sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Royal Society britânica alerta sobre riscos da guerra do futuro


Efe
A Royal Society britânica alertou sobre o risco da aplicação dos últimos avanços da neurociência na guerra do futuro e pediu aos Governos que tomem medidas para proibir muitos dos novos agentes químicos.
Foco da preocupação dos especialistas se dirigiu às armas 'não letais' que podem ameaçar o mundo - Michael Fiala/Reuters
Michael Fiala/Reuters
Foco da preocupação dos especialistas se dirigiu às armas 'não letais' que podem ameaçar o mundo
Nos últimos anos, a neurociência, um conjunto de disciplinas que estudam o sistema nervoso e sua relação com a conduta, avançou em ritmo vertiginoso, favorecida pelo interesse dos Governos em desenvolver novas tecnologias e ferramentas para melhorar a eficiência de seus Exércitos.
Em relatório de 65 páginas publicado recentemente com o título de "Neurociência, conflito e segurança", essa renomada sociedade científica enumera os progressos na área e os possíveis usos civis e militares, mas aconselha cautela aos Governos na hora de colocar em prática essas descobertas.
O foco se dirigiu às armas "não letais", entre as quais estão agentes químicos paralisantes e outras substâncias que agem diretamente sobre o sistema nervoso central e periférico. Conforme alerta da Royal Society, muitas delas ainda não estão regulamentadas por nenhum tratado internacional.
Essa constatação fez a entidade britânica pedir aos signatários da Convenção sobre Armas Químicas que incluam novos agentes químicos entre as substâncias proibidas em sua próxima revisão em 2013.
Em seu relatório, a instituição reconheceu os benefícios que os avanços podem ter no tratamento de doenças neurológicas, mas expressou sua preocupação com as "lacunas em relação à legislação" que poderiam dar margem ao uso inadequado.
O marco legal atual restringe a criação de agentes químicos paralisantes, mas existe "certa ambiguidade nos tratados de proibição de armas químicas que, sob algumas interpretações, podem favorecer seu desenvolvimento".
Embora algumas pesquisas ainda estejam em estágio inicial já permitem vislumbrar como poderiam ser as guerras do futuro. Nelas, novas técnicas de estimulação cerebral por meio de remédios e ondas aumentariam a eficiência dos soldados e a velocidade com a qual aprendem tarefas.
Outras conquistas, mais próprias da ficção científica, permitiriam a comunicação das máquinas com o cérebro dos soldados graças a sistemas de interfaces neuronais, implantes que conectam o sistema nervoso com computador que interpreta as ondas cerebrais e as traduz em ações.
Segundo a Royal Society, com essa tecnologia seria possível, entre outras tarefas, controlar os sistemas militares à distância e melhorar a reabilitação física dos soldados.
Graças à análise do cérebro com técnicas de neuroimagem poderiam ser consideradas novas variáveis no recrutamento de soldados, como velocidade de aprendizagem e o nível de risco que são capazes de assumir, e escolher assim os melhores para cada tarefa.
Outros estudos, realizados pelos Estados Unidos, investigam o uso do ultrassom como uma forma de interferir no cérebro, um campo que, de acordo com a Royal Society, teria "uma importante aplicação terapêutica", mas também poderia ser usado para prejudicar a atividade cerebral.
A Convenção sobre Armas Químicas, assinada em 1993 e que teve a adesão até agora de 188 países, proíbe recorrer à guerra química em qualquer circunstância e enumera uma lista de substâncias e quantidades proibidas, mas a Royal Society pede a inclusão nesse acordo dos novos agentes químicos.
Efe.infor segurança nacional

AIEA se diz 'preocupada' com expansão do enriquecimento de urânio no Irã


A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) diz que continua a ter sérias preocupações com possíveis dimensões militares do programa nuclear do Irã.
Em seu relatório mais recente, a agência diz que conversas em Teerã nesta semana não conseguiram esclarecer as questões sobre o programa do país.
O documento diz ainda que o Irã instalou 2 mil centrífugas para enriquecimento de urânio na usina de Fordo, perto da cidade de Qom, no nordeste do país.
A correspondente da BBC em Viena, Bethany Bell, diz que, segundo o relatório, o impasse sobre o controverso programa nuclear do Irã não dá sinais de resolução.
Países ocidentais suspeitam de que o Irã esteja tentando construir uma bomba nuclear, o que o governo iraniano nega.
Bell afirma que as potências ocidentais ficarão ainda mais alarmadas com a notícia de que o Irã acelerou seu enriquecimento de urânio, tanto na planta principal de Natanz quanto na instalação subterrânea de Fordo.
Fordo, que fica embaixo de uma montanha, está bem protegida de potenciais ataques de Israel ou dos Estados Unidos.
Suspeitas
O relatório da AIEA foi divulgado dois dias depois que autoridades iranianas recusaram um pedido de inspetores para visitarem a instalação militar de Parchin, ao sul da capital, Teerã.
Em novembro, outro relatório - baseado em informações descritas como "críveis" - indicou que o Irã havia construído um recipiente para o armazenamento de grandes explosivos em Parchin em 2000, para conduzir experimentos hidrodinâmicos.
Estes experimentos, que envolvem explosivos poderosos em conjunção com materiais nucleares ou substitutos de materiais nucleares, seriam "fortes indicadores de um possível desenvolvimento de armas", segundo o relatório.
O uso de material substituto e o armazenamento em uma câmara também podem ser usados para impedir a contaminação.
A Agência também diz que teria "fortes indicações de que o desenvolvimento de um sistema de ignição de explosivos e de um sistema de diagnóstico de alta velocidade para monitorar tais experimentos no Irã estaria sendo supervisionado pelo trabalho de um especialista estrangeiro" de outra potência nuclear.
Diferenças
O documento afirma ainda que apesar de discussões intensas, as conversas em Teerã não resultaram em um acordo com o Irã sobre o programa nuclear.
O Irã entregou à Agência uma declaração classificando as preocupações como infundadas e dizendo que há "diferenças muito grandes" entre a organização e o país sobre como abordar o assunto.
A AIEA diz que o Irã aumentou o número de centrífugas utilizadas para enriquecer urânio e acelerou a produção de urânio enriquecido a mais de 20%.
O Irã afirma que está enriquecendo urânio para propósitos pacíficos, mas o Conselho de Segurança da ONU já ratificou quatro rodadas de sanções na república islâmica para pressioná-la a parar, porque a tecnologia adquirida pelo país pode ser usada para enriquecer urânio no nível necessário para uma ogiva nuclear. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. infor.seguraça nacional

Brasil comandará força naval da Unifil no Líbano


ANDRÉ LACHINI - Agência Estado
O Brasil comandará, pela segunda vez consecutiva, a Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil), informou a Marinha do Brasil nesta sexta-feira. Segundo a Marinha, a passagem de comando ocorrerá no sábado a bordo da fragata União no porto de Beirute. O contra-almirante Luiz Henrique Caroli passará o comando da FTM para o contra-almirante Wagner Lopes de Moraes Zenith.
A FTM é formada atualmente por nove navios de guerra de seis países, com 1.100 militares. A Alemanha destacou três navios para a força, Bangladesh dois e Brasil, Turquia, Grécia e Indonésia destacaram um navio cada.
Criada em 1978 pelas Nações Unidas para manter a estabilidade no sul do Líbano, durante a Guerra Civil Libanesa, a Unifil opera com forças navais e terrestres na região ao sul do rio Litani até a fronteira com Israel. A força naval da Unifil foi criada em 2006, segundo a Marinha brasileira.
Nas décadas de 1980 e 1990, o sul do Líbano foi parcialmente ocupado pelas tropas israelenses e palco de combates entre as forças israelenses e do Exército do Sul do Líbano, armado e financiado por Israel, contra as milícias xiitas do Amal e do Hezbollah, além de grupos palestinos. Israel se retirou da região em 2000, quando o Exército do Sul do Líbano se desintegrou. Em 2006, Israel voltou a invadir o sul do Líbano, quando travou uma guerra de dois meses contra o Hezbollah. - Agência Estado infor segurança nacional

F-35 voou pela primeira vez carregando mísseis de combate

De acordo com o jornal Los Angeles Times, o super caça o F-35 fez o seu primeiro vôo carregando mísseis externos. O teste foi realizado em 16 de fevereiro.
Durante um vôo de teste, o F-35 levava duas bombas guiadas GBU-31 de 907 kg e dois mísseis de médio alcance ar-ar AIM-120. Disparos não foram efetuados durante o teste.
F-35 é o projeto militar mais caro na história dos EUA. 2500 caças encomendadoos custarão 382 bilião dólares SEGURANÇA NACIONAL

Nova ameaça: aviões não tripulados


Aviões não tripulados são a principal tendência desenvolvida ultimamente nas forças armadas. Já no ano em curso, estes aparelhos entrarão em dotação das estruturas militares da Rússia. Islamabad solicita que Londres convence Washington de suspender ataques ao Paquistão com a ajuda de drones da CIA, que recentemente foram observados por cima da Síria.
Os drones de combate já se recomendaram bem na prática. Aviões não tripulados da CIA atacam supostas bases de terroristas no Paquistão, no Iémen e na Somália. Israel e Reino Unidos também dispõem de tais aparelhos.
Na Rússia, primeiros pequenos dronesentrarão em dotação de estruturas militares já neste ano. Terão missões de reconhecimento e controlarão a ordem. Simultaneamente, estão a ser desenvolvidos aparelhos militares pesados, comparáveis por dimensões comdronesamericanos de ataque. O chefe do Conselho Social junto do Ministério da Defesa, Igor Korotchenko, falou sobre o equipamento das Forças Armadas da Rússia com aviões não tripulados
"No quadro do programa estatal de armamentos, as Forças Armadas da Rússia irão desenvolver também uma família de aviões não tripulados, inclusive de variante combativa. O Ministério da Defesa assinou dois grandes contratos de projeção e produção em série de drones. Nos próximos dois-três anos começarão testes reais de primeiros modelos de aviões não tripulados russos de nova geração."
A procura de aviões não tripulados por parte de estruturas militares, serviços especiais e órgãos de proteção da ordem irá crescer. No futuro, os drones aparecerão em arsenais de muitos países. Os peritos já avaliam o potencial do mercado mundial de aviões não tripulados em seis mil milhões de dólares ao ano e, para 2018, este montante será duplicado. Possivelmente, as futuras ações militares irão decorrer sem a participação humana,considera Igor Korotchenko.
"Possivelmente, dentro de 40-50 anos, a participação do homem em guerras será limitada ao comando de ações militares à distância. Já hoje, as pessoas aprendem a dirigir armamentos, encontrando-se longe do campo de combate."
Entretanto, as operações de drones de combate não sempre são bem-sucedidas. Um exemplo patente é a situação na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão, onde aviões não tripulados da CIA são um flagelo para habitantes civis. Uma difícil coordenação em locais montanhosos, a falta de dados de reconhecimento de pleno valor e outras condições específicas levam a centenas de vítimas entre a população civil em resultado de ataques de drones“amigos”.Mas é pouco provável que os políticos e generais se renunciem à ideia de utilizar amplamente aviões não tripulados em operações militares, diz o diretor adjunto do Instituto dos Estados Unidos e do Canadá, Pavel Zolotariov:
"A tendência geral de longo prazo é aumentar o número de drones na aviação. Gradualmente, de pequenos aviões não tripulados destinados para missões de reconhecimento e de comunicações, o mundo começa a desenvolver drones de ataque."
Hoje, dezenas de países estão interessados em adquirir aviões não tripulados de combate. Nesta lista figura, por exemplo, a Coreia do Sul. A sua primeira transação com os Estados Unidos falhou por causa de alto custo de drones.Mas o país não se recusou da intenção de efetuar reconhecimento aéreo do território da Coreia do Norte. A China, por seu lado, desenvolveu o seu próprio modelo de avião não tripulado, análogo ao americano; os peritos consideram que estes aviões sejam amplamente exportados. Isso pode estimular outros produtores dedrones,alterando cardinalmente todo o mercado da exportação de armamentos.Voz da Russia segurança nacional

Mísseis estratégicos subsônicos


Hoje, vamos falar sobre os mísseis estratégicos subsônicos de pequeno porte. Lançado contra um alvo introduzido na memória, o míssil voa a baixas altitudes contornando o relevo do solo e todos os obstáculos: elevações e depressões, florestas e edifícios.
Na URSS, não era raro muitos projetos bons ficarem, por longo tempo, nas prateleiras acumulando pó sem qualquer aplicação prática. Algo semelhante aconteceu com esses mísseis de cruzeiro “inteligentes”. Só quando a imprensa ocidental começou a falar sobre novos mísseis desenvolvidos pelos EUA, o governo soviético mandou criar, em curto prazo, mísseis análogos. Graças a um bom potencial científico e tecnológico existente, naquela altura, na URSS, os engenheiros soviéticos não ficaram para trás dos norte-americanos. Mais do que isso, o projeto soviético absorveu menos recursos financeiros, tendo os novos mísseis entrado em serviço já em 31 de dezembro de 1983.
O novo míssil recebeu a designação X-55, e AS-15 Kent na classificação da OTAN. Uma das diferenças essenciais do novo míssil em relação às armas anteriores eram novos métodos de navegação e a  possibilidade de contornar o relevo do solo com vista a evitar a detecção pelos sistemas radar inimigos. Para esse efeito, na memória do míssil foram colocados mapas digitais das eventuais regiões de operação.
Esses mísseis são levados pelos aviões estratégicos Tu-95MS e Tu-160 e são capazes de atingir com precisão alvos estacionários a grandes distâncias do ponto de partida. Um bombardeiro estratégico Tu-95MS pode levar até seis mísseis X-55 em seu compartimento de bombas. O supersônico Tu-160 pode levar em seus dois compartimentos de bombas 12 mísseis de cruzeiro de longo alcance (dotados de tanques de combustível extra) ou 24 mísseis de cruzeiro convencionais.
Em outubro de 1999, foram realizados os testes de novos mísseis estratégicos X-555. As últimas versões dos mísseis de cruzeiro russos têm um alcance de cerca de 5000 km. Essa é uma arma formidável das forças armadas russas.Voz da Russia segurança nacional

objetos metálicos caem do céu no Maranhão


Dois objetos metálicos caíram do céu no Maranhão na última quarta-feira, 22, e assustaram moradores das cidades de Anapurus e Santa Inês. Em Anapurus, uma esfera de 1 m de diâmetro e peso estimado entre 30 e 45 kg ficou presa em uma árvore. Já em Santa Inês, pedaços de metal foram encontrados.
De acordo com Manuel Costa, presidente da Sociedade de Astronomia do Maranhão, que analisou imagens do objeto que caiu em Anapurus, é certo que o objeto estava fora da atmosfera terrestre. "Provavelmente é uma parte de satélite, lixo espacial", afirma.
A análise de algumas características ajuda a entender do que pode se tratar: "O objeto possui uma espécie de engrenagem, em formato de anel, que sugere uma estrutura de conexão. Na superfície existem marcas de corrosão por derretimento, e também alguns pontos chamuscados, que indicam que ele caiu em grande velocidade e as marcas surgiram em razão do atrito e da pressão do ar", explica Costa.
Neste caso do objeto esférico, segundo Costa, os moradores afirmam que viram no céu uma claridade muito forte e depois ouviram um estrondo. "O objeto, então, teria ficado preso em uma árvore. Mas os relatos são bem simples, então não podemos confiar e precisamos estudar a esfera", diz. "Planejamos mandar uma expedição o quanto antes para o local", conta.
Em Santa Inês, acredita-se que os pedaços metálicos encontrados sejam pedaços de fuselagem de alguma aeronave. Eles também foram encontrados após moradores escutarem um forte estrondo.
Para Costa, o caso lembra um ocorrido em Rio Verde, no Estado de Goiás, em 2008. Daquela vez, um objeto metálico parecido caiu na cidade, e os depoimentos são semelhantes, mostrando que deve se tratar de lixo espacial.
A Aeronáutica, por meio do Capitão Ribeiro, da assessoria de imprensa, afirma que enviará uma equipe até Anapurus para recolher o objeto e levar para a base de Alcântara, também no Maranhão, onde a esfera será analisada.
Caso a peça seja de uma aeronave brasileira, a responsabilidade da análise será da Aeronáutica. "Porém, caso não seja de uma aeronave, ou se for de outro país, enviaremos o objeto para a Agência Espacial Brasileira, que entrará em contato com a agência responsável", afirma Ribeiro.
segurança nacional

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Petrobras monta supercomputador mais rápido do Brasil


Petrobras possui oficialmente o computador mais rápido do Brasil e um dos 500 mais rápidos do mundo: o Grifo04, cuja capacidade máxima é 1 petaflop (equivalente a 1 quatrilhão de operações matemáticas por segundo). O supercomputador foi desenvolvido para trabalhar com complexos dados de análise sísmica, área sensível para quem pretende furar quilômetros de rochas submersas na busca pelo pré-sal.
A supermáquina da Petrobras consiste em um grupo de computadores que operam em conjunto, de forma mais conhecida como cluster (aglomerado de computadores), e consiste em 544 servidores e com 500 mil núcleos de processamento de memória, somando uma capacidade de memória de 16 Terabytes.
Além da grande capacidade de processamento, outros pontos interessantes do supercomputador estão vinculados ao seu desenvolvimento. Ele foi projetado por equipes da Petrobras e consome 90% menos energia que um equivalente do mercado. Com o projeto desenvolvido, a estatal organizou uma licitação vencida pela Itautec, que montou o computador.
Além do hardware, a petroleira concebeu também softwares específicos para aproveitar o máximo o poderio do equipamento. São algoritmos para que o Grifo04 seja capaz de processar mais de 6 trilhões de amostras sísmicas por segundo.
A economia do computador não se reflete apenas na menor demanda de energia. O Grifo04 custou R$15 milhões. Caso a Petrobras não tivesse investido em sua construção, seriam necessários gastos de até R$180 milhões para a construção de um novo centro de processamento de dados. Segundo a Petrobras, o que convenceu a empresa a investir na tecnologia foi a percepção de que não havia mais espaço físico e o consumo de energia era muito alto.infor segurança nacional

USP inicia operação de cluster para pesquisas em astronomia

Por Elton Alisson
Agência FAPESP – Nos próximos dias deverá entrar em operação no Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP) um dos maiores e mais potentes clusters – aglomerado de computadores –, voltado exclusivamente para pesquisas astronômicas no mundo.
Avaliado em mais de US$ 1 milhão, o equipamento foi adquirido com apoio da FAPESP por meio do Programa Equipamentos Multiusuários, em projeto do IAG-USP e do Núcleo de Astrofísica Teórica (NAT) da Unicsul.
Composto por três torres, do tamanho de geladeiras domésticas que juntas pesam três toneladas, o conjunto de computadores possui 2,3 mil núcleos de processamento. O sistema possibilitará um aumento de 60 vezes na escala de processamento do Departamento de Astronomia da USP. O cluster utilizado anteriormente pela instituição possuía 40 núcleos de processamento.
Não conhecemos nenhum departamento de astronomia no mundo com essa capacidade computacional. Existem universidades e consórcios entre instituições de pesquisa com clusters muito maiores, mas o tempo de processamento é dividido entre várias áreas e não são dedicados totalmente à astronomia”, disse Alex Carciofi, professor da USP e responsável pela implementação do projeto à Agência FAPESP.
De acordo com ele, o aglomerado de computadores possibilitará aumentar o grau de realismo físico e rodar mais modelos matemáticos (simulações numéricas) utilizados para estudar os sistemas astronômicos, como estrelas, galáxias e meio interestelares.
Considerados simulações da natureza, quanto mais processos físicos são incorporados aos modelos numéricos para torná-los mais realistas, mais “pesados” computacionalmente eles se tornam e demandam mais tempo para serem processados.
Com um equipamento desse porte é possível aumentar a escala do problema que pretendemos estudar, mantendo um tempo de processamento razoável, de modo que nós consigamos processar um maior número de modelos em tempo hábil para realizar nossas pesquisas”, explicou Carciofi.
O equipamento também permitirá ao pesquisadores do Departamento de Astronomia da USP ingressar em nossas fronteiras do conhecimento na área, como a astrofísica computacional.
A exemplo do que está ocorrendo em outros campos da ciência, a nova área é resultado da fusão de disciplinas que anteriormente eram distintas e seguiam separadas, como a astrofísica e a ciência da computação.
O que se deve, entre outros fatores, ao fato de que instrumentos astronômicos modernos – como telescópios robóticos que operam automaticamente – estão gerando um grande volume de dados que precisam ser analisados. “É preciso desenvolver novas técnicas para obter resultados a partir desse grande volume de dados”, disse Carciofi.
Em um primeiro momento, o cluster atenderá 150 usuários, entre estudantes de pós-graduação, docentes e pós-doutorandos do IAG e do NAT. Mas também estará disponível para ser utilizado por pesquisadores de outras instituições científicas.
Por meio do equipamento também será possível atrair cientistas de outros estados e países, que necessitam de uma grande capacidade de processamento computacional para realizar suas pesquisas.
Os pesquisadores de fora podem escolher vir para o IAG ou NAT para realizar um pós-doutorado, por exemplo, justamente porque a instituição dispõe de um cluster como esse”, disse Carciofi.
O pesquisador estima que até o fim de janeiro começarão a realizar os primeiros cálculos numéricos massivos (chamados number crunching) no novo equipamento, a fim de alcançar modelos reais de fenômenos nas áreas de astrofísica, cosmologia e astronomia galáctica.
O supercomputador foi desenvolvido pela empresa SGI e é baseado em uma plataforma Blade Altix ICE 8400 com processadores AMD Opteron 6172, com 4,6 terabytes de memória.
Fonte Original: Agência Fapesp segurança nacional

EUA lançará satélite para firmar novo sistema de comunicação militar


Efe
 A Marinha de Guerra dos Estados Unidos tentará lançar nesta sexta-feira seu novo satélite MUOS-1, o primeiro de uma série de quatro lançamentos que buscam aprimorar as comunicações militares.

Devido aos fortes ventos e à densa camada de nuvens nas proximidades da Estação da Força Aérea, em Cabo Canaveral (Flórida), duas tentativas anteriores de lançamento foram suspensas, no último dia 16 e 17 de fevereiro.

O foguete Atlas V, que impulsionará o satélite até o espaço, será levado nesta quinta-feira à rampa de lançamento. Segundo fontes da Marinha, o lançamento deverá ocorrer nesta sexta-feira, 24, às 20h15 (horário de Brasília).

DE acordo com a previsão meteorológica, o lançamento desta sexta-feira possui 40% de probabilidades de ser realizado sob condições favoráveis.

O satélite MUOS ("sistema de objetivo para usuário móvel") pertence a uma nova geração do sistema de comunicações táticas em banda estreita, desenhado para oferecer aos militares americanos, em qualquer parte do mundo, uma capacidade de comunicação dez vezes maior que a atual.

A rede MUOS substituirá o sistema atual de comunicações táticas de satélites em banda estreita conhecido como UFO. Dois dos satélites da rede UFO não funcionam há anos.

O programa MUOS é desenvolvido pela empresa Lockheed Martin Space Systems, de Sunnyvale, na Califórnia, que em 2004 firmou um contrato de US$ 2,1 bilhões para a fabricação dos dois primeiros satélites e os elementos de controle para o sistema em terra.

O contrato incluiu outros três artefatos orbitais, sendo que um deles ficaria em órbita como uma espécie de suplente para ser usado caso os outros MUOS tenham problemas. Com todas as opções envolvidas, o contrato para a fabricação de até cinco satélites gira em torno do valor de US$ 3,26 bilhões.

Aproximadamente 15 segundos depois do lançamento, os cinco foguetes propulsores se desprenderão do veículo Atlas V e cairão sobre o oceano Atlântico.

Após a queima do combustível dos outros períodos do sistema propulsor, a etapa Centauro colocará o satélite MUOS em uma órbita inicial a 145 quilômetros da Terra.

Os novos impulsos da etapa Centauro e a separação do satélite deixarão este satélite na órbita geosincrônica planificada a cerca de 3 mil quilômetros da terra, com uma inclinação de 19 graus
.Efe segurança nacional

Irã busca aumentar atividade nuclear em bunker, dizem diplomatas


FREDRIK DAHL - REUTERS
Estima-se que o Irã esteja realizando preparativos para expandir sua atividade nuclear dentro de uma montanha, disseram diplomatas, em mais um sinal de desafio frente à pressão crescente do Ocidente para suspender sua iniciativa de enriquecimento de urânio.
Elevar a capacidade na instalação subterrânea de Fordow provavelmente iria aumentar a suspeita ocidental sobre as intenções do Irã, depois que no mês passado o país começou a refinar urânio ali para um nível que reduz o tempo necessário para a construção de uma arma nuclear.
Uma equipe sênior da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não conseguiu novamente nesta semana fazer com que o Estado islâmico tratasse de suas preocupações crescentes sobre seu trabalho nuclear e voltou de mãos vazias para Viena, após dois dias de conversas no Irã.
O revés aumentou os temores de uma espiral decrescente para o conflito entre a República Islâmica e o Ocidente, e fez com que os preços do petróleo subissem para o nível mais alto em nove meses.
A agência da ONU agora está dando os retoques finais em seu próximo relatório sobre o Irã, que deve incluir informações sobre as conversas com Teerã e mais detalhes sobre o status da instalação de Fordow, perto da cidade de Qom, que é sagrada para os muçulmanos xiitas.
"Acho que veremos um salto no estado de prontidão potencial da instalação", disse um enviado de Viena.
Fordow é uma preocupação especial do Ocidente e de Israel porque o Irã está mudando o aspecto mais polêmico de seu trabalho nuclear -refinar urânio para um nível que o deixe significantemente mais perto do material para uma bomba- para a instalação.
Supostamente situada a 80 metros de profundidade no meio de rochas e solo, a instalação dá ao Irã melhor proteção contra ataques israelenses ou norte-americanos.
O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, advertiu que a pesquisa nuclear do Estado islâmico em breve poderia passar o que ele chamou de "zona de imunidade", protegida da interrupção externa.
Em um relatório divulgado nesta quinta-feira, o grupo International Crisis Group disse que as chances de um confronto militar sobre a disputa nuclear, embora ainda fossem improváveis, pareciam "maiores do que nunca".
"Como Israel o vê, o programa nuclear representa uma ameaça grave; a hora em que os supostos esforços do Irã de construir uma bomba se tornam imunes a um ataque está se aproximando rapidamente e a ação militar no futuro próximo -talvez ainda neste ano- é, portanto, uma possibilidade real", dizia.
Uma autoridade ocidental disse que Fordow era uma questão muito delicada: "Não tenho certeza se os iranianos entendem que estão brincando com fogo ali".
No mês passado, o Irã disse que havia começado a refinar urânio em Fordow para uma concentração físsil de 20 por cento, em comparação com os 3,5 por cento normalmente usados em usinas de energia nuclear.
Logo depois, dobrou a capacidade de produção para um total de mais de 600 centrífugas de enriquecimento de urânio em Fordow, disseram diplomatas à Reuters. FREDRIK DAHL - REUTERS segurança nacional

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

MAA-1B – noticia atrasada

Uma nota na Air International de janeiro de 2012 cita que o Paquistão pretende comprar o MAA-1B da Mectrom para equipar seus caças JF-17. Cita que já compraram o modelo MAA-1A em 2010 e agora querem comprar 100 mísseis MAA-1B por US$ 108 milhões. O míssil está planejado para entrar em serviço na FAB em 2012 .infor poder naval segurança nacional

Encontro com Obama deve ajudar na decisão de Dilma sobre caças


A grande aposta nos últimos dias no mercado de defesa nacional é de que a visita da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos em abril será determinante para a decisão final em torno de qual dos três concorrentes será o escolhido para a substituição dos caças da Força Aérea Brasileira (FAB), o Programa F-X2: o Rafale, da francesa Dassault; o F-18 Super Hornet da americana Boeing ou o Gripen E/F da sueca Saab.
Depois da divulgação recente de vendas do Rafale à Índia e do Gripen à Suíça, que revigoraram a credibilidade dos modelos, caberá ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a incumbência de convencer a presidente brasileira sobre a superioridade do modelo americano.
O F-X2 está congelado há tempos diante das limitações orçamentárias do governo federal.
O ex-presidente Lula chegou a falar da preferência pelo modelo Rafale, mas desde que iniciou a nova gestão Dilma Rousseff silenciou sobre o tema.
Na última semana, o ministro da Defesa, Celso amorim, alimentou publicamente a expectativa de que a decisão seja tomada ainda no primeiro semestre deste ano.
Para o deputado e presidente da Frente Parlamentar de Defesa, Carlos Zarattini, a vantagem da Dassault nesse processo é a disposição demonstrada pelos franceses em transferir tecnologia ao Brasil, em detrimento do modelo sueco Gripen, que só existe em projeto na versão proposta ao Brasil. "E no caso dos americanos o problema é que o Congresso tem a prerrogativa de vetar medidas de transferência de tecnologia, o que gera riscos e limitações ao Brasil."
No entanto, o diretor da Saab Brasil, Bengt Janer, contrapõe a posição de Zarattini ao defender o Gripen E/F. "O Gripen E/F é a nova geração do Gripen C/D que já é usado em cinco países do mundo. E o diferencial de nossa proposta ao Brasil é o fato de que oferecemos o desenvolvimento em conjunto com a indústria brasileira, o que inclui a transferência de tecnologia. Ou seja, se formos os escolhidos o Brasil entra como um parceiro estratégico de longo prazo da Saab que pode, inclusive, ser plataforma de venda para outros países", afirma.
A diretora de comunicação da Boeing, Márcia Costley, também sai em defesa do F-18 Super Hornet e diz haver garantias de transferência de tecnologia dos Estados Unidos para o Brasil. "É importante ressaltar que a transferência de tecnologia já foi aprovada pelo governo americano, incluindo o presidente Barack Obama, o Congresso, os Departamentos de Estado e de Defesa dos Estados Unidos", diz.
E mais: ela avalia que o governo de Dilma Rousseff mostra mais equilíbrio no processo. "Tem os indicações de que o novo governo equilibrou a competição e irá julgar cada concorrente nos méritos e benefícios de cada empresa. Autoridades do governo americano e a Boeing têm feito contato com representantes do governo brasileiro e Dilma manifestou que quer rever as propostas de cada concorrente."
Para o especialista na área de defesa, Nelson During, o programa F-X2 se insere num escopo maior de projetos prioritários de defesa nacional que estão em processo de definição. "Diante dos projetos elencados por cada uma das áreas, um grupo de estudos está trabalhando na definição das prioridades mas do ponto de vista da estratégia de política nacional de defesa. Somente com o resultado desse trabalho, previsto para maio, é que efetivamente será estabelecido o programa de aquisições para o segmento", diz During.
Ele elogia a atuação de amorim no ministério, "que está conseguindo racionalizar a discussão e colocá-la em termos mais reais e de viabilidade orçamentária do país. O governo está com uma visão mais estratégica no processo organizacional do setor de defesa."
Especificamente sobre o programa F-X2, Nelson During avalia que os três concorrentes atendem as necessidades da FAB e que nenhum deles está fora do jogo. "Se o Rafale ganhou credibilidade com a venda à Índia, o Gripen também ganhou com a negociação em andamento na Suíça, assim como Barack Obama talvez tenha cartas na manga para convencer a presidente sobre o modelo da Boeing", pondera.
Corte orçamentário
Mesmo avaliando que "todo corte é traumático", o vice-presidente executivo da Associação das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), almirante Carlos Afonso Pierantoni Gambôa, concorda com a posição declarada pelo ministro Celso amorim de que não haverá impacto significativo nos projetos de defesa para 2012. "Quando olhamos para o montante de R$ 3,3 bilhões parece muita coisa, mas quando se espalha entre os diferentes projetos o impacto fica menor e podemos dizer que o que vai ocorrer são ajustes nos projetos. Além disso, o ministro também já disse que tem a promessa de descontingenciamento de R$ 1,7 bilhão em breve, o que diminui o peso do corte." 
DEFESA EM FOCO
Programa F-X2 é apenas uma das prioridades da área
O programa F-X2 para renovação dos caças da Força Aérea Brasileira (FAB) está presente nas discussões por causa de movimentos recentes que deram impulso ao tema, mas o fato é que esse programa é tão prioritário quanto outros.
A Marinha, por exemplo, tem um programa de navios de superfície, o Prosuper, que prevê a aquisição de cinco fragatas ou navios de escolta, navios de patrulha e um navio de apoio logístico, além do programa Prosub, para aquisição de submarinos, que está em andamento.
Para o Exército, a prioridade é o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), que prevê o uso de armas e equipamentos desenvolvidos com novas tecnologias de defesa e que inclui ainda o programa de defesa cibernética do país.
RAFALE
Dassault ganha novo fôlego com negociações indianas
A francesa Dassault, fabricante do Rafale, cogitou colocar fim à linha de produção do modelo por falta de compradores.
Com a negociação para venda de 126 Rafale à Índia, a empresa ganha fôlego e volta ao jogo. 
F-18 SUPER HORNET
Congresso americano pode atrapalhar objetivo brasileiro
O problema que envolve o modelo americano é a prerrogativa do Congresso americano em restringir a transferência tecnológica, o que pode atrapalhar o interesse brasileiro em aprimorar a indústria de defesa.
GRIPEN
Modelo está sendo negociado com a Suíça
A empresa sueca Saab está negociando a venda do Gripen E/F - o mesmo modelo da concorrência brasileira - com a Suíça neste momento.
Há quem questione essa escolha no Brasil porque o modelo só existe na forma de projeto   ,, infor segurança nacional