sábado, 13 de maio de 2017

Mídia: ferramenta roubada da NSA foi usada em ciberataque global desta sexta-feira

Uma ferramenta de hacking roubada da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) foi usada em um grande ataque cibernético contra organizações em todo o mundo, segundo relatos da mídia nesta sexta-feira.

De acordo com o Financial Times, que citou analistas de segurança cibernética, os hackers usaram uma ferramenta conhecida como Eternal Blue, desenvolvida pela NSA, bem como ransomware conhecido como WannaCry.
A ferramenta Eternal Blue permite que o malware, que criptografa dados em computadores, se espalhe através de protocolos de compartilhamento de arquivos configurados entre organizações, de acordo com a fonte de notícias.
A mídia informou no início do dia que o ataque afetou organizações em dezenas de países, incluindo pelo menos 16 instituições do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, o principal provedor de serviços de telecomunicações da Espanha, a empresa Telefonica e o jornal chinês The People's Daily.
De acordo com o SonicWall Annual Threat Report, em 2016 o número de ataques de ransomware aumentou em mais de 100 vezes.

Brasil surpreende Suécia com contraoferta à Saab sobre venda de aeronaves

O grande acordo da Suécia com o Brasil para a entrega de aviões Saab está avançando, apesar da crise econômica. No entanto, o Brasil surpreendeu a Suécia com uma contraoferta intrigante.

Os problemas econômicos do Brasil punham em questão o grande acordo do país com a Saab estimado em R$ 14,5 bilhões e que, segundo relatos, representa um dos maiores acordos de exportações da Suécia durante os últimos anos. O acordo também prevê uma cooperação industrial intensiva, especialmente entre a Saab e a corporação aeroespacial brasileira Embraer.
Durante uma visita à sede da Saab na cidade sueca de Linkoping, o brigadeiro-general Márcio Bruno Bonotto, chefe do departamento de compras da Força Aérea Brasileira, disse que o projeto em questão tem alta prioridade e vai continuar sendo realizado por causa de forte apoio político.
Apesar do fato de enfrentarmos uma crise financeira, o acordo de Gripen é prioritário. Nós também temos o apoio financeiro para garantir as entregas de Gripen a tempo e de acordo com o planejado", disse Márcio Bruno Bonotto citado pelo jornal sueco Svenska Dagbladet.
Além de reforçar e melhorar a Força Aérea do país, os políticos brasileiros também esperam receber no âmbito do acordo conhecimentos técnicos da Saab. Em longo prazo, o Brasil quer aumentar significativamente a quantidade de caças encomendados Gripen. Anteriormente foi indicado que, segundo estimativas dos militares, o Brasil precisa por volta de 100 unidades.
Entretanto, os caças encomendados não vão ser produzidos na fábrica da Saab em Linkoping. A decisão final sobre o número total de aviões será feita quando os primeiros 36 caças forem fornecidos ao Brasil.
Márcio Bruno Bonotto também expressou o descontentamento com a anterior política de aquisição do seu país, que levou à necessidade de comprar armas estrangeiras sem acordos recíprocos. Para compensar este fato, ele propôs que a Suécia adquirisse a nova aeronave de transporte KC-390 Embraer para substituir os envelhecidos C-130 Hercules.

"Não queremos estar numa posição em que os nossos parceiros nunca compram nossos produtos e queremos fazer uma oferta. A aeronave KC-390 é muito impressionante e seria ótimo se Suécia a comprasse", disse Márcio Bruno Bonotto.
Agora a Suécia está realizando uma modernização da sua frota de aeronaves Hercules, o que vai prolongar seu prazo de serviço até 2030.
O Embraer KC-390 é um avião de transporte militar de tamanho médio, capaz de realizar reabastecimento aéreo e transportar até 29 toneladas de carga e tropas, incluindo veículos blindados de combate.
O Saab JAS 39 Gripen é um caça multifuncional monomotor, da mesma classe que o Airbus Eurofighter Typhoon e que os russos MiG-29 e Su-35.
Enquanto isso, funcionários da Saab são otimistas sobre suas vendas em ambiente de crescentes tensões internacionais e ameaças terroristas, informou o Svenska Dagbladet. De acordo com o CEO da Saab, Hakan Buskhe, as vendas de equipamentos de defesa podem aumentar em 20 a 30 por cento apenas na Europa. Ele também identificou os EUA e a OTAN como os maiores mercados para exportações de produtos de defesa.
Agora Saab está realizando vários projetos importantes, como o desenvolvimento de novos submarinos para a Suécia, novos aviões de combate da família Gripen e, em conjunto com a Boeing, realizará um projeto para a Força Aérea dos EUA.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

SGDC DEVE ALCANÇAR ÓRBITA FINAL NOS PRÓXIMOS DIAS

Lançado ao espaço na última quinta-feira (4) a partir do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) está sendo configurado para entrar em operação. A primeira etapa a ser vencida é levar o satélite para a órbita final, a 36 mil quilômetros de altitude em relação à superfície da Terra. Até o fim desta semana, o SGDC será propulsionado para alcançar o posicionamento geoestacionário, em um processo gradual.
“Quando você lança um satélite geoestacionário, isso é feito em uma órbita de transferência, que chamamos de GTO. Hoje [segunda-feira,8], ele está na segunda elevação dessa órbita e amanhã [terça-feira,9] vai dar o último ‘tiro’. No perigeu [ponto mais baixo da órbita], está a 24 mil quilômetros da superfície. No apogeu, chega a 36 mil quilômetros”, explica o gerente de Projeto do SGDC, Mario  Quintino.
Depois de posicionado na órbita final, todos os painéis solares serão abertos para carregar as baterias do SGDC, permitindo o funcionamento das antenas de comunicação do equipamento. Os dados de telemetria serão recebidos pela Thales Alenia Space, na Europa, pelo Centro de Operações Aeroespaciais (Comae), em Brasília, e pela Estação de Rádio da Marinha, no Rio de Janeiro. Esse trabalho é acompanhado por engenheiros da Visiona, uma joint venture entre a Telebras e a Embraer.
A partir daí, equipes em terra vão enviar telecomandos para avaliar o funcionamento dos subsistemas do satélite. Serão checados itens como a capacidade de fornecimento de dados dos transponders, dos feixes e das bandas X e Ka, que vão prover acesso a banda larga e assegurar as comunicações estratégicas do governo e das Forças Armadas. A expectativa é que esse trabalho dure cerca de 30 dias.
“Com o funcionamento pleno das funções do satélite, vamos poder efetivar os testes da banda X e da banda Ka, para verificarmos o funcionamento do satélite. Esse processo é trabalhoso e demorado e deve ser feito com muito critério, para garantirmos que tudo está funcionando perfeitamente”, afirma o presidente da Visiona, Eduardo Bonini.
Caso tudo transcorra dentro da normalidade, a operação do SGDC será entregue à Telebras e ao Ministério da Defesa em meados de junho.
O satélite
O SGDC é o primeiro satélite geoestacionário brasileiro de uso civil e militar e recebeu R$ 2,7 bilhões em investimentos numa parceria do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações com o Ministério da Defesa. Adquirido pela Telebras, tem uma banda Ka, que será utilizada para comunicações estratégicas do governo e implementação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) – especialmente em áreas remotas –, e uma banda X, que corresponde a 30% da capacidade do equipamento, de uso exclusivo das Forças Armadas.
A aquisição do satélite da Thales Alenia Space ocorreu após uma competição internacional, via contrato com a Visiona, criada em 2012 para atender ao Programa Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (PNDAE) e da Estratégia Nacional de Defesa (END).
 FOTO: Centro de Operações Aeroespaciais (Comae), em Brasília (DF), é a principal estação controladora do SGDC.
Crédito: Ascom do MCTIC
Fonte: MCTIC

Rússia tem antídoto para o porta-aviões norte-americano Abraham Lincoln

O porta-aviões USS Abraham Lincoln da Marinha dos EUA, após uma grande modernização, começou seus testes de mar. O analista militar Dmitry Litovkin destacou, no ar do serviço russo da Rádio Sputnik, que o porta-aviões modernizado está destinado a se tornar em uma campanha publicitária para os parceiros na OTAN.

O porta-aviões nuclear da Marinha dos EUA Abraham Lincoln começou na terça-feira (9) os testes de mar após uma reparação demorada, informa a assessoria de imprensa da Marinha dos EUA.
O comunicado diz que o navio permanecerá no mar durante alguns dias para realizar testes, voltando depois a fazer parte da frota.
Em resultado da modernização, que decorreu desde 2013 e custou ao governo norte-americano 2,6 bilhões de dólares (R$ 8,2 bilhões), o porta-aviões foi reequipado para poder transportar caças-bombardeiros de quinta geração F-35C, projetados com uso das tecnologias furtivas e capazes de levar ogivas nucleares.
O porta-aviões Abraham Lincoln é o quinto navio da classe Nimitz, que sofreu uma significativa modernização e a recarga de seus reatores. Supõe-se que durante os próximos 25 anos o porta-aviões não precisará nem de conserto sério, nem de recarga dos reatores com combustível novo.
Segundo pensa o especialista, capitão-de-corveta Dmitry Litovkin, a modernização do porta-aviões não só significa o aumento de capacidades da Marinha norte-americana, mas é também uma campanha de publicidade perante os parceiros da OTAN.
Este será o primeiro navio norte-americanos que poderá usar aviões de quinta geração. Os EUA têm muitas esperanças quanto a estes aviões: o F-35 será o principal meio de ataque a curto prazo, sendo adquirido por muitos aliados da OTAN, e a demonstração da capacidade deste avião é mais um estimulo para os aliados comprarem este equipamento caro. Por isso, a modernização do porta-aviões não é apenas o aumento das potencialidades militares da Marinha norte-americana, mas, ao mesmo tempo, uma boa publicidade para os parceiros da OTAN que, ora querem, ora hesitam em comprar os F-35, porque o último é muito caro, e seu lugar no sistema da OTAN e dos outros países não é muito claro", disse Dmitry Litovkin em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik.
De acordo com o analista militar, a Rússia tem um meio de resposta assimétrica.
"Temos um único cruzador porta-aviões Admiral Kuznetsov, sendo seu grupo aéreo muito mais pequeno do que o de qualquer porta-aviões norte-americano. Em compensação, temos um meio de resposta assimétrica, que tem sido desenvolvido desde a época da União Soviética. São os submarinos nucleares com mísseis de cruzeiro, ou seja, o projeto 949 Granit. Agora estão sendo modernizados radicalmente e, como resultado desta modernização, o número de mísseis transportados aumentará de 24 para quase três vezes mais. Isto é, em cada silo do Granit serão instalados três mísseis tipo Oniks (Yakhont), que são os nossos mísseis antinavio mais modernos", frisou Dmitry Litovkin.