quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Ministro britânico viaja às Malvinas e se reúne com militares


Efe
LONDRES - O ministro das Universidades da Grã-Bretanha, David Willetts, chega nesta quinta-feira, 16, às Ilhas Malvinas para se reunir com militares de seu país antes de viajar à Antártida, revela o jornal The Times. A presença de Willetts no arquipélago ocorre em um momento de forte tensão entre seu país e a Argentina pela disputa da soberania das ilhas, reivindicada pelo país sul-americano.
O ministro espera se reunir com o governador das ilhas, Nigel Haywood, para abordar assuntos relacionados à educação, e com militares na base de Mount Pleasant. Depois da visita às ilhas, chamadas de Falkland pelos britânicos, Willetts irá à Antártida para avaliar o investimento em pesquisa científica no continente branco, onde seu país mantém uma base.
Antes de embarcar, Willetts declarou ao The Times que seu país defende o direito dos habitantes das Malvinas de decidir seu futuro. "O que importa é o direito de autodeterminação da população das Falklands (como os britânicos chamam as ilhas). Eles deixaram bem claro que querem ser britânicos, e isto deveria ser visto como parte dos vínculos históricos da Grã-Bretanha com o Atlântico Sul e a Antártida", afirmou.
As relações entre a Argentina e a Grã-Bretanha andam tensas devido à reivindicação argentina das ilhas e pela presença atualmente do príncipe William, segundo na linha de sucessão ao trono britânico, além do envio de um navio de guerra do Reino Unido.
Na semana passada, a Argentina, que reivindica a soberania das ilhas desde 1833, apresentou uma queixa formal nas Nações Unidas por considerar que a Grã-Bretanha está militarizando o Atlântico Sul com o envio dessa embarcação.
Recentemente, o Ministério de Defesa britânico informou que irá enviar às ilhas o destroier HMS Dauntless, um dos mais modernos da Marinha Real, mas garantiu que se tratava de um desdobramento de rotina.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Cristina irá ao Chile em meio a disputa com britânicos


MARINA GUIMARÃES (AE) - Agência Estado
Em plena escalada da tensão entre a Argentina e o Reino Unido pela soberania das Ilhas Malvinas, a presidente argentina Cristina Kirchner decidiu realizar visita oficial ao Chile nos dias 15 e 16 de março. A viagem já havia sido postergada duas vezes e foi anunciada um dia após notícia de uma ligação telefônica do primeiro ministro britânico, David Cameron, ao presidente chileno, Sebastián Piñera. Na conversa, Piñera teria confirmado o apoio do Chile à causa argentina, segundo informou o jornal chileno La Tercera. Porém, o governo britânico prepara uma visita do chanceler William Hague ao Chile nas próximas semanas.
Fontes do governo disseram à imprensa chilena que Piñera e Cameron conversaram sobre a posição de cada país sobre o conflito envolvendo o arquipélago. E ambos respeitaram suas respectivas opiniões sobre o assunto. Em dezembro, o Chile se uniu aos demais países do Mercosul no apoio à decisão argentina de não permitir embarcações com bandeira das Malvinas (Falkland para os ingleses) em seus portos. Durante a ligação, Cameron confirmou visita ao Chile, no início de 2013 por ocasião da reunião de cúpula da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e União Europeia.
Segundo nota do Ministério de Relações Exteriores da Argentina, Cristina vai viajar acompanhada por uma "importante delegação" para realizar reuniões de trabalho com o Piñera e discutir assuntos da agenda bilateral e regional. O Chile é uma peça fundamental na disputa, já que o único voo ao arquipélago sai do território chileno, em Punta Arenas, com escala em El Calafate, na Patagônia argentina. Desde o fim do ano passado, a presidente argentina trabalha fortemente para conquistar apoios para obrigar o Reino Unido a negociar a soberania das Malvinas.
A tensão entre os dois países tem se aprofundado com a proximidade do aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas, no dia 2 de abril. Nesta quarta-feira (15), o governo argentino soube que integrantes da Comissão de Defesa do Parlamento britânico vão visitar as Ilhas Malvinas no próximo mês para inspecionar as atividades militares no arquipélago. A informação que foi publicada pelos jornais The Times e The Guardian, não indicou nenhuma data para a viagem, mas especificou que o objetivo é conhecer as instalações militares da base de Mount Pleasant. A decisão dos parlamentares foi tomada após apresentação de denúncia do governo argentino junto à Organização das Nações Unidas (ONU) de uma "militarização do Atlântico Sul". Em nota, a chancelaria argentina afirmou que a presença dos parlamentares britânicos "é uma confirmação das prioridades do Reino Unido, que corroboram as denúncias realizadas pela Argentina".
"As Ilhas Malvinas têm sido transformadas pelo Reino Unido em uma peça chave de um sistema de bases militares a milhares de quilômetros de Londres para o controle do Atlântico Sul, os acessos interoceânicos e a projeção à Antártida, assegurando também, desta forma, a exploração dos recursos naturais do Atlântico Sul que pertencem ao povo argentino", disse a nota. 

Satélite zelador suíço create a limpar o espaço


Mais de meio século de envio de objetos em espaço deixou a Terra rodeado por lixo. Bits de mortos há muito tempo satélites , passou estágios de foguetes e outros detritos em órbita do planeta em quase 18.000 mph, cada pedaço um potencial perigo para satélites de trabalho ou astronautas.
Os suíços têm um plano, no entanto. Cientistas do centro espacial suíça na EPFL, o Instituto Federal de Tecnologia em Lausanne, pretende enviar um "satélite zelador" em órbita, para varrer detritos e removê-lo permanentemente em órbita.
O SFr10m (7 milhões de libras) por satélite, chamado CleanSpace Um , poderia lançar dentro de cinco anos, de acordo com a EPFL.
Nasa mantém registro de 16.000 pedaços de lixo em órbita, que são maiores do que 10cm (4in) de diâmetro. Poderia haver mais de 500.000 medição 10cm 1cm e muitas centenas de milhões menores.
Mesmo um pequeno fragmento de entulho poderia danificar gravemente (ou até mesmo destruir satélites ou naves espaciais) outro que colidem com eles, a criação de detritos ainda mais perigoso. A Estação Espacial Internacional tem de alterar regularmente a sua órbita para evitar ser atingido por pedaços grandes de lixo.
Em fevereiro de 2009, o satélite Iridium-33 EUA explodiu quando acidentalmente atingiu há muito abandonadas da Rússia Cosmos-2251 de satélite.
"Tornou-se essencial estar ciente da existência dos escombros e os riscos que são executados por sua proliferação", disse Claude Nicollier, astronauta e professor da EPFL.
CleanSpace Alguém poderia coincidir com a sua trajetória com a de seu destino usando um EPFL-designed do motor ultra-compacto. Quando atinge seu alvo, ela vai pegar o lixo com uma garra emocionante. Em velocidades de até 18.000 quilômetros por hora, isso não será uma tarefa fácil, especialmente se o lixo está girando. CleanSpace Um irá depois voltar para a Terra e queimar na atmosfera, juntamente com o seu lixo em anexo.
Para sua primeira missão, EPFL terá como objectivo derrubar um dos dois satélites abandonados suíços: o picosatellite Swisscube, que foi lançado em órbita em 2009, ou o TIsat, lançado em julho de 2010.
Planejada da Rússia Marte Lua sonda nunca escapou da órbita da Terra após o seu lançamento novembro. Apesar dos esforços das agências espaciais russa e europeia, uma das peças mais pesadas e mais tóxico do lixo espacial nunca chocaria contra a Terra.
"Queremos oferecer e vender toda uma família de sistemas prontos, concebido como forma sustentável quanto possível, que são capazes de de órbita vários tipos de satélites", disse Volker Gass, diretor do centro espacial Suíça, em uma declaração sobre a EPFL website .
"As agências espaciais estão cada vez mais descobrindo que é necessário levar em consideração e se preparar para a eliminação do material que está enviando para o espaço. Nós queremos ser os pioneiros nesta área."guardian.co.uk,

Maior telescópio óptico virtual do mundo tem espelho de 130m


Astrônomos anunciaram a criação do maior telescópio virtual óptico do mundo.
Interligando quatro telescópios já instalados no Chile, o sistema permite que todos operem como um único dispositivo.
A tentativa anterior, em Março do ano passado, havia falhado.
Agora, contudo, os telescópios pertencentes ao Very Large Telescope (VLT) do ESO (Observatório Europeu do Sul), formam um espelho virtual de 130 metros de diâmetro.
A interligação de todas as quatro unidades do VLT dará aos cientistas um olhar muito mais detalhado do Universo do que as experiências anteriores, usando apenas dois ou três telescópios para criar um espelho virtual.
Neste modo, o VLT se tornou agora o maior telescópio óptico na Terra.
Interferometria
Além de criar um gigantesco espelho virtual, o processo conhecido como interferometria também melhora a resolução espacial e a capacidade de zoom do telescópio.
O VLTI - interferômetro do VLT - vinha sendo usado desde 2002 para unir até três telescópios do VLT, bem como quatro pequenos telescópios auxiliares também instalados no Cerro Paranal, a 2.635 m de altitude.
O principal componente de um telescópio óptico é um espelho, onde incide a luz vinda de um objeto específico que está sendo observado, como uma estrela, uma nebulosa ou uma galáxia.
O interferômetro direciona essa luz por túneis subterrâneos, onde instrumentos específicos compensam o atraso que inevitavelmente existe quando mais de um telescópio é utilizado.
Tirados todos os atrasos, a luz é combinada em um único feixe - ou seja, a imagem que os astrônomos veem é aquela que teria sido produzida por um único telescópio com um espelho gigantesco.

Obama buscará convencer Dilma a alinhar-se aos EUA na questão do Irã


DENISE CHRISPIM MARIN , CORRESPONDENTE / WASHINGTON - O Estado de S.Paulo
Passados quase dois anos do maior atrito entre EUA e Brasil em razão do programa nuclear do Irã, o presidente americano, Barack Obama, pretende agora "ouvir" sua colega Dilma Rousseff sobre essa questão. O tema estará na pauta americana da visita oficial de Dilma a Obama, marcada para 9 de abril, informou o secretário assistente de Relações Públicas do Departamento de Estado, Michael Hammer.
Washington não esconde o interesse de convencer o Brasil a somar-se ao bloco de pressão internacional para evitar que Teerã obtenha armas nucleares. Apesar de reconhecer as divergências do passado, Hammer insistiu que o País é "um exemplo brilhante para as outras nações sobre o desenvolvimento de energia nuclear pacífica, sob a moldura legal da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)". Trata-se, para ele, de um "tema natural" a ser discutido entre EUA e Brasil.
"Reconhecemos que a opinião do Brasil importa. O Brasil é importante na ONU e ao redor do mundo e tem uma voz relevante", afirmou Hammer. "Nós podemos seguir discutindo esse tema, comparar as nossas avaliações e trabalhar juntos para pressionar o Irã a adotar a via diplomática pacífica. Essa é a questão-chave."
Desde o início do governo Dilma, os EUA alimentam o desejo de ver superado o atrito provocado pelo acordo nuclear obtido do Irã com mediação de Brasil e Turquia, em maio de 2010. O documento trazia o compromisso de Teerã com a troca de 1.200 quilos de seu estoque de urânio levemente enriquecido - 3%, nível suficiente para a geração de energia elétrica - por 120 quilos do material enriquecido a 20%, grau necessário para pesquisas científicas e isótopos médicos no Reator de Pesquisas de Teerã.
O texto, no entanto, não mencionava a proibição de o Irã continuar paralelamente com seu processo de enriquecimento.
O impasse diplomático feriu a relação entre Brasil e EUA no restante do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2011). Obama suspendeu sua visita programada ao Brasil em 2010 e a realizou no terceiro mês da gestão de Dilma. Imediatamente após o anúncio do acordo, Washington impulsionou a aprovação de novas sanções ao Irã.
O tema chegou a ser abordado durante a visita de Obama a Dilma no ano passado. Neste momento de ameaça de conflito entre Israel e Irã, o tema ganha outro significado.
Hammer indicou a intenção do governo Obama de igualmente trazer o Brasil para o bloco que, liderado pelos EUA, pressiona pela renúncia do presidente da Síria, Bashar Assad. Trata-se de uma questão particularmente delicada para o governo brasileiro, defensor de uma solução doméstica para a crise síria e avesso às sanções internacionais a Damasco.
"Precisamos do maior número possível de governos dizendo a Assad que ele tem de renunciar e parar com a violência contra seu próprio povo", afirmou Hammer. "Há esforços da Liga Árabe para a abertura de um processo político que permita aos sírios seguir pela via democrática. Essa é a mensagem que queremos ouvir de todos os países interessados em ajudar na solução da questão Síria." Aparentemente, o governo americano não pretende permitir que recentes declarações de Dilma sobre direitos humanos em Cuba azedem o encontro em Washington.
Caças. A agenda estará repleta de temas de especial interesse dos EUA que dormem nas gavetas do Palácio do Planalto. O mais empolgante diz respeito à retomada do programa FX2, para a compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira. O processo foi suspenso por Dilma, por razões orçamentárias, mas continua em suas mãos. A Casa Branca espera ver o governo brasileiro abandonar a preferência aos caças Rafale, da francesa Dassault, e escolher os Super-Hornet, da Boeing.
"A visita será realizada daqui a quase dois meses. A nossa defesa por essa aeronave (Super Hornet) pode ser levantada, até lá, em diferentes níveis", afirmou Hammer. "Esperamos que, de qualquer forma, esse assunto continue aberto para a nossa proposta."
Segundo o diplomata, os EUA esperam não perder a oportunidade de estreitar a "relação pessoal" entre os dois presidentes durante a visita de Dilma. O governo Obama, na opinião de Hammer, deverá se concentrar na agenda bilateral de segurança energética - biocombustíveis e o petróleo da camada pré-sal. Essa agenda está vinculada à necessidade americana de diminuir sua dependência de fontes instáveis, leia-se Oriente Médio, de petróleo.
Um aumento ainda maior do turismo brasileiro é visto por Washington pela ótica da geração de empregos nos EUA, da mesma forma que o projeto do governo Dilma de prover bolsas de estudos no exterior.
Washington também espera antecipar com Dilma tópicos a serem tratados na Cúpula das Américas, em 14 e 15 de abril, em Cartagena, na Colômbia.
Afinar posições bilaterais, entretanto, raramente é uma tarefa desejável pelo lado brasileiro, como se verificou em 2005 e em 2010. Uma das questões em aberto é a possível participação de Cuba nesse evento - algo rejeitado pelos EUA.

Sean Penn: príncipe William provoca Argentina sobre Malvinas


AE - Agência Estado
MONTEVIDÉU - O ator norte-americano Sean Penn acusa a imprensa britânica de pressionar por uma guerra em vez do uso da diplomacia para resolver a disputa do Reino Unido com a Argentina sobre as ilhas Malvinas, chamadas de Falkland pelos ingleses.Ele afirmou ainda que os jornalistas britânicos haviam distorcido as declarações dele no dia anterior em apoio à pressão da Argentina por um acordo negociado pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a soberania do arquipélago. "Bom jornalismo salva o mundo. Mau jornalismo o destrói", disse.
'Bom jornalismo salva o mundo. Mau jornalismo o destrói', disse o ator - Iván Franco/EfeO jornal conservador Daily Mail, de Londres, classificou a declaração do ator como "um ataque vergonhoso à imprensa" por um "ator norte-americano de inclinação esquerdista" e citou Patrick Mercer, um membro do Parlamento, que chamou os comentários de Penn de "idiotas".
"As pessoas não são pessoas sensíveis à palavra colonialismo, principalmente aquelas que implementam o colonialismo", disse Penn na terça-feira. Em seguida, ele avançou em suas críticas em relação às ações britânicas dias antes do aniversário de 30 anos do conflito pelas Malvinas, ocorrido em 1982 e que resultou na morte de mais de 900 pessoas.
O Reino Unido informou que não vai negociar com a Argentina enquanto os moradores da ilha preferirem ser britânicos. O país enviou o príncipe William para uma missão de seis semanas no arquipélago, junto com o poderoso destroier HMS Dauntless. O governo inglês negou reportagens de que havia enviado um submarino nuclear, possivelmente com mísseis nucleares, para os disputados mares do Atlântico Sul.
"É impensável que o Reino Unido possa ter tomado uma decisão consciente para enviar um príncipe em meio aos militares para as Malvinas, dada a grande sensibilidade emocional de pais e mães, tanto do Reino Unido quanto da Argentina, que perderam filhos e filhas na guerra nas disputadas ilhas, que possuem uma população tão pequena", disse Penn.
O Reino Unido negou que esteja militarizando a disputa e disse que o príncipe William está servindo simplesmente como um piloto de helicóptero de buscas e resgate. Entretanto, Penn classificou isso como uma provocação.
As informações são da Associated Press.

Empresa Raytheon recomeçou produção de mísseis Maverick


A empresa americana Raytheon recomeçou a produção de mísseis Maverick, guiados com ajuda de laser, da classe ar-superfície. Os mísseis deste tipo deixaram de ser produzidos há mais de duas dezenas de anos. Como se espera, o primeiro Maverick da nova partida terá sido entregue aos militares antes do fim de 2012.
A decisão de recomeçar a produção foi tomada à base dos resultados dos testes de mísseis, efetuados pelas Força Aérea e Marinha dos EUA no final do ano 2011. No decorrer dos testes a Força Aé rea e a Marinha dos EUA efetuaram 15 lançamentos de mísseis Maverick, para golpear alvos imóveis e móveis. Os testes realizados, no âmbito dos quais, em particular, tinham sido golpeados alvos que se moviam a uma velocidade de 100 quilômetros por hora, foram reconhecidos testes com êxito.

Exemlar do novo tanque russo aparecer á em 2013


Em 2013 a corporação científica-produtora Uralvagonzavod poderá apresentar um exemplar do novo tanque para o Exército Russo, a partir de 2015 esta máquina será produzida em massa, comunicou o ministro da Defesa Anatoli Serdyukov no âmbito do encontro com o primeiro-ministro Vladimir Putin.
Serdyukov confessou esperar que em 2013 o exemplar já esteja pronto. “Nós já assinámos o contrato, as cifras já estão definidas, a partir de 2015 o projeto será, de fato, uma produção de massas. Contudo, antes de 2015 queriamos ter realizado a maior parte da modernização profunda da nossa técnica e, tendo atingido este perfil, planejamos obter depois uma máquina completamente nova, que nós começaremos a comprar”.

Israel acusa iranianos por complô terrorista na Tailândia


JERUSALÉM - O Estado de S.Paulo
Israel afirmou ontem que duas misteriosas explosões na Tailândia são parte da "ofensiva terrorista" do Irã contra alvos israelenses. Segundo autoridades de Bangcoc, um iraniano que havia sido ferido em uma explosão não intencional atirou uma granada enquanto tentava fugir, mas ela acabou lhe arrancando uma perna. Outras quatro pessoas ficaram feridas.
O incidente na Tailândia ocorre um dia depois de embaixadas israelenses na Índia e Geórgia terem sido alvo de atentados a bomba. Uma israelense e quatro indianos ficaram feridos em Nova Délhi e o explosivo em Tbilisi foi desativado pela polícia.
A primeira explosão de ontem em Bangcoc arrancou o telhado de uma casa onde aparentemente viviam três iranianos.
De acordo com a Tailândia, um homem de nacionalidade iraniana foi preso no aeroporto internacional da capital enquanto tentava deixar o país rumo à Malásia. Não está claro se ele é um dos três que estava na residência. Imagens de segurança mostram um homem coberto em sangue após a explosão tentando pegar um táxi. Mas quando o motorista se recusa a abrir a porta, ele atira a granada. O homem foi identificado como Saeid Moradi.
Registros da mesma câmera mostram com detalhes os três homens: o primeiro, de boné e jaqueta, carregava uma mochila preta e um rádio de comunicação em cada mão; o segundo, de tênis, camiseta e óculos escuros, também levava uma mala nas costas; e o terceiro, de shorts camuflado, não levava nada.
Israel culpou o Irã e o grupo xiita libanês Hezbollah tanto pelos ataques na Índia e na Geórgia quanto pelo misterioso incidente na Tailândia.
Os atentados contra as embaixadas ocorreram exatos quatro anos após o assassinato na Síria - provavelmente por Israel - do mentor da luta armada do Hezbollah, Imad Mughniyah.
"A tentativa de realizar um novo ataque terrorista, agora em Bangcoc, prova mais uma vez que o Irã e seus apadrinhados perpetuam o terror", afirmou o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, em visita a Cingapura. A república islâmica e o grupo xiita libanês, completou, são "incansáveis elementos terroristas que põem em perigo a estabilidade do Oriente Médio e do mundo".
A porta-voz do governo tailandês, Thitima Chaisaeng, afirmou ser necessário "mais análises" para determinar se o governo do Irã está de fato envolvido nas explosões. Ela não respondeu perguntas sobre quais eram os possíveis alvos dos iranianos em Bangcoc.
O chefe da polícia da capital, general Pansiri Prapawat, afirmou que não estava claro quais seriam os alvos dos iranianos. Ele disse que outras cargas de explosivo foram apreendidas na casa onde ocorreu a primeira explosão. / REUTERS e AP

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Saiba mais sobre o Estreito de Ormuz


O Estreito de Ormuz, localizado entre o Golfo de Omã e o Golfo Pérsico, é uma importante via para o petróleo transportado no mundo. Calcula-se que cerca de 17 milhões de barris de petróleo, um total de 2,7 bilhões de litros, passam por dia pelo estreito - ou seja, 20% de todo o petróleo mundial.Recentemente, o Irã - que junto a Omã detém o controle da passagem - ameaçou fechar o Estreito de Ormuz em retaliação às sanções nucleares ocidentais, disparando o preço do petróleo no mercado. No mesmo momento, os EUA reagiram, afirmando que qualquer interrupção na passagem 'não seria tolerada'.
Com extensão estimada em 202,1 km, o Estreito de Ormuz é importante principalmente para os mercados asiáticos, uma vez que 85% do petróleo exportado por essa via vai para a Chna, Japão e Coreia do Sul.
Especialistas avaliam que é improvável que o Irã tenha capacidade de realizar um bloqueio físico no Estreito, porque seus pequenos navios não conseguiriam permanecer em formação linear por muitos dias em águas abertas. Entretanto, o país persa pode, se quiser, impedir a entrada de embarcações no estreito por meio de ataques a navios petroleiros e de guerras ocidentais com mísseis, minas e ataques suicidas.

Porta-aviões dos EUA atravessa Estreito de Ormuz em meio a tensões com Irã


O porta-aviões norte-americano Abraham Lincoln navegou nesta terça-feira pelo Estreito de Ormuz, perto da costa iraniana, pela segunda vez nas últimas semanas.
A passagem do porta-aviões - acompanhada de perto por barcos de patrulha iranianos, que chegaram a passar a 3,2 km do USS Abraham Lincoln - pôs fim a uma missão no Golfo que mostrou o poder naval do ocidente em meio às tensões com Teerã, que ameaçou bloquear a vital via por onde passa 20% do petróleo utilizado no mundo.

Foto: AP
Helicóptero americano que acompanha o porta-aviões USS Abraham Lincoln paira sobre navio de patrulha iraniano durante travessia no Estreito de Ormuz
Oficiais a bordo do USS Abraham Lincoln disseram que não houve incidentes com as forças iranianas e descreveram a fiscalização por Teerã como "medidas de rotina" próximo ao estratégico estreito, cujo controle cabe ao Irã e a Omã.
Embora navios de guerra americanos tenham passado no estreito por décadas, essa viagem ocorre durante um aumento das tensões entre o Irã e o ocidente, por conta do controverso programa nuclear do país persa. A última vez que um porta-aviões deixou o Golfo - o USS John C. Stennisem dezembro - o chefe do Exércio iraniano alertou que os EUA não deveriam voltar nunca mais.
O Lincoln é o principal componente da flotilha que entrou no Golfo no mês passado, junto a navios de guerra do Reino Unido e da França em uma mostra da unidade do ocidente contra as ameaças iranianas. Não houve nenhum comentário imediato por parte do Irã sobre a partida do Lincoln.
A Guarda Revolucionária Iraniana disse que planejava exercícios navais perto do Estreito, por onde passam cerca de 14 navios-tanque de petróleo por dia. Mas os militares iranianos não fizeram qualquer tentativa em interromper o tráfico de navios-tanque - ação essa que, segundo os EUA e seus aliados, teria uma rápida resposta.

Mais tarde, apenas depois que o Lincoln circundou uma parte do território de Omã ao final do estreito, um avião de patrulha iraniana ganhou altura. Outro barco de patrulha aguardava mais ao final da costa, disse Troy Shoemaker, comandante das forças do Abraham Lincoln.Dois navios de guerra americanos, um a frente e outro na parte traseira, escoltaram o Abraham Lincoln em sua jornada pelo estreito até o Mar Arábico depois de quase três semanas no Golfo, frequentemente visitado por navios de guerra americanos.
Além dos barcos de patrulha regulares do Irã, a Guarda Revolucionária opera um grande número de barcos pequenos de ataque rápido. Alguns estão armados apenas com uma metralhadora, enquanto outros carregam mísseis. Eles são difíceis de detectar porque se assemelham a outros barcos que dobram o estreito.
Shoemaker disse que nenhum desses barcos rápidos apareceram nesta terça-feira, provavelmente por conta do movimento revoltoso do mar. Ele acrescentou que já previa que os iranianos manteriam um olhar atento quanto aos movimentos do Lincoln em toda sua passagem, inclusive com radares em terra. A ação das patrulhas iranianas não foi nenhuma surpresa.
"Nós faríamos as mesmas coisas se fosse na costa dos EUA... É mais que razoável. Nós estamos operando no quintal deles", disse. "Nós temos feito isso por anos."
Vários helicópteros americanos acompanharam o porta-aviões durante o tráfego, cuidando das embarcações potencialmente hostis e transmitindo em tempo real imagens do caminho para a tripulação do Lincoln.
Os EUA e seus aliados temem que o programa iraniano de enriquecimento de urânio tenha como intuito a produção de armas nucleares. O Irã insiste que o enriquecimento de urânio tem somente fins civis.
"Eu não caracterizaria... nós indo pelo estreito como: 'Hey, essa é uma grande demonstração de força. Estamos chegando.' Esse é um estreito internacional feito para o trânsito. Partimos de um local para o outro", disse o capitão John Alexander, o comandante do Lincoln, enquanto se preparava para a viagem na noite de segunda-feira.
É esperado que o Lincoln dê suporte aéreo à missão da Otan no Afeganistão nesta terça-feira. Fontes da Marinha no Golfo disse que outro porta-aviões deve voltar ao Estreito em breve, mas não entrou em detalhes.
Com AP

FORÇA TATICA