quarta-feira, 30 de junho de 2010

Exclusivo: Novo Fuzil Imbel

Circula em alguns fóruns na internet, que a Imbel está prestes a apresentar seu mais novo fuzil que vem sendo desenvolvido a um bom tempo em sigilo. Esse fuzil fará parte de uma nova família de fuzis, denominada IA2.

Nova Familia de Fuzis, Baionetas e Pistolas Imbel sendo apresentadas ao Exército





Segundo as informações procedentes de pessoas ligadas ao exército que participaram de uma palestra da Imbel na AMAN o novo fuzil incorporou inúmeras melhorias de ergonomia e confiabilidade. A programação da Imbel é que o fuzil seja apresentado em agosto. Uma curiosidade é que o fuzil está sendo usado pelo “capitão Nascimento” nas gravações de “Tropa de Elite 2″. Abaixo você pode ver uma imagem retirada do informativo Nº67 da Imbel, e uma das gravações do filme “Tropa de Elite 2″ em que aparece o suposto novo fuzil da Imbel, que ainda é acompanhado de uma nova familia de pistolas e de baionetas.
Novo Fuzil sendo usado nas gravações de “Tropa de Elite 2″

terça-feira, 29 de junho de 2010

Consórcio estuda construção de satélite

A Agência Espacial Brasileira (AEB) selecionou o consórcio formado pelas empresas AAA, AGR, Union Engenharia e Telecom Bizz para fazer um estudo jurídico e de viabilidade econômico-financeira, no modelo de Parceria Público Privada (PPP), para o projeto de um satélite geoestacionário brasileiro (SGB). Esse tipo de satélite gira na mesma velocidade da Terra e fica parado em um ponto fixo sobre a linha do Equador, a uma altitude de 36 mil quilômetros. O satélite terá como missões prioritárias serviços para as áreas de comunicações militares e estratégicas, e de meteorologia.




O estudo de viabilidade começou a ser elaborado em abril, mas alguns resultados preliminares já foram apresentados à Agência Espacial. Segundo o diretor de satélites, aplicações e desenvolvimento da agência, Thyrso Villela, a previsão é de que o trabalho completo do consórcio fique pronto no fim do ano. Para Villela, é bem provável que seja feita a opção pelo desenvolvimento de dois satélites: um para meteorologia e outro para comunicações estratégicas.



O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) financia o estudo, avaliado em R$ 800 mil, mas para o desenvolvimento do satélite. O lançamento do equipamento também será abordado no estudo encomendado pela Agência Espacial. Mas a ideia, segundo Villela, é priorizar o uso do foguete Cyclone-4, em fase de desenvolvimento e que futuramente será operado pelo consórcio ucraniano-brasileiro Alcântara Cyclone Space (ACS).



A parte de construção do satélite, seus equipamentos e sistemas, no entanto, terá uma participação expressiva da indústria nacional. A ideia da Agência Espacial é proporcionar o maior envolvimento possível das empresas brasileiras, ressaltou Villela. Atualmente, o índice de participação da indústria nacional nos projetos de satélites é superior a 80% e envolve cerca de 15 empresas, a maior parte delas situada no polo aeroespacial de São José dos Campos, interior de São Paulo.



O uso de satélites geoestacionários, segundo o diretor da agência, é fundamental para garantir a obtenção de dados meteorológicos de forma autônoma e também para prover comunicações estratégicas ao governo. A maioria dos satélites artificiais de telecomunicações fica em órbita geoestacionária, para receber e transmitir dados para uma mesma região o tempo todo.



Para o meteorologista Carlos Nobre, chefe do Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) e um dos maiores especialistas em mudanças climáticas no Brasil, o país ainda tem um grande atraso a recuperar na área de satélites meteorológicos, que podem melhorar muito a previsão de tempo feita no país e a sua capacidade de resposta aos eventos de desastres naturais causados por chuvas intensas.



O desenvolvimento de um satélite brasileiro deve ser uma das prioridades do programa espacial na próxima década, pois daria mais autonomia ao país, que hoje depende de informações de satélites americanos e europeus, além de maior capacidade para monitorar os sistemas de tempo com alta frequência temporal, ressalta Nobre.



Quando há emergência nos Estados Unidos, nós ficamos sem a cadência de imagens que nos interessa e já aconteceu de o Brasil ficar sem essas informações, comprometendo a qualidade das previsões de tempo e clima, completa o diretor Thyrso Villela. Esse fato, segundo o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilberto Câmara, aconteceu recentemente, no período de dezembro de 2009 até maio deste ano, quando houve a substituição do satélite meteorológico americano Goes-10, que foi cedido ao Brasil pelos Estados Unidos, mas já estava em final de vida útil.

imagem do satelite de meteorologia,


O novo satélite Goes-12 também poderá ser utilizado pelo Brasil, conforme acordo firmado com os Estados Unidos. Mas em caso de eventos climáticos extremos ou catástofre no lado americano, a recepção de imagens para o nosso país será mais lenta. Os meteorologistas também argumentam que a posição orbital do Goes-12 não é a mais adequada para cobrir o território nacional.



Meteorologia passa a integrar objetivos da missão

O satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB) começou a ser concebido em 2004, com a contratação da empresa Atech e do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) para a elaboração do primeiro estudo de viabilidade técnica e econômica. A missão do SGB priorizava, então, as áreas de comunicações militares e de controle de tráfego aéreo.



Nessa época, a decisão de se fazer um satélite geoestacionário próprio foi motivada, principalmente, pelo compromisso assumido pelo Brasil de se adequar às recomendações feitas pela Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), para que os países se adaptassem ao novo sistema de navegação aérea via satélite.



O estudo, concluído em 2005, teve um custo de R$ 10 milhões e foi financiado pelo Fundo Setorial de Telecomunicações (Funttel), gerido pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Antes de ser transferido para a Agência Espacial Brasileira (AEB), em 2007, o projeto do SGB estava subordinado aos Ministérios da Defesa e das Comunicações e era gerenciado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).



Houve uma mudança na missão do satélite, que agora vai priorizar o atendimento às demandas nas áreas de comunicações militares e estratégicas e também de meteorologia, explica o diretor da AEB, Thyrso Villela. A mudança, diz ele, ocorreu porque se concluiu que o projeto anterior sairia muito caro e seria difícil de efetivar.



Nosso objetivo com o SGB hoje é simplificar e otimizar, diz Villela. Para atender às áreas de navegação e controle de tráfego aéreo seriam necessários dois satélites. Além disso, existem problemas técnicos de propagação, que atrapalhariam o sinal do satélite, o que exigiria um investimento muito alto, tanto em equipamentos quanto em pesquisa.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O futuro das comunicações via satélite




O futuro das comunicações via satélite

Se o Brasil não enviar satélites ao espaço até 2013, poderá perder importantes posições orbitais de interesse do país e deverá recorrer a satélites estrangeiros, uma dependência externa prejudicial à sua soberania e defesa. Com o objetivo de alertar o país para esta realidade e fornecer subsídios sobre a situação atual e o cenário futuro das comunicações via satélite no Brasil, a Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) e a Associação Brasileira de Telecomunicações (Telecom) promovem, na sexta-feira, 13 de março, de 8h às 14h, o seminário Satélites Impulsionando o Desenvolvimento do País, com entrada franca. Confira abaixo a programação.



Para o presidente da Telecom, engenheiro Roberto Aroso Cardoso, os negócios na área de comunicações via satélite estão em alta no mercado brasileiro. "As tendências continuam sendo de boas perspectivas de negócios. O estado do Rio de Janeiro não só é o pioneiro, como é a "meca" do setor no Brasil", disse. Segundo ele, o seminário deve colaborar para a manutenção do Rio como capital dos negócios com uso de satélites no país, já que as maiores empresas do ramo e os maiores usuários estão na cidade.



O seminário contará com a participação de representantes dos Ministérios das Comunicações e da Defesa, Anatel, Petrobras, Associação Brasileira das Empresas de Telecomunicações Via Satélite (Abrasat), Associação Brasileira das Empresas de Rádio e TV (Abert) e Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA), entre outros. Durante o encontro, os principais pioneiros da comunicação via satélite no país - João Carlos Fonseca, Carlos Henrique Moreira, Marcelo Peixoto Ribeiro e Rômulo Villar Furtado - serão homenageados.



No fim do seminário será produzido um documento com propostas a serem encaminhadas ao ministro das Comunicações, Hélio Costa, e ao grupo de trabalho nomeado pela Portaria 91, do Ministério da Ciência e Tecnologia, de 10 de setembro de 2008, que visa a dar continuidade ao processo de implementação do Projeto Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB), que integra o Programa Nacional de Atividades Espaciais.

Satélite Geoestacionário Brasileiro envolve polêmica com a Oi

Satélite Geoestacionário Brasileiro envolve polêmica com a Oi

Nem bem começou o projeto do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB), e ele já nasce controverso. Isso porque uma das condicionantes impostas pelo governo para aprovar a compra da Brasil Telecom pela Oi era que a tele apresentasse um estudo justamente sobre a viabilidade de um modelo de sistema satelital brasileiro. Esse estudo já foi apresentado e, agora, essas duas frentes precisam ser harmonizadas. Thirso Vilella, diretor de satélites aplicações e desenvolvimento da Agência Espacial Brasileira (AEB), explica que o chamamento público para a contratação do estudo de viabilidade aconteceu em novembro do ano passado e a anuência prévia da Anatel com o condicionamento saiu em dezembro. Não se sabe de que maneira a Oi poderia participar do projeto do governo, se apenas como cliente ou como parceira. "As cartas estão na mesa", afirma Francisco Perrone, diretor de assuntos internacionais da Oi. Perrone explica que a partir de 2012 ou 2013 a empresa, "inexoravelmente", precisará de mais capacidade satelital.




O Ministério das Comunicações, por meio de Jovino Francisco Filho, que participa do grupo interministerial dedicada ao SGB, informou que a Oi se apresentou "expontaneamente" para participar do projeto.



Os executivos falaram durante o 9º Congresso Latino-Americano de Satélites que acontece no Rio de Janeiro.



A análise corrente entre especialistas do mercado de satélite é que será muito complicado conciliar os interesses do governo em ter um satélite próprio e desenvolver tecnologia nacional, de um lado, e de outro desenvolvê-lo por meio de uma PPP, em que os interesses econômicos de empresas privadas precisam ser contemplados também

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Defesa escolhe o Rafale e decisão final será do presidente




Depois de muitas especulações, o ministério da Defesa decidiu escolher o caça Rafale, de fabricação francesa, para integrar a Defesa Aérea brasileira.



A decisão foi tomada com base apenas em questões técnicas.



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá convocar o Conselho de Defesa Nacional para discutir o assunto.



Uma exposição de motivos de cerca de 40 páginas que será assinada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, e os comandantes da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito, e da Marinha, Almirante Moura Neto, confirma a escolha.



O documento está dividido entre os pontos positivos e negativos de cada um dos três aviões finalistas – Rafale (Dassault), Gripen NG (Saab) e F-18 (Boeing).



Cada parágrafo remete a documentos elaborados pela Força Aérea e pela Marinha.



A Marinha foi consultada visando os porta-aviões de 50 mil toneladas que serão incorporados no futuro.



Também foi assegurada a participação da Embraer em todas as etapas do projeto.



Além disso, a empresa negocia com a França o desenvolvimento e a venda do cargueiro militar KC-390.



Em dezembro do ano passado, a Força Aérea entregou um relatório que colocaria o F-18 como vencedor e não o Gripen, como se chegou a especular.



Nelson Jobim mandou a FAB refazer o documento para adequar a pontuação à Estratégia Nacional de Defesa (END).



A FAB teria utilizado os mesmos critérios do FX1, que foi cancelado no início do primeiro mandato de Lula em 2003.



Na época, o custo de manutenção, o preço unitário do avião e o pacote de contrapartidas comerciais eram os itens que mais pontuavam.



Desta vez, a transferência de tecnologia valeu 40 de 100 pontos. Ao final do governo Fernando Henrique, valia apenas 9 pontos em 100.



O Gripen NG teve a melhor avaliação quanto à transferência de tecnologia, mas perdeu muitos pontos em outros itens e foi considerado um projeto de alto risco.



Na prática, o avião sueco só teve boa avaliação no início do processo.



O Rafale, por sua vez, só foi mal no quesito preço.



A hora vôo do Gripen está calculada entre US$ 7 e US$ 8 mil. A Saab prometeu que ficaria em US$ 3 mil.



Confirmada a decisão, a Saab estará em maus lençóis, pois o Gripen NG é o único projeto da empresa junto com a modernização das versões C e D do mesmo avião.



A própria Suécia não adquiriu o avião e só o fará se o negócio com o Brasil sair.



Já o Rafale tem mais de 100 unidades entregues e outras 180 encomendas. O modelo está bem avaliado nos Emirados Árabes Unidos e na Suíça.



O F-18 Super Hornet, da Boeing, está bem cotado na Índia.



Análise da Notícia



Marcelo Rech



O fato de o ministério da Defesa ter optado pelo Rafale não significa que o processo está concluído ou que será confirmado pelo presidente Lula.



Há uma eleição no horizonte próximo e não seria nenhuma surpresa que a decisão ficasse para a próxima administração.



A escolha foi técnica.



O governo acredita poder compensar, no âmbito da aliança estratégica com a França, o fato de o Rafale ser o mais caro entre os três finalistas.



A Embraer também ganha, e muito.



Eleito o Gripen, ela apenas participaria do projeto. Com o Rafale, estará liderando o processo.



A empresa também envolve o desenvolvimento e a comercialização do cargueiro KC-390 no negócio.



Os Estados Unidos não poderiam, por lei, fechar um negócio de compra do Super Tucano em troca da venda do F-18, como se especulou recentemente.



Jobim pediu mudanças porque não aceita uma compra de prateleira, como disse várias vezes em audiências públicas realizadas no Congresso.



Ele quer a industrialização da Defesa e o domínio da tecnologia pelo Brasil.



E acredita que isso será possível com a eleição do Rafale.



Nosso Comentário:



Caso o Marcelo Rech tenha uma fonte realmente boa, ficamos finalmente sabendo que a FAB fez seu relatório original escolhendo o F-18 como vencedor e não o Gripen NG, como certa imprensa marrom quis fazer com que o povo acreditasse, não se sabe bem por quais motivos, embora imagine-se os propósitos.



Outro folclore que cai por terra é a famosa hora vôo do Gripen NG, que muitos afirmavam de pés juntos que não passaria de US$ 4 mil. Ela hoje está calculada pela própria FAB em até US$ 8 mil, ou seja, o dobro do que se dizia.



O caça sueco sempre foi considerado pelo DEFESA BR como um projeto de alto risco, técnico, empresarial, político e estratégico. Interessante agora seria ver a Embraer adquirir a SAAB em liquidação, após a decisão pelo Rafale.



Présentation Rafale Air Full HD Démo ” Alpha ” de l’Armée de l’Air Française -- 23/05/2010:







Esta decisão estratégica do Brasil poderia se dar em função de um necessário “Hi-Lo Mix” para a FAB, em que aparelhos mais simples (low = Gripen NG) podem ser produzidos em maiores quantidades, enquanto que aqueles mais caros e sofisticados (High = Rafale F3) são a minoria a ser usada na hora certa. Esta combinação de caças seria uma excelente opção de superioridade aérea para o Brasil.



Já o ministro Jobim mandou a FAB refazer o documento apenas com a intenção de adequar a pontuação dele à END, mais especificamente, considerando com muito mais ênfase o aspecto hoje crucial de transferência de tecnologia, que passou a valer de 9 para 40 pontos em 100. Uma mudança e tanto.



Que a participação da Embraer em todas as etapas do projeto seria assegurada e que uma venda do KC-390 seria importante todos já sabíamos. Mas é interessante ressaltar que a opção pelo Gripen NG diluiria e talvez até atrapalhasse ou mesmo impedisse sua atuação mais útil no projeto, com tantas outras empresas nacionais interessadas e mesmo já engajadas, à sua revelia.



Agora, novidade mesmo é vir a público que a MB também participou da confecção do relatório. Como é novidade que o governo prevê encomendar ou até construir mais de um Navio-Aeródromo (nome correto para porta-aviões). O NAe A-12 São Paulo pesa apenas 33 mil ton, quando o mínimo necessário para os caças de hoje seria um NAe de 50 mil ton.





Os comentários poderão ser feitos pelos associados do Clube Defesa BR, que apoiam a manutenção do Portal Defesa BR. Associe-se você também, junte-se a nós. Tradução disponível junto ao título de cada post e comentário (translation available).

quinta-feira, 24 de junho de 2010

de 28 de junho a 4 de julho, pilotos de todas as Unidades de Caça da Força Aérea Brasileira (FAB) estarão em Boa Vista (RR), de 4 de julho a 9 de julho, para uma das mais tradicionais competições operacionais da aviação militar: o Torneio da Aviação de Caça (TAC), em sua 29ª edição.




O torneio é uma atividade operacional que tem por objetivo consolidar e aprimorar a doutrina de emprego e permitir o intercâmbio de experiências e conhecimentos entre os Esquadrões participantes, a fim de avaliar a eficiência operacional e a capacidade esportiva das Unidades Aéreas de Caça.



Durante 6 dias de TAC, os 11 esquadrões de caça da FAB realizarão provas de ataque ao solo e navegação à baixa altura, além de provas esportivas, como corrida de orientação, cabo de guerra, vôlei e tiro de armas portáteis.



No domingo (4 de julho), as aeronaves chegarão a Boa Vista. Participam da disputa os caças F-5E/FM, F-2000, A-1, A-29 e AT-26, além de aeronaves-radar (E-99) e helicópteros H-60.







Os interessados em acompanhar a Sabre deverão entrar em contato com a Seção de Comunicação Social da Base Aérea de

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Lula e presidente de Angola


devem discutir pré-sal africano

Estimativas apontam que camada do país africano é semelhante à da costa brasileira




Confira também

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Dilma: pré-sal é “passaporte para o futuro”




O presidente Lula está reunido, neste momento, com o presidente angolano José Eduardo dos Santos, no Palácio do Itamaraty. Angola é um dos principais parceiros comerciais do Brasil no continente africano e fonte de grande interesse de empresas brasileiras. Somente a Petrobras tem investimentos no país da ordem de R$ 3,6 bilhões (US$ 2 bilhões).



Apesar de não constar na agenda oficial, um dos temas tratados no encontro entre os dois presidentes será o interesse da estatal brasileira no pré-sal angolano. Estima-se que o tamanho da camada petrolífera do país seja equivalente à do Brasil, e a Petrobras tem firmado acordos com a estatal angolana Sonangol para mapear as possíveis bacias.



O interesse, no entanto, não é apenas do governo. Empresas como a mineradora Vale, a fabricante de refrigeradores Embraco e a construtora Odebrecht estão de olho na ampliação das relações comerciais entre Brasil e Angola.



Apenas no ano passado, a corrente de comércio entre os dois países somou R$ 2,6 bilhões (US$ 1,47 bilhão), dos quais R$ 2,4 bilhões (US$ 1,33 bilhão) em vendas de produtos brasileiros para o país africano.



Em termos de investimentos, as empresas brasileiras já respondem por 10% do PIB (a soma de todas as riquezas) de Angola, de cerca de R$ 144,4 bilhões (US$ 80 bilhões).



Acordos



Antes do almoço, Lula e Santos assinaram onze convênios bilaterais. Um deles promete intensificar o intercâmbio entre estudantes dos dois países, inclusive fornecendo bolsas de estudos.



O ministro da Educação, Fernando Haddad, estima que 10 mil estudantes possam ser beneficiados com o acordo, principalmente em áreas como saúde, agricultura e gestão.



Outro documento assinado diz respeito ao Acordo de Cooperação em Defesa. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, não detalhou o convênio, mas fez questão de ressaltar que se trata da continuidade da política externa de apoio a países amigos do Brasil.



Lula também se manifestou sobre o tratado ao afirmar que o Brasil não pode se furtar do direito de marcar uma nova posição no tabuleiro político mundial.



- Queremos dar um novo impulso à zona de paz do Atlântico Sul. Essa é a política que tem de prevalecer no mundo. Para isso, as instituições globais não podem negar a influência da África e da América do Sul. É preciso, fundamentalmente, que o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional abandonem seus dogmas. E eu vou levar essa posição à reunião do G20 [grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo, e que se reunirá em Toronto, no Canadá, a partir do próximo sábado].

foguete Shavit-ou míssil Jericoh

foguete Shavit-ou míssil Jericoh
Como um pais como israel poderia,lançar um foquete..com Ofek-9 satelite espiâo da para fica desconfiado
deste proposito de israel por que o jericoh-III poderia alcançar o iran..o brasil tem noVLS-B1 uma grande-
Capacidade mais ate agora ele nem deu sinal de vida da para a creditar nos iraelenses que eles tem capacidade de lançar foquete ou a capacidade de lançar missil contra o iran jà que israel nuca mostrou
Oceù programa espacial sò para lançar satelite espiào que o mundo fique atento com israel dos seus propositos um pais que a tacar navios de suprimento poderia fazer uma burrice de fazer um a tanque nuclear-
tanbens pura paranoia de israel ....PLANO DE DEFESA DE ISRAEL!!! 
que pode colocar o mundo enperigo ja que o seu proposito è a GUERRA é náo a paz..eu penso que o G20 DEVERIA falar um pouco do oriete medio porque israel ja estar muito asustados ..com o dedo no gatilho para despara sua chuva de msisil sopre o iran EUA SÀ-BENS MUITO BENS Que náo tem VENCEDORES .NA GUERRA ATOMICA    

terça-feira, 22 de junho de 2010

FS e Exército Brasileiro comemoram sucesso do Programa VANT VT15




No final de maio, a Flight Solutions (FS) encerrou com sucesso a campanha de ensaios em vôo do Programa VANT VT15 – contrato do Exército Brasileiro assinado com o objetivo de começar o desenvolvimento de sua família de Sistemas Aéreos Não-Tripulados Táticos.



O projeto foi desenvolvido pela FS, em parceria com o Exército Brasileiro, por intermédio do CTEx – Centro Tecnológico do Exército. O vôo de número 50, realizado no dia 28, depois de um acumulado de cerca de 35 horas de operação, realizou a apreciação final do sistema em relação aos requisitos operacionais submetidos pelo Exército. A operação incluiu um vôo de longa distância, autônomo, com procura e identificação de alvos de inteligência e de oportunidade. A vôo foi realizado em espaço aéreo militar, entre o Vale do Paraíba e a Serra do Mar, a partir da Comando de Aviação do Exército, em Taubaté, interior do Estado de São Paulo.



De acordo com Nei Brasil, Diretor Executivo da Flight Technologies, controladora da FS, o encerramento com sucesso desta campanha é um grande marco para as empresas envolvidas, comprova a capacitação para desenvolvimento, integração e ensaios de um sistema complexo e com alto conteúdo tecnológico agregado como é o VANT VT15, e pode representar um importante passo para a operacionalização de sistemas não-tripulados no Exército Brasileiro.



O Exército Brasileiro está, atualmente, analisando a operacionalização dos sistemas táticos em desenvolvimento. Aplicações de reconhecimento, coleta de informações e aquisição de alvo, em fronteiras e na Amazônia são algumas das prioridades da força.



A FAMÍLIA DE VANTs TÁTICOS DA FS



A família de VANTs Táticos hoje em desenvolvimento pela FS em cooperação com o Exército Brasileiro abrange desde o Mini-VANT, baseado no FS-02 AvantVision - com 5,5 kg e lançado da mão - até o VANT Tático de médio alcance, baseado no FS-01 Watchdog - que pode ser derivado para configurações de até 250 kg, com alcance de 150 km.
Satélite Tandem-X fará mapa tridimensional da Terra


Jonathan Amos - BBC - 22/06/2010




É a primeira vez que dois satélites foram colocados em formação tão próxima. Suas órbitas os aproximam com um mínimo de distância de cerca de 200 metros.[Imagem: DLR]

A agência espacial alemã (DLR) lançou nesta segunda-feira o satélite Tandem-X, que terá a missão de compilar o mais preciso mapa em três dimensões da superfície da Terra.



O radar alemão vai voar em formação com um outro satélite idêntico, chamada Terrasar-X, lançada em 2007. Tandem-X é um acrônimo para Terrasar-X add-on for Digital Elevation Measurement.



Juntos, os dois satélites vão medir a variação de altura em todo o globo.



Mapa 3D da Terra



O mapa em três dimensões poderá ser usado para vários fins, entre eles, auxiliar aviões militares a voar em alturas extremamente baixas e ajudar equipes de resgate a avaliar onde foram os piores estragos após um terremoto, por exemplo.



"Nosso objetivo é gerar um modelo com resolução e qualidade que não existem hoje", explicou Vark Helfritz, da empresa de imagens por satélite Infoterra GmbH.



"Este será um produto verdadeiramente global e 'sem costuras' - não será uma 'colcha de retalhos' de dados enviados por diferentes satélites e colocados juntos", disse ele à BBC News.



Míssil balístico



O Tandem-X foi levado para o espaço por um míssil balístico intercontinental adaptado, partindo do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.



O foguete foi lançado às 5h14 da manhã, hora de Brasília, e um sinal confirmando a separação do satélite foi recebido 29 minutos depois, por uma estação de rastreamento na Antártida.



O novo satélite foi colocado em uma órbita polar paralela à órbita do Terrasar-X, cerca de 514 km acima do planeta.



Voo em formação



"É a primeira vez que dois satélites foram colocados em formação tão próxima", disse o brigadeiro Thomas Reiter, ex-astronauta e atual membro do painel executivo da DLR. "Suas órbitas os aproximam com um mínimo de distância de cerca de 200 metros. Isso será bastante desafiador para os controladores da missão, como se pode imaginar."



Os radares vão emitir pulsos constantes de micro-ondas contra a superfície do planeta. Ao medir o tempo que os sinais levam para retornar à sua fonte de origem os instrumentos determinam as diferenças de altitude.



O fato de os dois satélites estarem em formação tão próxima vai permitir que um deles aja como um transmissor/receptor e o outro como um segundo receptor.



Aplicações dos mapas 3D



Para que o satélite consiga mapear todos os 150 milhões de quilômetros quadrados da superfície da Terra serão necessários pelo menos três anos.



As observações por radar já têm extenso uso em aplicações militares, civis e científicas, como nas recentes avaliações de fenômenos como a erupção do vulcão Eyjafjallajoekull, na Islândia, e o vazamento de petróleo no Golfo do México.



A visão de micro-ondas do Terrasar-X permitiu que especialistas pudessem acompanhar e avaliar o status do vulcão islandês apesar de ele estar coberto por uma nuvem de cinzas. E no caso do vazamento, o satélite pode acompanhar o avanço da mancha de óleo no mar durante o dia e à noite, graças aos sinais de radar refletidos pela água poluída.



Com a melhoria na precisão dos dados enviados pelo Tandem, as aplicações deverão ser estendidas e aprofundadas.



Operadores de celulares, por exemplo, vão usar o modelo digital de elevação para escolher os melhores locais para a instalação de antenas; o setor de aviação poderá usar os dados para planejar rotas aéreas mais seguras; planejadores urbanos poderão avaliar riscos de enchentes com mais precisão e autoridades marítimas poderão usar a informação para rastrear piratas e navios de pesca ilegais.



Parceria público-privada



A missão Terrasar-X/Tandem-X é operada por uma parceria público-privada. A Agência Espacial Alemã é dona do hardware, a EADS Astrium construiu os satélites e a Infoterra GmbH tem os direitos comerciais exclusivos sobre os dados.



Já há planos para lançar um outro satélite, para dar continuidade ao trabalho desta missão.



O próximo passo seria uma tecnologia de alta resolução e de grande alcance que permitiria que imagens de grande escala da superfície, extremamente detalhadas, sejam registradas em uma única passagem.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O VSB-30 é um foguete de sondagem, bi-estágio, não guiado, estabilizado por empenas, lançado de trilho




O primeiro estágio consiste de um propulsor, “booster”, denominado S31 e o segundo estágio é um propulsor S30.



O motor do primeiro estágio apresenta uma combustão rápida do propelente, proporcionando alta aceleração inicial do foguete e menor dispersão dos pontos de impacto das partes do foguete e da carga científica. Motores com esta característica são conhecidos por “boosters”. O motor S30, do segundo estágio, é largamente utilizado em outros foguetes de sondagem, tais como o Sonda III, VS-30 e VS-30 ORION.



O IAE desenvolveu e qualificou o “booster” S31, utilizando os seguintes conceitos: a estrutura do motor idêntica a do motor S30, a menos do comprimento; o propelente foi desenvolvido para proporcionar queima rápida; a geometria interna do bloco de propelente proporciona alto empuxo inicial. Esta geometria é conhecida por “roda de vagão”. O S31 tem 650 kg de propelente sólido. O motor S30, do segundo estágio tem 880 kg de propelente sólido.



Visando diminuir as áreas de impacto, o foguete é equipado com um Sistema de Indução de Rolamento (SIR), que consiste de três micro-motores sólidos, iniciados assim que o foguete perde o vínculo com os trilhos do lançador. Os jatos, destes pequenos motores, produzem a momentânea rotação do foguete em torno de seu eixo longitudinal, causando o efeito final desejado. Estes micro-motores foram desenvolvidos para o lançador de satélites VLS-1, que também utiliza um sistema de indução de rolamento, e adaptados para emprego no VSB-30.



O VSB-30 é um foguete sem controle ativo, é estabilizado aerodinamicamente e dinamicamente por dois conjuntos de superfícies aerodinâmicas denominadas empenas. O foguete não dispõe de sistema de separação do primeiro estágio. Durante a fase propulsada do primeiro estágio, este empurra o segundo estágio com tal intensidade, que não há necessidade de um sistema de fixação entre os estágios. Cessado o empuxo, o primeiro estágio é empurrado para trás pelo arrasto aerodinâmico.



As operações de lançamento, que utilizam foguetes brasileiros no programa científico europeu de pesquisa nas altas camadas da atmosfera, ocorrem no Campo de Lançamento de Esrange, Suécia, que possui um lançador com três trilhos, diferente do utilizado no Centro de Lançamento de Alcântara que possui somente um trilho. Devido a esta configuração do lançador de Esrange o VSB-30 é fabricado em duas versões para lançamentos em Alcântara (Brasil) e em Esrange (Suécia)





Segue-se um breve histórico da origem do VSB-30 e da evolução de seu desenvolvimento, visando uniformizar o entendimento de seu contexto.




Na Europa, foi formado um consórcio de organizações (DLR-MORABA, Astrium GmbH, Swedish Space Corporation e Kayser-Threde GmbH) que estabeleceram o “Unified Microgravity Sounding Rocket Program for the Future”, com a finalidade de efetuar experimentos de microgravidade, por meio de foguetes de sondagem. Dentre esses experimentos, está incluído o programa TEXUS, cujo lançamento tem sido efetuado com o veículo Skylark 12.



No ano de 2001, a Agencia Espacial Alemã (DLR) consultou o Instituto de Aeronáutica e Espaço sobre a possibilidade de desenvolver um propulsor tipo “booster” para o veículo de sondagem VS-30 de forma a incrementar sua performance para emprego no Programa Europeu de Microgravidade, em substituição ao foguete Skylark 7, que deixou de ser produzido. Considerando que tal desenvolvimento era também de interesse para o Brasil, não somente pelo aspecto comercial mas também pela possibilidade de emprego no Projeto Microgravidade da Agência Espacial Brasileira, um acordo foi firmado entre o Centro Técnico Aeroespacial e o DLR/MORABA de forma a permitir a alocação de recursos para tal desenvolvimento.



A proposta de desenvolvimento apresentada pelo consórcio em reunião realizada no DLR em maio de 2001, ao IAE, previa dois vôos teste (dois vôos de qualificação sendo realizados a partir do CLA) e sete lançamentos em Esrange (Suécia). O IAE forneceria o propulsor equipado S30 e o propulsor “booster”. O consórcio produziria o cone de acoplamento da carga útil e a carga útil completa, estrutura e experimentos. Aquela reunião marcou o início dos estudos e definições do veículo VSB-30. Outra reunião de acompanhamento ocorreu no IAE, em dezembro de 2001, na qual o consórcio apresentou uma evolução das intenções sobre o VSB-30 e que o consórcio desejava efetuar o vôo teste nas mesmas bases previstas em maio de 2001, com o primeiro vôo teste em 2004.



O desenvolvimento do “booster” ocorreu a contento, com a realização de três ensaios em banco de provas bem sucedidos.



Em 2003, o desenvolvimento de outros subsistemas do veículo foi prejudicado pelos preparativos da operação de lançamento do VLS-1 V03. A expectativa era que os trabalhos sobre o VSB-30 tomariam impulso a partir de setembro de 2003, após o lançamento do VLS-1. Face ao acidente e a respectiva investigação, a evolução dos trabalhos só veio a se intensificar em fevereiro de 2004. Nesse momento, o IAE já estava ciente de que a empresa canadense Bristol Aerospace havia oferecido ao consórcio europeu um vôo gratuito do veículo Black Brant, visando o fornecimento dos veículos seguintes, de modo a substituir o VSB-30 e o VS-30. Uma parte dos integrantes do consórcio passou a desejar essa solução, mas o DLR se manteve firme na defesa do VSB-30.
VS-40
O VS-40 é um foguete de sondagem biestágio à propulsão sólida não-controlado, estabilizado aerodinamicamente, com propelentes (mistura de materiais combustíveis e oxidantes) distribuídos entre o primeiro estágio (4.200 kg) e o segundo estágio (810 kg).




Os estágios são equipamentos constituídos de motores e combustíveis, acoplados ao foguete, com a finalidade de impulsionar a sua subida. O primeiro estágio é composto pelo propulsor S40, uma saia traseira com empenas e uma saia dianteira, e o segundo estágio é composto por um propulsor S44, tendo em sua parte dianteira uma baia de instrumentação e, em seguida, uma coifa que deve abrigar uma carga útil tecnológica ou experimentos científicos.




Características nominais do foguete


Comprimento (mm) 7.390


                                             
Massa da carga útil (kg) 500



Diâmetro (mm) 1.007


    
Massa total de decolagem (kg) 6.737
                                                         


Massa da carga útil (kg) 197



Massa de propelente (kg) 5.054



Massa estrutural (kg) 1.028



Apogeu (km) 640



Tempo de microgravidade (s) 760




O foguete VS-40 foi concebido, inicialmente, para realizar testes do quarto estágio do VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites) em ambiente de vácuo, além de outros experimentos de interesse do projeto do Veículo Lançador.



Esse foguete tornou-se necessário pela ausência, no país, de instalações de ensaios capazes de simular as condições de vácuo em altitude. Essas instalações, extremamente complexas e onerosas, seriam de difícil contratação no exterior, devido ao alto risco que acarretariam de seu uso, considerando-se ser um desenvolvimento novo e, portanto, de baixa confiabilidade.




Os vôos no CLA




Até a presente data foram realizadas duas operações de lançamento, denominadas Operação Santa Maria e Operação Livramento:




Operação Santa Maria - VS-40 PT01




Data do vôo: 02 de abril de 1993 – CLA



Missão: Qualificação S44



Tempo de microgravidade: 760 s





No primeiro vôo do VS-40 foi possível qualificar o quarto estágio do VLS-1, do tipo S-44, em ambiente de vácuo, e atestar a capacidade do foguete ao transportar grande quantidade de carga útil, em uma performance considerável: o vôo atingiu um apogeu de 950 Km, para uma carga útil de 500kg e um tempo de microgravidade de 760s.





Operação Livramento - VS-40 PT02


Data do vôo: 21 de março de 1998 – CLA



Carga útil: Lastro de 236 kg e VAP-1 (Fokker)




No segundo vôo do foguete de sondagem (VS-40 PT02), em 21 de março de 1998, foi transportada uma carga útil de 483 quilos, da empresa holandesa Fokker Space. Na Operação denominada Livramento, dados sobre o comportamento do VS-40, como empuxo, pressão, aceleração e vibração também foram monitorados.



Situação atual



Uma equipe técnica de especialistas do IAE prepara uma revisão do foguete de sondagem biestágio VS-40 para a realização do seu terceiro vôo (VS-40 PT-03), previsto para 2010, no CLA (Centro de Lançamento de Alcântara).



O objetivo principal do projeto é de aprimorar o primeiro estágio do foguete, assim como suas interfaces, de modo a padronizar componentes e a utilizar soluções técnicas do terceiro estágio do VLS-1, o Veículo Lançador de Satélites. Além disso, o aproveitamento de sistemas e de componentes qualificados do veículo e o atendimento às recomendações previstas no relatório pós-acidente são prioridades da revisão.



As semelhanças entre o primeiro estágio do VS-40 e o terceiro estágio do VLS-1, como a utilização de mesmo envelope de motor (do tipo S-40), viabilizam a aplicação de soluções como a substituição de peças mecânicas na configuração Sonda IV por outras da versão 3º estágio do VLS-1, assim como a utilização da solução pirotécnica do Veículo Lançador.



Modificações no VS-40 para o vôo PT-03 prevêem, ainda, a incorporação de correções em itens que provocaram perturbações durante o segundo vôo do foguete, além de inovações para se atender às necessidades do projeto SARA em vôos sub-orbitais e orbitais.



Com isso, o sucesso desse empreendimento permitirá o aprimoramento das características do VS-40 como foguete de sondagem, cuja finalidade é a de qualificar componentes e subsistemas a serem embarcados em veículos lançadores e lançar cargas úteis tecnológicas e científicas que requeiram experimentos em ambiente de microgravidade.
SARA
O projeto compreende o desenvolvimento de uma plataforma espacial para experimentos em ambiente de microgravidade, denominada Satélite de Reentrada Atmosférica (SARA), destinada a operar em órbita baixa, circular, a 300 km de altitude, por um período máximo de 10 dias. O projeto SARA se encontra em uma fase em que os seus subsistemas serão verificados em um vôo suborbital. Esta fase de desenvolvimento de subsistemas, denominada Sara Suborbital, deverá testar em vôo o subsistema de recuperação, o subsistema de redes elétricas e o módulo de experimentação. O Sara Suborbital consiste em um veículo suborbital de 350 kg, a ser lançado através de um veículo de sondagem VS-40 modificado, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (MA), com a finalidade de realizar experimentos de microgravidade de curta duração (cerca de 8 min).








O Subsistema Estrutural é responsável pela resistência tanto às cargas em vôo e de impacto com a água, quanto pela proteção térmica nas fases mais críticas da missão. Uma destas fases críticas é a da reentrada atmosférica, pois o veículo deixa a atmosfera mais densa (que termina em cerca de 100 km de altitude) e retorna a ela após trafegar no vácuo. Muito embora o veículo não possua uma velocidade tão alta quanto à de um veículo retornando da órbita terrestre, ainda assim, o aquecimento cinético é significativo, demandando um cuidado especial para que a estrutura não seja submetida a temperaturas muito altas.



O Subsistema de Recuperação é constituído de um conjunto de três tipos de pára-quedas: uma aba piloto, para a extração dos demais pára-quedas, um pára-quedas de arrasto, para a redução principal de velocidade, e um conjunto de pára-quedas principais, para levar a plataforma até a velocidade de descida especificada para o impacto com a água.



O Subsistema de Redes Elétricas engloba toda a eletrônica embarcada no veículo. O Sara Suborbital se estrutura segundo uma arquitetura eletrônica descentralizada. Ele possui uma Rede de Serviço, destinada ao suprimento de energia e ao sequenciamento de eventos em vôo, uma Rede de Telemedidas, destinada à transmissão dos dados de vôo para a estação de solo, uma Rede de Controle, onde estão localizados os sensores inerciais e o computador de bordo, incluindo os atuadores de gás frio (destinados a zerar as velocidades angulares da plataforma) e uma Rede de Segurança, responsável por comandar a teledestruição do veículo VS-40 caso este assuma uma trajetória anômala. Neste particular, o Sara Suborbital apresenta uma proposta inovadora, pois toda a eletrônica do veículo VS-40 se encontra dentro da plataforma SARA Suborbital. Assim sendo, esta eletrônica pode ser recuperada após o vôo.



O Módulo de Experimentação é o subsistema que abriga os experimentos, fornecendo a eles energia elétrica, controlando sua temperatura, adquirindo os dados gerados para envio pela Rede de Telemedidas e, ao mesmo tempo, guardando-os na memória para posterior utilização, caso ocorra algum problema com a transmissão dos dados para a estação de solo.



Os experimentos embarcados no Sara Suborbital poderão ser de cunho científico ou tecnológico e serão acionados após a separação da plataforma do veículo lançador VS-40 e em seguida à estabilização em zero de suas velocidades angulares nos três eixos (pitch, roll e yaw). O vôo do Sara Suborbital deverá atingir um apogeu de 350 km e um alcance de 300 km, com amerissagem na água a 100 km da cidade de Parnaíba (PI), de onde será coordenada a operação de resgate. Esta operação contará com um avião patrulha para a localização da plataforma no mar. Após a localização, serão acionados dois helicópteros que levarão a equipe de resgate até o ponto de impacto e organizarão o transporte da plataforma até Parnaíba. De lá, após a retirada dos experimentos, a plataforma será transportada de volta para Alcântara.



Todos estes subsistemas serão testados para vôo em São José dos Campos, transportados para Alcântara e integrados no Centro de Lançamento antes de seu acoplamento final no veículo VS-40.
Concepção Artística do VLS-1B


Desenvolver um veículo lançador de satélites, capaz de inserir um satélite de 115 kg a 750 km de altitude, em órbita circular de 25 graus de inclinação, até 2011.




Justificativa




O VLS-1 permitirá a consolidação de tecnologia indispensável à satelitização de engenhos espaciais de significativa importância para o País.



Descrição




O VLS-1 é composto por quatro estágios de propulsão, utiliza combustível sólido em todos os estágios e está enquadrado na classe dos lançadores de pequeno porte. Sua capacidade nominal de satelitização é de 100 a 380 kg em órbitas circulares equatoriais de 200 a 1200 km de altitude ou de 75 a 275 kg em órbitas circulares polares de 200 a 1000 km de altitude.



O VLS-1 é composto de sete grandes subsistemas: 1º Estágio, 2º Estágio, 3º Estágio, 4º Estágio, Coifa Ejetável, Redes Elétricas e Redes Pirotécnicas.




As suas principais características são:




- número de estágios: 4;



- comprimento total: 19 m;



- diâmetro dos propulsores: 1 m;



VLS-1
- massa total na decolagem: 50 t;



- tipo de propelente: sólido compósito .





Histórico




Principais marcos do desenvolvimento:





- 1980: instituição da Missão Espacial Completa (MECB);



- 1984: primeira revisão conceptual, Centre Nationale d´Etude Spaciales (CNES);



algoritmos de controle mais avançados;



- 1986: segunda revisão conceptual no CNES;



- 1987: primeiro tiro em banco do motor S43;



- 1988: revisão da definição preliminar, Centre Nationale d´Etude Spaciales (CNES);



- 1994: revisão da definição, Salyut Design Bureau (SDB);



- 1997: vôo do primeiro protótipo, com falha do ignitor do 1º estagio;



- 1999: vôo do segundo protótipo, com falha do propulsor do 2º estagio;



- 2003: acidente na preparação do terceiro protótipo, por falha do DMS do 1º estagio;



- 2004: início da revisão crítica, State Rocket Center – Makeyev Design Bureau (SRC);



- 2006: inicio da implementação das recomendações contidas na revisão crítica do SRC.





Situação Atual




O projeto VLS-1 encontra-se na fase de implementação de modificações decorrentes da Revisão de Projeto.



Em sua fase atual, o projeto prevê a construção de um “Mockup” de Integração e de Ensaios das Redes Elétricas (MIR), dois lançamentos de protótipos (VLS-1 XVT01, com apenas a parte baixa ativa e VLS-1 XVT-02, que satelizará uma instrumentação), além da reconstrução da Torre Móvel de Integração e o lançamento do VLS-1 V04, que colocará em órbita um satélite a ser designado.

Cbers-2b

Cbers-2b

O espaço exterior é o único local de onde se pode observar a Terra como um todo. Desde 1957, quando o primeiro satélite artificial, Sputinik I, foi colocado em órbita pela extinta União Soviética, quase 4,5 mil outros engenhos foram lançados até hoje. Os satélites exercem as mais variadas funções, entre elas: permitem as telecomunicações e estudos meteorológicos, são usados para fins científicos e militares, realizam o imageamento (fotografia) da Terra, coletam dados importantes de regiões remotas e permitem precisão no posicionamento global.






Dadas as dimensões territoriais do Brasil, algumas atividades não podem ser realizadas com eficiência sem o uso de satélites, tais como:



Monitoramento de grandes áreas, como aquelas destinadas à produção agrícola

Coleta de dados em locais de difícil acesso, como o interior da Amazônia

Detecção de eventos imprevisíveis, como ciclones e terremotos

Comunicações de longa distância

Controle de tráfego aéreo e de fronteira

A Agência Espacial Brasileira é responsável pela implementação, coordenação e supervisão de projetos e atividades relativas aos satélites e suas aplicações. Com isso, contribui para as políticas públicas, para a capacitação da indústria brasileira e para promover autonomia do setor espacial.



Nossos Satélites



O Programa Espacial Brasileiro começou em 1979, com a Missão Espacial Completa Brasileira (MECB). Os satélites desenvolvidos dentro desse programa foram os SCD-1 e 2 (Satélite de Coleta da Dados), lançados, respectivamente, em 1993 e 1998. Além disso, Brasil e China assinaram, em julho de 1988, um acordo de cooperação para o desenvolvimento do projeto conhecido como Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (Cbers), cuja função é imagear a Terra.



Mais três satélites estão sendo desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável pela execução dos projetos. O Amazônia-1, que será usado para imageamento da região amazônica, a Sabia-mar, desenvolvido em cooperação com a Argentina, e o GPM-Brasil, para estudos meteorológicos