terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Dassault recebe a fuselagem do VANT nEUROn

Dassault recebe a fuselagem do VANT nEUROn






O grupo sueco Saab entregou à Dassault Aviation as fuselagens dianteira e central do nEUROn, demonstrador da tecnologia de Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT), que a fabricante francesa de aviões está desenvolvendo. As peças fornecidas pela Saab vão ser combinadas, em Istres, com a seção da fuselagem traseira entregue pela empresa grega HAI (Hellenic Aerospace Industry), em meados de janeiro. Serão adicionados os elementos produzidos por outros parceiros: o sistema pantógráfico de ejeção de armamento produzido pela RUAG, da Suíça, que é esperado para o final de Fevereiro; as duas semi-asas construídas na Espanha pela EADS-CASA, no início de Março; as duas portas do compartimento de bombas, a serem entregues pela italiana Alenia no final de Março; e, finalmente, as três portas do trem de pouso, que devem ser fornecidas pela Saab em Abril.



Além disso, os elementos que contribuem para a furtividade (bordos de ataque, bordos de fuga, entrada de ar...) fabricados pela Dassault Aviation em Argenteuil e Biarritz serão entregues em Março. Na fábrica da Dassault, em Istres, as equipes do grupo francês, com a ajuda do pessoal destacado no local pelos seus parceiros europeus, realizarão a instalação de tubulações, fiação elétrica e equipamentos - conforme definido no modelo digital de referência CAD - bem como a montagem final da aeronave. Depois disso ocorrerão os testes em terra da aeronave não-tripulada e os testes da propulsão previstos para final de 2011/início de 2012, com o primeiro vôo previsto para meados de 2012.



Tradução: Felipe Medeiros



Fonte: Mer et Marine

Exército egípcio, pilar do regime, vive uma situação difícil



CAIRO, 1 Fev 2011 (AFP) -O Exército egípcio, pilar do regime, se encontra em uma posição difícil nesta terça-feira, entre a multidão contra a qual prometeu não abrir fogo e o presidente Hosni Mubarak, do qual se distanciou sem chegar a abandoná-lo totalmente.


Se abandonarem completamente o chefe de Estado, os militares podem colocar em perigo um sistema do qual são os fiadores e que proporciona vantagens políticas e econômicas às Forças Armadas.



Mas uma repressão violenta contra uma multidão que, até o momento, tem aplaudido os tanques e aclamado os soldados acabaria com a imagem positiva de uma instituição que goza do respeito da população, ao contrário da polícia.



Além disso, na situação atual, a repressão talvez não consiga restabelecer a ordem.



Diante de uma situação instável, vários países pedem moderação.



O governo dos Estados Unidos enviou um emissário ao Cairo, o ex-embaixador no Egito Frank Wisner, e a organização de defesa dos direito humanos Human Rights Watch (HRW) enviou uma carta ao ministro da Defesa, o marechal Mohamed Hussein Tantaui, para pedir cautela às Forças Armadas.



Para a HRW, trabalhar em uma transição pacífica para a democracia constitui uma "responsabilidade histórica" do Exército egípcio.



Segundo Tewfik Aclimandos, especialista em Egito no Collège de France, na atual circunstância "tudo depende do Exército", que, apesar de apoiar Mubarak, "tampouco quer disparar contra a multidão".



O Exército ocupa um lugar de destaque no que está acontecendo desde que Mubarak, que é general da Força Aérea, pediu a intervenção dos militares para auxiliar a polícia, que não conseguia mais manter a ordem, e deu mais poderes aos militares, nomeando dois generais, Omar Suleiman e Ahmed Shafiq, como vice-presidente e primeiro-ministro respectivamente.



Na segunda-feira, o Exército se dirigiu ao "grande povo do Egito", considerou "legítimas" suas reivindicações e garantiu que "não recorrerá ao uso da força", tomando distância de Mubarak, mas sem esclarecer a quais reivindicações se referia.



Mas não tirou totalmente o apoio ao presidente, cuja renúncia é exigida cada vez mais pelos manifestantes.



Para superar os obstáculos, os militares podem apoiar uma espécie de transição organizada pelo regime, como deseja Washington, para conseguir conciliar a estabilidade do país com a abertura política, afirma Eliyah Zarwan, do International Crisis Group (ICG).



"Neste caso, parte do regime poderia perdurar e organizar a transição, se necessário sem Mubarak", completa.



Todos os presidentes egípcios foram militares desde 1952, quando os "oficiais livres" de Gamal Abdel Nasser derrubaram a monarquia.



Além disso, as Forças Armadas têm muitos soldados jovens cujo grau de lealdade ao regime é difícil de avaliar e aos quais seria difícil pedir que atirem contra os manifestantes.



"O Exército egípcio é respeitado. Reprimir movimentos populares não faz parte de sua tradição, em um país no qual a repressão sempre esteve a cargo das forças de segurança, em particular da polícia antidistúrbios", afirma Amr Al-Shobaki, do centro de estudos políticos Al Ahram do Cairo.



Na segunda-feira até a Irmandade Muçulmana destacou a "gloriosa posição do grande Exército egípcio, que está ao lado de seu povo".

País quer explorar substâncias usadas em iPod e mísseis, num mercado de US$ 9 bi

O Brasil está disposto a entrar em um mercado bilionário dominado pela China e que é fundamental para a produção de aparelhos de alta tecnologia, como laptops, iPods e até mísseis. Técnicos do governo avaliam o potencial do país para explorar as chamadas terras raras, conjunto de 17 elementos químicos encontrados em jazidas minerais e que há até pouco tempo não passavam de siglas na tabela periódica.




A ideia é consolidar um programa de pesquisa e desenvolvimento para minerais estratégicos, entre eles terras raras, além de traçar uma radiografia dos consumidores nacionais e identificar potenciais produtores. Assim, o governo pretende retomar a atividade - que hoje não representa sequer 1% da produção mundial - num segmento em que o país já foi líder global.



Hoje, os chineses respondem por 97% da produção internacional, com 120 mil toneladas por ano. Paralelamente, as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) estão negociando com a Universidade Federal Fluminense (UFF) a realização de pesquisas no oceano com o objetivo de identificar novos depósitos de terras raras no país.



A INB assumiu a exploração de terras raras no Brasil nos anos 90, após a extinção da Nuclemon, estatal que estava à frente da atividade até então. Umas das razões que fizeram a Nuclemon sair de cena foi a entrada com força da China nesse mercado, que jogou os preços para baixo, tornando a produção pouco lucrativa. Ironicamente, é a China que poderá levar o Brasil a ampliar sua atuação no segmento. Após restrições impostas por Pequim às exportações de terras raras, em setembro de 2010, o preço da tonelada saiu de US$ 5 mil para US$ 50 mil.



Tecnologia e meio ambiente: desafios



Com esse salto, os técnicos do governo avaliam que está na hora de o Brasil voltar a ter destaque nesse nicho. Em 2010, o mercado mundial de terras raras movimentou US$ 2 bilhões. Se os preços se mantiverem no patamar atual e a demanda continuar a crescer - estudo do Congresso americano aponta para uma demanda de 180 mil toneladas em 2012, ante as 134 mil em 2010 -, o mercado potencial para o próximo ano é de US$ 9 bilhões.



Com produção residual, de apenas 650 toneladas de terras raras em 2009, segundo últimos dados disponíveis, o Brasil estaria praticamente fora desse boom, apesar de ostentar o título de terceiro maior produtor mundial. O segundo colocado é a Índia (2.700 toneladas).



Relatório feito por um grupo de trabalho do Ministério de Minas e Energia (MME) e o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), entregue às autoridades no fim de 2010, aponta que entre os desafios brasileiros está o desenvolvimento de novas tecnologias para aproveitamento desses elementos.



Há ainda a questão ambiental. Na produção de terras raras, produz-se também elementos radioativos, que exigem armazenamento especial.



- Os problemas associados à produção das terras raras a partir da monazita (um dos minerais em que esses elementos são encontrados no Brasil) são de natureza ambiental, notadamente o destino a ser dado aos rejeitos contendo urânio e tório - diz o diretor de Recursos Minerais da INB, Otto Bitencourt.



Para Ronaldo Luiz Santos, pesquisador do Centro de Tecnologia Mineral, órgão ligado ao MCT, que integrou o grupo de trabalho interministerial, o essencial é que a iniciativa privada abrace a ideia do governo de retomar a produção de terras raras.



- As terras raras são uma questão de soberania nacional, pela multiplicidade de seus usos, inclusive na área de defesa e na indústria petrolífera. Precisamos de uma política estratégica de fomento à sua produção e arrojo empresarial para promover o aproveitamento das jazidas.



Gadolínio, cério e túlio são alguns desses elementos ditos raros. Apesar dos nomes esquisitos, o brasileiro já se acostumou com eles mesmo sem saber. Eles estão nas telas das TVs em cores, nos celulares e até nos motores elétricos. Também são usados na indústria bélica, para a fabricação de sistemas de orientação de mísseis, por exemplo, e são importantes insumos da indústria de energia renovável, por serem empregados na produção de painéis solares e turbinas eólicas. São usados ainda no processo de refino do petróleo.



Apesar de batizados de raros, muitos são mais abundantes na natureza que outros metais, como cobre e ouro. Mas, por serem encontrados em pequenas concentrações, seu processo de produção é difícil e caro, o que os torna pouco viáveis economicamente. Daí sua raridade.



Depósitos em Goiás, Amazonas e Rio



No Brasil, sabe-se de depósitos de terras raras em Catalão (GO), Pitinga (AM) e São Francisco do Itabapoana (RJ). É neste último que as terras raras são encontradas na chamada monazita. De acordo com a INB, há estoques de 20 mil toneladas de monazita em suas dependências. A estatal chegou a elaborar um projeto para beneficiamento do mineral nos anos 90, mas acabou abandonando o projeto:



- O aumento da oferta, à época, de compostos de terras oriundos da China tornaram o projeto pouco atraente, e a operação foi suspensa. Agora, a INB está negociando com a UFF a realização de uma prospecção na plataforma continental (fundo do mar) adjacente aos depósitos terrestres buscando identificar novos depósitos para manutenção de suas atividades produtivas - diz Bitencourt.



Enquanto isso, outros países estão se mexendo para reduzir sua dependência da China. Em setembro passado, a Câmara de Representantes dos EUA aprovou projeto de lei para a criação de um programa de incentivo à exploração de terras raras, com recursos de US$ 70 milhões até 2015. A proposta ainda tem de ser apreciada pelo Senado. Já a Comissão Europeia quer estimular a reciclagem de terras raras por seus países-membros, além de assistir países africanos nessa atividade.



Exportação estratégica: 'O nióbio é nosso'



Se a China é uma rival para o Brasil no mercado de terras raras, pode se tornar aliada na exploração de outro mineral estratégico, o nióbio. O mineral ganhou notoriedade em 2010, quando documentos do governo americano vazados pelo Wikileaks incluíram as minas de Araxá (MG) e Catalão (GO) no mapa de áreas estratégicas para os EUA, o que vem levando internautas a organizar o movimento "o nióbio é nosso", a exemplo do que foi feito com o petróleo no passado.



Isso porque o Brasil é o maior produtor do mineral, com 96% da produção mundial, e daqui partem 80% do nióbio importado pelos EUA. Mas é no mercado asiático que estão as chances de expansão das exportações. Por suas propriedades - suporta baixas temperaturas e alta pressão -, o nióbio otimiza o uso do aço, sendo empregado na indústria de aviação, petrolífera e automobilística.



Em países desenvolvidos, são usados de 80 gramas a cem gramas de nióbio por tonelada de aço. Isso deixa o carro mais leve e econômico, por exemplo. Na China, são usadas apenas 25 gramas em média de nióbio por tonelada.



- Na China, está boa parte do potencial de expansão de nossas exportações - disse o diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Marcelo Ribeiro Tunes.



Em 2010, a receita com vendas externas de nióbio foi de US$ 1,5 bilhão. Foi o terceiro item da pauta de exportações minerais, atrás de minério de ferro e ouro. As duas empresas que atuam no setor no Brasil são a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, do grupo Moreira Sales e dona da mina de Araxá, e a Anglo American, proprietária da mina de Catalão.

Marinha renovará frota sob 'pressão estratégica'

A renovação da frota da Marinha do Brasil não foi cancelada nem adiada pela presidente Dilma Rousseff. O negócio, envolvendo 11 navios e estimado entre 4 bilhões e 6 bilhões, continua em andamento. A fase atual é de consultas a empresas candidatas à parceria pretendida. "O tempo para execução é o tempo da pressão estratégica", diz o ministro da Defesa, Nelson Jobim.




Analistas ouvidos pelo Estado concordam que essa condição de ameaça é, atualmente, de baixa intensidade, mas lembram que "a curva é ascendente, se projetada para os próximos 20 a 25 anos", de acordo com o relatório Projeção 2025, feito em 2009 pela Secretaria de Assuntos Estratégicos. A escolha final, entre ofertas de Itália, Reino Unido, Alemanha, Coreia e França, deve sair até o fim do ano. A primeira fragata ficará pronta entre 2018 e 2019 - a entrega do navio patrulha ocorre 12 meses antes.



O contrato inicial, todavia, será firmado em 2012. Depois da seleção, a complexidade do processo exigirá um ano de discussões para ajuste da transferência de tecnologia, estabelecimento da rede de fornecedores e das compensações comerciais. Só então haverá o pagamento do adiantamento formal, cerca de R$ 100 milhões. É para o custeio da implementação da operação. Apenas seis meses mais tarde é que vence a primeira parcela semestral, referente aos juros do financiamento. O principal da dívida começa a ser abatido 180 dias depois, em meados de 2013.



É a mesma arquitetura financeira aplicada na escolha dos novos caças de múltiplo emprego da Aeronáutica, a F-X2. Em nenhum dos dois casos existe a previsão de desembolso imediato. O ministro Jobim sustenta que a indicação do avião vencedor será anunciada até julho pela presidente Dilma. Em 2013 a Marinha vai adquirir 24 unidades da mesma aeronave, mas em versão embarcada para equipar um novo porta-aviões de 60 mil toneladas que planeja incorporar entre 2027 e 2031 - a nau capitânia da projetada 2.ª Frota, na foz do Amazonas.



Pacote. Em maio de 2010, a Marinha apresentou aos empresários do setor seu plano completo, abrangendo 61 navios de superfície, mais cinco submarinos, quatro de propulsão diesel-elétrica e um movido a energia nuclear. As encomendas vão até 2030.



O pacote prioritário, definido como Prosuper, abrange cinco fragatas de 6 mil toneladas com capacidade stealth, de escapar à detecção eletrônica, cinco navios escolta oceânicos, de 1,8 mil toneladas, e um navio de apoio, de 22 mil toneladas, para transporte e transferência em alto mar de todo tipo de suprimentos.



A intenção da Marinha é que apenas a primeira fragata e o primeiro patrulheiro sejam construídos fora do País, embora com acompanhamento de técnicos e engenheiros brasileiros. Há grupos diretamente interessados em participar desse empreendimento. A Odebrecht Defesa prepara os estaleiros da Enseada do Paraguaçu, na região metropolitana de Salvador, Bahia, para disputar o Prosuper. A empresa, associada à francesa DCNS, está construindo em Itaguaí, no Rio, uma nova base naval e mais as instalações industriais de onde sairão os cinco submarinos do Prosub, encomendados por 7,6 bilhões.



Outra prioridade da Marinha do Brasil, para ser cumprida em etapas ao longo de 15 anos, é o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul, o SisgAAz. É uma espécie de Sivam - a rede de radares e sensores eletrônicos que controla o espaço aéreo da região amazônica - do mar. A área de cobertura do SisgAAz é imensa - cerca de 4,5 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente à metade do território nacional, e tão grande quanto a Europa Ocidental. O aparato é destinado a vigiar e proteger um tesouro - na indústria da energia são 15,3 bilhões de barris de petróleo, 133 plataformas (86 fixas, 47 flutuantes) de processamento da Petrobrás, o patrimônio decorrente de investimentos da ordem de US$ 224 bilhões de 2010 até 2015.



Mais que isso: estão sendo desenvolvidas pesquisas a respeito da biodiversidade exótica, encontrada nas fontes hidrotermais localizadas nas zonas de encontro das placas tectônicas. As características apuradas permitem garantir aproveitamento na indústria farmacêutica e de cosmésticos em escala bilionária. O oceano, na abrangência controlada pelo Brasil, abriga, ainda, 80 reservas de 100 materiais estratégicos. Mapeadas, não prospectadas.



Italianos



Até dezembro de 2010, a vantagem na análise preliminar das propostas era do consórcio italiano Fincantieri Cantieri Navali. O preço era bom, o modelo de transferência de conhecimento avançado foi considerado satisfatório e o tipo de fragata, da classe Freem, desenvolvido junto com a França, adequado às especificações.



O clima desandou há três semanas, quando a deputada Fiamma Nirenstein, vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores do Parlamento da Itália, propôs o congelamento do acordo bilateral de cooperação em Defesa assinado por Nelson Jobim e seu colega de Roma, Ignazio de La Russa. O motivo alegado é o veto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à extradição do ex-ativista Cesare Battisti, condenado pela Justiça italiana por quatro homicídios. Dilma não gostou da atitude. A Fincantieri não é mais a favorita. Mas continua no páreo.

sábado, 29 de janeiro de 2011

fotos do caça chinês J-20

2011 foram mostradas fotos da aeronave voando. O voo durou 18 minutos ao redor de Chengdu. A aeronave foi projetada pela CAC (Chengdu Aerospace Corporation) e Fábrica 132. Duas aeronaves forma fabricadas, número 2001 e 2002. A Shenyang Aircraft Corporation também participa do projeto com a liderança da CAC. O J-20 é um caça pesado, configuração canard-delta, cauda dupla com configuração furtiva, com exceção dos escapes dos motores que são convencionais. Oficiais chineses já tinham anunciado em 2009 que uma nova aeronave de ultima geração entraria em serviço por volta de 2017.


Dilma quis desistir de caças e submarino

EM RECENTE ENCONTRO com o ex-presidente Lula, a presidente Dilma Rousseff, preocupada com as contas do governo, ponderou sobre a compra dos 36 caças da FAB e a do submarino nuclear pela Marinha, projetos de R$ 50 bilhões.




Dilma citou orientações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre segurar os gastos. Lula, meio à brinca, meio a sério, soltou: “Se você ficar ouvindo o Mantega, não vai conseguir fazer nada no governo”. O fato é que, por ora, os caças são esboços, e o submarino nem mergulhou num tanque.



DilmaX em Ação*



Em reunião no início de dezembro, o ministro da Defesa Nelson Jobim apresentou a proposta italiana como a escolhida pela MB e com aval do ministério da Defesa. O Presidente Luiz Inácio chancelou a aprovação e deu luz verde ao ministro Jobim que comunicasse ao Almirantado e formalizasse oinício aos procedimentos legais para as negociações com os italianos.



A futura presidente Dilma Rousseff esteve na reunião, só como ouvinte, enquanto o ministro Nelson Jobim esteve presente. Após a saída do ministro, a portas fechadas, a futura presidente argumentou ao presidente Luiz Inácio, que se era a sua administração que teria arcar com os custos do PROSUPER, ela queria rever a decisão.



O anúncio da escolha de que eram os italianos os escolhidos seria a pedra de toque das festividades do Dia do Marinheiro, comemorado em 13 de dezembro com a presença do presidente Luiz Inácio, em Brasília.



Dos dois lados do Atlântico estavam prontas as comemorações. Tão ansiosos, que jornalistas italianos ligaram para a redação de para realmente confirmar se a decisão sairia por aqueles dias.



Aliás foi a partida para iniciar esta pesquisa.



Na solenidade do Dia do Marinheiro o presidente Luiz Inácio foi módico nas palavras quanto ao futuro da Marinha do Brasil, assim como o Alm Moura Neto e o ministro Jobim e o próprio presidente pareciam constrangidos.



A revisão deste contrato que já estava praticamente assinado e havia o entendimento do Almirantado que era a melhor solução para a Marinha do Brasil está dentro do que DefesaNet nomeou de DilmaX.



Observar que no caso do acordo com a FINCANTIERI havia o entendimento comum entre o Almirantado de que a proposta italiana era a melhor, nos aspectos: técnico, industrial e financeiro.



Entendimento este que não está presente, por exemplo, em outros projetos polêmicos, tal como o Programa F-X2, onde o Estado-Maior da Aeronáutica não obtém um acordo sobre o que deseja para a Força Aérea Brasileira.



Na reunião que os comandantes: Gen Enzo Peri, Brig Juniti Saito e Alm Moura Neto tiveram com a futura presidente, na manhã do dia 20 de Dezembro, foi lhes reafirmado que os programas constantes da Estratégia Nacional de Defesa seriam efetivados, embora não no primeiro momento do seu governo. E alguns re-analisados.



A mesma posição foi feita pela futura presidente Dilma Rousseff ao Gen De Nardi, Comandante do Estado-Maior Conjunto, em reunião no dia 21 de Dezembro, quando foi lhe apresentado o conjunto dos programas.



Muito antes de anunciado ou de assumir a presidência a “Lógica DilmaX” já estava em ação pela Sra Dilma Rousseff



Importante observar que a questão do acordo de fornecimento dos navios com a Itália, por parte da então futura presidente, em nenhum momento eseve vínculado ao caso Battisti.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Itália e Brasil no topo da lista de parceiros potenciais para o FX da Turquia

Por Bekdil Gee Burak e Enginsoy Umit


Publicado em: 23 de janeiro de 2011





Ancara - As autoridades turcas estão em busca de parceiros estrangeiros para ajudar a construir o primeiro caça a jato do país e provavelmente deve iniciar conversações com a Alenia Aeronautica da Itália com a Embraer do Brasil, disseram altos funcionários da área de compras familiarizado com o programa FX turco.



"Esperamos que a TAI, a empresa aeroespacial turca, abra negociações com ambos os fabricantes ainda este ano", disse um funcionário da área de compras. "Em 2012 nós já vamos saber com quem nós vamos pegar a estrada."



O governo pediu à companhia aeroespacial nacional Turkish Aerospace Industries (TAI), para estudar como essa parceria poderia funcionar. A TAI ainda receberá US$ 20 milhões do escritório nacional de compras, ou da Subsecretaria da Indústria de Defesa (SSM), para produzir um "desenho conceitual" para um avião de caça que venha a ser construído depois de 2020.



Nos últimos anos, a iniciativa da Turquia na direção de fazer uma maior fatia dos seus sistemas de armas de ponta de linha tem produzido diversos programas nacionais para atender à sua Força Terrestre e à Marinha. O esforço FX tem como objetivo ampliar o poder aéreo turco de uma maneira cada vez mais independente da tecnologia americana, disseram analistas e funcionários aqui.



Em dezembro passado, o ministro da Defesa Vecdi Gonul disse que a Turquia iria desenvolver e fabricar seus próximos aviões de combate aéreo, por si só ou em cooperação com outro país.



Gonul disse que a Turquia poderia cooperar com a Coreia do Sul, mas indicou que essa não é uma forte possibilidade.



Autoridades da defesa turca disseram que a "opção coreana" fracassou porque Seul insistiu em assumir uma maioria esmagadora no esforço do novo avião.



Se implementado, o programa destina-se a dar à Turquia poder aéreo equivalente à sua frota presente e futura, que são feitos nos EUA.



A Força Aérea turca agora opera caças F-16 e F-4s. A Turquia também é um parceiro no consórcio Joint Strike Fighter (JSF), que está construindo o avião de caça furtivo F-35 Lightning II.



Ancara pretende comprar cerca de 100 F-35 aeronaves no valor de quase US $ 15 bilhões. Muitas empresas turcas são membros do consórcio JSF de nove nações ocidentais, e estão produzindo peças para estas aeronaves. A Turquia também vai receber 30 modernos caças F-16 Block 50 da Lockheed Martin, o mesmo fabricante do F-35, como um paliativo até que se iniciem as entregas do F-35 em torno de 2015.



Funcionários disseram que o novo caça da Turquia "seria um modelo de próxima geração, que substituiria os antigos F-4Es, feitos nos EUA, e que operaria bem com o F-16 e com o F-35."



Eles confirmaram a nova aeronave na maior parte seria primáriamente destinada ao combate ar-ar. O F-4Es são caças ar-ar, enquanto o F-16 e F-35 são projetados principalmente para operações ar-terra.



A atual frota turca de quase 90 aviões F-4 foi modernizada conjuntamente por Israel e Turquia, ficando praticamente fora do controle operacional dos EUA. Mas esses caças da era do Vietnã terão que ser retirados de serviço até 2020.



"O que a Turquia , aparentemente, pretende é ter um poder aéreo parcialmente independente dos controles operacionais EUA", disse um analista turco que pediu para não ser identificado. "A nova aeronave diferentemente do F-16 e F-35s irá servir a este objetivo estratégico. Os turcos estão buscando uma abordagem em duas vertentes: mantendo tanto uma linha dos EUA e outra nacional; EUA, com o upgrade F-16 e a introdução do F-35s, e a nacional com o programa FX. "



O programa FX significa que a Turquia abrirá definitivamente mão de comprar um dos caças europeus. Em dezembro, Gonul descartou qualquer possível aquisição do avião de caça Typhoon construído pelo consórcio Eurofighter.



Mas os funcionários da contratação turco, no entanto, manifestaram a disposição para conversações com a Alenia Aeronautica, uma das parceiras do programa Eurofighter, em negociações separadas visando o caça turco, juntamente com a Embraer.



"Entendemos que ambas as empresas como parceiros adequados para o nosso programa de compra [do caça] nacional ", disse o funcionário da área de aquisições governamentais.