segunda-feira, 22 de abril de 2013

Forças de segurança do país revelam treinamentos para grandes eventos


Depois de meses de espera, chegou a hora de entrar em ação.O comando de operações táticas da Polícia Federal está à procura de um terrorista. Informações de inteligência levaram os agentes até o local. A operação era apenas treinamento. Exercício necessário para o país, que se prepara para sediar quatro grandes eventos internacionais. 
O atentado na maratona de Boston, nesta semana, acendeu a luz amarela. Faltam apenas 55 dias para a Copa das Confederações. Seis capitais vão receber a competição, entre 15 e 30 de junho de 2013.  Quase 50 mil homens das forças armadas e da segurança pública atuarão nessas cidades.
Poucos dias depois, vem o segundo teste: a visita do Papa Francisco ao Brasil. Ele vai participar da Jornada Mundial da Juventude, em julho, no Rio de Janeiro. O Rio também será sede das Olimpíadas de 2016. E ainda tem a Copa do Mundo, em 2014.
Mas será que existe o risco de um ataque terrorista no Brasil?
“Eu sinceramente não vejo uma ameaça, mas há uma ameaça latente no mundo que pode baixar em qualquer lugar. Então, nós temos que estar preparados para enfrentá-la”, diz Celso Amorim, ministro da defesa.
As tarefas de segurança serão divididas. O perigo pode estar em qualquer lugar, como em um pacote abandonado na rua.
Os homens da Polícia Federal têm a missão de prevenir eventuais ataques.
Na ação, o especialista é chamado. Ele se dirige ao local sinalizado pelos colegas.  No local, monta o aparelho de raios-X que vai mostrar se o pacote contém de fato uma bomba. As imagens são enviadas para um computador. Com a certeza de que o material é perigoso, entra em ação um pequeno robô, comandado à distância. O robô se aproxima.  E, com um jato super potente de água, desativa o explosivo. Quinze desses robôs foram comprados e devem chegar ao país em maio.
A Polícia Federal está montando unidades antiterror em todas as cidades que vão sediar a Copa das Confederações e a Copa do Mundo. E encomendou 28 roupas especiais. Elas pesam 40 quilos, e a uma distância de três metros, é capaz de resistir a uma bomba 500 vezes mais potente do que a carga usada para explodir uma porta.
“Ela não me transforma em um super-homem.  Mas, em contrapartida, ela me dá uma proteção balística muito grande”, disse um agente.
Em Goiânia, uma unidade especial do exército se prepara para enfrentar outra situação extrema.  O risco de uma contaminação radioativa.
Os militares jogam um sinalizador em um dos cômodos. Ele ajuda uma equipe de especialistas a detectar o perigo.
O grupo faz parte dos 1.200 homens das forças armadas treinados para ações contra terroristas, na terra e no ar.  Doze helicópteros de combate poderão interceptar aviões que voarem em áreas proibidas durante os eventos.
Em uma sala, em Brasília, a missão é evitar a ameaça de vírus e hackers. Um ataque poderia deixar milhares de usuários sem serviços básicos e até mesmo provocar um apagão.
“Na área cibernética, o tempo de reação é muito pequeno. Todas as agências preocupadas com a segurança pública estão tomando medidas preventivas”, conta o general José Carlos dos Santos.
A estratégia do governo é dividir papéis e responsabilidades.
No Maracanã, o Batalhão de Operações Especiais, o Bope, vai auxiliar os agentes contratados pela Fifa. Eles cuidarão da segurança dentro dos estádios. Da porta pra fora, a tarefa é do Estado. 
“Aqui vai estar a disposição toda a segurança privada,”, diz o gerente de segurança da Fifa.
Mas a menos de dois meses para a primeira partida da Copa das Confederações, ainda não houve um treinamento conjunto no Maracanã.
Até agora, só os uniformes estão prontos. As câmeras de segurança de alta resolução já foram instaladas, mas não foram testadas.
Faltam seis dias para a inauguração do Maracanã. E o ritmo das obras ainda é intenso.  Chega a ter impressão de que não vai dar tempo. Será que o atraso nas obras e na entrega de equipamentos não pode comprometer a segurança na Copa das Confederações?
“Tudo que o comitê tem acompanhado, todos os centros de comando e controle vão estar prontos”.
Quase R$ 2 bilhões foram investidos para equipar as Forças Armadas e a segurança pública.
Mas nem tudo ficará pronto a tempo para o primeiro grande teste.  Apenas três de seis caminhões, equipados com um sofisticado sistema de comunicação, estarão a postos para a Copa das Confederações.
Em Brasília, um Centro Nacional de Controle deveria monitorar tudo o que acontece nos locais de competição. Mas a entrega dos equipamentos atrasou.
Outros doze centros regionais estão previstos para a Copa do Mundo. Para a Copa das Confederações, apenas os comandos do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte serão entregues.
Fantástico: “Mas a previsão não era para ter centros de comando e controle nos seis estados. E também em Brasília e no Rio de Janeiro”.
“São equipamentos de última geração e que alguns deles são importados, e, portanto, tem uma dificuldade maior. Então, nós sabíamos que alguma coisa poderia atrasar. Mas, em nada compromete a nossa atuação”, disse Valdinho Caetano, sec. para grandes eventos Ministério da Justiça.
Para um especialista, falta comando. “Quando você não tem essa estrutura montada, significa que você não pode oferecer uma real capacidade de resposta a uma ameaça, a um atentado que possa ocorrer”, explica o professor da Universidade Federal Fluminense Marcial Suarez.
“Eu acredito que nós não estamos vulneráveis. Agora temos que nos prevenir. Não podemos ficar confiantes no fato de que no Brasil nunca aconteceu nada e que, portanto, nunca vai acontecer”, acredita Celso Amorim.
G1......SNB

Uma pequena empresa brasileira acaba de lançar o primeiro motor turbo do país, projetado e fabricado no país laad 2013


Uma pequena empresa brasileira acaba de lançar o primeiro motor turbo do país, projetado e fabricado no país para começar a preencher uma lacuna crítica na base industrial aeroespacial do país.
Polaris espera iniciar voos de teste dos 1.000 lb-impulso (4.45kN) classe TJ1000 a bordo da Avibras AVMT-300 Matador míssil de cruzeiro nos próximos três ou quatro meses, diz o diretor da empresa Malrum Medici.
"É um avanço tecnológico no Brasil", diz ele.
Fabricantes brasileiros oferecem uma ampla gama de aeronaves comerciais e militares, bem como aviônicos, ar-lançados armas e sensores aerotransportados. Mas o país sempre faltava um fornecedor natural de motores a jato.
Polaris foi formado em São José dos Campos em 1999 por ex- Embraer engenheiros para resolver essa deficiência.
O TJ1000 é destinado a um mercado em crescimento no Brasil para turbojatos para mísseis de cruzeiro de energia, drones alvo e veículos aéreos não tripulados.A 70 kg (£ 154) turbo apresenta um compressor axial de quatro estágios, que compreende uma única peça de alumínio. Está listado com um combustor anual e uma turbina de uma só fase.
Polaris já está olhando para além do AVMT-300 para aplicações futuras. Ao adaptar o TJ1000 com uma arquitetura turboshaft, Medici diz o Avibras Falcao UAV pode se tornar uma oportunidade de curto prazo. O projeto Falcao foi recentemente absorvida pela joint venture Harpia, que também inclui Elbit Systems subsidiária AEL Sistemas e Embraer.
No longo prazo, Polaris pretende oferecer uma versão certificada do motor turboshaft para substituir o Pratt & Whitney Canada PT6-powered T-26 Tucano de treinamento básico Embraer. Polaris está considerando um projeto de fluxo de ar reverso, que é semelhante à arquitetura PT6, diz Medici.
Tal projeto seria necessário o apoio do governo, a fim de Polaris para arcar com os custos de certificação, acrescenta.
SNB

Astrônomos acham sistema com dois planetas na zona habitável

SALVADOR NOGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quem pensa que o Sistema Solar é interessante por ter um planeta habitável vai pirar com o que há ao redor da estrela Kepler-62. Lá, nada menos que dois mundos --possivelmente rochosos-- ocupam órbitas na região mais favorável ao surgimento da vida.
É a conclusão eletrizante a que chega um estudo produzido pela equipe do satélite Kepler, caçador de planetas da Nasa, e recém-publicado na revista científica americana "Science".
Os pesquisadores liderados por William Borucki identificaram um total de cinco planetas girando ao redor da estrela, uma anã laranja com 63% do diâmetro do Sol.
Todos eles são relativamente nanicos --quatro entram na categoria das superterras (com diâmetro até duas vezes o terrestre) e um é do tamanho de Marte, ou seja, menor que a Terra.
Os três mais internos são quentes demais para abrigar vida. Já os dois mais externos, Kepler-62e e Kepler-62f, têm suas órbitas na chamada zona habitável do sistema --região em que, numa atmosfera similar à da Terra, um planeta pode abrigar água líquida em sua superfície.APARÊNCIAS ENGANAM
A questão é: esses planetas são parecidos com a Terra? Constatar isso é um dos maiores desafios da astronomia, uma vez que as superterras não têm equivalente no Sistema Solar.
Por aqui, há, nas órbitas mais distantes, planetas gigantes gasosos (Júpiter, Saturno, Urano, Netuno), e nas mais próximas do Sol os pequeninos mundos rochosos (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte), dos quais o nosso planeta é o maior deles.
As superterras, em termos de tamanho, estão no meio do caminho entre essas duas categorias. Mas ninguém sabe com certeza se elas são rochosos grandalhões ou gasosos murchos.
E isso tende a fazer toda a diferença do mundo para a busca por vida.
Uma forma de resolver a questão é determinar, ao mesmo tempo, o diâmetro do planeta e sua massa. Assim, dividindo a massa pelo volume, obtemos a densidade. Com ela, dá para saber se o planeta é rochoso ou gasoso.
A técnica usada pelo satélite Kepler para detectar planetas (medir pequenas reduções de brilho nas estrelas conforme os mundos ao seu redor passam à frente dela, como minieclipses) é boa para medir o diâmetro.
Contudo, para estimar a massa com segurança, a melhor técnica é a usada pelos observatórios em terra, que mede o "bamboleio" gravitacional da estrela conforme os planetas giram ao seu redor.
Infelizmente, no caso do Kepler-62, os planetas são pequenos demais e a estrela é muito ativa para permitir o uso dessa estratégia para confirmar a massa desses mundos com o nível de precisão dos instrumentos atuais.
CASOS SIMILARES
Embora a composição desses mundos ainda seja desconhecida, os pesquisadores citam outros planetas com diâmetro similar que tiveram sua densidade medida (três casos no total) para argumentar que Kepler-62e e Kepler-62f provavelmente sejam rochosos como a Terra.
Uma modelagem em computador feita por um outro grupo liderado por Lisa Kaltenegger, do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica, nos EUA, sugere que os dois planetas devem ter oceanos globais cobrindo totalmente sua superfície --planetas-água, por assim dizer. Mas isso pressupõe que os cientistas acertaram as quantidades dos ingredientes usados para formar os planetas, o que não é de modo algum certo.
Pelo menos, esses dois mundos não têm um problema que outros planetas detectados na zona habitável de suas estrelas possuem: o "travamento gravitacional".
Reuters
Concepção artística compara o tamanho dos exoplanetas, Kepler-22b, Kepler-69c, Kepler-62e, Kepler 62f, respectivamente, com a Terra. A descoberta dos dois últimos foi anunciada nesta quinta.
Concepção artística compara o tamanho dos exoplanetas, Kepler-22b, Kepler-69c, Kepler-62e, Kepler 62f, respectivamente, com a Terra. A descoberta dos dois últimos foi anunciada nesta quinta.
Esse fenômeno acontece quando a mesma face do planeta fica o tempo todo voltada para a estrela. Mais comumente observado no sistema Terra-Lua, em que o satélite exibe sempre a mesma face para o planeta, casos como esse se apresentam naqueles mundos que orbitam muito próximos do astro principal. Mas não é o caso aqui.
"Exceto pelo planeta mais interno --Kepler-62b--, todos os planetas têm períodos orbitais tão grandes que é extremamente improvável que eles estejam travados", disse à Folha Borucki, antes de apresentar os resultados em uma entrevista coletiva organizada pela Nasa nesta quinta.
Em suma, esses dois mundos sobem direto para o topo da lista de potenciais planetas com vida, embora rigorosamente nada se possa dizer a esse respeito, exceto que, em teoria, eles podem abrigar água líquida na superfície.
Por isso, apesar do entusiasmo, os cientistas são muito cautelosos no parágrafo final de seu artigo científico: "Não sabemos se Kepler-62e e -62f têm uma composição rochosa, uma atmosfera ou água. Até que consigamos detectar espectros adequados de suas atmosferas não poderemos determinar se eles são de fato habitáveis."
Ainda assim, é impossível não se empolgar com a possibilidade
SNB

Foguete Antares é lançado com sucesso ao espaço


O primeiro foguete Antares, da companhia privada Orbital Sciences Corporation, foi lançado neste domingo ao espaço, desde a Ilha Wallops, na Virgínia, de maneira bem-sucedida, informou a agência espacial americana (Nasa). O lançamento, que foi efetuado às 18h (de Brasília) da instalação da Nasa nessa ilha, cerca de 200 quilômetros a sudeste de Washington, representa um grande passo na emergente indústria dos voos espaciais comerciais.
O foguete, de 133 metros de altura, foi desenvolvido em parte com motores desenhados originalmente para o programa russo. O lançamento ocorreu quatro dias depois do previsto por causa de uma falha técnica na ocorrida na última quarta-feira e do mau tempo na região entre sexta-feira e sábado.
A prova executada hoje é parte do programa para o desenvolvimento de missões não tripuladas à Estação Espacial Internacional (ISS). O êxito da missão supõe que poderá haver duas empresas privadas americanas atuando nas viagens de provisões à ISS, que orbita a cerca de 385 quilômetros da Terra.
A Nasa assinou contratos com a Orbital Sciences Corporation, construtora do foguete Antares, e com a Spacex, que já completou missões à ISS. A Orbital assinou um contratou de US$ 1,9 bilhão com a Nasa para efetuar oito missões de abastecimento, não tripuladas, com os foguetes Antares e uma cápsula chamada Cygnus. Já a Spacex obteve um contrato de US$ 1,6 bilhão para realizar 12 missões com seu foguete Falcon 9 e sua cápsula Dragon.
Após o vazio deixado em 2011, quando a agência espacial americana anuncio o fim da era das naves espaciais, a Nasa passou a contar com dois projetos de empresa privada para seguir atuando na construção, no abastecimento e na troca de tripulações da ISS.
EFE..TERRA ...SNB

Sirius: o maior projeto da ciência brasileira (parte 1 de 2)


Abaixo, versões ampliadas da minha reportagem publicada hoje no Estadão, sobre o novo acelerador de partículas/fonte de luz síncrotron que está para ser construído em Campinas. É a minha matéria de “despedida” do caderno Vida, que a partir de amanhã deixará de ser publicado no Estadão como uma seção independente. Os temas da editoria (ciência, meio ambiente, educação e saúde) continuarão a ser cobertos pelo jornal, mas passarão a ser publicados dentro do caderno Metrópole.
Abraços a todos, e Vida longa ao bom jornalismo!
Novo acelerador de partículas brasileiro começa a virar realidade em Campinas
William Mariotto/Estadão 
O maior projeto da história da ciência brasileira está prestes a sair do papel. Nas próximas semanas deve ter início o trabalho de limpeza do terreno para construção do novo acelerador de partículas do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas. Com um anel de mais de 500 metros de circunferência, instalado num prédio de 250 metros de diâmetro – do tamanho de um estádio de futebol – a nova máquina será cinco vezes maior e muito mais avançada do que a atual, que será desmontada.
O custo total do projeto, batizado como Sirius (nome da estrela mais brilhante no céu), é estimado em R$ 650 milhões, com o primeiro feixe de luz previsto para 2016. Outro grande projeto federal, do Reator Multipropósito Brasileiro, a ser construído em Iperó (também no interior paulista), tem um orçamento maior, de R$ 850 milhões, mas sua missão principal será a produção de radioisótopos para uso médico e industrial, e não a produção de ciência. “Se você pensar numa infraestrutura dedicada exclusivamente à pesquisa, o Sirius certamente é o maior”, diz o físico Antonio José Roque da Silva, diretor do LNLS.
A expectativa na comunidade científica é igualmente grande. A luz síncrotron (uma radiação eletromagnética de amplo espectro, que abrange desde o infravermelho até os raios X) é usada em várias áreas de pesquisa, como física, química, biologia, geologia, nanotecnologia, engenharia de materiais e até paleontologia. O acelerador funciona como um gigantesco microscópio, que os cientistas utilizam para enxergar a estrutura atômica e molecular de diferentes materiais, iluminando-os com os diferentes tipos de radiação presentes na luz síncrotron. Pode ser uma rocha, uma proteína, uma amostra de solo, um dente de dinossauro, um cabo de aço usado em plataformas de petróleo, um fio de cabelo tratado com diferentes tipos de xampu, ou qualquer outra coisa que se queira conhecer nos mínimos detalhes.
“É o sonho de entender materiais, tanto do ponto de vista estrutural quanto funcional”, afirma Roque. Com a luz síncrotron, é possível saber, por exemplo, que tipos de átomos e moléculas fazem parte de um material, qual é a distância entre eles, como eles interagem entre si, quais são suas propriedades magnéticas e várias outras coisas. São “olhos microscópicos”, nas palavras do diretor científico do LNLS, o brasileiro Harry Westfahl.
A luz é gerada pela aceleração de elétrons, que viajam dentro de um anel de 518 metros de comprimento (165 metros de diâmetro) a uma velocidade muito próxima (99,999999%) da velocidade da luz, que é de aproximadamente 300 mil km/s. A diferença do Grande Colisor de Hádrons (LHC) na Europa e de outros colisores de partículas é que os elétrons, neste caso, não se chocam uns contra os outros em nenhum momento; viajam todos na mesma direção.
O acelerador brasileiro atual, chamado UVX, entrou em operação em 1997 e atende cerca de 1,4 mil pesquisadores por ano, com quase 3 mil trabalhos científicos publicados nos últimos 16 anos. A máquina tem 18 “linhas de luz”, que são as estações de trabalho nas quais os pesquisadores realizam seus experimentos com a luz que sai do anel. Elas funcionam simultaneamente, mas cada uma é otimizada para um tipo de pesquisa. “A luz que sai do anel contém todas as frequências de onda. É só nas linhas de luz que uma frequência específica é escolhida, por meio de filtros chamados monocromadores, de acordo com a necessidade do experimento que vai ser realizado”, explica Roque.
O Sirius começará a operar com 13 linhas de luz – suficientes, já, para atender toda a demanda atual do UVX –, mas poderá chegar a 40. A nova máquina não será apenas maior, mas também substancialmente melhor do que a atual em vários aspectos, produzindo uma luz muito mais brilhante, que permitirá ampliar consideravelmente o seu leque de aplicações.
Pioneirismo. Será a única máquina do tipo na América Latina e apenas a segunda no Hemisfério Sul, além de uma na Austrália. Mais do que isso, suas especificações técnicas deverão colocá-la na linha de frente das melhores fontes de luz síncrotron do mundo. “O Sirius será a máquina de maior brilho na sua classe de energia”, garante Roque.
A energia operacional do Sirius será de 3 bilhões de elétrons-volts (GeV), comparada ao bem mais modesto 1,37 bilhão de elétrons-volts do UVX. Isso, associado a uma série de outras especificações técnicas da máquina (como a configuração de magnetos ao redor do anel), permitirá produzir feixes de fótons (luz) muito mais brilhantes do que os atuais. Uma vantagem crucial é que será possível produzir um tipo de raio X mais energético, conhecido como “duro”, capaz de penetrar materiais mais espessos – algo que a máquina atual tem dificuldade de fazer. O limite de energia dos fótons nas linhas de luz do Sirius será de 250 mil elétrons-volts (KeV), comparado a 30 mil elétrons-volts no UVX, que é um limite inferior de energia dos raios X duros.
“O brilho do Sirius será maior do que o do UVX em todas as faixas de luz, mas nos raios X a diferença será gritante; bilhões de vezes maior”, afirma Roque.
Outro grande diferencial da máquina será a sua baixa emitância, uma característica relacionada ao tamanho da fonte e ao diâmetro do facho de luz gerado por ela, que será de 0,28 nanômetro-radiano (nm.rad), comparado a 100 nanômetros-radianos do UVX. É a menor emitância de qualquer fonte de luz síncrotron em operação ou sendo projetada no mundo, segundo Roque.
Para entender a diferença, de uma forma geral, pode-se pensar numa comparação entre o facho de luz produzido por uma lanterna e o feixe produzido por um apontador laser: a energia (quantidade de fótons) pode até ser a mesma, mas o brilho do laser é muito maior.
“Tem tudo para ser uma das duas melhores máquinas do planeta”, concorda o físico francês Yves Petroff, um dos maiores especialistas do mundo no assunto, ex-diretor do maior laboratório de luz síncrotron europeu (o ESRF, em Grenoble, na França) e ex-diretor científico do LNLS. “É o projeto mais moderno que se pode fazer com a tecnologia hoje.”
A expectativa, portanto, é que o Sirius atraia ainda mais pesquisadores estrangeiros para o Brasil; e não apenas da América Latina, mas também dos EUA e da Europa. “Os cientistas vão aonde houver os melhores equipamentos”, afirma Petroff. Ele cita o exemplo da moderna fonte de luz síncrotron de Taiwan, que atrai muitos pesquisadores dos Estados Unidos e da Europa.
Cerca de 20% dos usuários do UVX já são estrangeiros. “Bons equipamentos atraem bons pesquisadores”, diz Petroff, que contou ter vindo para o LNLS com a intenção de ficar seis meses, em 2009, mas acabou ficando três anos. “Vim porque tinha vários brasileiros no meu laboratório na França e porque gostei do que fizeram aqui no passado”, contou ele ao Estado em março, pouco antes de voltar para a França.
SNB


sábado, 20 de abril de 2013

Laser de combate como caraterística da superpotência


Serguei Duz

V D RUSSIA

As Forças Armadas dos EUA obterão, dentro em breve, uma nova super arma. Vários analistas vislumbram nisto um desejo de reafirmar o status de superpotência numa nova volta da espiral do progresso tecnológico e científico.

Trata-se de um laser de estado sólido capaz de, citando a mídia, queimar os alvos como um maçarico. Graças à intensificação dos trabalhos de projeção e desenvolvimento, a arma irá aparecer num dos navios de guerra norte-americanos estacionados no Golfo Pérsico já em 2014, ou seja, dois anos antes do prazo anteriormente programado.
O novo laser de combate é capaz de destruir drones e lanchas de guerra. Ainda não é suficientemente potente para atingir aviões supersônicos e mísseis em fase final de trajetória. Mas essa é uma questão só do tempo. Os norte-americanos, é bem perceptível, se sentem orgulhosos pelo trabalho realizado e relacionam grandes esperanças com a arma nova.
É que os EUA precisam de reter o status de superpotência e, para tal, se adiantarem aos concorrentes geopolíticos na área técnico-militar. Os norte-americanos necessitam um arranque. Eles têm que ultrapassar todos os demais, tal como o acontecera outrora com a bomba atômica. Mas hoje em dia as armas nucleares já deixaram de ser apercebidas como algo inacessível.
Deveras, ainda nem todos dispõem de armas nucleares, longe disso. No entanto, tampouco se pode falar de exclusividade. O regime de não-proliferação está se tornando cada vez mais difuso a despeito de todos os esforços para o impedir.
Entrementes, sem super arma não há superpotência. Uma força armada cuja potência se distingue substancialmente da das forças armadas dos outros estados, é um dos quatro elementos mais importantes que determinam o carácter exclusivo de um dado estado na palestra internacional.
Os restantes três elementos caraterísticos da superpotência – o prestígio político e ideológico a nível mundial, altíssimo potencial econômico e ambições expansionistas globais –, tudo isso os norte-americanos o possuem em tal ou qual grau.
Portanto, o que falta é um novo porrete ameaçador, a disponibilidade do qual permite promover seus interesses com uma eficiência muito maior do que todas as manhas diplomáticas. Daí é o anelo atual dos norte-americanos para avançar, o mais rápido e o mais longe possível, na corrida das tecnologias de guerra e sua aplicação prática. Relata o analista militar Viktor Litovkin:
"As armas nucleares estão ainda bastante longe de seu fim. Mas já assistimos ao advento de armas de laser, armas de raio, armas radiológicas (que hoje em dia são implementadas cada vez mais ativamente na prática) e os equipamentos de guerra radioeletrônica que inutilizam os sistemas de reconhecimento, navegação e detecção de alvos. Sem estes sistemas o combate moderno já é impossível hoje. Pois atualmente já não se trata do material blindado como tal, trata-se de fazer com que este se converta num montão de ferro inútil e incapaz de se mover ou voar, em caso de aviões, porque seus motores pararam, ou porque seu canhão falhou ou os aparelhos óticos ficaram "cegos", e por aí adiante. O futuro pertence, em primeiro lugar, a estas tecnologias".
Contudo, ainda há dez anos, Evgueni Primakov, um destacado político russo, vaticinou o fim da época de superpotências. O próprio conceito de "superpotência", na opinião dele, é um produto e categoria da guerra fria. A superpotência aglutinava em sue torno um conglomerado de estados afiançando-lhes sua segurança numa dura confrontação com o bloco opositor.
Atualmente, o quadro tem mudado. A ausência de confrontação global exclui a necessidade de, por exemplo, "guarda-chuvas nucleares" que os EUA e a URSS "abriam" sobre seus aliados e parceiros.
Sem dúvida alguma, os EUA (bem como a Rússia) não é, de nenhuma maneira, um estado regional, mas sim mundial. Mas o fato de estar no proscênio geopolítico e a qualidade de ser uma superpotência, são as alternativas bem diferentes. A primeira implica uma cooperação diversificada em vários vectores e a confiança em seus parceiros, enquanto a segunda é a solidão de um senhor feudal e o medo aos vassalos, os quais, por via de dúvida, não se deve perder da vista.
Parece lógico que a primeira alternativa corresponde num grau maior aos interesses dos EUA, e que, ao optar por ela, após a Rússia, os Estados Unidos irão assegurar seu desenvolvimento sustentável. E o futuro comum será muito mais tranquilo sem laseres de combate e outras super armas.
SNB

MAN - LIDERANÇA NA ÁREA DE CAMINHÕES MILITARES

Caminhão brasileiro 6x6, desenvolvido especialmente para o Exército, supera expectativas em testes 

MAN HX 32.440: veículo importado exclusivo para uso militar é também destaque na feira 



Com veículos nas Forças Armadas desde 2007, quando quebrou uma hegemonia de quase 50 anos de uma de suas principais concorrentes, a MAN Latin America, fabricante dos caminhões e ônibus Volkswagen e dos caminhões MAN, é hoje referência em veículos militares. Representando a segunda maior frota do Exército Brasileiro, a empresa mostrou sua força no segmento durante o 9º LAAD Defence & Security.

Um dos destaques foi o  exclusivo VW Constellation 31.320 6x6 Militar – 10 QT, totalmente desenvolvido no Brasil para atender as necessidades do Exército, e exposto no estande da montadora. O protótipo, equipado com motor eletrônico, está em fase de testes pelo Centro de Avaliações do Exército (CAEx), onde já apresentou excelente desempenho. Outra novidade para este ano é um veículo importado da Alemanha, o MAN HX 32.440, de uso militar, com tração 8x8. O caminhão possui cabine blindada que permite transporte de tanques de combustíveis e até lança-mísseis.  A  Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT) mostrou o Sistema Antiaéreo Pantsir montado em um chassi MAN.

Desde sua primeira participação, a montadora lançou na feira produtos sob medida, como o VW Worker 15.210 4x4 (LAAD2009), primeiro caminhão Volkswagen homologado pelas Forças Armadas, que volta novamente ao evento em configuração especial para missões do Exército. Produto mais vendido da montadora para esse segmento, é do tipo operacional militarizado, com tração integral, capaz de transportar cinco toneladas em qualquer tipo de terreno e são usados em diversas operações, inclusive em missões de paz no Haiti.

Até o final de 2013, a MAN Latin America atingirá a marca de 4 mil caminhões vendidos às Forças Armadas no Brasil, dentro do conceito Sob Medida que consagrou a empresa. Grande parte desse volume está inserido nos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Equipamentos, do Governo Federal.

Para a mais recente licitação, a montadora entregará caminhões em configurações especiais para o combate à seca no Nordeste: uma delas com carroceria de madeira, para transporte de reservatórios de água flexíveis, e outra com tanque para transporte de até mil litros de água, conhecido como caminhão-pipa. Após essa operação, os veículos serão utilizados para o transporte de equipamentos em novas missões do Exército.

Delegações oficiais de diversos países, incluindo Argentina, Chile, Peru, Bolívia, Uruguai, Angola, Nigéria e Suriname, visitaram o estande da MAN na LAAD 2013.

Caminhão brasileiro 6x6 supera expectativas 

O primeiro caminhão 6x6 100% brasileiro, baseado no modelo VW Constellation 31.320, tem capacidade para até dez toneladas de carga útil em qualquer terreno (QT). Transportando equipamento de artilharia (obuseiro) de seis toneladas, o novo veículo já começou a ser testado em condições severas e reais de operação e apresenta resultados acima das expectativas das Forças Armadas.

A novidade é capaz de transpor cursos d’agua de até um metro de profundidade, vencer rampas com 60% de inclinação e obstáculos com 30% de inclinação lateral. O veículo também foi aprovado em testes do Exército Brasileiro e subiu com tranquilidade um degrau com mais de 30 centímetros de altura. A próxima fase de aprovação será feita pelo CAEx.

O novo chassi foi desenvolvido pela engenharia da MAN Latin America em conjunto com o centro de modificações BMB Mode Center, parceiro da empresa e também instalado na cidade de Resende (RJ), ao lado da fábrica da montadora. O centro, que possui mais de onze anos de atividades, é responsável por modificações em diversos caminhões e ônibus da marca Volkswagen, incluindo os do Exército, que necessitam de modificações. Desde 2006, quando foi inaugurado, o BMB já modificou mais de 100 mil veículos.

MAN HX 32.440 8x8 chega da Alemanha para a LAAD

Durante a LAAD, a MAN Latin America apresentou pela primeira vez no Brasil o caminhão MAN HX 32.440 8x8 de uso exclusivo militar. Produzido pela RMMV – Rheinmetall MAN Military Vehicles, braço militar da companhia na Alemanha, uma joint venture criada pela MAN Truck & Bus na Europa em parceria com a empresa alemã Rheinmetall, o caminhão possui um exclusivo sistema de gancho e transporte de carga, atrelado a sua cabine blindada, permitindo o transporte de equipamentos militares, peças, tanques de combustíveis, tripulação, e até lança-mísseis.

Conhecido comercialmente como MAN HX 77, o modelo está equipado com motor MAN D2066 de 440 cavalos de potência e possui torque máximo de 2.100 Nm. O motor está preparado para atender às normas de emissões de poluentes Euro 4 e utiliza a tecnologia EGR de recirculação de gases. Com um PBT (peso bruto total) de 32 toneladas e capacidade de carga de até 21 toneladas, o veículo possui tração em todas as rodas, tornando-o apto para trafegar em qualquer tipo de terreno (QT). Além disso, está preparado para operar em condições extremas de temperatura (de -32ºC a 49ºC).

À toda prova

O ingresso no segmento de veículos para uso militar requer a oferta de produtos robustos e confiáveis para atender às exigentes demandas do setor. Os caminhões Volkswagen e MAN passam por situações extremas durante diversos testes de rodagem realizados pelas Engenharias da fábrica da MAN, em Resende, e em Munique, na Alemanha, além dos rigorosos processos de homologação realizados pelas Forças Armadas do Brasil, principal cliente da MAN nesse segmento.

O projeto do caminhão militarizado Volkswagen incluiu um ano de testes em campos de provas do Exército em todo o Brasil. Um protótipo rodou 34 mil quilômetros nas bases das cidades fluminenses do Rio de Janeiro (Restinga da Marambaia), Mangaratiba (Itacuruçá) e Duque de Caxias. O veículo também passou por Goiânia (GO), Cachoeira do Sul (RS) e por manobras no Estado do Espírito Santo, atendendo aos Requisitos Operacionais Básicos (ROB) do Exército.

A homologação incluiu rodagens por terrenos arenosos, alagados e com lama, além de manobras de embarque aéreo e marítimo, transporte de pontes, uso de biodiesel em mistura B2 (2% de mistura ao diesel convencional) e até testes de balística, conferindo a resistência da cabine a estilhaçamentos. Para certificar a resistência do conjunto motor-transmissão, dos eixos e da suspensão, outro protótipo passou por quatro edições do Rally Internacional dos Sertões, cada uma com cerca de 5.500 quilômetros de estradas sem pavimentação e trilhas em condições extremas.

Sobre a MAN Latin America

Fabricante dos veículos comerciais Volkswagen e MAN, a MAN Latin America é a maior fabricante de caminhões e a segunda maior de ônibus da América do Sul. Com 30,3% de participação nas vendas de caminhões no Brasil em 2012, comercializou 41.422 unidades, garantindo assim a décima liderança consecutiva neste mercado.

Também está no topo entre as exportadoras desse produto. Com mais de seis mil colaboradores, a fábrica da MAN Latin America - uma das mais modernas de caminhões e ônibus do mundo - está instalada estrategicamente na cidade de Resende (RJ), a 150 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro e a 250 quilômetros da capital de São Paulo. Conta ainda com cerca de 150 concessionárias, espalhadas por todo o País para garantir amplo atendimento a seus clientes, além de uma rede de importadores. Os produtos da MAN Latin America chegam a mais de 30 países por todo o mundo.

Conhecida mundialmente pelo seu exclusivo sistema de produção – o Consórcio Modular, permite oferecer aos seus clientes uma ampla gama de produtos feitos “sob medida” para cada operação. São mais de 60 modelos de caminhões da marca Volkswagen, sendo 25 modelos destinados ao mercado brasileiro e 26 chassis Volksbus, sendo nove modelos destinados ao mercado doméstico. Em 2012, a MAN Latin America ingressou oficialmente no segmento de caminhões extrapesados com a apresentação de três modelos de caminhões MAN.
DNT...SNB

Interceptação SU-30SM com R-77 mísseis


CAÇA SU 30 M ...  força da .venezuela
SNB

O Comando de Defesa Aeroespacial Venezuela começa a receber sistema de mísseis Buk-2ME

 Notitarde

Caracas - Eles chegaram no porto de Puerto Cabello, Venezuela componentes do sistema móvel de médio alcance míssil antiaéreo Buk-2ME , de fabricação russa, de acordo com a revisão jornal local Notitarde .
De acordo com as fotografias publicadas pelo jornal, era claro que é recipientes míssil 9M317 .Um comboio de caminhões movidos inúmeros recipientes passado do porto para o armazenamento centraliza as Forças Armadas Nacionais.
O sistema Buk-2ME, adquiriu na Rússia, em setembro de 2009, será operado pelo Comando de Defesa Aeroespacial Integral (CODAI), designado para o Comando Estratégico Operacional (CEO) das Forças Armadas Nacionais. CODAI recebeu recentemente duas baterias sistema móvel de mísseis S-300VM Antey-2500 . Além disso, o sistema libera S-125 Pechora-2M , foram concluídas no início deste ano.
SNB

Rússia poderá armar não apenas a Venezuela


O novo presidente da Venezuela visitará a Rússia no início de junho, o que por si é um........ V D RUSSIA .. pretexto para discussões entre céticos e otimistas acerca de perspetivas das exportações de armamentos russos para a América Latina.

Quando em fevereiro mais um navio com armas e equipamentos militares russos chegou à cidade venezuelana de Puerto Cabello, o quinto desde o início do ano, os analistas começaram a falar sobre o próximo fim dos principais contratos militares entre Moscou e Caracas.
A causa não foi apenas o pioramento brusco do estado de saúde do comandante Hugo Chávez, mas também o fato de a Venezuela ter praticamente esgotado as necessidades de rearmamento de suas Forças Armadas.
Em sete anos de estreita cooperação técnico-militar, a Rússia forneceu à Venezuela enormes quantidades de diferentes armamentos, inclusive caças, helicópteros, sistemas de artilharia, instalações móveis de mísseis para a guarda costeira, sistemas de defesa antiaérea S-300V, tanques. Na opinião de peritos, atualmente, as Forças Armadas da Venezuela, pelo grau de equipamento, estão prontas a combater eficazmente contra um inimigo condicionalmente equiparado a qualquer de seus vizinhos.
Assim, o dirigente da corporação estatal Tecnologias Russas, Serguei Chemezov, disse recentemente que hoje em dia a Venezuela está saturada de armamentos, não estando previstos novos fornecimentos nos próximos tempos. O mesmo faz lembrar Viktor Semenov, chefe de laboratório do Instituto da América Latina da Academia de Ciências da Rússia. Por outro lado, o orçamento da Venezuela está consideravelmente esgotado e não apenas por causa do rearmamento, disse Semenov à Voz da Rússia:
“Os contratos militares concluídos atingem aproximadamente 11 milhões de dólares. Ao mesmo tempo, em 2012, os recursos financeiros da Venezuela foram canalizados para garantir a vitória de Hugo Chávez nas presidenciais em outubro e a de seus apoiantes nas eleições de governadores em dezembro. Foram utilizados não apenas os próprios recursos, mas também empréstimos. Nos últimos anos, por exemplo, a China emprestou à Venezuela 36 bilhões de dólares. Atualmente, o défice orçamental da Venezuela constitui aproximadamente 13%, a taxa inflacionária é alta e os ritmos de crescimento do PIB se aproximam do zero. Nestas condições, naturalmente, será difícil comprar alguns novos equipamentos.”
A curto prazo, a cooperação técnico-militar entre a Rússia e Venezuela pode desenvolver-se principalmente na área da manutenção dos equipamentos militares já fornecidos, sustenta Semenov. Não se exclui que sejam ainda concluídos dois projetos técnico-militares conjuntos: a construção de uma empresa de produção de fuzis Kalashnikov e de um centro de manutenção de helicópteros russos adquiridos, inclusive, em outros países da América Latina.
Ao mesmo tempo, na opinião de alguns analistas, as exportações militares russas ainda não abarcaram todas as necessidades defensivas da Venezuela. Há alguns anos, o então presidente russo Dmitri Medvedev disse aos jornalistas, após um encontro com Hugo Chávez, que a Venezuela pretende também comprar à Rússia armamentos navais.
Naquela altura, em particular, foi discutida a possibilidade de adquirir submarinos diesel-elétricos da classe Varshavyanka, lanchas de patrulhamento do projeto 14310 Mirage e lanchas hovercraftde desembarque do projeto 12061 Murena.
Mas aqui o problema consiste em que, na área das compras militares navais, a Venezuela por enquanto se orienta para a União Europeia e não para a Rússia, mantendo contatos bastante estreitos, por exemplo, com a Espanha, disse à Voz da Rússia o redator-chefe da revista Natsionalnaya Oborona (Defesa Nacional), Igor Korotchenko.
Na opinião de alguns analistas, o desenvolvimento futuro da parceria técnico- militar entre Caracas e Moscou pode ser também impedido pela alteração da política externa da Venezuela pelo novo presidente Nicolás Maduro. A visita do líder venezuelano a Moscou, marcada para 01-02 de junho, pode esclarecer esta questão.
Viktor Korotchenko apontou em entrevista à Voz da Rússia:
“Evidentemente, podem surgir certas nuanças. Diria contudo que a venda de armamentos é uma questão muito específica, em que tudo depende das negociações bem-sucedidas e da compreensão das vantagens de parceria pelas partes. Por isso não gostaria de expressar avaliações pessimistas em relação à Venezuela – ainda há um campo para a cooperação. Neste caso, sou otimista e espero que sejam assinados novos contratos.”
Em qualquer caso, considera Igor Korotchenko, é necessário dispensar atenção ao fato de termos perdido em poucos anos o mercado militar do Irã e da Líbia e de estarem congelados os fornecimentos de armas à Síria.
No entanto, nos últimos anos a Rússia alcançou um volume recorde nas exportações militares, superior a 15 bilhões de dólares, graças a produtores russos de armamentos competitivos e a uma equipe eficaz na corporação estatal Rosoboronexport.
Em breve, poderemos ouvir falar sobre novos contratos concluídos com países que nunca foram compradores tradicionais de armas russas. Se o cenário de desenvolvimento da cooperação técnico-militar com a Venezuela for desfavorável, a Rússia encontrará possibilidades de compensar essa perda em outros mercados.
SNB

O Brasil está se preparando para lançar um míssil de cruzeiro para fazer seu próprio projeto


MOSCOU, 19 de abril. (ARMS-TASS). A empresa brasileira "Avibras"  prepara o lançamento de longo alcance   .do míssil de cruzeiro AV-TM proprietária do .missil.TM 300 e começar os testes de vôo do míssil. O míssil está equipado com um motor turbo em miniatura (TRD), o desenvolvimento conjunto das empresas "Avibras" e (Polaris), e como especialistas estede poder aumentar significativamente as capacidades de combate das Forças Armadas do Brasil. Atualmente unico fabricante deste míssil na América Latina 
Texto completo disponível para assinantes  foto da  "Avibras"

ARMS-TASS....SNB


Países expandem rede submarina de transmissão


JAMIL CHADE, CORRESPONDENTE / GENEBRA - O Estado de S.Paulo
Vivendo uma forte expansão no acesso da população à internet, o Brasil está na rota de alguns dos maiores investimentos em cabos submarinos para acelerar a capacidade de transmissão da rede ao País. Mas, ao mesmo tempo, é o pior entre as grandes economias no que se refere ao marco regulatório para o investimento de provedores em novos serviços no setor.
A avaliação é da União Internacional de Telecomunicações (UIT) que, ontem, divulgou um dos seus principais levantamentos e que apontou para uma expansão sem precedentes da internet e das tecnologias de comunicação no mundo.
Entre 1994 e 2010, a média do crescimento do tráfego de dados na web aumentou em 140% ao ano. Apenas nos últimos oito anos, o volume se multiplicou por oito. Entre 2011 e 2016, a previsão é de um aumento em quatro vezes, chegando a 1,3 zettabytes e conduzido principalmente pelos dados em smartphones.
Até 2016, a Ásia terá um tráfego de internet duas vezes superior ao dos Estados Unidos e da Europa. Regiões como a América Latina e a África terão expansões acentuadas.
Para atender a essa nova demanda, o número de cabos submarinos novos instalados quase dobrará até o final deste ano em comparação ao que foi instalado entre 2010 e 2011. Nesses anos, 19 novos cabos começaram a operar, com investimentos de US$ 3,7 bilhões. De 2012 ao fim deste ano, o mundo deve ganhar 33 novos cabos, com investimentos de US$ 5,5 bilhões.
A construção desses cabos é considerada como fundamental. O primeiro cabo a ligar os Estados Unidos à China, inaugurado em 2008, aumentou a capacidade de transmissão de dados entre os dois países em 60 vezes. Agora, um novo cabo ligará os Estados Unidos ao Brasil e à Colômbia, e será instalado ainda em 2013. Outros dois estão programados para serem colocados em 2014, também ligando Brasil, Colômbia, Panamá e EUA.
O
utros dois cabos ligarão o Brasil e a África. Em 2013, o primeiro cabo entre Brasil e Angola começa a funcionar e, em 2014, será a vez de um cabo ligando Brasil e Nigéria, ampliando de forma considerável a capacidade africana de comunicação.
Críticas. Apesar dos investimentos, a UIT alerta que o Brasil "ainda não implementou legislação de proteção de dados", o que poderia causar incertezas para empresas que queiram atuar na transmissão de informações no Brasil. A entidade admite que a Constituição, Código de Defesa do Consumidor e outras leis poderiam ser interpretadas como uma proteção. Mas não disfarça esperar que o Marco Civil da internet seja aprovado.
"A atual falta de legislação não dá uma referência ou certeza a empresas que processam dados pessoais e isso, com casos legais diferentes, potencialmente transformaria os serviços das operadoras em nuvem pouco atraentes", alertou a UIT. Segundo ela, é por essa razão que a consultoria BSA colocou o Brasil como o País menos preparado em termos de serviços de computação em nuvem entre as 25 maiores economias do mundo.
Para a UIT, essa modalidade de serviços será fundamental nas comunicações nos próximos anos. Hoje, ela cresce mais de 22% ao ano e, em 2020, seu mercado movimentará US$ 241 bilhões. Já em 2016, dois terços do tráfego da internet ocorrerá por esse modelo.
A agência internacional não deixa de se surpreender com a expansão dos meios de comunicação. Em 20 anos, o tráfego da rede aumentou 44 mil vezes. No total, o que circulou ao final de 2012 exigiria 200 mil anos de uma conexão discada de internet para ser transmitida.
Por mês, 2013 verá uma expansão no volume equivalente ao tráfego global acumulado entre 1994 e 2003. Ao final do ano, o número de internautas chegará a 2,7 bilhões de pessoas em todo o mundo, enquanto o número de aplicações que serão alvos de download superará a marca de 50 bilhões.
SNB

Terrorismo em luta contra sociedade da informação

Serguei Duz...V D RUSSIA

As explosões em Boston acabam de abrir a época de um novo tipo de terrorismo. O autor do crime fez tudo para que o seu ato fosse gravado por uma câmera de vídeo ou fotográfica. Agora ele é conhecido de centenas de testemunhas oculares da tragédia que, por seu turno, divulgaram seus vídeos e fotos em redes sociais.

Os peritos apontam para o efeito de ressonância social do atentado bombista. Assim, um atentado priva o Estado do monopólio sobre a violência. Na ótica do criminoso, um atentado sem a devida projeção social perde o sentido. Nesta lógica de raciocínio, o atentado perpetrado em Boston pode ser qualificado como “ideal”. Na mira dos terroristas não estavam apenas as pessoas, futuras vítimas da explosão, mas sim a opinião pública mundial.
E, para dizer verdade, os terroristas alcançaram o seu objetivo maléfico, tendo provocado polêmica e múltiplos comentários. Cada usuário da Internet pôde seguir, sob diversos ângulos, a explosão e a onda de choque que atingiu as pessoas. Para matar a curiosidade, basta ligar o celular e acompanhar de novo o decurso do trágico evento.
Uma das características da nova era informática do terrorismo consiste não apenas em numerosas provas documentais do acontecido, mas também no fato de sua divulgação global por diversos canais informativos autônomos. Os canais são múltiplos e não se pode bloqueá-los.
Além disso, não existe um centro de informação único, tal como não existe também um centro coordenador de estruturas terroristas. Até as webcams instaladas no local do acidente “beneficiaram” desta feita os terroristas. Dito de forma simples, a civilização prestou a si mesma um mau serviço.
Segundo afirma o membro do Conselho de Política Externa e Militar, Alexander Mikhailov, “tudo que esteja ligado hoje ao controle e à vigilância em locais de elevada concentração de pessoas e de elevado risco de ataques terroristas é um fenômeno normal e explicável”. A questão que se coloca é que a informação sobre isso tem que estar nas mãos de serviços especiais e não deixar que haja fugas para o exterior.
Caso contrário, vamos seguir as regras do jogo propostas pelos terroristas. Eles queriam que a sociedade visse o atentado e a sociedade viu. Estamos vivendo em um novo espaço informativo. "Por isso, temos de elaborar novas formas de trabalho para aproveitar tanto as vantagens, como as desvantagens do mundo em que vivemos".
Um ato de terror pressupõe um efeito de repercussão que possa vir a produzir à escala nacional e, na medida do possível, à escala global. Dito de grosso modo, o terrorismo como fenômeno se torna possível em locais onde haja leitores das últimas notícias.
Quanto mais poderosos forem os mídia, quanto maior for o seu papel na formação da opinião pública, tanto maior será a onda de terrorismo, salienta Igor Yakovenko, filósofo. Para ele, os regimes totalitários que dispõem de elementos tecnológicos da sociedade de informação (a exemplo da Alemanha nazista, a URSS, a Coreia do Norte) e, ao mesmo tempo, impedem a troca livre de informações, usando meios e métodos policiais, se tornam menos vulneráveis perante as ameaças terroristas.
Pode admitir-se que, qualquer dia, os serviços secretos do mundo inteiro acabem por compreender o imperativo de limitar a divulgação de informações e notícias. Mas tal cenário irá desferir mais um golpe sobre a “prioridade das liberdades civis”, se bem que esse postulado nem sempre funcione como deveria funcionar.
Os atentados atos terroristas ocorridos em Boston lançaram um desfio à civilização liberal. Resta agora aceitar o desafio e reagir de forma adequada, embora, em termos técnicos, ideológicos e organizativos, tal seja uma tarefa delicada, multifacetada e provavelmente inexequível.
SNB