quinta-feira, 26 de abril de 2012

BOPE - Brazilian Military Soldiers Tribute | HD

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RESCUE SUBMARINO CHILENA MODERNA

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UNVEX'12 Día 3

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Linha de Fuzis IA2 estréia com sucesso em evento internacional


A  Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL) participou da FIDAE 2012 divulgando seus produtos junto ao público latino-americano (institucional e privado).  Na oportunidade, a empresa apresentou de forma inédita, além-fronteira, a nova família de produtos IA2, constituída dos fuzis e fuzis de assalto em calibre 7,62 mm e 5,56 mm, carabinas policiais nos mesmos calibres, a faca-baioneta IA2 e as facas de campanha IA2 e Amz (própria para emprego em ambiente de selva).

A IMBEL emprega na atualidade cerca de 2.000 pessoas divididas entre cinco unidades fabris nas cidades de Piquete (SP), Rio de Janeiro e Magé (RJ) e Juiz de Fora e Itajubá (MG).

Tomando como ponto de partida os consagrados FAL e PARA-FAL (coronha rebatível), fuzis empregados em larga escala pelas forças armadas brasileiras por mais de quatro décadas, a IMBEL desenvolveu e colocou no mercado uma nova família de armas que aliam características como robustez, praticidade e baixo peso aliado ao emprego de modernos materiais construtivos e novos recursos tecnológicos.

As principais características da nova família IA2 são o uso de polímero no guarda-mão, punho e coronha; a luva isolante (em cor avermelhada) entre o cano e o guarda-mão, os novos zarelhos para fixação de bandoleira, os trilhos picatinny para fixação de acessórios diversos, a coronha retrátil e rebatível para os dois calibres e nova ergonomia do punho com um ângulo bem diferente do usado no FAL e PARAFAL.

Sua adoção pelas forças armadas brasileiras já está ocorrendo na forma de lotes piloto, especialmente em relação as tropas de pronto emprego do Exército como a 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel), Brigada de Operações Especiais, Brigada de Infantaria Paraquedista e tropas de selva.

Especificações da família IA2:

- Tipo: Semi-automático, automático e repetição
- Emprego: Individual
- Calibre: 5,56mm e 7,62mm
- Operação: Ação direta dos gases
- Velocidade inicial do projétil: 850 m/s
- Cadência de tiro: 950 tpm
- Alcance Máximo: 3600 m
- Alcance de Utilização: 600 m
- Peso: 4,2 Kg (carregado) 3,1 Kg (descarregado)
- Comprimento: 1,01mm
- Alimentação: Carregador com 20 e 30 cartuchos
 Infodefensa.com segurança nacional

Asteróide Apophis provocará horríveis destruições na Terra


Há quem considere, na Agência Cósmica da Rússia, que em 2036 é provável uma colisão do asteróide Apophis com a Terra, o que poderia provocar mais destruições que a queda do meteorito de Tunguska.
Esta informação consta do informe de Vitáli Davidov, diretor-adjunto da Roskosmos, feito esta quinta-feira, em Moscou, na conferência científica do Conselho de Segurança da Rússia sobre o temaInteresses nacionais da Rússia no contexto da segurança global.
O asteróide Apophis foi descoberto em 2004, no observatório nacionalThe Kitt Peak National Observatory (Estado da Arizona, EUA). Este corpo celeste tem cerca de 300 metros de diâmetro.VOZ DA RUSSIA SEGURANÇA NACIONAL

Terra e Lua foram atingidas por mais e maiores asteroides, revela estudo


Efe
 Há aproximadamente 3,8 bilhões de anos, a Terra e a Lua receberam impacto de inúmeros asteroides gigantes, maiores do que os que extinguiram os dinossauros, e durante um período mais longo do que se achava, informou nesta quarta-feira a revista científica "Nature".

"Descobrimos que asteroides gigantes, similares ou maiores aos que acabaram com os dinossauros, se chocaram contra a Terra com muito mais frequência do que se pensava", explicou à Agência Efe o astrofísico William Bottke, do Southwest Research Institute (Colorado, EUA.).

Autor de um dos dois artigos publicados na última edição da "Nature", sobre o impacto dos meteoritos, Bottke defende que ao cerca de 70 asteroides de grandes dimensões impactaram contra a Terra durante o período Arqueano, que está compreendido entre 2,5 bilhões e 3,8 bilhões de anos atrás. Segundo Bottke, esses asteroides também atingiram a Lua.

"Nosso trabalho sugere que o Arqueano, um período de formação da vida e de nossa biosfera, foi também uma época marcada por muitos impactos de meteoritos de grande magnitude. Isto nos ajudará a entender melhor os primeiros períodos da história da vida na Terra", declarou Bottke.

Já Brandon Johnson, da Universidade de Purdue (Indiana, EUA.), argumenta que estes violentos impactos tiveram um papel maior do que imaginávamos na evolução das primeiras formas de vida terrestre.

"Apesar de sempre pensarmos nos meteoritos como um detrimento para a vida, eles poderiam ter contribuído para a formação da mesma ao trazer material orgânico à Terra e produzir sistemas hidrotermal capazes de gerar vidas", detalhou Johnson à Agência Efe.

As descobertas de ambos os cientistas respaldam o "Modelo de Nice", uma hipótese que defende que os planetas gigantes gasosos do Sistema Solar (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) migraram a partir de uma distribuição inicial mais compacta até suas atuais posições.

O deslocamento destes planetas originou muitos asteroides, que, posteriormente, se viram atraídos em direção ao interior do Sistema Solar. Alguns destes asteroides impactaram violentamente contra a Terra, a Lua e outros corpos, um fenômeno conhecido como bombardeio intenso tardio.

"Estes impactos geraram grandes crateras sobre a superfície lunar, que, por sinal, foram conservados muito melhor do que as da Terra. Esse fato pode apresentar uma grande quantidade de informações e compreender melhor este fenômeno", explicou Bottke.

No total, os cientistas contabilizaram na Lua 30 crateras com um diâmetro maior que 300 quilômetros e com idades que oscilam entre os 4.1 bilhões e os 3.8 bilhões de anos, mais antigos que as crateras encontradas na Terra.

Muitas crateras da superfície terrestre se perderam por causa da erosão e dos movimentos das placas tectônicas, sendo que poucas rochas dessa era sobreviveram e, por isso, os estudos de impacto de meteoritos há mais de 2 bilhões de anos possui uma maior dificuldade.

No entanto, o choque desses meteoritos fundiu algumas das rochas salpicadas que se esfriaram até se transformar em pequenos pedaços de vidro, denominadas esférulas. A partir dessas amostras, Bottke e Johnson estimaram a data do impacto, além do número e do tamanho dos asteroides.

Existem aproximadamente 20 jazidas de esférulas na Terra, que, segundo os especialistas, serão de grande utilidade para futuros.
SEGURANÇA NACIONAL

Consórcio RAFALE chega a mais de 70 acordos assinados com empresas e universidades brasileiras

Porto Alegre, 25 de abril de 2012– O Consórcio RAFALE International, formado pelas companhias francesas Dassault Aviation, Thales e Snecma - Grupo Safran, promoveu hoje, na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), o seu sexto seminário, dando continuidade ao aprimoramento da proposta de transferência de tecnologia para fabricação do caça RAFALE no Brasil. Cerca de 80 empresários e representantes locais compareceram para apresentar suas perspectivas e discutir possibilidades de parcerias entre empresas e entidades gaúchas e francesas.
 
Foram assinadas quatro cartas de intenção que complementam ou ampliam o conjunto de acordos já firmados pelo Consórcio e que se somarão às mais de 70 já protocoladas com mais de 50 entidades/empresas brasileiras. A GME Aerospace, representada pelo seu diretor Diógenes Inácio, assinou carta de intenção com a Dassault Aviation, visando parcerias na área de materiais compósitos caso o RAFALE vença o programa F-X2. A TAP Manutenção & Engenharia do Brasil assinou acordo de cooperação com a Dassault Aviation no setor de manutenção de peças da aeronave de combate RAFALE. A AEL Sistemas, sediada em Porto Alegre, aproveitou a oportunidade para prorrogar sua parceria bem sucedida com a Dassault Aviation. “Esse diferencial de offsets propostos pelo Consórcio RAFALE é o que irá permitir a absorção da tecnologia brasileira. Tenho certeza que temos esse potencial para expandir nossas capacidades, e a AEL é o melhor exemplo disso”, comentou Eduardo Lourenço Rodrigues, representante da AEL Sistemas.
 
Dentre as parcerias acadêmicas, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Dassault Aviation assinaram um acordo que prevê futuras parcerias nos setores de pesquisa, desenvolvimento e educação. Além disso, um workshop foi realizado ontem, 24 de abril, pela UFRGS e a Dassault Aviation para discutirem juntas as áreas para possíveis parcerias, dentre elas a projetagem baseada em computação de alta performance e a simulação ou aplicação de realidade virtual em projetos da indústria aeroespacial. As áreas de cooperação visadas pela parceria também irão abranger projetos educacionais, interação com universidades francesas, intercâmbio de alunos e conexões com aglomerados industriais franceses.
 
A relação de cooperação iniciada ontem reflete a constante preocupação do Consórcio RAFALE International e de seus parceiros em estar à frente dos processos de inovação e de preparar o futuro tecnológico brasileiro, por meio do estabelecimento de parcerias privilegiadas entre referências de pesquisa e educação francesas e brasileiras, dentre elas a UFRGS.
 
A iniciativa é parte dos esforços do Consórcio, que participa com o caça RAFALE do processo de escolha da nova aeronave de combate brasileira (Programa F-X2), de dar início ao programa de cooperação industrial que integra a proposta feita ao Brasil. A França é a única concorrente do F-X2 que oferece transferência de tecnologia irrestrita ao Governo Brasileiro e a companhias e entidades locais – os projetos de offsets e transferência tecnológica cobrirão mais de 160% do valor do contrato de aquisição das aeronaves. Entre 2009 e 2011 foram realizados outros cinco eventos semelhantes, nas cidades de São Paulo, São José dos Campos, Belo Horizonte, São Bernardo do Campo e Rio de Janeiro.
 
O diretor da Dassault Aviation no Brasil, Jean-Marc Merialdo, apresentou os diferenciais do programa RAFALE e comentou os planos do Consórcio para a indústria brasileira: “Este seminário foi um importante passo para nossa relação com empresas e universidades gaúchas, dando continuidade à série de eventos realizados em 2011, que reuniram mais de 600 empresários e grandes entidades brasileiras em nome da inovação e da tecnologia de ponta na indústria aeroespacial. É mais um passo no processo único de compartilhamento de tecnologia sem restrições proposto pelo RAFALE International.segurança nacional

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Operação Uka-Uka malvinas


Partimos de Espora em dois Hercules (eu estava viajando no que transportava o ITB) e chegamos a Comodoro Rivadavia onde planejamos o voo de travessia para as ilhas. Pela noite decolamos em direção ao arquipélago, voávamos baixo para não sermos detectados por um radar inimigo. A altitude era tão baixa que a água do mar respingava no para-brisa do avião, e ele não poderia inclinar-se lateralmente para não bater com a asa no mar, a menos que subisse (algo suicida, pois seria um alvo fácil).
A cada meia hora subíamos rapidamente para realizar uma varredura de radar para detectar alguma atividade inimiga, e voltávamos para o voo rasante. Enquanto isso, estávamos voando com os olhos colados no horizonte com o propósito de identificar alguma silhueta de um navio hostil. Acredito que os elogios recebidos pelos nossos companheiros pilotos da Força Aérea e da Marinha, relacionados com a sua coragem e seu profissionalismo, são mais do que merecedores para o grau de risco enfrentado, especialmente em aviões de transporte.
Após três horas de voo fomos informados de que o aeroporto estava sob ataque e deveríamos retornar. Somente na terceira tentativa conseguimos cruzar com os dois C-130. Foram momentos de tensão e sentíamos como se estivéssemos em “um caixão voador”.
Assim que chegamos às Malvinas, nós colocamos as duas carretas em um galpão em Puerto Argentino. No dia seguinte, o almirante Otero designou os tenentes Edgardo Rodriguez e Mario Abadal para colaborar comigo na operação do sistema. Juntou-se ao grupo o tenente Carlos Ríes Centeno da reserva, que produziu o filme “A Aventura do Homem”, que estava com uma equipe de filmagem nas ilhas. Expliquei para todos o funcionamento da ITB e como proceder para efetuar lançamento.
Logo depois se juntou a Ríes Centeno o Sargento Eduardo Sanchez (do Exército Argentino) que operaria o Radar RASIT, único radar portátil disponível que poderia fornecer informações sobre o alvo, embora fosse um radar de vigilância terrestre.
O RASIT dava as informações em milésimos e o sistema do Exocet operava em graus e quilômetros. Fizemos uma tabela de conversão para poder alimentar o dados no sistema. Além disso, deveria executar outros cálculos, que também foram tabelados. A ITB era tão precária que alguns dados eram introduzidos com o auxílio de potenciômetros para ajustar o valor de cada tensão medida com um “testador”.
Como já mencionado, o sistema era transportado em duas carretas, mais uma vagão para transportar os mísseis uma vez que não podíamos deslocá-los na carreta de lançamento que havíamos previsto. Graças a uma grua montava-se sobre as carretas de lançamento. Logo em seguida, alinhava-se o eixo da carreta de lançamento e com o eixo neutro do RASIT e iniciava-se o processo de conexão de todo o sistema, acionando-se o gerador e verificando se tudo estava em ordem.
Em função do peso do sistema só era possível mover-lo pela única estrada pavimentada entre Puerto Argentino e o aeroporto. Finalmente, para colocá-lo em posição de tiro, tivemos que executar esta operação durante a noite para não atrair a atenção das pessoas.
Ao anoitecer (cerca de 1800 horas) começou a manobra de montagem, e o lançador na bateria por volta das 2100. Em torno das 4 horas da manhã começou a manobra de desmontagem para guarda-lo em um galpão, de modo que com as primeiras luzes do dia não era possível avistar a instalação (pelo que se sabe, os ingleses nunca tiveram conhecimento da existência do sistema).

No dia 6 de junho, à 0100 hora, o RASIT detectou um navio. Entramos com as informações na ITB e efetuamos todo o processo para o lançamento, mas o míssil não “saiu”. Eu realmente tive uma grande decepção, mas decidi repetir o procedimento com o segundo míssil.
Naquela circunstância não pude determinar se o problema era uma falha da ITB ou do míssil. Devido à precariedade da instalação, para a realização de um novo lançamento seu deveria esperar uns vinte minutos, tempo este tomado pelo “descarregamento” dos capacitores dos circuitos da ITB e só assim alimentar o sistema com novas informações. Em função da excitação do momento, sem esperar o tempo necessário, fizemos o segundo lançamento.
Dei-me conta de que havia se passado cerca de meia hora entre o primeiro lançamento falhado e a segunda tentativa, mas, conforme Ríes Centeno me falou alguns dias mais tarde, foram de aproximadamente cinco minutos. A adrenalina em meu cérebro fez o relógio avançar a uma velocidade inusitada. O míssil saiu, nós o vimos desaparecer pela noite, só podíamos ver a chama do bocal. Aparentemente, havia se desviado para a direita e não pudemos saber onde caiu. O concreto foi que naquele momento havíamos efetuado o primeiro disparo de um míssil MM-38 a partir de terra mas, por razões que eu não poderia determinar naquele tempo, ele não tinha adquirido o alvo.
Foi uma grande frustração. Foi provado que era possível lançar o míssil, mas eu não poderia explicar por que o míssil não tinha seguido a trajetória prevista. Quando alguns dias depois Ríes Centeno me contou o tempo decorrido entre os dois lançamentos, aí eu entendi o que estava errado. Deve-se acrescentar, informalmente, que o lançamento do míssil nos arremessou, eu e os dois tenentes, a vários metros de onde estávamos. Um deles caiu sobre uma caixa que continha todas as minhas anotações, tabelas e notas e naquela escuridão tivemos que encontrar aquela documentação perdida que havia sido espalhada.
No dia seguinte fizemos um pedido a Puerto Belgrano para que enviassem mais mísseis e alguns dias depois, recebemos outros dois.
Durante esse tempo revisei completamente o sistema e detectei que não chegava a alimentação de 400 ciclos. Com a ajuda do Sr. Sanders (da equipe de Ríes Centeno) descobrimos que um dos diodos do regulador de tensão havia queimado. Aliás, este era o único componente inglês de todo o sistema! Eu comecei a procurar por um substituto e o encontrei no Batalhão Antiaéreo do Corpo de Fuzileiros Navais (BIAA), comandado pelo capitão de corveta IM Héctor Silva, que estava posicionado em Puerto Argentino. No conjunto de sobressalentes do sistema “Tiger Cat” havia exatamente o mesmo diodo que eu precisava! Foi realmente um milagre!
Trocamos o diodo em questão e a ITB voltou a funcionar e nas noites seguintes continuamos colocando o sistema em posição e retirando-o antes do amanhecer. Assim, os dias se passaram, mas agora eram os navios britânicos que não apareciam. Eles não tinham detectado a existência do nosso sistema, mas por razões desconhecidas eles atravessavam rotas que não estavam ao alcance do nosso sistema.
Essa tensa espera gerou um momento com toque de humor ao drama da situação e que mais tarde acabou “batizando” a operação.
O tenente Rodriguez contou que, quando era guarda-marinha, foi um cansativo exercício de campo de vários dias. Certa noite um dos guardas-marinhas teve uma idéia, em tom de brincadeira, de implorar pela chuva dançando em volta de uma árvore e imitando a o som “Uka, Uka”, como fazem os índios nos filmes de Western americano. Assim seria possível suspender temporariamente o exercício. Imediatamente os guardas-marinhas começaram a dançar de acordo com o ritual descrito. O fato, segundo Rodriguez, é que no dia seguinte começou a chover torrencialmente e eles tiveram que evacuar o campo inundado, com a consequente, a suspensão do exercício.
Primeiro eu ri, mas em última análise, até como forma de combater o frio, eu aceitei a ideia e por volta das onze da noite do dia 11 de junho e na escuridão total, os tenentes Rodriguez e Abadal e um capitão de fragata que era eu, sem que ninguém nos visse, demos uma volta ao redor da ITB dançando o “Uka Uka”. Voltamos a tomar os nossos lugares na ITB sem que ninguém tivesse notado e com a promessa dos dois tenentes de que não contariam o que tínhamos feito.
Umas três horas mais tarde (não acredito em bruxas, mas …), por volta das 2 horas da manhã do dia 12 de junho, um navio entrou na zona de fogo do nosso lançador e Ríes Centeno conseguiu captar o alvo com o RASIT, informando-nos que o tinha no limite do seu alcance.
Com toda a pressa prosseguimos com o procedimento de lançamento do míssil, acompanhando o brilho do bocal na escuridão da noite. Então vimos um breve flash, que então imaginei que fosse um míssil SeaCat lançado contra o Exocet, e em seguida uma explosão que iluminou todo o horizonte e se refletiu nas nuvens baixas. O míssil tinha impactado o cruzador leve Glamorgan (posteriormente reparado e modernizado, foi transferido à Marinha do Chile).
Todas das unidades de fuzileiros navais e do Exército que estavam em posições mais elevadas viram o lançamento (na verdade era a esteira do propulsor do míssil no escuro) e, simultaneamente, todos passaram a transmitir a novidade relatada, assim momentaneamente os canais de comunicação ficaram saturados. No dia seguinte, pela noite, os ingleses não apareceram em Puerto Argentino e não houve fogo de artilharia naval.
Quando na noite seguinte quisemos reinstalar o ITB, o guindaste que utilizávamos para colocar os mísseis quebrou e, portanto, não podíamos mais entrar em posição e nós estávamos no final da guerra.
Na manhã do dia 14 de junho recebemos um forte bombardeio naval. O 5 º Batalhão de Fuzileiros Navais comandado pelo meu parceiro, então capitão de fragata Hugo Robacio, tinha esgotado sua munição e isso acontecia com quase todas as outras unidades. Quando a queda tornou-se iminente, juntamente com o tenente Rodriguez preparamos umas granadas de mão para explodir a ITB, mas o almirante Edgardo Otero, após perguntar se os britânicos tinham o sistema Exocet e diante da minha resposta que sim ele ordenou: Não destrua a ITB e eles não vão aprender nada de novo sobre o Exocet, mas verão como é que acertamos um navio e assim conhecerão a capacidade da Marinha da Argentina. (na foto abaixo um militar britânico em frente à carreta após a queda de Puerto Argentino).

Após a guerra, e tal como previsto pela Marinha, eu dei duas entrevistas para jornalistas. Para comemorar o vigésimo aniversário da guerra, um canal de TV britânico obteve permissão para entrevistar e filmar algumas das pessoas que tiveram envolvimento no conflito. Depois deles, eu tive a oportunidade de entrar em contato através de E-mail com o oficial o inglês que estava de guarda no passadiço do Glamorgan quando o navio foi atingido, e trocamos cumprimentos.
Nós também descobrimos que, como é do conhecimento público, os britânicos venderam para a Marinha do Chile um sistema chamado Excalibur (que segundo fontes francesas os ingleses haviam instalado em Gibraltar), que nada mais era do que a nossa ITB, mas de forma melhorada e não improvisada.
A derrota não é um evento desejado e é difícil superar o sentimento de raiva e impotência que é suportado, especialmente quando se sofre da humilhação de se tornar prisioneiro de guerra. O êxito técnico que significou o lançamento efetivo poderia ser uma satisfação pessoal de todos os que participaram do projeto, desde a sua criação até a sua realização, mas eu tenho, particularmente, a seguinte pergunta: o que teria acontecido se, em vez de falhar, a primeira tentativa tivesse êxito?, teria havido um efeito favorável sobre a nossa posição no futuro das circunstâncias? Ninguém pode saber ou nunca vai saber.
É meu desejo que este artigo seja uma homenagem e agradecimento a todos aqueles que de diferentes maneiras colaboraram para esta inédita experiência e também um incentivo para novas turmas de oficiais da Marinha enfrente os desafios que se apresentam as novas circunstâncias.
Finalmente, não posso deixar de agradecer aos meus dois filhos, que naquele momento se ofereceram como voluntários para ir para as Ilhas Malvinas, e minha a esposa que, além de ignorar meu paradeiro por mais de um mês, suportou, como muitas outras mães, a angústia de pensar que poderia perder seus filhos para sempre.
PODER NAVAL ..SEGURANÇA NACIONAL

Rússia e Bielorrússia aperfeiçoam sistema de defesa antiaérea comum


Um sofisticado sistema digital de comando das tropas da DAA da Rússia e da Bielorrússia será posto em funcionamento até o final do ano em curso.
Segundo uma fonte do Estado-Maior General russo, o comando será efetuado em regime automático, devendo os dois postos se situar na Bielorrússia e alguns outros na Rússia. Aos postos de comando será incumbida a missão de controlar as forças e os meios disponíveis, bem como os armamentos e equipamentos análogos no território da Região militar Ocidental da Rússia. Lembre-se que o atual sistema da DAA se baseia em complexos de mísseis S-400, os novos sistemas Tor-M2 e os radares Voronezh-DM.
A Rússia assinou um acordo de DAA conjunta também como a Arménia, podendo, em perspectiva, celebrar acordos análogos com outros países membros da CEI.SEGURANÇA NACIONAL

Rússia receberá sete submarinos atômicos Iasen para o ano 2021


Para o ano 2021 o Ministério da Defesa da Rússia receberá 7 submarinos atômicos de combate do projeto 885 Iasen. Como informa uma fonte na Comissão Militar-Industrial junto do governo da Rússia, 6 submarinos novos serão feitos menos barulhentos e equipados com armamento de mísseis reforçado.
O primeiro submarino atômico do projeto, Severodvinsk, acabará de passar por testes em 2012 e tornar-se-á parte da Frota Militar do país. Em 2015 será terminada a construção do Kazan, submarino principal do projeto modernizado 885M, com o nível rebaixado de barulho, cuja construção começou em 2009. Para o ano 2021 no âmbito do projeto 885M serão construídos mais 5 submarinos...SEGURANÇA NACIONAL

Paquistão testa míssil balístico


O Paquistão efetuou um teste do míssil balístico Shaheen-1A (Hatf-4), capaz de portar ogivas convencionais e nucleares. O raio de ação do míssil ronda 4,5 mil km. As experiências decorreram na zona do Oceano Indico.
Os testes têm sido vistos com uma reação do Paquistão ao lançamento do míssil balístico indiano Agni-5, capaz de levar as ogivas nucleares à distância de 5 mil km.
Importa acrescentar que ambos os países têm vindo a aumentar os seus arsenais nucleares no que tange ao número de mísseis táticos e mísseis de médio e longo alcance, assim como ao número de cargas nucleares.SEGURANÇA NACIONAL

Secretário de Defesa dos EUA apoia investimento militar no Brasil


Sergio Leo

O Brasil tem apoio dos Estados Unidos para ampliar sua Força militar, garantiu o secretário de Defesa americano, Leon Panetta, após encontro com o ministro da Defesa, Celso Amorim, ontem, em Brasília. "O Brasil é um poder global, uma Força positiva para a estabilidade não só nas Américas, mas no mundo", disse o secretário. Enquanto, no passado, os EUA desencorajavam a expansão das Forças Armadas de outros países do continente, a nova estratégia de Defesa americana busca "parcerias inovadoras" para garantir a segurança global, comentou.
Com as restrições orçamentárias atuais, a melhor forma de lidar com desafios do futuro é "desenvolver parcerias, alianças, dividir informações", disse o secretário americano, que aproveitou para defender a proposta feita pela Boeing ao governo, para venda do caça F-18 Super Hornet à Força Aérea Brasileira.
Ele informou a Amorim que a Boeing está disposta a dar acesso a inovações técnicas incorporadas nos últimos anos ao caça. Amorim prometeu levar a promessa em conta, mas disse não haver data para a decisão da compra. Amorim pediu ao americano que o diálogo entre os dois países, criado a partir da visita da presidente Dilma Rousseff aos EUA, inclua discussão para liberar "tecnologia sensível" hoje negada às Forças Armadas brasileiras.
Segundo uma autoridade que participou do encontro, o Brasil pede aos EUA menos burocracia para, por exemplo, a venda de equipamento eletrônico a programas da Marinha, hoje condicionada a compromissos de que não serão usados no programa nuclear. Os equipamentos podem ter outros fornecedores, mas o Brasil prefere adquirir dos EUA, segundo argumentou Amorim a Panetta, que prometeu levar o tema ao governo americano.
"Salientei a importância que tem, para o Brasil, na área de defesa, a transferência de tecnologia", relatou o ministro Amorim ao falar do encontro com o secretário americano, que é parte do "Acordo de Cooperação em Defesa" assinado há dois anos pelos dois governos. Amorim lembrou que, no governo Bill Clinton, nos anos 90, ao receber, como ministro de Relações Exteriores, o secretário de Defesa William Perry, os EUA se consideravam o aliado poderoso, único encarregado da defesa nas Américas enquanto os outros países da região se concentrariam no combate a drogas e criminalidade. "O que o secretário Panetta acaba de dizer é muito importante para uma nova relação entre Brasil e Estados Unidos na área da Defesa", afirmou.
Panetta prometeu aumentar a cooperação e transferência de tecnologia em defesa ao Brasil, especialmente em áreas como segurança contra ameaças eletrônicas e de internet. Os EUA, em 2010 e 2011, deram 4 mil licenças de exportação de equipamentos controlados e continuarão apoiando o "bom aliado e bom amigo", disse.
"Meu objetivo como secretário de Defesa é fazer o que puder para ampliar o comércio com o Brasil", garantiu Panetta. Amorim enfatizou que a relação entre os dois países "não pode ser só relação de venda e também de compra e venda", lembrando o interesse do Brasil em vender aviões da Embraer à Força Aérea americana. A convite de Panetta, o Brasil deve participar de simulações de guerra dos EUA envolvendo o continente africano.SEGURANÇA NACIONAL

Boeing nega resistência americana à venda de caças


Por Francisco Carlos de Assis, colaborou Silvana M

São Paulo - A presidente da Boeing no Brasil, Donna Hrinak, classificou nesta terça-feira de "lenda" a justificativa brasileira de que a maior dificuldade para compra de caças pela Força Aérea Brasileira (FAB) é a resistência do governo americano em autorizar a transferência de tecnologia.
"Eu não entendo o porquê desta justificativa. Talvez vocês da mídia possam me ajudar a entender. Na realidade, temos oferecido para o Brasil a mesma tecnologia que oferecemos para nossos melhores aliados, ou seja, os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), por exemplo. Então, acho que essa questão já está superada", disse Donna Hrinak, que participou do seminário "Oportunidades nas Relações Comerciais do Brasil Frente à Nova Configuração dos Blocos Econômicos Mundiais", realizado pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), em São Paulo. "Para mim, isso é uma lenda e não vai atrapalhar", afirmou.
Donna Hrinak, que também foi embaixadora dos Estados Unidos no País entre 2002 e 2004, disse entender a importância da transferência de tecnologia, mas ressaltou que é preciso falar também do desenvolvimento de tecnologias no País. "O avião não é estático. O avião evolui com as demandas dos clientes. E essas mudanças e inovações podem acontecer aqui, com a indústria brasileira trabalhando junto com a Boeing", afirmou a executiva,
Questionada sobre o que estaria faltando para que o projeto seja concluído, a presidente da Boeing respondeu que espera apenas uma decisão do governo brasileiro. "Estamos esperando uma decisão do governo para o País inteiro, e não só para a indústria ou para a Força Aérea", disse. Donna Hrinak evitou comentar se a questão do projeto F-X2 foi um dos temas da conversa entre a presidente Dilma Rousseff e a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, em Brasília, na semana passada.
O processo de compra dos caças brasileiros se arrasta desde 1996. Atualmente chamado de F-X2, o programa prevê a compra de 36 caças, um negócio estimado entre US$ 4 bilhões e US$ 6,5 bilhões. Houve vários adiamentos, o último deles no início do governo da presidente Dilma Rousseff, em 2011. Os concorrentes são o avião Rafale, da francesa Dassault, o Gripen, da sueca Saab, e o F-18 Super Hornet, da Boeing.
 VEJA.COM...SEGURANÇA NACIONAL

Brasil pede aos EUA transferência de tecnologia bélica


O ministro de Defesa brasileiro, Celso Amorim, pediu nesta terça-feira ao secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, colaboração na área militar, incluindo a transferência de tecnologia.
Amorim e Panetta se reuniram nesta terça-feira em Brasília na primeira reunião do comitê binacional de cooperação em assuntos de defesa, cuja criação foi acordada há três semanas em Washington entre o presidente dos EUA, Barack Obama, e a governante Dilma Rousseff.
Na reunião, que durou cerca de 1h, Amorim propôs ao americano colaborar em acordos envolvendo transferência de tecnologia bélica ao país sul-americano.
Na entrevista coletiva posterior ao encontro, o ministro precisou que o Brasil não reivindica a doação de tecnologia, mas o "acesso" a esses meios e, por sua vez, manifestou seu interesse em dialogar sobre questões "mais amplas" na área de segurança e defesa.
A transferência de tecnologia é um dos requisitos que costuma exigir o Governo do Brasil em seus acordos internacionais de compra de máquinas e veículos.
Os Estados Unidos se comprometeram recentemente em transferir a tecnologia de fabricação dos caças de combate Super Hornet F/A-18 da Boeing, se o Brasil aderir pela oferta americana em uma licitação para a compra de 36 aviões deste tipo.
Na disputa por fornecer as aeronaves também a companhia francesa Dassault, com seus caças Rafale, e a sueca Saab, com o modelo Grippen.
A visita de Panetta a Brasília faz parte de um roteiro pela América Latina. Ontem, o secretário americano esteve na Colômbia. Antes de retornar aos EUA, ele irá na sexta-feira ao Chile.
SEGURANÇA NACIONAL

terça-feira, 24 de abril de 2012

Voo privado para a ISS é adiado em uma semana para testes


O primeiro voo privado para a Estação Espacial Internacional (ISS) da empresa americana SpaceX com a cápsula Dragon foi adiado em uma semana, de 30 de abril para 7 de maio, anunciou o diretor do projeto, Elon Musk.
"Adiamos o lançamento em uma semana para realizar mais testes dos códigos de acoplamento da Dragon (à ISS) e uma nova data de lançamento será fixada em coordenação com a Nasa",Na segunda-feira, a Nasa autorizou, de maneira condicionada, a tentativa de lançamento do foguete Falcon 9 com a cápsula não tripulada Dragon para a ISS a partir da Base da Força Aérea em Cabo Canaveral, perto do Centro Espacial Kennedy (Flórida).
Os engenheiros da Nasa verificam o software de SpaceX para assegurar a compatibilidade com os da ISS. A cápsula Dragon - que pesa seis toneladas e mede 5,2 metros de altura e 3,6 metros de diâmetro - será, se tudo correr de acordo com o planejado, a primeira nave espacial privada a atracar com a ISS.
Para o primeiro acoplamento, os astronautas a bordo da estação orbital usarão o braço robótico para chegar à cápsula Dragon.SEGURANÇA NACIONAL