terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Irmão de Eloá diz que Lindemberg é "um monstro", mas sua família o tratava "como um filho"


Débora Melo
Do UOL, em Santo André (SP)

Começou por volta das 9h30 desta terça-feira (14) o segundo dia do julgamento do caso Eloá Pimentel no fórum de Santo André (Grande SP). O réu Lindemberg Alves, 25, acusado de matar a jovem Eloá Pimentel, chegou ao local por volta das 8h30.

Advogados trocam farpas nos bastidores do julgamento do caso Eloá

O primeiro depoimento foi de Ronickson Pimentel, 24, irmão mais velho de Eloá, que começou às 9h30 e terminou por volta de 10h25. Ele afirmou que o réu é "um monstro", embora sua família o tratasse como "um filho".
“Ele (Lindemberg) é um monstro, é capaz de tudo”, afirmou Ronickson, que era fuzileiro naval e hoje é policial militar. A testemunha afirmou que o comportamento de Lindemberg na frente da família de Eloá era completamente diferente da sua postura na rua.



Foto 71 de 78 - 14.fev.2012 - Sala do júri de Lindemberg Alves, acusado de assassinar a ex-namorada Eloá Pimentel em 2008, no Fórum de Santo André, no segundo dia do jugalmentoMais Leandro Moraes/UOL
Segundo Ronickson, Lindemberg era briguento, especialmente quando jogava futebol e era envolvido com ladrões de carro. Os dois não eram amigos, mas se toleravam, afirmou o irmão de Eloá. De acordo com o depoente, Lindemberg tinha aprovação da família. "Ele era tratado como um filho pelos meus pais", afirmou o irmão de Elóa, que encarou o réu durante o depoimento.

Choro

Ronickson se emocionou duas vezes durante o seu depoimento, ao falar da doação dos órgãos da irmã e depois ao citar o impacto que da morte de Eloá para o irmão mais novo, Everton Douglas.
“Meu irmão se fechou bastante. Acho que ele se sente um pouco culpado porque foi ele que apresentou Lindemberg para minha irmã. Eles eram amigos.”

VEJA COMO FOI O PRIMEIRO DIA DO JULGAMENTO

Ronickson disse que não aprovava o namoro da irmã, mas aceitava porque Eloá gostava muito de Lindemberg. Segundo ele, Eloá vivia chorando por conta dos problemas no relacionamento com o ex-namorado.  Na opinião de Ronickson, Lindemberg não podia dar um futuro bom para Eloá. “Dizia a ela ‘você não merece uma pessoa dessa, que te faz sofrer. Você é muito nova, tem muita coisa para conhecer’”.
A testemunha afirmou também que após o término do relacionamento com Elóa Lindemberg pediu, por telefone, que ele tentasse convencê-la a reatar o namoro, mas ele não chegou a ter a conversa com ela. No dia da invasão do apartamento, Lindemberg e Ronickson conversaram por telefone e o réu cobrou o irmão de Eloá para não ter lhe ajudado a reatar o namoro, segundo a testemunha.

Próximos depoimentos

Depois de Ronickson deverão depor as dez testemunhas convocadas pela defesa. A previsão é que o julgamento dure até quarta ou quinta-feira.
Após os depoimentos das testemunhas, o réu será interrogado –Lindemberg, que até agora se recusou a falar, poderá permanecer calado, mas sua advogada, Ana Lucia Assad, já adiantou que ele vai falar sobre o caso e "expor sua versão". Depois dessa etapa, os debates são abertos, com uma hora e meia para a acusação e uma hora e meia para a defesa, além da réplica e da tréplica.
O primeiro dia de julgamento durou pouco mais de nove horas e foi encerrado às 20h de segunda-feira (13). As quatro testemunhas que prestaram depoimento confirmaram que Lindemberg fazia ameaças de morte durante o cárcere privado. O testemunho mais esperado do dia era o da amiga de Eloá, Nayara Rodrigues, que foi feita refém junto com a jovem. Nayara pediu que Lindemberg fosse retirado da sala enquanto ela falasse.
A jovem, que foi ferida por um tiro no rosto quando a polícia invadiu o local, disse que o réu agrediu Eloá durante o período de cativeiro e que a vítima dizia o tempo todo que “sabia que ia morrer”. Nayara afirmou que ouviu três disparos antes da entrada da polícia no apartamento –o que comprova a tese da acusação, de que os tiros partiram do réu e não da polícia.
A amiga de Eloá também falou sobre o comportamento do ex-namorado da vítima. “Lindemberg passou a perseguir a Eloá depois que eles terminaram o namoro”, completou. Segundo a jovem, ele a considerava uma má influência para a vítima. "Ele tinha raiva de mim e da minha mãe porque a Eloá andava dormindo lá em casa e a gente saia bastante. Ele dizia que eu a influenciava diretamente."
Já sobre o comportamento do réu durante o cárcere, ela afirmou que Lindemberg dava risada e se vangloriava pela repercussão do caso na mídia. "Na televisão só passava isso [relatos do caso]", disse Nayara.
A advogada de defesa, Ana Lúcia Assad, questionou o teor do depoimento. “A Nayara mentiu e inventou (...). Por ela ser vítima, o depoimento dela é um depoimento suspeito”, disse. “Ela foi bem orientada por seu advogado, até simulou um choro, uma emoção, para dramatizar.”
Outros dois amigos de Eloá, que também foram mantidos reféns, afirmaram que Lindemberg os ameaçava de morte. "Ele dizia que ia fazer uma besteira", disse Victor Lopes de Campos respondendo às perguntas da promotora Daniela Hashimoto. Já Iago Oliveira afirmou que "ele ameaçava a Eloá a toda hora, e dizia que ela não ia sair viva de lá: ou ele ia matar todo mundo e se matar, ou matar a Eloá e se matar".
O sargento Atos Antonio Valeriano, policial militar que iniciou o trabalho de negociação com Lindemberg, disse que o jovem estava nervoso e dizia que “ia matar os quatro” e depois ameaçava também se matar.

O julgamento

O julgamento começou com o sorteio dos jurados –de um grupo de 25 pessoas, sete foram sorteadas para compor o júri: seis homens e uma mulher.
Na sequência, foram exibidas reportagens de diversas emissoras de televisão, incluindo uma entrevista com o réu durante o período do cárcere e trechos das negociações com a polícia. A linha da defesa é que a imprensa e a ação da polícia também contribuíram para a tragédia.
Já a promotora Daniela Hashimoto irá sustentar que Lindemberg é um jovem agressivo e possessivo, e que premeditou o assassinato de Eloá. Para a promotora, Lindemberg só não cometeu o crime assim que chegou à casa porque queria explicações dela sobre o motivo do fim do relacionamento.
Durante o período inicial do julgamento, Lindemberg manteve o olhar sempre fixo para frente –onde ficam os jurados, que assistiam aos vídeos– e as mãos juntas entre as pernas, sem esboçar nenhuma reação. Lindemberg chegou ao fórum por volta das 8h15. “Ele está calmo, mas ao mesmo tempo nervoso”, disse a advogada do réu, Ana Lúcia Assad. “Espero que os jurados venham desarmados, prontos para receber a versão do menino. Ele é um bom rapaz.”
Antes de ouvir as testemunhas, a juíza Milena Dias aceitou dois pedidos da defesa: autorizou que as algemas do réu fossem retiradas e permitiu a inclusão da mãe e do irmão mais novo da jovem como testemunhas. A promotora se manifestou contrária aos pedidos e a advogada do réu chegou a ameaçar deixar o plenário caso a mãe de Eloá, Ana Cristina Pimentel, não fosse relacionada como testemunha.
Com as alterações, Ana Cristina será ouvida no lugar do perito Nelson Gonçalves. O irmão mais novo da vítima, Everton Douglas, que também era amigo de Lindemberg, será ouvido no lugar da jornalista Ana Paula Neves. Os jornalistas Sonia Abrão, Roberto Cabrini e Gotino, e o perito Ricardo Molina –todos chamados a depor– foram dispensados.
Ao todo, serão ouvidas 15 testemunhas durante os dias de julgamento. As convocadas pelo Ministério Público são Nayara Rodrigues, Vitor Lopes de Campos, Iago Vilela de Oliveira, o sargento Atos Valeriano e Ronickson Pimentel.
As testemunhas da defesa são: a mãe e o irmão mais novo de Eloá, Marcos Antonio Cabello (advogado que participou das negociações), Rodrigo Hidalgo, Márcio Campos, Dairse Aparecida Pereira Lopes, Hélio Rodrigues Ramacciotti, Sergio Luditza, Adriano Giovanini e Paulo Sergio Squiavo.
O réu é acusado de cometer 12 crimes, entre eles homicídio duplamente qualificado por motivo torpe, tentativa de homicídio (contra Nayara Rodrigues e contra o sargento Atos Valeriano), cárcere privado e disparos de arma de fogo. Se for condenado por todos os crimes, a pena pode ser superior a cem anos de prisão –Lindemberg está preso desde 2008.

Entenda o caso

Lindemberg Fernandes Alves, então com 22 anos, invadiu o apartamento de sua ex-namorada Eloá Cristina Pimentel, 15, no segundo andar de um conjunto habitacional na periferia de Santo André, na Grande São Paulo, no dia 13 de outubro de 2008. Armado, ele fez reféns a ex-namorada e outros três amigos dela, que estavam reunidos para fazer um trabalho da escola.
Em mais de cem horas de tensão, Lindemberg chegou a libertar todos os amigos, mas Nayara Rodrigues acabou voltando ao cativeiro, no ponto mais polêmico da tragédia --a polícia, que trabalhava nas negociações, foi bastante criticada por ter permitido o retorno.
Em depoimento, Nayara afirmou que, após ter sido liberada, foi procurada por policiais que queriam que ela tentasse convencer Lindemberg a libertar Eloá pelo telefone. Então ela os acompanhou até o local do sequestro e foi orientada pelo rapaz ao celular a subir as escadas. Nayara disse que Lindemberg prometeu que os três desceriam juntos, mas, quando chegou à porta, viu que ele estava com a arma apontada para a cabeça de Eloá. Então, ele puxou Nayara para dentro do apartamento e não a libertou mais.
Mais tarde, policiais militares do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) invadiram o apartamento, afirmando que ouviram um estampido do local. Em seguida, foram ouvidos tiros. Dois deles atingiram Eloá, um na cabeça e outro na virilha, e outro atingiu o nariz de Nayara. Eloá morreu horas depois. Lindemberg foi preso.

Resumo do julgamento e mais vídeos sobre o caso Eloá - 9 vídeos


1º Dia - testemunhas relatam ameaças feitas por Lindemberg
No primeiro dia de julgamento, quatro testemunhas prestaram depoimentos
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IRMÃO DE ELOÁ E DA FORÇA TATICA DE SP EX FUZILEIRO DA MARINHA

Cientistas criam robô que 'precisa ir ao banheiro'


Cientistas britânicos desenvolveram um projeto de um robô que precisa ir ao banheiro.
O EcoBot 3 é um tipo de máquina autossuficiente, que tira sua energia de dejetos e água que encontra em seu caminho.
E, como qualquer organismo, este robô precisa expulsar o que poderia ser chamado de "cocô robótico".
Robôs mais tradicionais funcionam com baterias que precisam ser carregadas regularmente e, por isso, precisam de intervenção humana para se manter. Mas, o EcoBot 3, criado no Laboratório de Robótica da Universidade de Bristol, é capaz de gerar a energia que move seus circuitos graças a um dispositivo que converte os resíduos orgânicos em eletricidade com a ajuda de micróbios.
"É algo muito parecido com o que acontece com humanos", disse à BBC Ioannis Ieropoulos, do Departamento de Bioengenharia e Sistemas de Inteligência Autônomos.
"O robô pode consumir qualquer tipo de substância orgânica e um dispositivo com os micróbios (células de combustível microbianas) decompõem esta matéria para gerar a eletricidade necessária para a manutenção do funcionamento", acrescentou.
Comida
O cientista também afirmou que o robô EcoBot 3 é capaz de "encontrar a própria comida".
Durante os testes realizados em Bristol, os cientistas colocaram "comida" e água em lugares específicos.
No final da experiência, o robô era capaz de ir buscar seu alimento também em outros lugares.
Desta forma, o EcoBot 3 consegue funcionar sete dias por semana por um período de 20 a 30 anos.
O projeto, financiado em conjunto pelas Universidades de Bristol e West England, já lançou outros protótipos que usavam "alimentos" diferentes.
O EcoBot 1, por exemplo, precisava de açúcar para alimentar um motor com bactérias do tipo E.coli.
O segundo protótipo, EcoBot 2, podia "comer" frutas e legumes podres, além de restos de insetos.
Mas, nenhum destes protótipos era capaz de fazer algo essencial para manter sua autonomia, expulsar os resíduos, algo que o EcoBot 3 faz dentro de um recipiente.
Usos e possibilidades
Ieropoulos conta que o EcoBot 3 é o "primeiro exemplo de sistema autossutentável".
"Imagine enviar estes robôs a um local onde podem conseguir a própria energia, com missões específicas como limpar um ambiente de substâncias tóxicas, poluição", disse.
A ideia, segundo o cientista, é levar estes robôs para lugares onde os humanos não podem chegar ou preferem não ir por motivos de higiene ou de segurança.
Os cientistas já citaram como exemplo, no longo prazo, enviar os robôs aos esgotos das cidades, para controlar seu funcionamento e limpar entupimentos.
Outra possibilidade é usar estes robôs em explorações marinhas em águas profundas, onde não há luz, mas existem grandes quantidades de biomassa, que poderiam servir de "alimento".
Os robôs também poderiam ser levados em missões espaciais. Nestas missões, eles poderiam se alimentar de resíduos dos astronautas a bordo da nave.
Mas, como lembra Ieropoulos, o EcoBot 3 ainda precisa de muito trabalho e o objetivo dos cientistas agora é dar uma função específica a este robô.
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Irã recebe líder do Hamas e pede a ele que resista a Israel


TEERÃ - O Estado de S.Paulo
Os principais líderes iranianos prometeram apoio total ao Hamas, movimento islâmico que controla a Faixa de Gaza desde 2007, e recomendaram ao primeiro-ministro do território palestino, Ismail Haniyeh, que os militantes do grupo continuem sua resistência contra Israel. As informações foram veiculadas pela TV oficial do Irã, na noite do domingo.
O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do governo de Teerã, afirmou que o regime do país persa estará sempre ao lado da "resistência" contra os israelenses e alertou ao premiê de Gaza contra palestinos que fazem concessões a Israel - em uma aparente referência ao Fatah, partido laico que governa a Cisjordânia e se diz a favor da solução de dois Estados para a questão palestina.
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, também foi citado pela TV do país persa, afirmando que é "dever" do Irã estar ao lado dos palestinos.
As declarações dos iranianos foram feitas ao mesmo tempo em que o governo de Teerã observa com apreensão as tentativas do Hamas de aproximar-se dos países árabes mais ricos. Uma ampliação do apoio ao movimento palestino por parte dos governos árabes poderia significar um comprometimento do grupo islâmico - considerado terrorista por Israel, EUA e União Europeia - para moderar suas ações e não constranger os possíveis patrocinadores.
"O povo não espera nada além da continuidade da resistência palestina", declarou Khamenei, afirmando que o Hamas "deve estar atento à influencia de elementos que fazem concessões, (...) já que a irrupção de tal doença é gradual".
Khamenei afirmou que Yasser Arafat, líder da Autoridade Palestina morto no fim de 2004, perdeu sua popularidade em virtude de seu distanciamento da resistência. "A resistência atrai o povo e é um grande recurso, que deve ser protegido."
O líder supremo do Irã afirmou que o país persa sempre estará "ao lado do povo da Palestina e do movimento de resistência".
Na sexta-feira, Haniyeh havia iniciado uma viagem oficial de três dias a Teerã. No domingo, encontrou-se com o aiatolá e o presidente. "Como seu dever, a nação iraniana sempre esteve próxima à oprimida Palestina", disse Ahmadinejad. O líder de Gaza afirmou no dia 3 que o Hamas continuará com a estratégia de "libertação de todas as terras palestinas, da busca da resistência e da rejeição às negociações de paz (com Israel)".
As declarações ocorrem enquanto o principal líder do Hamas no exílio, Khaled Meshal, conduz uma aparente mudança de política. Ele tem buscado reconciliar seu movimento com o Fatah do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas - apoiado pelo Ocidente e a favor de negociações com Israel -, além de propor protestos pacíficos como uma ferramenta de luta contra a ocupação israelense. / AP

Líder da Al-Qaeda defende derrubada do governo sírio


AE - Agência Estado
BEIRUTE - O líder da rede terrorista Al-Qaeda, o egípcio Ayman al-Zawahiri, pediu em uma mensagem de vídeo de oito minutos a derrubada do "pernicioso e cancerígeno" regime do presidente Bashar al-Assad na Síria. Com isso, aumentam os temores de que extremistas tentem explorar a revolta contra o mandatário, que começou como um movimento pacífico pela democracia mas adquire cada vez mais os contornos de uma guerra civil sectária, ao opor muçulmanos sunitas, que formam a maioria da população, contra alauitas (dissidentes xiitas) e cristãos.O governo sírio tem alertado várias vezes nos últimos onze meses que "terroristas" estão provocando a revolta contra Assad e o apoio da Al-Qaeda à rebelião cria novas dificuldades para os Estados Unidos, a França, a Turquia e os países árabes, que tentam encontrar uma maneira de afastar Assad do poder.
Na mensagem de vídeo que foi publicada em sites de extremistas, al-Zawahiri pede aos muçulmanos que apoiem a revolta. "A Síria ferida sangra dia após dia. O açougueiro (Assad) não é detido e não quer parar", disse al-Zawahiri, que passou a comandar a rede extremista no ano passado, após a morte de Osama bin Laden no Paquistão. "Contudo, a resistência do nosso povo na Síria cresce a cada dia, mesmo com todos os sacrifícios, dores e sangue", disse al-Zawahiri. Ele também pediu aos sírios, bem como aos árabes em geral, que "rejeitem a Liga Árabe e seus governos corruptos".
Em uma grave escalada da violência, uma série de ataques desfechados por suicidas mataram dezenas de pessoas desde o final de dezembro. O mais recente, que ocorreu na sexta-feira passada em Alepo, a maior cidade do país, matou 28 pessoas. Cerca de 70 pessoas foram mortas em ataques desfechados por homens-bomba em Damasco, em 23 de dezembro e 6 de janeiro. Todos os atentados atingiram alvos da polícia e do exército.
O comunicado de al-Zawahiri parece dar força às acusações de Assad, mas a oposição síria e o Exército Livre da Síria, formado por desertores, rejeitam totalmente as acusações do governo. Eles acusam o próprio governo de desfechar os atentados para culpar a oposição.
"O pronunciamento de al-Zawahiri, para mim, é puro esforço de propaganda. Ele diz ''estamos vivos e bem no Oriente Médio''", afirmou Salman Shaik, analista político doBrookings Doha Center, instituto de análises geopolíticas no Catar. "Quanto mais tempo essa situação perdurar na Síria, o ambiente ficará mais permissivo para essas personagens, à medida que o povo sírio fica cada vez mais desesperado", disse Shaik. "Não acredito que a Al-Qaeda seja bem-vinda pelo povo sírio, mas podem existir sírios que no desespero busquem esse tipo de ajuda".
Algumas horas após o pronunciamento de al-Zawahiri, a União dos Doutos do Islã, uma entidade que funciona no Curdistão iraquiano, onde a população é majoritariamente sunita, pregou a jihad, ou guerra santa, contra Assad. "A guerra santa é o dever de todos os muçulmanos contra o governo de Assad" disse o xeque Abdul-Rahman Abdul-Karim Barzanji, ao descrever o edito dos clérigos curdos. A Síria tem uma população expressiva de curdos, cerca de 10%.
As informações são da Associated Press.

Hino dos Aviadores


Hino da Independência


Canção da Infantaria da Aeronáutica


Rafale volta a ser o favorito do governo brasileiro, diz jornal


A decisão do governo indiano de iniciar “negociações exclusivas “ para a compra de 126 aviões de caça Rafale para renovar sua frota, terminou com as preocupações do Brasil, muito reticente com o fato de que o modelo nunca tinha vendido fora da França, afirma nesta segunda-feira o diário econômico Les Echos.

RFI (França)
Citando fontes do governo brasileiro ouvidas pela agência de notícias Reuters, o diário econômico afirma que o Brasil vai “muito provavelmente” escolher o caça Rafale para equipar sua força aérea, o que pode representar um segundo sucesso do aparelho no exterior. Até hoje, o caça Rafale perdeu todas as concorrências e só foi comercializado com o governo da França.
Mas apesar do fim das reticências da presidente Dilma Roussef sobre o modelo Rafale, após a decisão do governo da Índia de negociar com a fabricante Dassault, o Brasil não deverá anunciar sua decisão antes das eleições presidenciais francesas de 22 de abril e 6 de maio, para o tema não ser explorado politicamente, afirma o jornal.
A presidente Dilma e seus principais conselheiros estão convencidos de que a oferta da Dassault para a aquisição de 36 aviões de caça para modernizar a frota brasileira é melhor do que a de seus concorrentes Hornet F18 da americana Boeing e do Gripen da fabricante sueca Saab.
“Dilma Roussef considera esse contrato como uma grande mudança que vai remodelar as alianças estratégicas e militares do Brasil para as próximas décadas, dentro de um contexto em que o país está em vias de se tornar um dos líderes da economia mundial”, escreve o Les Echos.
Lembrando da visita do ministro brasileiro da Defesa, Celso Amorim, a Nova Déli na semana passada, o jornal comenta que a proposta da Dassault é a melhor combinação para cumprir as exigências do governo brasileiro, ou seja, de adquirir um modelo de grande qualidade e com transferência de tecnologia.
“Com a decisão da Índia, o Rafale será muito provalvemente o vencedor (da licitação) aqui”, declarou, pedindo anonimato, um fonte que acompanha as negociações do Brasil para a escolha do caça.

Irã promete divulgar na quarta novos avanços nucleares


Vários avanços nucleares serão revelados na quarta-feira na presença do presidente Mahmoud Ahmadinejad, informou nesta terça-feira o site oficial do governo.
"Amanhã, o presidente vai revelar vários projetos nucleares", anunciou o site. "Os especialistas acreditam que estas conquistas vão provar ao mundo a capacidade e a ciência extraordinária dos iranianos", acrescentou.
"Estes projetos realizados mostram que os cientistas iranianos que tiveram o desafio da 'energia nuclear para todos, armas nucleares para ninguém' chegaram ao limite da ciência atual do mundo", prosseguiu o texto, sem dar mais explicações.
No sábado, durante o seu discurso por ocasião do 33º aniversário da Revolução Islâmica de 1979, o presidente Ahmadinejad adiantou o anúncio das novas conquistas nucleares.
Segundo informações recentes de autoridades iranianas, o país irá se concentrar na produção de placas de combustível para o reator de pesquisa nuclear de Teerã, utilizado pelo Irã para justificar seu enriquecimento de urânio a 20%.
AFP

Toda a Rússia será protegida contra ataques de mísseis

Todo o território da Rússia será protegido contra ataques de mísseis por estações de radar Voronezh, informou o comandante da defesa aérea e espacial, general Oleg Ostapenko.

Rússia se prepara para testar seu primeiro VANT de ataque

Testes do primeiro veículo aéreo não tripulado (VANT) de ataque russo serão efetuados no final de 2012, anunciou hoje o Chefe do Estado Maior, General de Exército Nikolai Makarov. Começaremos a testar o UAV de classe média na versão de ataque ainda este ano, disse ele. Atualmente o exército russo só tem veículos aéreos não tripulados destinados para reconhecimento.

Israel eleva nível de alerta após ataques no exterior


AE - Agência Estado
A polícia elevou o estado de alerta em todo território de Israel nesta terça-feira após os ataques a bomba contra diplomatas na Índia e na Geórgia. Autoridades também tentavam determinar se israelenses seriam o alvo de um possível ataque de um iraniano, que carregava explosivos e explodiu as próprias pernas em Bangcoc, capital da Tailândia.
Segundo autoridades tailandesas, o iraniano foi responsável pelas três explosões em Bangcoc, que deixaram quatro pessoas feridas, incluindo o autor. O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Yigal Palmor, disse que não há sinais imediatos de que os alvos eram israelenses ou judeus "mas não podemos descartar essa possibilidade".
Israel responsabilizou o Irã pelos ataques de segunda-feira na Índia e na Geórgia. Funcionários do governo disseram que os ataques, que tiveram como alvo diplomatas israelenses, foram apenas os primeiros de uma série contra alvos israelenses realizados pelo Irã e por seu aliado, o grupo libanês Hezbollah.
Já o Irã acusa os israelenses de estarem por trás de uma série de assassinatos de cientistas nucleares e de sabotagens em seu programa nuclear. Israel, assim como vários países ocidentais, acredita que o Irã tenha como objetivo a fabricação de armas nucleares.
Em Israel, o porta-voz da polícia Micky Rosenfeld disse que a segurança foi reforçada em locais públicos, embaixadas e escritórios estrangeiros, assim como no aeroporto internacional Ben-Gurion. Segundo ele, as patrulhas foram intensificadas e a polícia foi instruída a permanecer especialmente vigilante.
Na Índia, os investigadores procuram o que chamaram de um assassino muito bem treinado, que estava numa motocicleta e colocou uma bomba com um ímã num carro diplomático de Israel em Nova Délhi, cuja explosão feriu quatro pessoas, um delas com gravidade.
Israel enviou cientistas forenses para Nova Délhi para que participem da investigação, informou um graduado funcionário do governo. A embaixada negou-se a fornecer detalhes da investigação.
O Irã negou a responsabilidade pelo ataque na Índia, assim como o ataque frustrado contra um veículo diplomático na Geórgia, que parece refletir o método usado nos assassinatos de cientistas nucleares, pelos quais Teerã responsabiliza Israel.
Os ataques intensificaram as já altamente tensas relações entre Teerã e Israel. Israel não acredita nas afirmações iranianas de que seu programa nuclear tem como objetivo a produção de eletricidade e suas ameaças de um ataque militar tornaram-se mais ameaçadoras nas últimas semanas. As informações são da Associated Press. 

Israel desistiu de buscar apoio dos EUA e tem 60% de chance de atacar o Irã


A chance de Israel atacar as instalações nucleares do Irã entre abril e setembro é de 60%, atingindo seu nível mais elevado na última década. A avaliação é da consultoria de risco político Exclusive Analysis. Segundo o estudo, os Estados Unidos não devem participar de uma possível operação.
“O progresso iraniano no enriquecimento de urânio em Fordow e a avaliação de que as sanções não irão alterar a política iraniana (para desenvolver armas nucleares) nos próximos doze meses, quando o Irã deve atingir a ‘zona de imunidade’, indicam que há uma crescente probabilidade de Israel atacar duas ou três instalações nucleares chaves, como Isfahan e Natanz”, afirma o relatório.
A zona de imunidade é o ponto em que uma ação militar será incapaz de provocar danos ao programa nuclear iraniano e há divergências entre os serviços de inteligência ocidentais sobre quando seria esta data.
De acordo com a Exclusive Analysis, “os israelenses perderam a esperança de que os EUA participem de uma operação” contra as instalações iranianas. Mas Israel “calcula que o presidente Barack Obama os ajudará diante de uma retaliação iraniana”, especialmente ao redor de setembro, quando o líder americano “estará vulnerável ao lobby judaico e às críticas dos republicanos com a proximidade das eleições”, marcadas para novembro.
“Além disso, caso os israelenses realizem a ação militar, darão um aviso com pouca antecedência aos EUA, buscando evitar o risco de uma rejeição ou de vazamento para a imprensa americana”, diz o relatório.
Nos últimos meses, o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Ehud Barak, têm dado indicações de que estariam prontos para levar adiante uma operação contra as instalações iranianas. Ao mesmo tempo, integrantes das forças de segurança do país ainda questionam a efetividade de uma ação militar e também a reação iraniana.
A consultoria de risco político afirma que os iranianos devem intensificar as ameaças de fechar o Golfo Pérsico. “Ao mesmo tempo, devem evitar confrontações com os americanos” durante exercícios na região.
As sanções, de acordo com a Exclusive Analysis, estão afetando o Irã, “que não tem conseguido pagar importações de alimentos para a Índia e a Ucrânia”. “Estas dificuldades econômicas”, porém, “não devem provocar uma mudança de postura do Irã em seu programa nuclear”, acrescenta a consultoria.