quinta-feira, 13 de abril de 2017
multimissão EMBRAER KC-390
Pedro Paulo Rezende
Fotos Lucas Lacaz Ruiz
Fotos Lucas Lacaz Ruiz
A ênfase nos detalhes é a melhor característica da aeronave de transporte multimissão EMBRAER KC-390. O projeto inclui uma série de itens que tornarão a vida do usuário mais fácil, permitindo maior precisão nos lançamentos de carga e pessoal e facilitando as operações de embarque. Outro ponto visível é a extrema robustez da célula.
Durante a LAAD 2017, integrantes da imprensa tiveram acesso ao mais ambicioso projeto da indústria aeronáutica nacional. Estacionado no Campo dos Afonsos, marco histórico da aviação de combate brasileira, o KC-390 estava próximo a um Lockheed C-130H que integra o acervo do Museu Aeroespacial (MUSAL). O contraste era evidente. O avião norte-americano, conhecido pela robustez, parecia mirrado e frágil diante do produto brasileiro.
Concebido a partir de requisitos da Força Aérea Brasileira, o KC-390 veio para preencher um nicho vazio no mercado. Ele se insere entre o Airbus Group A-400M e o Antonov An-178 e supera em todos os aspectos o C-130J, a mais nova versão do veterano da LockheedMartin o Hercules C-130 (com mais de 50 anos desde o seu primeiro voo). Potencialmente, disputa um mercado com mais de 1 mil unidades de aviões em processo de obsolescência, como o Antonov An-12, Hercules e outras aeronaves.
Ele carrega 26 toneladas (no centro de gravidade), contra 37 toneladas do avião europeu e 18 toneladas da proposta ucraniana e 20 toneladas no Hércules C-130J. Durante sua concepção, buscou-se imprimir o máximo de simplicidade com o uso de soluções já testadas. Esta foi a principal razão para a escolha do motor International Aero Engines (IAE) V-2500, empregado em vários modelos da aviação civil, entre eles o Airbus A320, em lugar de um complexo motor propfan, como o TP-400 usado no A-400, que necessita de 20 computadores para gerenciar todos os seus parâmetros de uso.
O volume interno também impressiona, facilitando o embarque de cargas pesadas, como os lança-foguetes ASTROS 2020, da AVIBRAS. No Hercules C-130 H, da FAB a viatura lançadora de foguetes precisa ser desmontada. O KC-390 permite que a viatura seja transportada completa pronta para emprego operacional. A importância desta capacidade transcende ao mero transporte tornando o ASTROS 2020 um vetor estratégico.
Também transporta viaturas blindadas de oito rodas (o avião foi projetado para receber um blindado tipo o alemão Boxer 8x8, de 26 toneladas).
Para minimizar a ingestão de objetos (FOD), os motores estão localizados a mais de dois metros de altura e adiante do trem de pouso. A concorrência alega que a escolha de um turbofan foi arriscada, mas outros aviões, como o Antonov An-74, já empregaram configuração semelhante com sucesso em ambientes agressivos, como pistas não preparadas e sobre neve.Aliás, o avião já cumpriu quase todas as fases do processo de homologação com sucesso, excetuando missões na Amazônia e na neve (o KC-390 será empregado em apoio à Base Comandante Ferraz na Antártida) e o reabastecimento de helicópteros.
Durante a LAAD 2017, integrantes da imprensa tiveram acesso ao mais ambicioso projeto da indústria aeronáutica nacional. Estacionado no Campo dos Afonsos, marco histórico da aviação de combate brasileira, o KC-390 estava próximo a um Lockheed C-130H que integra o acervo do Museu Aeroespacial (MUSAL). O contraste era evidente. O avião norte-americano, conhecido pela robustez, parecia mirrado e frágil diante do produto brasileiro.
Concebido a partir de requisitos da Força Aérea Brasileira, o KC-390 veio para preencher um nicho vazio no mercado. Ele se insere entre o Airbus Group A-400M e o Antonov An-178 e supera em todos os aspectos o C-130J, a mais nova versão do veterano da LockheedMartin o Hercules C-130 (com mais de 50 anos desde o seu primeiro voo). Potencialmente, disputa um mercado com mais de 1 mil unidades de aviões em processo de obsolescência, como o Antonov An-12, Hercules e outras aeronaves.
Ele carrega 26 toneladas (no centro de gravidade), contra 37 toneladas do avião europeu e 18 toneladas da proposta ucraniana e 20 toneladas no Hércules C-130J. Durante sua concepção, buscou-se imprimir o máximo de simplicidade com o uso de soluções já testadas. Esta foi a principal razão para a escolha do motor International Aero Engines (IAE) V-2500, empregado em vários modelos da aviação civil, entre eles o Airbus A320, em lugar de um complexo motor propfan, como o TP-400 usado no A-400, que necessita de 20 computadores para gerenciar todos os seus parâmetros de uso.
O volume interno também impressiona, facilitando o embarque de cargas pesadas, como os lança-foguetes ASTROS 2020, da AVIBRAS. No Hercules C-130 H, da FAB a viatura lançadora de foguetes precisa ser desmontada. O KC-390 permite que a viatura seja transportada completa pronta para emprego operacional. A importância desta capacidade transcende ao mero transporte tornando o ASTROS 2020 um vetor estratégico.
Também transporta viaturas blindadas de oito rodas (o avião foi projetado para receber um blindado tipo o alemão Boxer 8x8, de 26 toneladas).
Para minimizar a ingestão de objetos (FOD), os motores estão localizados a mais de dois metros de altura e adiante do trem de pouso. A concorrência alega que a escolha de um turbofan foi arriscada, mas outros aviões, como o Antonov An-74, já empregaram configuração semelhante com sucesso em ambientes agressivos, como pistas não preparadas e sobre neve.Aliás, o avião já cumpriu quase todas as fases do processo de homologação com sucesso, excetuando missões na Amazônia e na neve (o KC-390 será empregado em apoio à Base Comandante Ferraz na Antártida) e o reabastecimento de helicópteros.
Já foram realizados contatos secos (sem transferência de combustível) com caças F-5EM.
O emprego do Boeing C-17 Globemaster III americano pousando em pistas semipreparadas, nas campanhas do Iraque e Afeganistão, validou o emprego do turbofan no KC-390.
Gestão de carga facilitada
O cuidado aos detalhes começa nos métodos de carregamento. O sistema de piso usa módulos reversíveis. De um lado é plano e serve para receber veículos e homens.
Do outro, há roletes que facilitam o recebimento de paletes. O sistema funciona por encaixe e pode ser modificado em questão de segundos pelo operador. Mal comparando, é como uma peça de lego gigante.
No piso, há dois tipos de presilha. Os externos servem para a fixação de cargas leves. Os internos, mais fortes, para segurar veículos. Isto facilita o gerenciamento no momento de lançamento e descargas a baixa altitude. O mestre de carga está localizado no cockpit, logo atrás da posição do copiloto.
Ele dispõe de um computador de bordo equipado com um sistema que facilita a disposição do lançamento. O software analisa a velocidade e a altitude do aparelho, o peso da carga e a posição geográfica (por meio de GPS) e fornece a solução mais adequada para um lançamento preciso. O mesmo sistema também serve para gerenciar o reabastecimento em voo de aviões de combate e helicópteros, facilitando o trabalho da tripulação.
O Cockpit de Alta Tecnologia
A EMBRAER Defesa & Segurança fez uma aposta de alto risco em adotar sistemas aviônicos avançados e controles de voo de última geração.
Ao contrário dos outros aviões da categoria, o KC-390 emprega sidesticks similares aos usados em aviões da Airbus e nos caças F-16. Que acionam sistemas de atuadores elétricos. A aviônica é praticamente igual à utilizada no Boeing 787 Dreamliner. Esta característica facilita a adaptação de tripulações de países como os Estados Unidos e a Suécia, onde é comum o serviço temporário de pilotos civis que integram a reserva da força aérea ou a Guarda Nacional.
Junto à porta de acesso lateral há mais um item que prova o cuidado dos projetistas da EMBRAER no desenvolvimento do KC-390: defletores são acionados automaticamente quando ela é aberta, diminuindo o fluxo de ar dirigido contra o paraquedista, facilitando sua saída durante o salto. Foram realizados testes de lançamento de carga e de paraquedistas, na Base Aérea de Campo Grande.
Nas laterais da rampa, também há paredes que diminuem a turbulência nos lançamentos de carga. Por último, um conforto adicional exclusivo do avião brasileiro: um lavatório igual ao empregado na aviação comercial. Localizado logo atrás do cockpit, fornece privacidade aos tripulantes e paraquedistas em missão (no Hercules C-130 é aberto e não faz parte dos equipamentos padronizados de fábrica).
A primeira aeronave KC-390 para a Força Aérea Brasileia já está em produção nas instalações da EMBRAER Defesa & Segurança, em Gavião Peixoto (SP). Deverá ser entregue à FAB no segundo semestre de 2018.
Conheça a MOP, mais pesada que a MOAB (Mãe de Todas as Bombas)
O bombardeiro Stealth B-2 Spirit é a única aeronave no inventário da Força Aérea dos Estados Unidos capaz de transportar e liberar a bomba mais pesada dos EUA, a GBU-57 Massive Ordnance Penetrator (MOP) de 30.000 libras (13.620 kg). Ela também chegou a ser testada no B-52.
A pesada GBU-57 é uma bomba guiada por GPS de 6,1 metros de comprimento que dizem ser capaz de penetrar 61 metros de concreto antes de explodir, podendo assim atingir e destruir alvos profundamente enterrados, como bunkers no Irã, Síria ou Coréia do Norte etc.
Não há muitas imagens mostrando a GBU-57 e ainda menos mostrando um modelo da MOP ao lado de sua plataforma pretendida. É por isso que a imagem do post, feita por Jim Mumaw em 2013, é extremamente interessante e rara.
FONTE: theaviationist.com
Projeto preliminar do submarino nuclear brasileiro é concluído com sucesso
O Projeto Preliminar do Submarino com Propulsão Nuclear Brasileiro (SN-BR) foi concluído, com sucesso, em janeiro deste ano.
O Projeto está sendo conduzido pelo Corpo Técnico de Projeto (CTP), no Escritório Técnico de Projetos (ETP) da Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN), localizado nas dependências do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), subordinados à Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha. Na parceria com a França, a Empresa francesa “DCNS” tem, como uma das atribuições contratuais, a Transferência de Tecnologia (ToT), em Projeto de Submarinos, exceto ao que se refere à planta de propulsão nuclear, cuja responsabilidade é, exclusivamente, da Marinha do Brasil.
Ressalta-se que, no escopo da ToT, a DCNS transfere know how quanto ao Projeto de Submarinos, além de prover Assistência Técnica, Suporte e Capacitação ao CTP, por meio de treinamento e transferência de documentação técnica de referência.O CTP conta, hoje, com, aproximadamente, 200 integrantes, entre militares (Oficiais e Praças) e Funcionários Civis da Empresa “Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.” (AMAZUL), nos níveis de ensino superior e médio, dos quais 59 receberam treinamento em Projeto de Submarinos e Apoio Logístico Integrado (ALI), tanto na França, quanto no Brasil.
A conclusão do Projeto Preliminar foi validada pela DCNS e os seus resultados demonstraram a viabilidade e a exequibilidade do Projeto Final do SN-BR. O sucesso evidenciado ao término dessa Fase traduz um importante marco para a Marinha, transmitindo a confiança necessária para o prosseguimento das Fases subsequentes, quais sejam: detalhamento e construção do SN-BR.
FONTE: MB
NASA anuncia que lua de Saturno pode abrigar vida
Nova pesquisa da NASA indica que a lua Encélado de Saturno pode abrigar vida microbiana. Detalhes de novas descobertas sobre mundos oceânicos em nosso sistema solar estão sendo anunciados ao vivo pela agência.
Cientistas da NASA detectaram hidrogênio de fontes hidrotermais em plumas de gelo da lua de Saturno, Encélado em condições que, segundo eles, poderiam ter levado à ascensão da vida na Terra.
A descoberta faz de Encélado o único lugar além da Terra, onde os cientistas encontraram evidências diretas de uma possível fonte de energia para a vida, de acordo com os resultados publicados na Science.
Encélado é um local fértil para pesquisas por vida extraterrestre desde 2005, quando a sonda Cassini descobriu plumas ricas em água ao sul do satélite. Desde então, muito se especulou sobre a origem da água, supostamente de um mar líquido subterrâneo.
As revelações se concentram em torno de descobertas da nave Cassini da agência e do Telescópio Espacial Hubble.
Chris Glein, associado da Cassini INMS no Southwest Research Institute (SwRI), disse durante a entrevista coletiva que eles acreditam que o hidrogênio é produzido por uma reação química entre água quente e rochas.
A equipe diz que a lua tem as fontes necessárias para a vida, mas o que precisa ser estabelecido é se houve tempo o suficiente para evoluí-la.
Hubble
Ao mesmo tempo, o telescópio Hubble capturou mais evidências de plumas à base de água na lua gelada de Júpiter, Europa. A NASA disse que um candidato de pluma semelhante foi capturado no mesmo local em 2014 e 2016. As plumas também correspondem a uma região relativamente quente na superfície de Europa observada pela espaçonave Galileo.
A próxima missão da NASA na região — prevista para lançamento em 2020 — continuará a busca de vida além da Terra e estudará a Encélado com equipamentos mais avançados.
Rússia desenvolve nova arma de precisão para o exército
O mais recente fuzil de precisão obteve o nome de “Toschnost” (Precisão) e vai ser entregue ao exército após 2020, comunicou aos jornalistas o diretor do Instituto Central de Investigação Científica de Engenharia de Precisão (TSNIITOCHMASH na sigla russa), Dmitry Semizorov.
As exigências do Ministério da Defesa são mais rigorosas – não devem ser utilizados quaisquer componentes estrangeiros. O equipamento está sendo desenvolvido para que, em 2020, este sistema tenha 100% de componentes nacionais e possa entrar ao serviço do Ministério da Defesa", comunicou Semizorov.
Ele acrescentou que a empresa deverá substituir as munições e os elementos microeletrônicos utilizados nos anteriores modelos.
O chefe do TSNIITOCHMASH acrescentou que em 2017 o primeiro lote vai ser fornecida para o Serviço de Guarda Federal.
O fuzil "Toschnost" poderá utilizar dois tipos de munições: balas comuns e perfurantes. Ele está sendo elaborado com base no T-5000, mas foi feito um total de 210 alterações.
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