sexta-feira, 25 de junho de 2010
Depois de muitas especulações, o ministério da Defesa decidiu escolher o caça Rafale, de fabricação francesa, para integrar a Defesa Aérea brasileira.
A decisão foi tomada com base apenas em questões técnicas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá convocar o Conselho de Defesa Nacional para discutir o assunto.
Uma exposição de motivos de cerca de 40 páginas que será assinada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, e os comandantes da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito, e da Marinha, Almirante Moura Neto, confirma a escolha.
O documento está dividido entre os pontos positivos e negativos de cada um dos três aviões finalistas – Rafale (Dassault), Gripen NG (Saab) e F-18 (Boeing).
Cada parágrafo remete a documentos elaborados pela Força Aérea e pela Marinha.
A Marinha foi consultada visando os porta-aviões de 50 mil toneladas que serão incorporados no futuro.
Também foi assegurada a participação da Embraer em todas as etapas do projeto.
Além disso, a empresa negocia com a França o desenvolvimento e a venda do cargueiro militar KC-390.
Em dezembro do ano passado, a Força Aérea entregou um relatório que colocaria o F-18 como vencedor e não o Gripen, como se chegou a especular.
Nelson Jobim mandou a FAB refazer o documento para adequar a pontuação à Estratégia Nacional de Defesa (END).
A FAB teria utilizado os mesmos critérios do FX1, que foi cancelado no início do primeiro mandato de Lula em 2003.
Na época, o custo de manutenção, o preço unitário do avião e o pacote de contrapartidas comerciais eram os itens que mais pontuavam.
Desta vez, a transferência de tecnologia valeu 40 de 100 pontos. Ao final do governo Fernando Henrique, valia apenas 9 pontos em 100.
O Gripen NG teve a melhor avaliação quanto à transferência de tecnologia, mas perdeu muitos pontos em outros itens e foi considerado um projeto de alto risco.
Na prática, o avião sueco só teve boa avaliação no início do processo.
O Rafale, por sua vez, só foi mal no quesito preço.
A hora vôo do Gripen está calculada entre US$ 7 e US$ 8 mil. A Saab prometeu que ficaria em US$ 3 mil.
Confirmada a decisão, a Saab estará em maus lençóis, pois o Gripen NG é o único projeto da empresa junto com a modernização das versões C e D do mesmo avião.
A própria Suécia não adquiriu o avião e só o fará se o negócio com o Brasil sair.
Já o Rafale tem mais de 100 unidades entregues e outras 180 encomendas. O modelo está bem avaliado nos Emirados Árabes Unidos e na Suíça.
O F-18 Super Hornet, da Boeing, está bem cotado na Índia.
Análise da Notícia
Marcelo Rech
O fato de o ministério da Defesa ter optado pelo Rafale não significa que o processo está concluído ou que será confirmado pelo presidente Lula.
Há uma eleição no horizonte próximo e não seria nenhuma surpresa que a decisão ficasse para a próxima administração.
A escolha foi técnica.
O governo acredita poder compensar, no âmbito da aliança estratégica com a França, o fato de o Rafale ser o mais caro entre os três finalistas.
A Embraer também ganha, e muito.
Eleito o Gripen, ela apenas participaria do projeto. Com o Rafale, estará liderando o processo.
A empresa também envolve o desenvolvimento e a comercialização do cargueiro KC-390 no negócio.
Os Estados Unidos não poderiam, por lei, fechar um negócio de compra do Super Tucano em troca da venda do F-18, como se especulou recentemente.
Jobim pediu mudanças porque não aceita uma compra de prateleira, como disse várias vezes em audiências públicas realizadas no Congresso.
Ele quer a industrialização da Defesa e o domínio da tecnologia pelo Brasil.
E acredita que isso será possível com a eleição do Rafale.
Nosso Comentário:
Caso o Marcelo Rech tenha uma fonte realmente boa, ficamos finalmente sabendo que a FAB fez seu relatório original escolhendo o F-18 como vencedor e não o Gripen NG, como certa imprensa marrom quis fazer com que o povo acreditasse, não se sabe bem por quais motivos, embora imagine-se os propósitos.
Outro folclore que cai por terra é a famosa hora vôo do Gripen NG, que muitos afirmavam de pés juntos que não passaria de US$ 4 mil. Ela hoje está calculada pela própria FAB em até US$ 8 mil, ou seja, o dobro do que se dizia.
O caça sueco sempre foi considerado pelo DEFESA BR como um projeto de alto risco, técnico, empresarial, político e estratégico. Interessante agora seria ver a Embraer adquirir a SAAB em liquidação, após a decisão pelo Rafale.
Présentation Rafale Air Full HD Démo ” Alpha ” de l’Armée de l’Air Française -- 23/05/2010:
Esta decisão estratégica do Brasil poderia se dar em função de um necessário “Hi-Lo Mix” para a FAB, em que aparelhos mais simples (low = Gripen NG) podem ser produzidos em maiores quantidades, enquanto que aqueles mais caros e sofisticados (High = Rafale F3) são a minoria a ser usada na hora certa. Esta combinação de caças seria uma excelente opção de superioridade aérea para o Brasil.
Já o ministro Jobim mandou a FAB refazer o documento apenas com a intenção de adequar a pontuação dele à END, mais especificamente, considerando com muito mais ênfase o aspecto hoje crucial de transferência de tecnologia, que passou a valer de 9 para 40 pontos em 100. Uma mudança e tanto.
Que a participação da Embraer em todas as etapas do projeto seria assegurada e que uma venda do KC-390 seria importante todos já sabíamos. Mas é interessante ressaltar que a opção pelo Gripen NG diluiria e talvez até atrapalhasse ou mesmo impedisse sua atuação mais útil no projeto, com tantas outras empresas nacionais interessadas e mesmo já engajadas, à sua revelia.
Agora, novidade mesmo é vir a público que a MB também participou da confecção do relatório. Como é novidade que o governo prevê encomendar ou até construir mais de um Navio-Aeródromo (nome correto para porta-aviões). O NAe A-12 São Paulo pesa apenas 33 mil ton, quando o mínimo necessário para os caças de hoje seria um NAe de 50 mil ton.
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quinta-feira, 24 de junho de 2010
de 28 de junho a 4 de julho, pilotos de todas as Unidades de Caça da Força Aérea Brasileira (FAB) estarão em Boa Vista (RR), de 4 de julho a 9 de julho, para uma das mais tradicionais competições operacionais da aviação militar: o Torneio da Aviação de Caça (TAC), em sua 29ª edição.
O torneio é uma atividade operacional que tem por objetivo consolidar e aprimorar a doutrina de emprego e permitir o intercâmbio de experiências e conhecimentos entre os Esquadrões participantes, a fim de avaliar a eficiência operacional e a capacidade esportiva das Unidades Aéreas de Caça.
Durante 6 dias de TAC, os 11 esquadrões de caça da FAB realizarão provas de ataque ao solo e navegação à baixa altura, além de provas esportivas, como corrida de orientação, cabo de guerra, vôlei e tiro de armas portáteis.
No domingo (4 de julho), as aeronaves chegarão a Boa Vista. Participam da disputa os caças F-5E/FM, F-2000, A-1, A-29 e AT-26, além de aeronaves-radar (E-99) e helicópteros H-60.
Os interessados em acompanhar a Sabre deverão entrar em contato com a Seção de Comunicação Social da Base Aérea de
quarta-feira, 23 de junho de 2010
devem discutir pré-sal africano
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Dilma: pré-sal é “passaporte para o futuro”
O presidente Lula está reunido, neste momento, com o presidente angolano José Eduardo dos Santos, no Palácio do Itamaraty. Angola é um dos principais parceiros comerciais do Brasil no continente africano e fonte de grande interesse de empresas brasileiras. Somente a Petrobras tem investimentos no país da ordem de R$ 3,6 bilhões (US$ 2 bilhões).
Apesar de não constar na agenda oficial, um dos temas tratados no encontro entre os dois presidentes será o interesse da estatal brasileira no pré-sal angolano. Estima-se que o tamanho da camada petrolífera do país seja equivalente à do Brasil, e a Petrobras tem firmado acordos com a estatal angolana Sonangol para mapear as possíveis bacias.
O interesse, no entanto, não é apenas do governo. Empresas como a mineradora Vale, a fabricante de refrigeradores Embraco e a construtora Odebrecht estão de olho na ampliação das relações comerciais entre Brasil e Angola.
Apenas no ano passado, a corrente de comércio entre os dois países somou R$ 2,6 bilhões (US$ 1,47 bilhão), dos quais R$ 2,4 bilhões (US$ 1,33 bilhão) em vendas de produtos brasileiros para o país africano.
Em termos de investimentos, as empresas brasileiras já respondem por 10% do PIB (a soma de todas as riquezas) de Angola, de cerca de R$ 144,4 bilhões (US$ 80 bilhões).
Acordos
Antes do almoço, Lula e Santos assinaram onze convênios bilaterais. Um deles promete intensificar o intercâmbio entre estudantes dos dois países, inclusive fornecendo bolsas de estudos.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, estima que 10 mil estudantes possam ser beneficiados com o acordo, principalmente em áreas como saúde, agricultura e gestão.
Outro documento assinado diz respeito ao Acordo de Cooperação em Defesa. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, não detalhou o convênio, mas fez questão de ressaltar que se trata da continuidade da política externa de apoio a países amigos do Brasil.
Lula também se manifestou sobre o tratado ao afirmar que o Brasil não pode se furtar do direito de marcar uma nova posição no tabuleiro político mundial.
- Queremos dar um novo impulso à zona de paz do Atlântico Sul. Essa é a política que tem de prevalecer no mundo. Para isso, as instituições globais não podem negar a influência da África e da América do Sul. É preciso, fundamentalmente, que o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional abandonem seus dogmas. E eu vou levar essa posição à reunião do G20 [grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo, e que se reunirá em Toronto, no Canadá, a partir do próximo sábado].
foguete Shavit-ou míssil Jericoh
Como um pais como israel poderia,lançar um foquete..com Ofek-9 satelite espiâo da para fica desconfiado
deste proposito de israel por que o jericoh-III poderia alcançar o iran..o brasil tem noVLS-B1 uma grande-
Capacidade mais ate agora ele nem deu sinal de vida da para a creditar nos iraelenses que eles tem capacidade de lançar foquete ou a capacidade de lançar missil contra o iran jà que israel nuca mostrou
Oceù programa espacial sò para lançar satelite espiào que o mundo fique atento com israel dos seus propositos um pais que a tacar navios de suprimento poderia fazer uma burrice de fazer um a tanque nuclear-
que pode colocar o mundo enperigo ja que o seu proposito è a GUERRA é náo a paz..eu penso que o G20 DEVERIA falar um pouco do oriete medio porque israel ja estar muito asustados ..com o dedo no gatilho para despara sua chuva de msisil sopre o iran EUA SÀ-BENS MUITO BENS Que náo tem VENCEDORES .NA GUERRA ATOMICA
terça-feira, 22 de junho de 2010
No final de maio, a Flight Solutions (FS) encerrou com sucesso a campanha de ensaios em vôo do Programa VANT VT15 – contrato do Exército Brasileiro assinado com o objetivo de começar o desenvolvimento de sua família de Sistemas Aéreos Não-Tripulados Táticos.
O projeto foi desenvolvido pela FS, em parceria com o Exército Brasileiro, por intermédio do CTEx – Centro Tecnológico do Exército. O vôo de número 50, realizado no dia 28, depois de um acumulado de cerca de 35 horas de operação, realizou a apreciação final do sistema em relação aos requisitos operacionais submetidos pelo Exército. A operação incluiu um vôo de longa distância, autônomo, com procura e identificação de alvos de inteligência e de oportunidade. A vôo foi realizado em espaço aéreo militar, entre o Vale do Paraíba e a Serra do Mar, a partir da Comando de Aviação do Exército, em Taubaté, interior do Estado de São Paulo.
De acordo com Nei Brasil, Diretor Executivo da Flight Technologies, controladora da FS, o encerramento com sucesso desta campanha é um grande marco para as empresas envolvidas, comprova a capacitação para desenvolvimento, integração e ensaios de um sistema complexo e com alto conteúdo tecnológico agregado como é o VANT VT15, e pode representar um importante passo para a operacionalização de sistemas não-tripulados no Exército Brasileiro.
O Exército Brasileiro está, atualmente, analisando a operacionalização dos sistemas táticos em desenvolvimento. Aplicações de reconhecimento, coleta de informações e aquisição de alvo, em fronteiras e na Amazônia são algumas das prioridades da força.
A FAMÍLIA DE VANTs TÁTICOS DA FS
A família de VANTs Táticos hoje em desenvolvimento pela FS em cooperação com o Exército Brasileiro abrange desde o Mini-VANT, baseado no FS-02 AvantVision - com 5,5 kg e lançado da mão - até o VANT Tático de médio alcance, baseado no FS-01 Watchdog - que pode ser derivado para configurações de até 250 kg, com alcance de 150 km.
Jonathan Amos - BBC - 22/06/2010
É a primeira vez que dois satélites foram colocados em formação tão próxima. Suas órbitas os aproximam com um mínimo de distância de cerca de 200 metros.[Imagem: DLR]
A agência espacial alemã (DLR) lançou nesta segunda-feira o satélite Tandem-X, que terá a missão de compilar o mais preciso mapa em três dimensões da superfície da Terra.
O radar alemão vai voar em formação com um outro satélite idêntico, chamada Terrasar-X, lançada em 2007. Tandem-X é um acrônimo para Terrasar-X add-on for Digital Elevation Measurement.
Juntos, os dois satélites vão medir a variação de altura em todo o globo.
Mapa 3D da Terra
O mapa em três dimensões poderá ser usado para vários fins, entre eles, auxiliar aviões militares a voar em alturas extremamente baixas e ajudar equipes de resgate a avaliar onde foram os piores estragos após um terremoto, por exemplo.
"Nosso objetivo é gerar um modelo com resolução e qualidade que não existem hoje", explicou Vark Helfritz, da empresa de imagens por satélite Infoterra GmbH.
"Este será um produto verdadeiramente global e 'sem costuras' - não será uma 'colcha de retalhos' de dados enviados por diferentes satélites e colocados juntos", disse ele à BBC News.
Míssil balístico
O Tandem-X foi levado para o espaço por um míssil balístico intercontinental adaptado, partindo do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
O foguete foi lançado às 5h14 da manhã, hora de Brasília, e um sinal confirmando a separação do satélite foi recebido 29 minutos depois, por uma estação de rastreamento na Antártida.
O novo satélite foi colocado em uma órbita polar paralela à órbita do Terrasar-X, cerca de 514 km acima do planeta.
Voo em formação
"É a primeira vez que dois satélites foram colocados em formação tão próxima", disse o brigadeiro Thomas Reiter, ex-astronauta e atual membro do painel executivo da DLR. "Suas órbitas os aproximam com um mínimo de distância de cerca de 200 metros. Isso será bastante desafiador para os controladores da missão, como se pode imaginar."
Os radares vão emitir pulsos constantes de micro-ondas contra a superfície do planeta. Ao medir o tempo que os sinais levam para retornar à sua fonte de origem os instrumentos determinam as diferenças de altitude.
O fato de os dois satélites estarem em formação tão próxima vai permitir que um deles aja como um transmissor/receptor e o outro como um segundo receptor.
Aplicações dos mapas 3D
Para que o satélite consiga mapear todos os 150 milhões de quilômetros quadrados da superfície da Terra serão necessários pelo menos três anos.
As observações por radar já têm extenso uso em aplicações militares, civis e científicas, como nas recentes avaliações de fenômenos como a erupção do vulcão Eyjafjallajoekull, na Islândia, e o vazamento de petróleo no Golfo do México.
A visão de micro-ondas do Terrasar-X permitiu que especialistas pudessem acompanhar e avaliar o status do vulcão islandês apesar de ele estar coberto por uma nuvem de cinzas. E no caso do vazamento, o satélite pode acompanhar o avanço da mancha de óleo no mar durante o dia e à noite, graças aos sinais de radar refletidos pela água poluída.
Com a melhoria na precisão dos dados enviados pelo Tandem, as aplicações deverão ser estendidas e aprofundadas.
Operadores de celulares, por exemplo, vão usar o modelo digital de elevação para escolher os melhores locais para a instalação de antenas; o setor de aviação poderá usar os dados para planejar rotas aéreas mais seguras; planejadores urbanos poderão avaliar riscos de enchentes com mais precisão e autoridades marítimas poderão usar a informação para rastrear piratas e navios de pesca ilegais.
Parceria público-privada
A missão Terrasar-X/Tandem-X é operada por uma parceria público-privada. A Agência Espacial Alemã é dona do hardware, a EADS Astrium construiu os satélites e a Infoterra GmbH tem os direitos comerciais exclusivos sobre os dados.
Já há planos para lançar um outro satélite, para dar continuidade ao trabalho desta missão.
O próximo passo seria uma tecnologia de alta resolução e de grande alcance que permitiria que imagens de grande escala da superfície, extremamente detalhadas, sejam registradas em uma única passagem.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
O VSB-30 é um foguete de sondagem, bi-estágio, não guiado, estabilizado por empenas, lançado de trilho
O primeiro estágio consiste de um propulsor, “booster”, denominado S31 e o segundo estágio é um propulsor S30.
O motor do primeiro estágio apresenta uma combustão rápida do propelente, proporcionando alta aceleração inicial do foguete e menor dispersão dos pontos de impacto das partes do foguete e da carga científica. Motores com esta característica são conhecidos por “boosters”. O motor S30, do segundo estágio, é largamente utilizado em outros foguetes de sondagem, tais como o Sonda III, VS-30 e VS-30 ORION.
O IAE desenvolveu e qualificou o “booster” S31, utilizando os seguintes conceitos: a estrutura do motor idêntica a do motor S30, a menos do comprimento; o propelente foi desenvolvido para proporcionar queima rápida; a geometria interna do bloco de propelente proporciona alto empuxo inicial. Esta geometria é conhecida por “roda de vagão”. O S31 tem 650 kg de propelente sólido. O motor S30, do segundo estágio tem 880 kg de propelente sólido.
Visando diminuir as áreas de impacto, o foguete é equipado com um Sistema de Indução de Rolamento (SIR), que consiste de três micro-motores sólidos, iniciados assim que o foguete perde o vínculo com os trilhos do lançador. Os jatos, destes pequenos motores, produzem a momentânea rotação do foguete em torno de seu eixo longitudinal, causando o efeito final desejado. Estes micro-motores foram desenvolvidos para o lançador de satélites VLS-1, que também utiliza um sistema de indução de rolamento, e adaptados para emprego no VSB-30.
O VSB-30 é um foguete sem controle ativo, é estabilizado aerodinamicamente e dinamicamente por dois conjuntos de superfícies aerodinâmicas denominadas empenas. O foguete não dispõe de sistema de separação do primeiro estágio. Durante a fase propulsada do primeiro estágio, este empurra o segundo estágio com tal intensidade, que não há necessidade de um sistema de fixação entre os estágios. Cessado o empuxo, o primeiro estágio é empurrado para trás pelo arrasto aerodinâmico.
As operações de lançamento, que utilizam foguetes brasileiros no programa científico europeu de pesquisa nas altas camadas da atmosfera, ocorrem no Campo de Lançamento de Esrange, Suécia, que possui um lançador com três trilhos, diferente do utilizado no Centro de Lançamento de Alcântara que possui somente um trilho. Devido a esta configuração do lançador de Esrange o VSB-30 é fabricado em duas versões para lançamentos em Alcântara (Brasil) e em Esrange (Suécia)
Segue-se um breve histórico da origem do VSB-30 e da evolução de seu desenvolvimento, visando uniformizar o entendimento de seu contexto.
Na Europa, foi formado um consórcio de organizações (DLR-MORABA, Astrium GmbH, Swedish Space Corporation e Kayser-Threde GmbH) que estabeleceram o “Unified Microgravity Sounding Rocket Program for the Future”, com a finalidade de efetuar experimentos de microgravidade, por meio de foguetes de sondagem. Dentre esses experimentos, está incluído o programa TEXUS, cujo lançamento tem sido efetuado com o veículo Skylark 12.
No ano de 2001, a Agencia Espacial Alemã (DLR) consultou o Instituto de Aeronáutica e Espaço sobre a possibilidade de desenvolver um propulsor tipo “booster” para o veículo de sondagem VS-30 de forma a incrementar sua performance para emprego no Programa Europeu de Microgravidade, em substituição ao foguete Skylark 7, que deixou de ser produzido. Considerando que tal desenvolvimento era também de interesse para o Brasil, não somente pelo aspecto comercial mas também pela possibilidade de emprego no Projeto Microgravidade da Agência Espacial Brasileira, um acordo foi firmado entre o Centro Técnico Aeroespacial e o DLR/MORABA de forma a permitir a alocação de recursos para tal desenvolvimento.
A proposta de desenvolvimento apresentada pelo consórcio em reunião realizada no DLR em maio de 2001, ao IAE, previa dois vôos teste (dois vôos de qualificação sendo realizados a partir do CLA) e sete lançamentos em Esrange (Suécia). O IAE forneceria o propulsor equipado S30 e o propulsor “booster”. O consórcio produziria o cone de acoplamento da carga útil e a carga útil completa, estrutura e experimentos. Aquela reunião marcou o início dos estudos e definições do veículo VSB-30. Outra reunião de acompanhamento ocorreu no IAE, em dezembro de 2001, na qual o consórcio apresentou uma evolução das intenções sobre o VSB-30 e que o consórcio desejava efetuar o vôo teste nas mesmas bases previstas em maio de 2001, com o primeiro vôo teste em 2004.
O desenvolvimento do “booster” ocorreu a contento, com a realização de três ensaios em banco de provas bem sucedidos.
Em 2003, o desenvolvimento de outros subsistemas do veículo foi prejudicado pelos preparativos da operação de lançamento do VLS-1 V03. A expectativa era que os trabalhos sobre o VSB-30 tomariam impulso a partir de setembro de 2003, após o lançamento do VLS-1. Face ao acidente e a respectiva investigação, a evolução dos trabalhos só veio a se intensificar em fevereiro de 2004. Nesse momento, o IAE já estava ciente de que a empresa canadense Bristol Aerospace havia oferecido ao consórcio europeu um vôo gratuito do veículo Black Brant, visando o fornecimento dos veículos seguintes, de modo a substituir o VSB-30 e o VS-30. Uma parte dos integrantes do consórcio passou a desejar essa solução, mas o DLR se manteve firme na defesa do VSB-30.
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