terça-feira, 25 de abril de 2017

Por que é preciso temer pelas armas nucleares britânicas?

A afirmação do ministro das Relações Exteriores britânico sobre o país ter direito a um ataque nuclear preventivo é destinada à Rússia, opinou o cientista político Mikhail Smolin no ar do serviço russo da Rádio Sputnik.

O primeiro vice-presidente do Comitê de Defesa e Segurança do Conselho da Federação russo, Frants Klintsevich, apelou a que seja dada uma resposta dura à afirmação do ministro da Defesa da Grã-Bretanha, Michael Fallon, sobre o direito de Londres a realizar um ataque nuclear preventivo.Klintsevich sublinhou, que se a Grã-Bretanha está pronta para atacar um Estado com armas nucleares, então ele mesma, "não possuindo um território grande", será "reduzida praticamente a nada por um ataque de resposta". E se o ataque for lançado contra uma potência não nuclear, isso será igual ao bombardeamento nuclear pelos EUA das cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.
Na segunda-feira (24), em entrevista ao canal televisivo BBC Four, Michael Fallon disse que a premiê Theresa May estava disposta a usar mísseis balísticos Trident em "condições extremas", admitindo ele a possibilidade de um ataque preventivo.
As armas nucleares da Grã-Bretanha compreendem quatro submarinos nucleares Vanguard, cuja base de origem fica na Escócia. Cada submarino pode levar até 16 mísseis balísticos Trident.
O politólogo e PhD em História Mikhail Smolin acha que as afirmações do ministro britânico são dirigidas, principalmente, à Rússia.As declarações de Londres devem ser consideradas como um sinal de que as armas britânicas estão apontadas em direção à Rússia, e não a outro lado, por eles não terem outros inimigos potenciais. Acho que tudo isso está sendo feito apenas para ver nossa reação, e que não temos de reagir exageradamente, porque a mídia está cheia de anúncios desse tipo", disse o cientista em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik.De acordo com Smolin, as armas nucleares britânicas podem mesmo representar uma ameaça, mas sobretudo por causa do estado lamentável da frota.
"Claro que as armas nucleares da Grã-Bretanha representam uma grande ameaça, levando em conta a condição lamentável da Marinha inglesa, inclusive dos submarinos equipados com armas nucleares. Ou seja, podemos nos preocupar com o destino dessas armas. Ultimamente, o exército e a marinha britânicos têm desempenhado um papel pouco significativo, sendo sua dimensão demasiado pequena para realizar quaisquer operações de grande escala. Assim, acredito que as ações do governo são apenas uma tentativa de se alinharem pela política norte-americana", concluiu o politólogo.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

DCNS contratada para construir 5 fragatas de tamanho médio

O programa de fragata de tamanho médio: a DCNS tem o prazer de ter sido informada pelo Ministério da Defesa francês de uma atribuição de contrato.

O Ministério da Defesa francês anunciou a atribuição à DCNS de um contrato para o desenvolvimento e construção de cinco fragatas de tamanho médio (FTIs) destinadas à Marinha Francesa. A DCNS irá propor uma versão francesa da sua nova fragata BELH@RRA. A primeira das cinco fragatas deste programa gerido pela Agência Francesa de Defesa (DGA) deve ser entregue em 2023, com uma entrada em serviço ativo em 2025.
Uma fragata digital de última geração para a Marinha Francesa
A nova fragata BELH@RRA será projetada e desenvolvida pela DCNS, em gerenciamento de projetos conjuntos com a THALES para o desenvolvimento do radar de nova geração com o qual estará equipada.
O lançamento do programa FTI beneficiará as reservas de empregos do Grupo DCNS, sendo a principal delas o site da DCNS Lorient e os seus parceiros subcontratantes: a concepção das fragatas BELH@RRA representa cerca de dois milhões de horas de trabalho para os escritórios de projeto da DCNS. Para todo o Grupo DCNS, a construção de uma fragata BELH@RRA representa, em média, dois milhões de horas de trabalho, das quais trezentas mil horas para os escritórios de design.
Hervé Guillou, Presidente e CEO da DCNS afirma que: “A DCNS tem o orgulho de contribuir, ao lado da THALES, para a renovação das forças navais francesas graças a um novo navio que responde às necessidades de uma marinha de classe mundial. É um componente chave da nossa gama de navios militares e a atribuição deste contrato também nos permite desenvolver uma fragata que atenda às expectativas de um mercado internacional dinâmico”.
Uma fragata de classe mundial de um deslocamento de 4.000 toneladas destinadas à guerra antissubmarino, a versão francesa da BELH@RRA foi projetada para responder às várias necessidades nacionais francesas. Será dotada de capacidades alargadas de projeção de auto-defesa e forças especiais. Por último, mas não menos importante, integrará o novo radar de antena plana THALES SEA FIRE e será equipada com os mísseis Aster 30 da MBDA.A primeira fragata para “nativos digitais”
Desenvolvida para tripulações que assumirão o comando em torno de 2020, as fragatas BELH@RRA irão se beneficiar das mais recentes tecnologias digitais. Elas serão, em particular, equipadas com um sistema de combate de última geração. Isso trará maior rapidez para análise tática, tomada de decisão e emprego de armas.
A integração das mais recentes tecnologias digitais irá garantir que o navio será capaz de evoluir ao longo de um período de quase quarenta anos. Os sistemas de processamento de informação serão modernizados gradualmente para serem adaptados às mudanças no contexto operacional, à emergência de ameaças futuras e aos ciclos de renovação curtos para as novas tecnologias.
Com a fragata BELH@RRA, a DCNS pretende continuar o sucesso das fragatas de classe La Fayette, uma referência no mercado da defesa naval com mais de vinte unidades vendidas em todo o mundo. A DCNS completa sua linha de produtos ao posicionar esta nova fragata entre o segmento de fragatas FREMM de 6.000 toneladas e a das corvetas Gowind de 2.500 a 3.000 toneladas.
Sobre a DCNS
A DCNS é líder europeia em defesa naval e um dos principais protagonistas nas energias renováveis ​​marinhas. Como empresa internacional de alta tecnologia, a DCNS utiliza seu extraordinário know-how, recursos industriais exclusivos e capacidade para organizar parcerias estratégicas inovadoras para atender às necessidades de seus clientes. O Grupo projeta, constrói e suporta submarinos e navios de superfície. Também fornece serviços a estaleiros navais e bases navais. Além disso, o Grupo oferece uma vasta gama de soluções de energia renovável marinha. Atenta à responsabilidade social corporativa, a DCNS adere ao Pacto Global das Nações Unidas. O Grupo registou receitas de 3,19 bilhões de euros e tem uma força de trabalho de 12.779 colaboradores (dados de 2016). 

sábado, 22 de abril de 2017

novo UAV FT-empresa pionneira brasileira no segmento de UAVs.

Após quatro anos de desenvolvimento tecnológico dedicado, com investimentos superiores a US $ 3 milhões, a FT Sistemas, parceira de longa data das Forças Armadas Brasileiras em pesquisa, inovação, operações e suporte logístico de veículos aéreos não tripulados, apresenta os 200FH.

O novo UAV tem capacidade de transporte, autonomia e resistência que respondem a situações de campo que exigem exigências específicas para maior versatilidade e facilidade operacional. O novo produto pode ser usado para realizar aplicações de defesa, segurança e mercado civil. O 200FH é um sistema multifuncional de alto desempenho, um helicóptero não tripulado que pode atingir mais de 100 km com autonomia superior a 10 horas de vôo, podendo transportar até 50 kg de carga útil.
O uso de UAVs militares e de segurança interna é fundamental para combater organizações criminosas envolvidas em atividades ilegais no território, incluindo centros urbanos e fronteiras. A tecnologia 200FH permite uma coleta de dados mais rápida, precisa, eficiente e confiável para a tomada de decisões.
A 200FH traz tecnologias avançadas em aeronáutica, micromecânica e sistemas propulsores, e está incorporada com sofisticada tecnologia de sensores de alto desempenho, possuindo sistemas exclusivos de navegação e piloto automático. A tecnologia desenvolvida pela FT Sistemas é resultado de vários anos de pesquisa e desenvolvimento para atender aos requisitos das Forças Armadas Brasileiras e clientes particulares.
O desenvolvimento de projetos mais ambiciosos e tecnológicos, como o 200FH, só é possível com o apoio do Ministério da Defesa. Além de ser o principal apoiante, o Ministério da Defesa é uma referência importante para outras organizações e para o mercado internacional. Prevemos oportunidades para comercializar os 200H nos países das Américas, Norte da África e Oriente Médio ", disse Nei Brasil, Fundador e CEO da FT Sistemas. "Como um veículo versátil, o 200FH pode operar em vários segmentos, com grande potencial para aplicações em instalações industriais, agronegócios e setores de energia e infra-estrutura ".

Carra força e coragem

Um boa noite para todos os policias do CARRA de Osasco e de são paulo  em defesa do cidadão de SP
Um forte Abraço 

Moment N Korea announces H-bomb test - BBC News

Discovery Channel - Ultimates - Explosions - Tsar bomb segment

Como funciona a Bomba H, a arma que a Coreia do Norte diz ter no arsenal (VÍDEOS)

Verdade ou mito? A dúvida existe quando o assunto é a possibilidade da Coreia do Norte ter em seu arsenal a chamada bomba de hidrogênio – ou Bomba H –, que pode chegar a um poder 4 mil vezes maior do que a bomba atômica que explodiu em Hiroshima, ao final da Segunda Guerra Mundial, em 1945.

Em janeiro do ano passado, o regime de Kim Jong-un anunciou ter realizado um teste com uma bomba de hidrogênio, mas a comunidade internacional recebeu a notícia com ceticismo e desconfiança, já que nenhuma amostragem de abalos sísmicos endossou a alegação de Pyongyang.
Contudo, a escalada das tensões com os Estados Unidos reascende o temor de quais armamentos os norte-coreanos poderiam lançar mão em um eventual conflito contra as forças norte-americanas e suas aliadas. Assim, não há certeza absoluta sobre a existência ou não da Bomba H no arsenal do país asiático.
Como funciona a Bomba H?
Em uma bomba de hidrogênio ou de fusão nuclear vários núcleos atômicos de carga similar (neste caso particular, de hidrogênio) se unem para formar um núcleo mais pesado que desprende também enormes quantidades de energia.
Porém, para que se produza essa reação é necessária uma quantidade considerável de energia que só pode ser fornecida pela detonação inicial de uma bomba de fissão, esta funcionando como o detonador.
O impacto da Bomba H é muito mais devastador do que o de uma bomba atômica – ou bomba de fissão nuclear – que, por sua vez, baseia a sua operação sobre a divisão de um núcleo atômico em dois ou mais núcleos, que geram uma reação em cadeia com a libertação de grandes quantidades de energia, como energia cinética e radiação gama.
Em comparação com as bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos sobre Hiroshima e Nagasaki, no Japão, ao final da Segunda Guerra Mundial, uma Bomba H teria um impacto e um grau de destruição muito maior, até por ser na verdade duas bombas em uma: a atômica como parte primária e a outra de hidrogênio como secundária.
A bomba de hidrogênio mais potente a ser testada foi a soviética Bomba Tsar, detonada em 30 de outubro de 1961 acima do Ártico. A explosão gerou uma energia de 57 megatons (1 megaton equivale a 1 milhão de toneladas de dinamite), quase 4 mil vezes mais do que a bomba de Hiroshima.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

IAI assina contratos com Índia no valor de quase US$ 2 bilhões

A Israel Aerospace Industries (IAI) anunciou que a empresa foi agraciada com contratos na Índia totalizando US$ 2 bilhões. Em um megacontrato de US$ 1,6 bilhão, considerado o maior contrato da história da indústria de defesa de Israel, a IAI proverá ao Exército indiano o sistema avançado de defesa aérea e antimíssil MRSAM. A empresa também proporcionará sistemas de defesa aérea e antimíssil LRSAM adicionais para o primeiro porta-aviões indiano construído na Índia.
 
O MRSAM é um sistema avançado e inovador de defesa aérea e antimíssil que oferece proteção máxima contra uma variedade de ameaças aéreas. Na versão atual, o MRSAM se encontra em operação na Força Aérea indiana, na Marinha indiana e nas forças de defesa de Israel.  O sistema inclui um avançado radar de fases, comando e controle, lançadores móveis e de míssil com rastreadores avançados RF. O MRSAM encomendado pelo Exército indiano foi desenvolvido conjuntamente pela IAI e pela Organização de Pesquisa e Desenvolvimento de Defesa (DRDO) da Índia em colaboração com a RAFAEL e a  IAI/Elta, e com participação de várias empresas indianas, incluindo BEL, L&T, BDL e outras empresas privadas.Joseph Weiss, presidente e CEO da IAI, afirma: “Nós últimos 25 anos, a IAI tem trabalhado com a indústria de defesa e forças armadas indianas em muitas áreas como parte de nossa parceria estratégica. Os contratos em curso representam uma grande prova de confiança do governo da Índia na capacidade e tecnologias avançadas da IAI que estão sendo desenvolvidas com parceiros locais como parte da política do governo indiano de “produzir na Índia”. Nós continuamos a nos manter com nossos parceiros da Índia na vanguarda tecnológica para a defesa e segurança de ambos os países”. Weiss acrescenta que “esse contrato também reconhece o profissionalismo da indústria de defesa de Israel. Nós da IAI estamos orgulhosos de liderar esse projeto de destaque depois de um longo processo de desenvolvimento conjunto”.

 
Boaz Levi, vice-presidente executivo e gerente geral do Grupo de Sistemas, Mísseis e Espaço, declara: “Com nossa parceira Índia, vamos prover ao Exército indiano um sistema avançado, sofisticado e inovador que proporcionará a melhor solução operacional. Esse complexo projeto reflete inovação tecnológica, criatividade, visão e admirável dedicação pessoal de todos os envolvidos no desenvolvimento do sistema tanto em Israel como na Índia”.A IAI Ltd. é a maior empresa aeroespacial e de defesa de Israel. Líder em tecnologia e inovação com reconhecimento mundial, especializa-se no desenvolvimento e fabricação de sistemas de tecnologia de ponta para utilização no ar, espaço, mar, terra, segurança cibernética e segurança nacional.

Desde 1953, a empresa tem fornecido soluções avançadas para governos e clientes em todo o mundo, incluindo: satélites, mísseis, sistemas de armas e munições, sistemas não-tripulados e robóticos, radares e C4ISR, além de outros. A IAI também projeta e fabrica jatos executivos e aeroestruturas, realiza revisão e manutenção de aviões comerciais, e converte aviões de passageiros em aeronaves de reabastecimento e de carga.

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Antivírus Brasileiro! Utilizado pelo Exército Brasileiro

O único Firewall UTM a posuir a mesma engine do AVWARE - Antivírus Brasileiro!
Utilizado pelo Exército Brasileiro, o AVWARE é o único antivírus nacional. Solução também produzida pela BluePex®, 100% brasileira e certificada mundialmente.

Para dar mais proteção a sua rede corporativa o AVWARE possui a função de monitorar a navegação dos usuários bloqueando as ameças instaladas nas páginas dos sites, repositórios e downloads.
Esta versão e para civil rede domestica mais tem a mesma capacidade de defesa do exercito brasileiro 

MAN-SUP, terrível nome para o Míssil Anti-Navio

Por último mas nem por isso o pior, temos o MAN-SUP, terrível nome para o Míssil Anti-Navio de Superfície. Definitivamente deveriam contratar o cara que dá nome de operações da Polícia Federal para batizar o bicho.
Desenvolvido pela Avibrás, Marinha, MECTRON e outras, o Man-Sup é o primeiro míssil anti-navio criado no Brasil. Esse tipo de tecnologia não é exatamente exportável, então temos que cuidar de todo o trabalho pesado. E cuidamos.
O Man-Sup é um projeto que começou efetivamente em 2008. A idéia era ter independência tecnológica, depois que a fabricante dos Exocet disse que não daria mais manutenção nos mísseis que a gente tinha, e ficamos chupando dedo (detalhes completos
Com alcance de 70 km e ogiva de 300 kg, o Man-Sup é acima de tudo uma escola. O objetivo: descobrir se conseguiríamos construir um míssil equivalente ao Exocet, inclusive no que se refere ao hardware de lançamento. Aparentemente fomos bem-sucedidos, o Man-Sup está em fase final de testes.
Não vi nenhum datilógrafo no stand da Avibras, isso talvez explique o sucesso do programa.

Saiba em que fase está o SISFRON

19 de abril, Dia do Exército

multimissão EMBRAER KC-390

Pedro Paulo Rezende
Fotos Lucas Lacaz Ruiz
A ênfase nos detalhes é a melhor característica da aeronave de transporte multimissão EMBRAER KC-390. O projeto inclui uma série de itens que tornarão a vida do usuário mais fácil, permitindo maior precisão nos lançamentos de carga e pessoal e facilitando as operações de embarque. Outro ponto visível é a extrema robustez da célula.

Durante a LAAD 2017, integrantes da imprensa tiveram acesso ao mais ambicioso projeto da indústria aeronáutica nacional. Estacionado no Campo dos Afonsos, marco histórico da aviação de combate brasileira, o KC-390 estava próximo a um Lockheed C-130H que integra o acervo do Museu Aeroespacial (MUSAL). O contraste era evidente. O avião norte-americano, conhecido pela robustez, parecia mirrado e frágil diante do produto brasileiro.

Concebido a partir de requisitos da Força Aérea Brasileira, o KC-390 veio para preencher um nicho vazio no mercado. Ele se insere entre o Airbus Group A-400M e o Antonov An-178 e supera em todos os aspectos o C-130J, a mais nova versão do veterano da LockheedMartin o Hercules C-130 (com mais de 50 anos desde o seu primeiro voo). Potencialmente, disputa um mercado com mais de 1 mil unidades de aviões em processo de obsolescência, como o Antonov An-12, Hercules e outras aeronaves.

Ele carrega 26 toneladas (no centro de gravidade), contra 37 toneladas do avião europeu e 18 toneladas da proposta ucraniana e 20 toneladas no Hércules C-130J. Durante sua concepção, buscou-se imprimir o máximo de simplicidade com o uso de soluções já testadas. Esta foi a principal razão para a escolha do motor International Aero Engines (IAE) V-2500, empregado em vários modelos da aviação civil, entre eles o Airbus A320, em lugar de um complexo motor propfan, como o TP-400 usado no A-400, que necessita de 20 computadores para gerenciar todos os seus parâmetros de uso.

O volume interno também impressiona, facilitando o embarque de cargas pesadas, como os lança-foguetes ASTROS 2020, da AVIBRAS. No Hercules C-130 H, da FAB a viatura lançadora de foguetes precisa ser desmontada. O KC-390 permite que a viatura seja transportada completa pronta para emprego operacional. A importância desta capacidade transcende ao mero transporte tornando o ASTROS 2020 um vetor estratégico.

Também transporta viaturas blindadas de oito rodas (o avião foi projetado para receber um blindado tipo o alemão Boxer 8x8, de 26 toneladas).

Para minimizar a ingestão de objetos (FOD), os motores estão localizados a mais de dois metros de altura e adiante do trem de pouso. A concorrência alega que a escolha de um turbofan foi arriscada, mas outros aviões, como o Antonov An-74, já empregaram configuração semelhante com sucesso em ambientes agressivos, como pistas não preparadas e sobre neve.
Aliás, o avião já cumpriu quase todas as fases do processo de homologação com sucesso, excetuando missões na Amazônia e na neve (o KC-390 será empregado em apoio à Base Comandante Ferraz na Antártida) e o reabastecimento de helicópteros.

Já foram realizados contatos secos (sem transferência de combustível) com caças F-5EM.

O emprego do Boeing C-17 Globemaster III americano pousando em pistas semipreparadas, nas campanhas do Iraque e Afeganistão, validou o emprego do turbofan no KC-390.  

Gestão de carga facilitada

O cuidado aos detalhes começa nos métodos de carregamento. O sistema de piso usa módulos reversíveis. De um lado é plano e serve para receber veículos e homens.
 
Do outro, há roletes que facilitam o recebimento de paletes. O sistema funciona por encaixe e pode ser modificado em questão de segundos pelo operador. Mal comparando, é como uma peça de lego gigante.

No piso, há dois tipos de presilha. Os externos servem para a fixação de cargas leves. Os internos, mais fortes, para segurar veículos. Isto facilita o gerenciamento no momento de lançamento e descargas a baixa altitude. O mestre de carga está localizado no cockpit, logo atrás da posição do copiloto.

Ele dispõe de um computador de bordo equipado com um sistema que facilita a disposição do lançamento. O software analisa a velocidade e a altitude do aparelho, o peso da carga e a posição geográfica (por meio de GPS) e fornece a solução mais adequada para um lançamento preciso. O mesmo sistema também serve para gerenciar o reabastecimento em voo de aviões de combate e helicópteros, facilitando o trabalho da tripulação.

O Cockpit de Alta Tecnologia

A EMBRAER Defesa & Segurança fez uma aposta de alto risco em adotar sistemas aviônicos avançados e controles de voo de última geração.  

Ao contrário dos outros aviões da categoria, o KC-390 emprega sidesticks similares aos usados em aviões da Airbus e nos caças F-16. Que acionam sistemas de atuadores elétricos. A aviônica é praticamente igual à utilizada no Boeing 787 Dreamliner. Esta característica facilita a adaptação de tripulações de países como os Estados Unidos e a Suécia, onde é comum o serviço temporário de pilotos civis que integram a reserva da força aérea ou a Guarda Nacional.

Junto à porta de acesso lateral há mais um item que prova o cuidado dos projetistas da EMBRAER no desenvolvimento do KC-390: defletores são acionados automaticamente quando ela é aberta, diminuindo o fluxo de ar dirigido contra o paraquedista, facilitando sua saída durante o salto. Foram realizados testes de lançamento de carga e de paraquedistas, na Base Aérea de Campo Grande.
Nas laterais da rampa, também há paredes que diminuem a turbulência nos lançamentos de carga. Por último, um conforto adicional exclusivo do avião brasileiro: um lavatório igual ao empregado na aviação comercial. Localizado logo atrás do cockpit, fornece privacidade aos tripulantes e paraquedistas em missão (no Hercules C-130 é aberto e não faz parte dos equipamentos padronizados de fábrica).
A primeira aeronave KC-390 para a Força Aérea Brasileia já está em produção nas instalações da EMBRAER Defesa & Segurança, em Gavião Peixoto (SP). Deverá ser entregue à FAB no segundo semestre de 2018.

Conheça a MOP, mais pesada que a MOAB (Mãe de Todas as Bombas)

O bombardeiro Stealth B-2 Spirit é a única aeronave no inventário da Força Aérea dos Estados Unidos capaz de transportar e liberar a bomba mais pesada dos EUA, a GBU-57 Massive Ordnance Penetrator (MOP) de 30.000 libras (13.620 kg). Ela também chegou a ser testada no B-52.
A pesada GBU-57 é uma bomba guiada por GPS de 6,1 metros de comprimento que dizem ser capaz de penetrar 61 metros de concreto antes de explodir, podendo assim atingir e destruir alvos profundamente enterrados, como bunkers no Irã, Síria ou Coréia do Norte etc.
Não há muitas imagens mostrando a GBU-57 e ainda menos mostrando um modelo da MOP ao lado de sua plataforma pretendida. É por isso que a imagem do post, feita por Jim Mumaw em 2013, é extremamente interessante e rara.
FONTE: theaviationist.com

Projeto preliminar do submarino nuclear brasileiro é concluído com sucesso

O Projeto Preliminar do Submarino com Propulsão Nuclear Brasileiro (SN-BR) foi concluído, com sucesso, em janeiro deste ano.
O Projeto está sendo conduzido pelo Corpo Técnico de Projeto (CTP), no Escritório Técnico de Projetos (ETP) da Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN), localizado nas dependências do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), subordinados à Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha. Na parceria com a França, a Empresa francesa “DCNS” tem, como uma das atribuições contratuais, a Transferência de Tecnologia (ToT), em Projeto de Submarinos, exceto ao que se refere à planta de propulsão nuclear, cuja responsabilidade é, exclusivamente, da Marinha do Brasil.
Ressalta-se que, no escopo da ToT, a DCNS transfere know how quanto ao Projeto de Submarinos, além de prover Assistência Técnica, Suporte e Capacitação ao CTP, por meio de treinamento e transferência de documentação técnica de referência.O CTP conta, hoje, com, aproximadamente, 200 integrantes, entre militares (Oficiais e Praças) e Funcionários Civis da Empresa “Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A.” (AMAZUL), nos níveis de ensino superior e médio, dos quais 59 receberam treinamento em Projeto de Submarinos e Apoio Logístico Integrado (ALI), tanto na França, quanto no Brasil.
A conclusão do Projeto Preliminar foi validada pela DCNS e os seus resultados demonstraram a viabilidade e a exequibilidade do Projeto Final do SN-BR. O sucesso evidenciado ao término dessa Fase traduz um importante marco para a Marinha, transmitindo a confiança necessária para o prosseguimento das Fases subsequentes, quais sejam: detalhamento e construção do SN-BR.
FONTE: MB

NASA anuncia que lua de Saturno pode abrigar vida

Nova pesquisa da NASA indica que a lua Encélado de Saturno pode abrigar vida microbiana. Detalhes de novas descobertas sobre mundos oceânicos em nosso sistema solar estão sendo anunciados ao vivo pela agência.

Cientistas da NASA detectaram hidrogênio de fontes hidrotermais em plumas de gelo da lua de Saturno, Encélado em condições que, segundo eles, poderiam ter levado à ascensão da vida na Terra.
A descoberta faz de Encélado o único lugar além da Terra, onde os cientistas encontraram evidências diretas de uma possível fonte de energia para a vida, de acordo com os resultados publicados na Science.

Encélado é um local fértil para pesquisas por vida extraterrestre desde 2005, quando a sonda Cassini descobriu plumas ricas em água ao sul do satélite. Desde então, muito se especulou sobre a origem da água, supostamente de um mar líquido subterrâneo.
As revelações se concentram em torno de descobertas da nave Cassini da agência e do Telescópio Espacial Hubble.
Chris Glein, associado da Cassini INMS no Southwest Research Institute (SwRI), disse durante a entrevista coletiva que eles acreditam que o hidrogênio é produzido por uma reação química entre água quente e rochas.
A equipe diz que a lua tem as fontes necessárias para a vida, mas o que precisa ser estabelecido é se houve tempo o suficiente para evoluí-la.
Hubble
Ao mesmo tempo, o telescópio Hubble capturou mais evidências de plumas à base de água na lua gelada de Júpiter, Europa. A NASA disse que um candidato de pluma semelhante foi capturado no mesmo local em 2014 e 2016. As plumas também correspondem a uma região relativamente quente na superfície de Europa observada pela espaçonave Galileo.
A próxima missão da NASA na região — prevista para lançamento em 2020 — continuará a busca de vida além da Terra e estudará a Encélado com equipamentos mais avançados.

Rússia desenvolve nova arma de precisão para o exército

O mais recente fuzil de precisão obteve o nome de “Toschnost” (Precisão) e vai ser entregue ao exército após 2020, comunicou aos jornalistas o diretor do Instituto Central de Investigação Científica de Engenharia de Precisão (TSNIITOCHMASH na sigla russa), Dmitry Semizorov.

As exigências do Ministério da Defesa são mais rigorosas – não devem ser utilizados quaisquer componentes estrangeiros. O equipamento está sendo desenvolvido para que, em 2020, este sistema tenha 100% de componentes nacionais e possa entrar ao serviço do Ministério da Defesa", comunicou Semizorov. 
Ele acrescentou que a empresa deverá substituir as munições e os elementos microeletrônicos utilizados nos anteriores modelos. 
O chefe do TSNIITOCHMASH acrescentou que em 2017 o primeiro lote vai ser fornecida para o Serviço de Guarda Federal. 
O fuzil "Toschnost" poderá utilizar dois tipos de munições: balas comuns e perfurantes. Ele está sendo elaborado com base no T-5000, mas foi feito um total de 210 alterações. 

Inovação técnico-militar: o segredo dos futuros submarinos russos silenciosos

A Tekhmash vai dotar os submarinos nucleares e de motores diesel com equipamento especial que os tornará praticamente silenciosos, comunica o serviço de imprensa da empresa.

A fábrica Tekhmash da corporação estatal Rostec recebeu encomendas para a produção de coberturas especiais para os próximos 5 anos. As placas hidroacústicas produzidas pela União de Produção Chapaev são capazes de tornar os submarinos furtivos", diz o comunicado. 
O programa estatal de desenvolvimento da frota submarina prevê o fornecimento deste tipo de placas para os submarinos da classe Borei e Yasen bem como para os submarinos do tipo Varshavyanka. 
A Tekhmash recebeu encomendas para a produção de coberturas especiais para os próximos 5 anos
Segundo comunicou o diretor-geral da União de Produção Chapaev, Aleksandr Livshits, a sua empresa conseguiu criar uma cobertura especial que absorve o ruído das várias frequências em diferentes profundidades, dificultando o processo de detecção do submarino. 

O 'extravagante' lançador de mísseis russo: a nova obsessão da imprensa norte-americana

No caso de um conflito armado, os inimigos da Rússia terão que lidar com seus poderosos lançadores de mísseis, disse Kyle Mizokami no seu artigo para a revista The National Interest.

Segundo o especialista, os projéteis dos sistemas de mísseis russos, que têm sido utilizados por Moscou desde os tempos de Stalin, "voam em direção ao alvo com um uivo de arrepiar".
O primeiro míssil soviético ar-ar não dirigido, o RS-132, foi projetado nos tempos da URSS em 1931, mas, infelizmente, não tinha precisão suficiente. No entanto, em 1938, os engenheiros soviéticos criaram um novo sistema de mísseis BM-13 para o veículo não blindado ZIS-6. Este lançador de foguetes era capaz de lançar 24 mísseis explosivos M-13 de 132 mm a uma distância de até 8,7 km, além de realizar ataques maciços. No entanto, o BM-13 se revelou ineficaz na luta contra alvos isolados, além disso, o processo de recarga desta arma durava quase uma hora.
Mais tarde, na era da Guerra Fria, a União Soviética se armou com sistemas de artilharia Grad, consistindo de 40 canhões de 122 mm de calibre cada, instalados no caminhão Ural-375D. Estes lançadores, também adquiridos pelos países aliados da URSS, provaram ser mais eficientes e precisos graças à forma única de seus canhões, que proporcionava a rotação dos mísseis voadores e também tinham um alcance de mais de 20 km e munições mais inovadoras e poderosas.
Na década de 60, a URSS começou desenvolvendo lançadores múltiplos de foguetes ainda mais impressionantes. Assim, o sistema Uragan, projetado para o caminhão ZIL-135, consiste de 16 canhões de 200 mm e tem um alcance de mais de 33 km. Esta arma poderosa não só é compatível com mísseis tradicionais, mas também com os mísseis antitanque e antipessoal, assim como com ogivas termobáricas.
Outro lançador múltiplo de foguetes soviético, chamado Smerch, é capaz de lançar 12 mísseis de calibre 300 mm a uma distância de mais de 90 quilômetros. Além disso, pode lançar drones.
O autor do artigo também salienta que a Rússia tem em seu arsenal vários sistemas de fogo pesado TOS-1A, capazes de lançar 24 mísseis de 220 mm cada. De acordo com Mizokami, esta arma pode "acabar com toda a vida" em um raio de cerca de 300 metros com apenas um tiro. Na Rússia, os sistemas TOS, na verdade, substituíram os lança-chamas e são especialmente eficazes quando utilizados com munições termobáricas.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

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sábado, 8 de abril de 2017

Brasil quer testar nos próximos anos velocidade hipersônica em voo

Está previsto para iniciar em 2020 o teste em voo com o demonstrador tecnológico 14-X, protótipo usado pelo Instituto de Estudos Avançados (IEAV), em São José dos Campos (SP), para desenvolver estudos de um motor que possa atingir velocidades de 12 mil km por hora ou 3 km por segundo. Uma velocidade dez vezes mais rápida que o som.
“Queremos hoje sair do nível laboratorial e dar o grande salto que é para o nível de qualificação em voo dessas tecnologias”, afirma Israel Rêgo, gerente do Laboratório de Aerotermodinâmica e Hipersônica do IEAV. No local está instalado o maior túnel de vento (T3) da América Latina, onde são realizados os testes. Os registros são feitos com uma câmera de alta velocidade.
A tecnologia de propulsão hipersônica aspirada, que utiliza o ar atmosférico para a combustão, está entre os projetos apresentados pela Força Aérea Brasileira (FAB) na maior feira de segurança e defesa da América Latina. A tecnologia é nova e está em desenvolvimento por países como Estados Unidos e Austrália.
O objetivo é projetar, construir e ensaiar em solo e em voo duas tecnologias: a de uma aeronave – em 
que é estudado o efeito waverider ou de sustentação hipersônica que permite voar na atmosfera – e a de um motor hipersônico – conhecido na comunidade científica comoscramjet, capaz de fazer voar a aeronave.
De acordo com o pesquisador, o projeto é estratégico para a FAB, pois pode revolucionar a propulsão de veículos espaciais. “O projeto Prohiper irá, dentro de 10 anos, oferecer à Força Aérea Brasileira um produto de defesa que permita realizar voos rumo ao espaço de maneira mais barata e levando mais carga útil”, analisa o pesquisador.
“O grande desafio com relação ao motor é conseguir demonstrar a operacionalidade da combustão hipersônica que é a fonte de energia para realização do voo”, complementa.
Como funciona - Um dos pesquisadores do projeto, o engenheiro aeroespacial Tenente Norton Assis, explica que o motor-foguete convencional tem de levar no seu interior tanto o combustível (álcool, hidrogênio ou querosene) quanto o oxidante (geralmente o oxigênio).
Já o princípio de ação da combustão hipersônica utiliza o próprio ar como oxidante para a queima do combustível. A principal vantagem é que um motor aspirado precisa levar no interior apenas o combustível.
Estima-se que a nova tecnologia possa permitir cargas úteis com até 15% do peso da decolagem de veículos espaciais. Atualmente, são utilizados motores-foguete de múltiplos estágios não reutilizáveis, baseados em combustão química em que são necessários carregamentos de combustível e oxidante. Com essa configuração, o peso da carga útil, ou satélite, por exemplo, fica limitado a cerca de 5% do peso total do veículo lançador.
“O oxidante pode ser retirado do ar atmosférico, como um carro”, compara o engenheiro. “Isso reduz o peso total do veículo que será lançado e faz com que a carga útil possa ser mais pesada. Uma vez que ele não leva o oxidante no interior, o veículo torna-se mais seguro e essa redução de peso agrega mais eficiência”, ressalta.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Conheça as capacidades do escudo antimíssil da Rússia

Há exatamente 50 anos, o Estado-Maior das Forças Armadas da União Soviética publicou uma diretiva sobre a criação das Forças de Defesa de Mísseis e do Espaço

A nova estrutura juntou todas as unidades de defesa antimíssil que existiam naquela altura. Essas forças deviam defender as instalações industriais e militares mais importantes da União Soviética de um potencial ataque com mísseis balísticos intercontinentais dos EUA.
No ano de 1967, os EUA tinham 32 mil ogivas nucleares, o que foi uma quantidade sem precedentes em toda a história da Guerra Fria. Os novos mísseis balísticos Minuteman-II, que surgiram naquela altura na América, tinham capacidade para romper qualquer sistema de defesa antimíssil.
Os esforços conjuntos de cientistas e construtores permitiram a criação do sistema de defesa antimíssil A-135, que até hoje permanece ativo e protegendo a capital da Rússia. Mas este sistema foi antecedido por décadas de trabalho difícil, de experimentos e de erros.
Os primeiros êxitos
As pesquisas ativas nesta área começaram em 1953, quando seis marechais da União Soviética enviaram um pedido ao Comitê Central do Partido Comunista da União Soviética para criar no país sistemas de defesa antimíssil. Naquela altura, as autoridades soviéticas recebiam informações de agentes nos EUA sobre o desenvolvimento de mísseis balísticos norte-americanos, o que causava inquietação.
Já no dia 1 de fevereiro de 1956, a comunidade cientifica soviética apresentou dois projetos: um – do sistema zonal antimíssil Barier, elaborado pelo laboratório radiotécnico da Academia de Ciências da União Soviética sob direção de Aleksandr Mints, e outro – o Sistema-A do chefe da seção 31 do gabinete de projetos número 1, Grigory Kisunko. Foi precisamente o segundo projeto que foi realizado com êxito.
Em 17 de agosto do mesmo ano, foi publicada uma resolução sobre a criação de um sistema experimental de defesa antimíssil, e do campo de treinamento correspondente, no sudeste do Cazaquistão. Mais tarde, este campo recebeu o nome de polígono de Sary-Shagan (em homenagem à cidade mais próxima). Os militares russos têm usado este campo até hoje.
Em teoria, todo o projeto era simples e bonito, mas na prática os primeiros lançamentos fracassaram – os computadores não eram capazes de efetuar o cálculo da trajetória dos mísseis. Apenas em 4 de março de 1961 um míssil realizou a intercepção de outro. Isto foi o primeiro caso semelhante no mundo.
A tecnologia elaborada no projeto do Sistema-A foi usada na instalação do sistema de defesa antimíssil A-35 instalado em torno de Moscou em 1 de setembro de 1971. O A-35 naquela altura era capaz de defender uma área de 400 km quadrados.
O mecanismo de defesa
O sistema baseado num novo princípio A-135 Amur entrou em serviço em 1990, depois foi muitas vezes modernizado e está ativa até este momento.
O especialista militar Mikhail Khodarenok explicou à Sputnik que a modernização do A-135 estava ligada principalmente à diminuição do seu tamanho. Anteriormente, os aparelhos do sistema ocupavam uma grande sala, mas agora a sala está quase vazia.
O sistema pode detectar um míssil balístico intercontinental já a uma distância de 3.700 km e transferir a informação para um computador central, que analisa os dados e dá ordens aos sistemas de lançamento.
"A particularidade do A-135 é que o sistema é completamente automático", explicou Khodarenok, dizendo que mesmo um homem com uma reação muito rápida não pode fazer nada em caso de ataque.
A capacidade de manobrar
O sistema А-135 é complexo e eficaz, mas também se pode tornar obsoleto. Mas um novo sistema que o pode substituir já está realizando testes.
"No futuro, o sistema A-135 será substituído pelo A-235 Nudol. Mas a maioria das informações sobre a questão são segredo militar […] Foi mesmo comunicado que o sistema será capaz de abater satélites em órbita", disse Mikhail Khodarenok.
Segundo o vice-ministro da Defesa da Rússia, o primeiro protótipo do sistema A-235 será produzido até 2020.
Agora apenas o sistema russo S-400 é capaz de lidar com mísseis balísticos intercontinentais. O vice-ministro da Defesa da Rússia disse que o S-500 terá vantagens sobre o seu antecessor e o análogo americano Patriot PAC-3.