domingo, 7 de maio de 2017

Por que China copia os porta-aviões soviéticos?

Os porta-aviões de fabricação chinesa Liaoning e Shandong são, de fato, 'irmãos' do legendário cruzeiro pesado soviético Almirante Kuznetsov. Porém, por que uma potência marítima tão grande como a China utiliza tecnologias soviéticas na sua indústria naval?

Segundo a opinião de vários especialistas, Pequim vai adquirindo desta maneira experiência para fabricar porta-aviões de ataque da nova geração. O analista militar Alexei Krivopalov explicou algumas razões para esta estratégia no seu artigo para a agência Ridus.
Necessidade geopolítica
Devido à sua localização geográfica, o gigante asiático utiliza ativamente suas rotas marítimas tanto para exportação de produtos de fabricação nacional como para importar hidrocarbonetos através do estreito de Malaca e do oceano Índico.No longo prazo, Pequim vai aumentar o papel da marinha na defesa do país. De acordo com Krivopalov, a China pretende excluir a possibilidade de uso de suas águas territoriais como teatro de guerra. Além disso, o gigante asiático deseja controlar as zonas costeiras, posto que a disponibilidade de águas seguras simplifica consideravelmente o posicionamento de submarinos de cruzeiro na região.
Protegendo as costas
Pequim prevê salvaguardar as regiões costeiras do país ao incluir o estreito de Taiwan e o mar do Sul da China num complexo quadro de isolamento. Este sistema consta de numerosos pontos de lançamento de mísseis localizados ao longo da costa. Assim, a costa na região do estreito de Taiwan conta com até 2.000 mísseis, incluindo nucleares, de forma a Pequim ser capaz de controlar as bases estadunidenses em Guam, Coreia do Sul e Japão. Devido à presença dos novos sistemas de mísseis DF-21D, os navios estadunidenses da Frota do Pacífico se verão obrigados a retroceder no caso de um conflito militar com a China.Além dos sistemas antimísseis localizados nas costas chinesas, Pequim também conta com numerosos aviões em 39 aeródromos militares. Por sua parte, os porta-aviões chineses e as aeronaves militares serão capazes de aumentar a resistência e as possibilidades de combate da chamada “frota mosquito”. Atualmente, a resistência à Armada dos EUA tem carácter secundário, de modo que as viagens marítimas se realizam com fins de treinamento e para demonstração de força.
Experiência soviética para as futuras tecnologias chinesas
Em 2015, a Armada do Exército Popular de Libertação da China contava com 21 contratorpedeiros, 56 fragatas, quatro porta-helicópteros e 107 navios de desembarque de diferentes tipos.A quantidade exata de submarinos deste país asiático é desconhecida. Segundo o relatório do The Military Balance publicado pelo Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, abreviação em inglês), o gigante asiático dispõe de 61 submarinos, cinco deles são nucleares, enquanto que o Pentágono eleva essa quantidade para pelo menos 70.
Ao mesmo tempo, o nível técnico e militar dos navios chineses é inferior em comparação com seus análogos ocidentais. Para reverter a situação, os engenheiros e construtores chineses tomaram como referência os planos do porta-aviões soviético para serem capazes de desenhar posteriormente sua própria versão avançada do navio do projeto 1143.6.
Os riscos que enfrenta a China
O cruzador soviético Admiral Kuznetsov não conta com uma catapulta de vapor, necessária para lançar aviões a partir do convés do navio. Isso exclui a presença de aeronaves pesadas de alerta avançado, que não são capazes de decolar do trampolim.
Além disso, ele não conta com um deslocamento suficiente. Porém, os fabricantes chineses carecem de experiência e tecnologias para renovar o projeto de maneira tão radical.
O futuro da frota chinesa
O especialista sublinhou que a China não planeja se converter em uma potência marítima semelhante aos EUA e entrar em uma corrida armamentista no mar, posto que praticamente não tem nenhuma oportunidade contra Washington. Desta maneira, os porta-aviões chineses Liaonin e Shandong — apesar de terem algumas deficiências — são os primeiros passos dum longo caminho.

sábado, 6 de maio de 2017

Super Tucano Aircraft for US Air Force

Aeronave A-29 Super Tucano em operação no Afeganistão

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Conheça o submarino britânico que pode ficar até 25 anos debaixo de água (FOTO, VÍDEO

O inovador submarino britânico HMS Audacious está construído de tal modo que pode ficar debaixo de água durante um quarto de século sem necessidade de subir à superfície.

O HMS Audacious foi construído pela empresa BAE Systems e é um dos submarinos da classe Astute, considerados os mais silenciosos do mundo. Equipado com enormes reatores nucleares, se espera que este submarino entre em serviço da Marinha Real britânica em 2018.
O combustível do avançado submarino HMS Audacious será suficiente até o ano de 2043. Em geral, os submarinos da classe Astute são projetados para permanecerem escondidos debaixo de água durante meses ou até mesmo anos. A água doce a bordo é produzida através de destilação da água do mar. Quanto à geração de oxigênio, ela é realizada através da separação química da água. Por sua vez, o dióxido de carbono é removido da atmosfera com o uso de equipamento especial.
​Não obstante, os navios desta classe têm que voltar para o porto a cada três meses para repor as reservas de víveres. Além disso, a permanência dos marinheiros a grande profundidade pode afetar de forma negativa a saúde mental e física da tripulação.
​Os submarinos desta classe contam com mísseis Tomahawk e torpedos Spearfish sem ogivas nucleares. Atualmente, a Marinha do Reino Unido dispõe de quatro submarinos equipados com mísseis americanos Trident. O Governo britânico expressou seus planos para substituir os navios da classe Vanguard pelos da classe Successor, equipados com outros projéteis, mas também de fabrico norte-americano.
Segundo declarou à Sputnik o almirante Alan William John West, ex-comandante da OTAN, "a única restrição é a necessidade de comer. Esses submarinos podem gerar sua própria água e ar. A patrulha mais longa da história durou 108 dias".
O alto comando britânico acrescentou que os navios da classe Astute são "ideais" para realizar missões de inteligência, bem como para afundar submarinos inimigos. Além disso, são capazes de desembarcar militares das forças especiais sem necessidade de emergir à superfície.