quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Argentina pede ajuda à polícia brasileira para investigar roubo a banco

SÃO PAULO - A polícia da Argentina pediu ajuda para a Polícia Federal do Rio Grande do Sul para auxiliar nas investigações de um assalto a uma agência do banco argentino Província, em Buenos Aires, durante o feriado do Ano Novo, informou o órgão brasileiro nesta quinta-feira, 6.




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Argentina investiga negligência policial no caso



Os argentinos e a Interpol entraram em contato com a Polícia Federal após analisar que o roubo - estimado em US$ 6,8 milhões - foi feito de forma semelhante ao do grupo que tentou roubar agências do Banrisul, em 2006. Há a suspeitas de que integrantes da quadrilha que tentou roubar o banco brasileiro tenham participado do crime na Argentina.



Além de ter reforçado o trabalho na delegacias na fronteira com a Argentina, a Polícia Federal disse que encaminhou material sobre as investigações da época da tentativa de roubo do Banrisul aos órgãos estrangeiros.



Na época, dos presos na operação, 11 foram removidos para penitenciárias de outros estados, cinco estão em liberdade, sete estão foragidos, três continuam presos no Rio Grande do Sul e dois foram mortos.



Na Argentina, o bando alugou uma casa em julho de 2010, de onde começou a cavar o túnel que levou os criminosos até os cofres do banco. Uma pizzaria vizinha à agência filmou o momento da fuga da quadrilha.



As autoridades argentinas investigam se houve negligência policial no caso. Os alarmes da agência roubada dispararam nos dias 23, 29, 30 de dezembro e outras duas vezes na madrugada do dia 2. Apesar das advertências, os policiais só fizeram inspeções externas, enquanto os ladrões saqueavam 136 cofres de argentinos com alto poder aquisitivo.



"A polícia não respondeu aos alarmes. Claramente, houve um erro", declarou o presidente da instituição, Guillermo Francos. Segundo ele, os agentes enviados para o local pensaram que vibrações do metrô podiam ter ativado sensores antissísmicos e também jogaram a culpa nas reformas que a pizzaria vizinha está realizando.



Os policiais e a empresa de segurança particular contratada pelo banco estão na mira do promotor responsável pelo caso, Martín Niklison

Horror no fundo do mar

Há tragédias que o orgulho nacional transforma em catástrofes de dimensões ainda maiores. A Rússia relutou durante quatro angustiantes dias até aceitar ajuda internacional para os esforços de resgate da tripulação enclausurada nos destroços do submarino Kursk. A embarcação movida a energia nuclear foi a pique no sábado 12 com 118 pessoas a bordo, e até a noite de sexta-feira passada permanecia atolada no lodo do fundo do Mar de Barents. As águas naquela latitude, além do Círculo Polar Ártico, são geladas, o mar é revolto, venta e chove forte a maior parte do tempo – condições duríssimas que contribuíram para frustrar as repetidas tentativas russas de resolver o assunto por conta própria. Os velhos hábitos demoram a morrer e Moscou agiu de acordo com códigos do tempo do comunismo, cuja regra de ouro era manter absoluto segredo sobre fiascos militares e tecnológicos, não importando o número de mortos. Isso já não é possível. Na Rússia de hoje, cada náufrago é um ser humano, com nome, foto e família para reclamar na imprensa da ação desajeitada do Estado. Com mais de uma centena de marinheiros confinados à tenebrosa escuridão numa caixa de metal, só dois dias depois do naufrágio a Marinha resolveu admitir a ocorrência do acidente. Sim, os 118 marinheiros estavam aprisionados no fundo do mar. E, sim, estavam sem rádio e telefone ou qualquer outro canal de comunicação com o mundo dos vivos. Nada funcionava. A não ser as marteladas que os tripulantes do Kursk davam na parte interna do casco do submarino, em linguagem de código morse.





Tripulantes do Kursk: os marinheiros Mikhail Kuznetsov e Vladimir Sverchkariov com os filhos

Ofertas de socorro vieram dos Estados Unidos, da Inglaterra e da vizinha Noruega. Em lugar de ter apelado por ajuda internacional no próprio sábado, os russos rejeitaram a oferta na segunda-feira. A situação já era então desesperadora. Só se entende essa atitude no contexto do mundo criado por sete décadas de paranóia comunista. Divulgou-se que a recusa inicial ao auxílio estrangeiro estaria ligada a dois motivos. Primeiro, receio de que nas equipes de resgate os ocidentais infiltrassem espiões para observar detalhes da construção do submarino. Além disso, informou-se que haveria o orgulho nacional russo. A Rússia não estaria inclinada a demonstrar incapacidade de lidar com os próprios desafios. Num lugar em que não havia listas telefônicas, pois se acreditava insanamente ser perigoso colocar informação tão vital à disposição dos inimigos do Estado, é possível que as duas explicações sejam as verdadeiras.



Quando o Kremlin pôs a mão no bolso para encomendar o primeiro submarino da família do Kursk – uma formidável máquina de guerra projetada para atacar porta-aviões americanos e destruir comboios de abastecimento –, os moscovitas precisavam esperar na fila pelo privilégio de comprar pão. O país degringolou depois de arriar a bandeira soviética, em 1991, e hoje está na categoria das nações sem dinheiro em caixa para a manutenção de grande força militar. A poderosa máquina de guerra montada pelo Estado soviético está fora de ação, apodrecendo em bases militares e portos. O Kursk fazia parte de uma porcentagem ínfima do equipamento militar soviético que ainda podia funcionar a contento. A frota de submarinos é o derradeiro componente das Forças Armadas russas que ainda inspira respeito ao generalato americano. Além do arsenal nuclear, evidentemente.




O comandante do Kursk, Gennadi Liachin, 45 anos, e o marujo Dmitri Staroseltsev, 20: 118 homens a bordo



O Kursk afundou durante um exercício naval no mar gelado de Barents, ao norte da Rússia. O submarino tinha apenas cinco anos de uso e era das melhores peças do arsenal bélico russo. Os esforços para salvar os sobreviventes só começaram na terça-feira, quando foi possível reunir navios e equipamentos a menos de 200 quilômetros de Murmansk, sede da poderosa Frota Norte. No dia seguinte, Moscou rendeu-se e aceitou, pediu, implorou por ajuda externa. A Inglaterra enviou seu melhor minissubmarino, o RL5, com previsão para entrar em operação uma semana depois do desastre.



A ineficiência do resgate russo é simbólica em vários sentidos. Acidentes com centenas de mortes são noticiados com freqüência sem despertar tanta atenção. Enchentes na Índia ou fome na África matam milhares de pessoas com menos atenção que a recebida pelo naufrágio do Kursk. Mas é outro o ponto. Desde que a nave espacial Apollo 13 quase se perdeu no espaço com seus três astronautas, em 1970, não se via uma tentativa de resgate de vidas humanas ser acompanhada em escala global por tanta gente de tantos países. Não é em número de mortes que se avalia o impacto de um desastre na opinião pública. Quando o jato Concorde se espatifou perto do Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, semanas atrás, morreram poucas pessoas em comparação com o número de vítimas do afundamento de uma balsa qualquer na Indonésia. Mas o Concorde, por ser um prodígio da tecnologia da navegação aérea, por representar um símbolo da capacidade humana de dominar as alturas, despertou um interesse mais agudo do que acidentes maiores. Com o Kursk aconteceu a mesma coisa. acidente com o submarino russo já seria chocante apenas com a transformação do barco num caixão de aço parado no fundo do oceano, cheio de marinheiros respirando. Mas havia, além disso, o fato simbólico de que o país dono do segundo maior arsenal atômico do mundo – a Rússia que já mandou sondas para os confins do espaço e construiu uma estação para orbitar a Terra – não era capaz de resgatar 118 marinheiros a apenas 108 metros de profundidade, a extensão de um mísero quarteirão.





Em Moscou, soldados lêem sobre o acidente com o submarino: um país indignado com as trapalhadas do governo





O Kursk era o quartel-general da maior manobra naval que a Armada russa realizava em cinco anos. É provável que o excesso de gente a bordo (a tripulação normal é de 107 homens) seja de oficiais graduados, cujo desaparecimento só aumenta a angústia oficial. A imprensa russa, fazendo eco à indignação popular, não cessa de perguntar como é possível que o equipamento de resgate não estivesse de prontidão em manobras desse porte. Que explicação havia para o comportamento indiferente do presidente Vladimir Putin? Enquanto o país atravessava a semana atônito com a história dos tripulantes do Kursk, Putin continuava em férias num balneário no Mar Negro. Dedicava-se a amenidades e até escreveu uma carta a um astro famoso. Na quarta-feira, ele deu ordem para que se aceitasse qualquer oferta de ajuda que fosse feita. Mas só na sexta decidiu interromper as férias. Putin, que antes de ser eleito presidente da Rússia prometia restaurar o orgulho militar da nação, revelou-se um fiasco na prova da semana passada. Em rede nacional de televisão, a mãe de Aleksei Nebrasov, um dos tripulantes jovens do submarino, disse o que todos pensavam no país. "Nós estamos indignados", afirmou ela. "Estamos indignados porque nossos filhos ainda estão lá e ninguém fez o suficiente para salvá-los."





Velas pelos marinheiros do Kursk na Igreja de São Nicolau, em Murmansk: demora de quatro dias até aceitar ajuda internacional





Durante as décadas da Guerra Fria, bastava usar a imaginação para descrever os guerreiros que tripulavam máquinas como o Kursk, equipadas com mísseis nucleares capazes de arrasar cidades inteiras. O acidente da semana passada mostrou a face banal dos homens na barriga da máquina de guerras – são na maioria conscritos, quase adolescentes. A mãe de um desses marinheiros, Valentina Staroseltseva, costumava agradecer à sorte por seu filho, Dimitri, 20 anos, ter escapado do Exército e da Guerra na Chechênia e servir no Kursk. "Nós nos referíamos a ele como nosso submarino. Estava tranqüila porque achava que o submarino era seguro", repete Valentina.



Os russos primeiro tentaram alcançar o submarino com um equipamento chamado de sino, o Kolokol, que opera por controle remoto e por cabos presos a uma plataforma na superfície. Antiquado e difícil de ser manobrado, o aparelho mostrou-se incapaz de se conectar com a escotilha por onde deveriam sair os tripulantes. A segunda tentativa foi feita com um minissubmarino, o Priz, movido por baterias antigas, que se esgotavam em apenas três horas. Só na quarta-feira entrou em operação o que a Marinha tem de melhor, o minissubmarino Bester. Com 50 toneladas, ele consegue navegar contra as fortes correntes que impediram o trabalho do sino e do Priz. O Bester pode levar vinte tripulantes de volta à superfície em cada viagem – mas só na sexta-feira foi capaz de se conectar à escotilha na parte traseira do submarino. O tombadilho estava tão danificado, contudo, que a cápsula de resgate não conseguiu estabelecer uma conexão adequada. Sem uma junção perfeita, é impossível abrir a escotilha e entrar no submarino. Outras escotilhas, localizadas na ré, estão igualmente danificadas.



As câmaras do Bester permitiram filmar o tamanho do estrago. Há um enorme buraco na parte dianteira da embarcação. Daí se intui que a ponte de comando, localizada nessa área, deve ter sido inundada rapidamente. É onde trabalha a maior parte da tripulação. Estima-se que dois terços dos marinheiros devam ter morrido nos primeiros momentos do desastre. O Kursk é dividido em dez compartimentos estanques, exatamente para que se possa isolar pontos alagados. Quem sobreviveu ficou no escuro, com a temperatura baixando para próximo de zero grau. Só se pode imaginar o horror dessas horas passadas numa caixa de aço no fundo do mar, à espera do resgate. O barco de 14.000 toneladas está em águas relativamente rasas. Se fosse possível colocá-lo em pé, ficaria com mais de 40 metros acima da superfície do mar. O que terá acontecido com o Kursk? Há duas hipóteses: explosão ou colisão. Talvez uma colisão seguida de explosão. É possível que um ou mais torpedos tenham explodido dentro dos tubos de lançamento. Ou que tenha ocorrido combustão espontânea nos tubos de ar comprimido do sistema de lastro. O almirantado russo acredita que o submarino colidiu com outra embarcação, talvez um cargueiro russo, que ainda não foi identificado. Não está fora de cogitação o choque com o fundo do mar, em decorrência de manobra desajeitada. Falta explicação para a rapidez com que tudo ocorreu. O submarino foi projetado para flutuar, mesmo parcialmente alagado. Por que a tripulação nem sequer teve tempo para acionar o alarme de emergência? A Marinha americana, que espionava eletronicamente as manobras russas, registrou duas explosões, separadas por alguns segundos. Um militar em Washington disse à agência Reuters que a última comunicação do Kursk foi um pedido de autorização para disparar dois torpedos. Terão esses torpedos sido a primeira da série de decisões erradas que, no mar e na terra, transformaram a tragédia dos homens do Kursk num símbolo da estupidez militar e política da Rússia de hoje?

EUA vão enviar mais 1400 «marines» para o Afeganistão

Por Redacção




Os Estados Unidos planeiam enviar, temporariamente, 1400 marines para o Afeganistão, de modo a garantir a segurança com mais eficácia.



Neste momento os EUA têm 97 mil soldados, 21 mil deles marines, destacados na região, muito atacada por forças rebeldes da Al-Quaeda. Ao mesmo tempo, é intenção de Obama começar a retirar os soldados em Julho, mas as forças extra podem chegar aos 3000 homens.



Esta nova remessa de soldados deverá fixar-se no sul do país, em Kandahar, onde os Estados Unidos têm forte presença. «Queremos manter a pressão sobre os talibãs ao longo do Inverno e aproveitar as vantagens que já conseguimos no terreno», disse uma fonte da defesa.

15:52 - 06-01-2011

Aeroeletrônica assina contrato para fornecimento de torretas para o Guarani

As torretas UT30 da Elbit Systems, serão produzidas no Brasil pela Aeroeletrônica, e serão instaladas no veículo IVECO 6X6 Veiculo Blindado de Transporte de Pessoal – Médio de Rodas - Projeto Guarani


Haifa, Israel, 06 Janeiro 2010 – A Elbit Systems Ltd. Anunciou que a sua subsidiária brasileira, Aeroeletrônica Ltda. (AEL) recebeu um contrato com um potencial de até 440 milhões de Reais (aproximadamente U$ 260 milhões) para o suprimento da “Torreta não Tripulada” (Unmanned Turret) UT30 BR (canhão de 30 mm) com o Exército Brasileiro para o Projeto Guarani.




Este contrato segue outro recebido em 2009 pela Elbit Systems para o fornecimento de várias Unmanned Turrets em uma competição internacional onde participaram vários fabricantes internacionais.



O contrato é para o fornecimento pela Elbit Systems da UT30 BR a ser instalada em algumas centenas do Iveco 6X6 APC, conforme um cronograma de vários anos a definido pelas partes.



Joseph Ackerman, presidente CEO da Elbit Systems, comentou: "Nós estamos honrados pelo contrato do Ministério da Defesa / Exército Brasileiro. Este contrato é uma marca para a AEL em seu continuado processo de fortalecer as capacidades e tecnologias brasileiras. Ao vencer o contrato de um programa tão prestigioso atesta nossa liderança no campo de inovação para forças terrestres, e nós esperamos ter outros clientes, tanto na América Latina como no resto do mundo

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Eclipse parcial do Sol é visível sobre o Oriente Médio e a Europa

AP


GENEBRA - O primeiro eclipse parcial do Sol em 2011 foi observado na manhã esta terça-feira, 4, no Oriente Médio e em grande parte da Europa. Os romenos acordaram sob uma luz rosada no céu, enquanto os suecos acompanharam um belo nascer do Sol.





Michaela Rehle/ReutersCerca de dois terços do Sol sumiu por trás da Lua



Na Suíça, a cortina de nuvens e neve parecia um anoitecer de luzes cintilantes, enquanto as pessoas pegavam trens e ônibus para chegar ao trabalho. O fenômeno atingiu seu auge em Genebra, Berna e outras cidades do país no meio da manhã. Em seguida, o dia cinzento em altitudes mais baixas começou a clarear.





Cerca de dois terços do Sol sumiu de vista por trás da Lua nesta terça, algo que não ocorria na Suíça desde agosto de 1999. Um eclipse menor foi observado no país em agosto de 2008. A Secretaria da Saúde local alertou as pessoas, especialmente crianças, a usarem óculos especiais de proteção - e não os caseiros - para observar o fenômeno.





No sul da Romênia, um céu limpo ofereceu uma chance de vislumbrar um brilho rosa pálido e quase sobrenatural que se espalhou ao longo da capital, Bucareste. Moradores subiram no topo de edifícios cobertos de neve para ter uma visão melhor, ou usaram óculos escuros e se amontoaram próximo a estações de metrô na Praça da Revolução. Alguns assistiram o espetáculo ao vivo pela televisão. Os romenos não terão outro eclipse até março de 2015.





"Esta manhã vi uma luz estranha", contou o estudante de arquitetura Andrei Carlescu, de 21 anos, que ficou fascinado pela maneira como a luz apareceu no horizonte. "No começo, não sabia o que estava acontecendo. Havia crianças de cerca de 9 ou 10 anos que usavam óculos especiais e olhavam para isso."





O eclipse foi visto primeiro nesta terça em Jerusalém, onde o Sol parecia ter perdido sua parte superior direita. A ocultação transitória da principal estrela do Sistema Solar ocorre quando a Lua se alinha entre o Sol e a Terra, projetando uma sombra sobre a superfície do planeta e obscurecendo o disco solar. Durante um eclipse parcial, apenas parte dele é "apagado".





A Europa Ocidental acordou com um nascer do Sol em eclipse. Astrônomos aguardam o maior fenômeno sobre a Suécia, onde cerca de 85% do astro será bloqueado. "É graças à posição da Lua", explicou Niclas Henricson, chefe do Observatório Tycho Brahe, localizado no sul do país.





Dez pessoas se reuniram no observatório para conferir o eclipse com telescópios móveis, caso o tempo nublado ajude. Segundo ele, os suecos só têm essa oportunidade uma vez a cada 45 anos - o próximo eclipse solar total do país será em 2126.





Para não perder o espetáculo, o empresário de tecnologia da informação Christian Ander, de 31 anos, foi a um parque para vê-lo, mas, devido ao fato de ter ocorrido logo cedo, não era tão perceptível como poderia ter sido se tivesse acontecido no final do dia. "Foi lindo, como uma espécie de nascer do Sol", revelou.





Na cidade de Cracóvia, sul da Polônia - onde a sombra da Lua pôde ser vista apagando o Sol progressivamente -, as pessoas assistiram a uma transmissão televisiva ao vivo. A forma de "croissant de ouro" era visível no céu escuro pela manhã. Apesar disso, a maior parte do país esteve coberta por nuvens que apagaram a visão espetacular.



Um pôr-do-sol em eclipse será visível desde a Rússia central, passando por Cazaquistão, Mongólia e noroeste da China.

Cientista amador descobre quatro planetas fora do sistema solar

O que você faz no seu tempo livre? Joga futebol, vai no cinema? Peter Jalowiczor descobre planetas. Esse astrônomo amador que, segundo o Mail Online, nunca teve um telescópio, foi capaz de estabelecer a existência de quatro exoplanetas fora do sistema solar.




Game online ajuda cientistas na busca por novos planetas



Foram as horas que ele passou analisando dados divulgados pelos cientistas em seu computador que forneceram importantes informações para os pesquisadores descobrirem os planetas e, por isso, o a equipe de busca de planetas Lick-Carnegie o nomeou co-descobridor dos exoplanetas: HD 31253b, HD 218566b, HD177830c and HD 99492c.



Jalowiczor utilizou um processo chamado espectrometria doppler, que busca pequenas mudanças de luminosidade nas estrelas, o que pode significar que um planeta passou por ela, orbitando-a.



A esperança dos cientistas, que liberaram dados acumulados durante décadas em 2005, é que a chamada "ciência cidadã" ou ciência amadora ajudasse na análise dos dados e resultasse em ainda mais descobertas.

Coreia o Sul posiciona mais aviões de patrulha antissubmarina

A Coreia do Sul posicionou cinco aviões adicionais de patrulha antissubmarinos para se proteger de um possível ataque da Coreia do Norte, indicou a imprensa nesta terça-feira, em meio à tensão vivida em torno da fronteira marítima em disputa.


As forças armadas posicionaram no sábado passado cinco aviões de vigilância P-3CK, que se somam aos 11 aviões antissubmarinos que já patrulhamos o mar diante do litoral oeste e leste, informou o jornal JoongAng Ilbo.



"A medida tem o objetivo de melhorar a capacidade para detectar submarinos, depois do ataque da Coreia do Norte contra o barco de guerra (sul-coreano) Cheonan", indica o jornal, citando fontes oficiais.



Seul, apoiada por uma investigação multinacional, culpou Pyongyang de ter torpedeado o barco de guerra Cheonan em março de 2010, matando 46 marinheiros, uma acusação que a Coreia do Norte nega de forma veemente.

China está desenvolvendo caças furtivos (stealth), afirma revista

A China está desenvolvendo caças furtivos, dificilmente detectáveis por radares, disse nesta terça-feira o fundador da revista canadense Kanwa Asian Defense, Andrei Pinkov, à Agência Central de Notícias de Taiwan.




Os aviões, chamados J-20, não chegam ao nível dos caças furtivos dos Estados Unidos e da Rússia, mas mostram que a indústria militar chinesa deu um salto de qualidade, disse Pinkov à agência taiuanesa.



A maior limitação dos J-20 chineses é sua incapacidade de superar a velocidade do som, razão pela qual não podem se equiparar aos caças furtivos americanos e russos da quarta geração.



Os novos aviões chineses foram desenvolvidos e estão sendo fabricados em Chengdu, província de Sichuan, e representam o fim da era em que a China construía seus aviões de combate copiando modelos estrangeiros, avaliou Pinkov.



As fotos dos J-20 vazadas na internet mostram um avião que é uma mistura entre o americano F-22 e o russo T-50, acrescentou o fundador da Kanwa Asian Defense.

Confira 16 países onde conflitos podem eclodir em 2011

Além do Oriente Médio, das Coreias e do Irã - pontos já tradicionais de problemas geopolíticos -, dezenas de zonas de tensão política e social se espalham pelos continentes no início da segunda década do século XXI. A partir desse quadro e com base em dados do International Crisis Group, a revista Foreign Policy elaborou uma lista de 16 países que passam por uma situação delicada e que, no decurso de 2011, podem se ver em meio à eclosão de conflitos de proporções mais graves.




Costa do Marfim

As eleições de outubro são a chave para o 2011 da Costa do Marfim, que segue dividida entre os candidatos que se proclamam vencedores do pleito: Laurent Gbagbo, que assumiu a Presidência, respaldado por setores do Exército e pelo Conselho Constitucional; e Alassane Outtara, antigo premiê, defendido pela comunidade internacional. A disputa perdura, e o país fica à beira do conflito: a ONU reportou desaparecimentos e estupro, e ao menos 20 pessoas já morreram.



Colômbia

O presidente Juan Manuel Santos empreendeu reformas e buscou a reaproximação com Equador e Venezuela, mas o problema das guerrilhas permanece um desafio. Apesar de avanços, as Forças Armadas Revolucionárias Colombianas (Farc) ainda possuem 8 mil soldados, enquanto outros grupos ocupam o mercado do tráfico e fazem aumentar a violência: a taxa de homicídios em Medellín, segunda maior cidade, cresceu mais de 100% no último ano. O pedido de paz pode não se concretizar.



Zimbábue

Governado pela frágil aliança entre antigos rivais, o Zimbábue também começa 2011 em meio a disputas eleitorais. De um lado está Robert Mugabe, que há tempos mantém a presidência; de outro, Morgan Tsvangirai, o premiê e lider oposicionista. A coalizão, que é de 2009, poderia acabar com um novo pleito, mas divergências emperram o avanço: Mugabe quer eleições para renovar toda a estrutura política, e Tsvangirai espera passar a votação de uma nova constituição.



Iraque

Invadido pelos EUA em 2003, o Iraque passou anos da última década mergulhado na violência. Agora, à medida que as ruas parecem mais seguras, a arena política mostra seus riscos. Após nove meses, o novo governo foi finalizado em dezembro, mas é fraco. Enquanto políticos demoram a tomar as rédeas, teme-se que as mesmas voltem à insurgência - seja por fraqueza das forças de segurança, seja pela influência de vizinhos, como o Irã, que há tempo presta apoio a xiitas.



Venezuela

Em 2010, o presidente Hugo Chávez e seu partido perderam o controle da Câmara, mas essa derrota, que poderia frear os projetos do governo, pode perder significância depois que a Assembleia Nacional concedeu temporariamente a Chávez o direito de governar por meio de decretos. Enquanto isso, a violência urbana cresce, o país se torna um corredor para o tráfico internacional de drogas, e forças de segurança pública se veem acusadas de corrupção.



Sudão

Após duas décadas de guerra, o Sudão assinou em 2005 o Tratado de Naivasha, que punha fim ao conflito. Desde então, a paz vem sendo testada, e em 9 de janeiro um capítulo decisivo será escrito com a realização do referendo sobre a autonomia da região sul. O "sim" deve vencer, e se espera que o resultado seja aceito. No entanto, caso o resultado não venha a ser bem aceito, teme-se a volta do antigo conflito entre Norte e Sul.



México

O presidente Felipe Calderón declarou guerra aos carteis de drogas, mas o conflito já matou mais de 30 mil pessoas. A tensão é maior na fronteira com os Estados Unidos, onde grupos lutam pelo controle do tráfico que dá acesso comercial às grandes áreas metropolitanas americanas. Em 2010, temendo mais retaliações, um jornal publicou uma carta perguntando o que era permitido publicar. A situação parece longe de qualquer solução.



Guatemala

A luta pelo controle do lucrativo tráfico na fronteira mexicana com os EUA levou a violência à vizinha Guatemala. Dotada de um Estado fraco e de instituições frágeis, a sociedade guatemalteca pode ter de enfrentar em 2011 as repercussões da guerra das drogas no próprio solo. No final de 2010, ações policiais foram empreendidas para tentar retomar o controle de regiões próxima ao México.



Haiti

Para os haitianos, janeiro não será somente o mês do aniversário de um ano do terremoto de 2010, que devastou o mais pobre país do mundo ocidental. Neste mesmo mês, o país volta às urnas para finalizar um conturbado processo eleitoral que define o governo que terá a missão de começar a resgatar o Haiti de 2010, ano em que o país também teve de enfrentar uma drástica epidemia de cólera. Cerca de um milhão de haitianos permanecem sem lar na capital Porto Príncipe.



Tadjiquistão

Extremamente pobre, carente de serviços públicos e controlado há anos pelo grupo político do ex-líder soviético Emomali Rahmon, o Tadjiquistão pode ter de lidar em 2011 com a presença massiva de guerrilhas que vêm lutando ao lado do Talibã na tumultuada região central da Ásia. O governo vem tentando lidar com ataques oriundos da fronteira sul afegã, mas pouco resultado foi obtido até agora.



Paquistão

O Paquistão ainda enfrenta a crise gerada pelas enchentes de 2010, que desalojaram 10 milhões de pessoas. Por outro lado, o crescimento de grupos insurgentes ligados ao Afeganistão vem espalhando violência por diversas cidades paquistanesas. E o governo, por sua vez, mostra dificuldades de lidar com estes desafios, à medida que se encontra dividido entre governantes fracos, impopulares, e um exército poderoso.



Somália

Em 2011, a Somália deve seguir enfrentando o perigo da perda de controle de território para a insurgência islâmica. Atualmente governado por um grupo de transição apoiado pela União Europeia, o país permanece frágil e somente vem resistindo a ataques devido à ajuda provida pelas forças da União Africana. Um dos grupos insurgentes é o Al Shabab, que almeja a construção de um Estado muçulmano conservador e, no momento, trabalha para obter o controle da capital Mogadishu.



Líbano

O Líbano pode ter um 2011 delicado. Um Tribunal Internacional deve julgar membros do Hezbollah acusados de tentar assassinar o ex-premiê libanês, Rafik Hariri, numa decisão que poderia causar uma onda de violência. A situação com Israel também é incerta: após a guerra de 2006, a relação entre ambos não é das mais fecundas e se teme um novo conflito. Na foto, bandeiras libanesas e iranianas são expostas na visita do presidente Mahmoud Ahmanidejad.



Nigéria

A Nigéria teve um 2010 tumultuado: o presidente morreu devido a problemas cardíacos; centenas de pessoas foram assassinadas, vítimas de violência entre muçulmanos e cristãos; e o petróleo foi palco de ataques e sequestros de rebeldes ao longo do delta do Níger. Esses serão os desafios com os quais o novo presidente, a ser eleito na primavera de 2011, terá de lidar.



Guiné

A Guiné teve seu presidente assassinado em 2008. O episódio forçou a formação de uma junta militar, que, embora bem recebida, se mostrou inapto a governar depois de assassinar 150 manifestantes que realizavam um protesto pacífico. A junta convocou eleições, e, em dezembro de 2010, o país comemorou a posse do primeiro presidente eleito democraticamente, Alpha Condé. Em 2011, ele terá pela frente o desafio de manter a paz na Guiné e reorganizar as riquezas do país.



República Democrática do Congo

Anos após a Segunda Guerra do Congo (1998-2003), durante a qual 4,5 milhões morreram, a República Democrática do Congo segue um foco de tensão, por trás da qual reside a chamada "maldição dos recursos": a busca pelo controle do ouro, do cobalto e diversos outros minerais que abundam no país. Nenhum dos atores em jogo parece ter poder suficiente para controlar o país, mas todos parecem ter recursos para seguir tentando.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

MBDA – Aster, SAMP/T e Exocet

Neste ano ALIDE foi a Plessis Robinson, no sul de Paris, para conhecer a história e as perspectivas de uma das maiores empresas globais da indústria global de defesa, a especialista em mísseis MBDA.




Se as quatro letrinhas do nome da empresa ainda podem pegar vários aficionados no contra-pé, alguns dos produtos da MBDA são conhecidos até por gente que nada entende da área de Defesa. O míssil Exocet, por exemplo, que foi uma das “estrelas” da cobertura da mídia na Guerra das Malvinas. Como recentemente várias fontes tem apontado o novo sistema de mísseis anti-aéreos Aster como o item de maior interesse da Marinha do Brasil para as nossas próximas fragatas de 6000 toneladas, venha ela de onde vier, Itália, França ou Grã-Bretanha, uma conversa com os executivos da MBDA se fez necessário

Entre 1995 e 2001 a indústria de defesa global passou por um importante ciclo de fusões e aquisições que a reorganizou formando um pequeno número de gigantes multinacionais. Antes disso, porém, as anteriores ondas de consolidação industrial tinham ocorrido quase sempre delimitadas pelas fronteiras nacionais, aglomerando sob uma única marca dezenas de pequenas empresas especializadas que não tinham mais condições de competir, numa época de orçamentos de defesa cada dia mais enxutos e tecnologias cada vez mais caras. Na Europa, surgiu a partir de meados da década de 70 um leque de empresas nacionais estatais como a Aerospatiale e British Aerospace, mas vinte anos depois a globalização da economia mundial, e principalmente a maturação do Mercado Comum Europeu, abriu as portas para que de uma hora para outra as barreiras que isolavam estas empresas ruíssem, formando novas oportunidades de associação entre as empresas locais. Uma das iniciativas mais notáveis destes novos tempos foi à criação da EADS – European Aeronautic Defense and Space Company, a partir de pedaços das empresas aeroespaciais nacionais da França, Alemanha e Espanha. Os Italianos que haviam agrupado suas indústrias aeroespaciais sob a holding Finmeccanica, pularam os Alpes e o Canal da Mancha para abocanhar a Westland inglesa e uma boa parte da área de radares da indústria britânica. O segmento da aviação civil de grande porte se organizou ao redor do “Grupo de Interesse Econômico” Airbus, um consórcio franco-britânico e alemão, posteriormente transformado em uma nova empresa propriamente dita.




Uma das últimas destas associações recebeu o nome de MBDA. Esta entidade especializada em sistemas de mísseis tornou-se quase que o monopólio europeu neste segmento, unindo diversos programas nacionais sob um grande guarda-chuva institucional desenhado para enfrentar no mesmo nível os gigantes americanos desta área, especialmente a Raytheon e a Lockheed Martin, que também tinham gasto boa parte das décadas anteriores comprando as empresas menores deste segmento. Em poucos anos, ficou claro que quem não fosse um gigante não teria qualquer futuro no mercado.



A criação da MBDA se deu em etapas, com o estabelecimento, inicialmente no Reino Unido, da Matra BAE Dynamics (MBD) em 1996 e da Aerospatiale Matra Missiles (AMM) na França, em 1999. Em dezembro de 2001 estas duas empresas e a área de mísseis da empresa italiana Alenia Marconi Systems se fundiram gerando a nova MBDA. Em 2005, os alemães da empresa LFK se associaram a ela para fechar o projeto europeu de mísseis numa única estrutura corporativa. A divisão societária final ficou sendo: BAE Systems com 37.5% das ações, EADS com 37.5% e Finmeccanica com 25% da nova empresa.

No dia de nossa visita, a MBDA estava recebendo um grupo de repórteres especializados que vieram conhecer as linhas Mistral 2 e VL Mica visando produzir conteúdo em tempo para publicação no período da Eurosatory 2010 ocorreria em Paris em algumas semanas depois. O tour começou com uma apresentação aos veículos que lançam os sistemas de defesa antiaérea terrestre da empresa européia. Num pátio lateral havia um caminhão equipado com um reparo duplo SIMBAD do tradicional MANPAD (míssil antiaéreo leve disparado do ombro do soldado). Ao seu lado, outro um reparo no solo permitia que todos os presentes chegassem bem perto dos sistemas de mira e de comunicações do SIMBAD. Mais à direita havia um caminhão transportador de mísseis de recarga VL MICA. A instalação destes mísseis no veículo lançador era efetuado por um guindaste localizado a ré da cabine do transportador. O último veículo é um modelo fechado de Comando e Controle (C2) onde dois operadores podem trabalhar num ambiente climatizado, interagindo em tempo real com um centro de combate localizado remotamente e recebendo dados sobre os alvos oriundos de uma multiplicidade de fontes locais e externas. O VL MICA é a versão terra-ar do conhecido míssil francês ar-ar MICA. Nesta função o míssil é lançado verticalmente (“VL”!) desde um casulo reclinável do veículo lançador. Com um alcance de 20 Km o VL MICA se posiciona exatamente entre o Mistral, que atende ao curto alcance, e o SAMP/T (com seus mísseis Aster), de muito maior longo alcance. Curiosamente, o VL MICA usa um veículo de C2 totalmente diferente daquele empregado no SAMP/T. Esta surpreendente falta de “conceito de família” entre as duas linhas da MBDA se explica pelo fato da empresa francesa Thales, que responde por esta área no programa Aster, não participar do programa VL MICA.


Realizada a fusão que criou a MBDA, um elemento importante a ser resolvido era como contemporizar o fato de que cada uma das linhas de produtos anteriores à criação da nova empresa, por definição, foi criada por uma das empresas nacionais sob encomenda dos seus governos locais. Por exemplo, a linha Exocet foi desenvolvida independentemente pela Aeroespatiale para uma demanda das forças armadas francesas, enquanto a linha Aspide foi criada pela Alenia sob instruções e financiamento da Marinha e Força Aérea italianas. Segundo Bruno de La Motte, ex-comandante do destróier francês Cassard (D614)e atual Consultor Sênior para produtos navais da MBDA, estes são produtos “legado” e por isso deverão ser tratados, desenvolvidos e comercializados de forma isolada entre si. Um exemplo disso é o programa FREMM onde os navios franceses serão entregues com mísseis antinavio Exocet e os italianos com o TESEO Otomat. A independência e o poder de ingerência dos governos individuais podem ficar incomodamente evidentes caso o Brasil queira comprar a FREMM italiana e deseje equipá-lo com o míssil de cruzeiro de origem francesa SCALPEm meados de abril deste ano o software da versão FREDA da fragata FREMM já se encontrava pronto. A modificação, melhoria, do seu radar Herakles para a função de defesa aérea do GT foi segundo o executivo da MBDA “um desafio menor”. O lançador Sylver da fragata já é compatível com o míssil Aster 30 de maior comprimento. Um fato que deve ser tomado em conta, é que a nova capacidade de disparar mísseis de cruzeiro como o SCALP naval, imediatamente, torna as FREMMs/FREDAs em alvo de maior valor para os submarinos, navios e aeronaves inimigas, o que coloca mais importância na defesa aérea do navio e do GT. Em contrapartida a disponibilidade de mísseis antiaéreos de longo alcance, como o Aster 30 imediatamente afasta a ameaça dos aviões de patrulha marítima, os “snoopers” ou “curiosos”, como são chamados na terminologia da MB).




Na Euronaval deste ano um dos destaques da MBDA na área de defesa aérea naval foi o lançador XX. Esta torreta leve com sistema conterador para mísseis SAM Mistral 2 foi apresentado pela primeira vez ao público. O forte crescimento do mercado de navios mais leves como corvetas e Navios Patrulha Oceânicos abre uma janela para um sistema mais automatizado do que o veterano reparo duplo direcionado manualmente Sadral. Por ser controlado automaticamente desde o COC do navio não mais é necessário colocar qualquer tripulante exposto no convés externo para disparar o míssil.


Conclusão


Como corporação, a MBDA está, só agora, saindo de sua conturbada fase de formação e caminha para renovar e ampliar sua extensa linha de produtos. A parceria industrial e a transferência de tecnologia com as indústrias dos países em desenvolvimento, inclusive o Brasil, é um caminho esperado pela empresa nos próximos anos. A empresa atua em muitos segmentos e está exemplarmente trabalhando para maximizar a sinergia potencial de seus produtos entre eles, como bem se vê no caso da evolução do produto MICA. A verdade é que existe muito mais coisa para falar sobre a MBDA e suas variadas linhas de produtos do que se pode explorar em apenas meio dia. Da próxima vez falaremos mais detalhadamente das oportunidades que a empresa reserva para a FAB e para o Exército Brasileiro.



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Aeronáutica quer novo foguete nacional

Ele substituiria, a partir de 2020, o VLS-1, que pegou fogo em 2003, matando 21 pessoas na base de lançamento Alto custo do projeto entregue ao ministro da Ciência e Tecnologia pode ser entrave para a para a sua execução








A Aeronáutica está planejando um novo foguete lançador de satélites brasileiro. O VLS-Beta, como está sendo chamado, deve substituir a partir de 2020 o malfadado VLS-1, que pegou fogo em 2003, matando 21 pessoas.



O VLS-Beta integra uma proposta entregue na semana passada à equipe do ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia). Ela foi elaborada pelo DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Espacial), da força aérea Brasileira, pelo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e pela AIAB (Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil).

Seu objetivo é aproveitar o governo que entra para influir no rumo da política espacial, que sofre cronicamente de falta de planejamento, financiamento e integração entre seus atores.

A conta apresentada a Mercadante é salgada: para o setor de satélites, seriam R$ 500 milhões por ano a partir de 2016. O desenvolvimento de foguetes nacionais precisaria de R$ 160 milhões ao ano, subindo para R$ 210 milhões de 2016 a 2017.



Para comparação, todo o PNAE (Programa Nacional de Atividades Espaciais) terá em 2011 R$ 350 milhões.



O que as três instituições prometem em troca é o desenvolvimento de um parque industrial de alta tecnologia -algo equivalente ao que a Embraer representa hoje.




O VLS-Beta integra a família de lançadores Cruzeiro do Sul, substituta do VLS.



Ele representa uma inovação em relação ao VLS-1, um projeto da década de 1980 que caducou e é considerado um "beco sem saída tecnológico", incapaz de colocar em órbita cargas maiores que 150 kg (satélites de observação pesam dez vezes isso).



O VLS-1, cujo voo inaugural será em 2015, tem um sistema de propulsão considerado antiquado, com quatro motores no primeiro estágio.



A Aeronáutica quer concluí-lo como "demonstrador tecnológico", mas sabe que o foguete não tem futuro.



O Beta teria só um motor no primeiro estágio e poderia colocar em órbita satélites já em desenvolvimento no país, como os da série Amazônia (de monitoramento da floresta) e Lattes (de pesquisa de clima espacial e de raios-X).



Antes de o Beta ficar pronto, porém, o DCTA quer usar uma evolução do VLS-1, batizada Alfa, para lançar satélites do Inpe a partir de 2015.



A parte alta do foguete, crucial para transportar a carga útil, seria desenvolvida em parceria com algum país que domine a tecnologia.



A Aeronáutica trabalha também, com a Alemanha, no desenvolvimento de um foguete pequeno, o VLM-1, a ser lançado a partir de 2015.



Os dois foguetes são uma resposta dos militares à parceria Brasil-Ucrânia para lançar o foguete ucraniano Cyclone-4 a partir de Alcântara, com fins comerciais.



O ex-ministro Sergio Rezende (PSB) apostou nela para suprir a deficiência do VLS-1. A Aeronáutica nunca engoliu o Cyclone, que abocanha recursos que poderiam ser do foguete nacional.



Fonte:Folha de S. Paulo - CLAUDIO ANGELO

Robô Spirit completa sete anos em Marte, mas há pouco para comemorar

estadão.com.br e AP


Nesta segunda-feira, 3, o veículo robótico Spirit da Nasa faz sete anos no planeta vermelho, mas há pouco para comemorar no momento. Não só ele está preso em um banco de areia, ele também não consegue se comunicar com a Terra desde março.




A agência não sabe ao certo se o robô está morto, mas continua na escuta, realizando checagens diárias na esperança de algum sinal do Spirit, que atolou na areia em abril de 2009.



Além de continuar escutando, o projeto também usa uma técnica de paginação chamada "Sweep e Beep" para estimular o robô a responder. No entanto, o período de pico de insolação (quando a chance resposta do robô é maior) acontece somente em março de 2011.



"Há uma possibilidade real de que o Spirit nunca mais acorde", disse Dave Lavery, responsável pelo programa de veículos robóticos de Marte da Nasa.



"Não estou pronto para dizer adeus ainda", disse o chefe da missão Steve Squyres. "Esse momento vai chegar um dia, mas ainda não é a hora."



Enquanto isso, seu "gêmeo", o robô Opportunity, está explorando a enorme cratera Endeavour, de 90 metros de diâmetro, que os cientistas acreditam conter pistas sobre o passado do planeta vermelho.

Usina nuclear iraniana será conectada à rede elétrica em fevereiro

Efe


TEERÃ - A usina nuclear de Bushehr, a primeira construída no Irã, será conectada à rede elétrica nacional no mês de fevereiro, confirmou o ministro interino de Assuntos Exteriores iraniano, Ali Akbar Salehi, nesta segunda-feira, 3.





Salehi, que é também diretor da Organização da Energia Atômica do Irã (OEAI), quis acabar com os rumores que há dias apontam um novo atraso na usina construída com ajuda russa na localidade meridional de Bushehr, no litoral do Golfo Pérsico.



"Como já dissemos em várias ocasiões, o projeto de Bushehr vai de vento em popa. Esperamos que as provas finais sejam concluídas no início de janeiro, uma vez que já alimentamos e selado o núcleo do reator", explicou.



Teerã começou a construir a usina nuclear na década de 1970 com ajuda alemã, mas o projeto foi interrompido pela Revolução Islâmica que em 1979 depôs o último Xá do Irã, Mohammad Reza Pahlevi. A construção da planta foi retomada há 10 anos com a colaboração da Rússia enquanto as obras foram concluídas no meio do ano de 2010 após diversos atrasos.



As autoridades nucleares iranianas anunciaram no dia 21 de agosto o início da alimentação de combustível da planta e que a usina estaria pronta para ser conectada à rede elétrica entre outubro e novembro de 2010. No entanto, em dezembro de 2010 Salehi explicou que o prazo para tal conexão à rede elétrica atrasou, com previsão para o início de 2011.



Alguns jornais especularam a possibilidade do atraso devido ao ataque do vírus Stuxnet que atingiu o país em setembro. Embora o regime iraniano admitisse que alguns sistemas foram afetados, Salehi voltou a reiterar nesta segunda-feira que a central não foi prejudicada. "São só rumores", ressaltou o responsável, citado pela televisão estatal.



Grande parte da comunidade internacional, liderada pelos EUA e Israel, acusa o regime iraniano de ocultar, sob seu programa civil, ambições bélicas com o objetivo de adquirir armas atômicas. Teerã nega.

Eurofighter volta a ter esperanças de disputar projeto F-X2

O adiamento, por tempo indeterminado, da compra de 36 caças de combate, para modernizar a frota da força aérea Brasileira (FAB), na opinião do principal executivo do consórcio europeu Eurofighter, fabricante do caça que leva o mesmo nome, Enzo Casolini, pode servir como oportunidade ideal para o Brasil voltar a avaliar o que as maiores empresas de defesa e tecnologia na Europa (EADS, Alenia- Finmeccanicae BAESystems) podem oferecer ao país em termos de custos, transferência de tecnologia, além de benefícios industriais.




O Eurofighter participou da primeira fase do processo de seleção dos caças brasileiros, o F-X2, mas foi eliminado com o argumento de que seu preço era muito alto. A decisão, segundo o executivo, surpreendeu bastante, pois foi baseada em um custo que se considerava superior às outras alternativas (Dassault, Boeinge Saab). "Este ano, no entanto, vimos publicado na imprensa brasileira que o Rafale custava mais que o Eurofighter e o F-18 também não era tão barato quanto se previa".



Como exemplo dos benefícios que o programa europeu poderia oferecer, Casolini cita o fato de o caça Eurofighter ter 80% de material composto, que é o futuro da aviação e está sendo usado pelas aeronaves Boeing 787 e Airbus A350. "Esta tecnologia está disponível para transferência. Algo que ninguém mais pode oferecer. Sem contar o fato de que temos o melhor avião disponível no mercado mundial e que o Eurofighter custa menos que o Rafale e é superior ao F-18 e ao Gripen", afirmou.



Segundo ele, se a nova presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e seu governo quiserem reconsiderar os benefícios que o programa F-X2 poderá trazer ao Brasil, não deveria subestimar o valor do Eurofighter, que é o maior projeto de defesa na Europa. Segundo ele, seria capaz de transferir ao Brasil tecnologias que nenhum outro poderia em termos de qualidade, quantidade e nível de conhecimentos para a indústria brasileira.



Juntas, as empresas que formam o consórcio Eurofighter faturaram US$ 120 bilhões em 2010, uma soma que, segundo Casolini, é mais alta se comparada com Boeing, Dassault e Saab. "Essas empresas tem conhecimento de todas as tecnologias mais avançadas e processos industriais, envolvendo aeronaves, radares, sensores, motores, aviônica, equipamentos de guerra eletrônica e armas, com soberania sobre uma eventual transferência para seus aliados estratégicos".



Casolini comentou ainda que as indústrias e os engenheiros brasileiros poderiam participar, desde o início, da nova versão do Eurofighter, o EF2020, que terá uma aerodinâmica mais avançada, além de um novo radar (E-Scan), um sistema de armas e um novo software. "Também estamos desenvolvendo uma versão naval para operações em porta-aviões, que poderia ser de interesse da marinha do Brasil".



A Embraer, segundo o executivo, foi capaz de se consolidar como o terceiro maior fabricante de aeronaves civis no mundo e a indústria italiana Alenia, uma das parceiras do consórcio Eurofighter, participou desse processo. "A indústria italiana teve um nível excelente de cooperação com a Embraer no programa Xavante e depois com o AMX", ressaltou. Atualmente, a FAB está modernizando a frota de AMX e, na Itália, segundo Casolini, a aeronave é utilizada pela sua força aérea em regiões de conflito como o Afeganistão.



O grupo europeu EADS, um dos parceiros do consórcio Eurofigther, segundo Casolini, também é um exemplo de parceria sólida que o Brasil desenvolve há vários anos e que envolve a indústria aeroespacial e de defesa nacional.



Entre os acordos em desenvolvimento com o Brasil estão a compra de 50 helicópteros para as forças Armadas brasileiras, de 12 aeronaves de transporte militar que operam na Amazônia, a modernização de nove aeronaves de patrulha marítima e também alguns contratos na área espacial. "Intercâmbio de tecnologias e de conhecimento é a única maneira que as empresas parceiras do Eurofighter sabem fazer negócios", finalizou.

Eurofighter - Consórcio reúne países europeus

O consórcio Eurofighter é uma companhia multinacional formada por quatro países - Itália, Reino Unido, Espanha e Alemanha - que coordenam o desenvolvimento, a produção e a atualização dos aviões Eurofighter Thyphoon. Fundado em 1986, o consórcio envolve a participação das empresas EADS Deutschland (33%), BAE Systems (33%), Alenia Aeronáutica (21%) e EADS CASA (13%).




Os quatro países integrantes do consórcio compraram 620 unidades do caça, no valor de US$ 36 bilhões. De acordo com o principal executivo do consórcio, Enzo Casolini, desse total, ainda falta contratar a produção de 124 aviões, mas as negociações devem terminar em 2013. "Até agora entregamos 250 aviões e a nossa produção está assegurada até 2016. Com a confirmação dos 124 restantes, a produção se prolongará até 2020", explicou. A aeronave já acumula mais de 100 mil horas de voo.



Além dos países parceiros do consórcio, o caça europeu também foi vendido para a Áustria (15) e Arabia Saudita (72), negócios avaliados em US$ 10 bilhões. Segundo Casolini, mais de 100 mil pessoas e 400 empresas em toda a Europa estão envolvidas direta ou indiretamente no programa de desenvolvimento do caça Eurofighter. As empresas colaboradoras do programa participam do desenvolvimento e da produção dos componentes mais importantes, incluindo a montagem final.



O executivo disse que existem grandes expectativas para novas exportações do caça, que atualmente está disputando concorrências no Japão, Turquia, Malásia, Romênia, Qatar e Índia. (VS)(Valor)



Marinho na guerra pelos caças da FAB



Nos próximos dias o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, irá à França a convite da empresa Dassault para conhecer o caça francês, o Rafale, que disputa bilhões de reais numa concorrência da FAB que começou no governo FHC, atravessou os dois mandatos de Lula e caiu no colo de Dilma Rousseff.



Amigo de Lula, ex-líder sindical e ex-ministro, Marinho foi à Suécia ver o Gripen NG, adversário do Rafale, e retornou aliado dos suecos. Os franceses, que já foram favoritíssimos na disputa, querem convencê-lo a mudar de lado, numa guerra que já mobilizou várias fatias do governo e, agora, interessa até a um prefeito amigo do ex-presidente. (fonte: Época)