâncir-S1, sistema antiaéreo portátil Iglá-S e vários sistemas de radar.

Em relação aos blindados, o carro de combate atualizado T-90S, os sistemas móveis de lança-foguetes “Smerch”, canhão autopropulsado MSTA-S calibre 155 mm, foram uns dos itens que mais atraíram a atenção de visitantes e especialistas.

De olho no Brasil

Paralelamente, o Brasil realizou testes com o veículo blindado Tigre, construído na cidade de Arzamas, nos arredores de Níjni Nóvgorod (na região do Volga).

Além de atender a demandas da polícia no patrulhamento de zonas com altas taxas de criminalidade, o veículo poderá ser utilizado para manter a segurança em eventos de importância mundial, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Na Rússia, o Tigre está em serviço no FSB (Serviço Federal de Segurança) e na polícia de choque.

De acordo com vice-diretor do Serviço Federal de Cooperação Técnico-Militar, Aleksandr Fomín, o Brasil também se interessa pelo avião de múltiplas funções Su-35, que concorre a uma licitação lançada pelo governo brasileiro para a compra de caças.

O Brasil não exclui a possibilidade de adquirir um Su-35, segundo informou a agência Interfax. No entanto, a aquisição estaria condicionada à compra de aeronaves de passageiros brasileiras pelo russos.

No setor de helicópteros, a situação é mais clara. Recentemente, a  fabricante de helicópteros russa “Vertoliôti Rossi” (Russian Helicopters)  finalizou a primeira venda de um Kamov (Ka-32A11VS) de múltiplas funções com rotores coaxiais à operadora brasileira de transporte aéreo Helipark Táxi Aéreo.    

Concessão de benefícios

Embora o Brasil e o Chile ocupem um lugar de destaque nas negociações, Argentina e Peru também estão na mira dos exportadores russos.

Em entrevista à imprensa durante a FIDAE-2012, o chefe da missão da corporação estatal Russian Technologies, Serguêi Goreslávski, disse que o país concederá à Argentina um crédito para a compra de mais um lote de três helicópteros Mi-171E.

“O ministério da Defesa da Argentina fechou um contrato para de cinco helicópteros Mi-171E.. A primeira parcela de duas aeronaves foi paga pela Argentina e já foi entregue ao cliente em dezembro passado. Os três restantes helicópteros serão entregues no âmbito de um outro contrato e serão pagos com o dinheiro a ser emprestado pela Rússia”, explicou.
O Peru, por sua vez,  tem um parque blindado arcaico. Seu principal carro de combate, o T-55, foi produzido nos anos 60 do século passado e não atende mais as condições de combate.

Em 2009, o país criou um grupo operacional para compra de carros de combate chefiado pelo general Jorge Vega. No mesmo ano, a equipe publicou um relatório no qual destacou o carro de combate russo T-90S, o ucraniano Oplot e o alemão Leopard 2A6 como mais adequados aos requisitos tecnológicos do exército peruano.

Como o órgão tem mais de quarenta anos de experiência com carros produzidos na Rússia, os especialistas consideram que o carro de combate russo tem maiores chances de vencer a licitação.

Além disso, possui consumo de combustível reduzido, maior facilidade de manobra e permite realizar  algumas operações de reparação como, por exemplo, a substituição do motor avariado, regionalmente.

Com a intenção de fechar a compra, a Rússia reduziu o preço do veículo e se dispõe a transferir a tecnologia de produção. Para tanto, o Peru deve assumir algumas contrapartidas que preveem, entre outras coisas, a entrega de peças de reposição, manutenção técnica e serviços de reparação.

 “O T-90S é um dos melhores carros de combate para equipar o exército e torná-lo apto a operar em todas as regiões do Peru”, afirmam fontes da Rosoboronexport.

Moscou espera que o governo peruano siga o exemplo da Venezuela e da Índia, e venha a escolher o veículo. A Índia, por exemplo, pretende comprar outros 1500 carros de combate T-90S para completar seu parque de 350 veículos russos comprados anteriormente. ..........................................segurança nacional