sábado, 7 de abril de 2018
Opinião: candidatura de Temer visa barganhar proteção contra processos jurídicos futuros
Com a desincompatibilização de vários de seus ministros, com vistas às eleições de 7 de outubro, o presidente Michel Temer cuida de montar ou recompor seu ministério, assim como preencher cargos de segundo e terceiro escalões.
Enquanto alguns analistas consideram que o novo ministério terá um perfil mais técnico, outros entendem que o presidente precisa continuar cercado de auxiliares que lhe dêem suporte político.
O cientista político Cláudio Couto, professor da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, está entre os que acreditam num perfil mais técnico do novo ministério, já que se trata dos últimos oito meses do governo, embora o presidente tenha planos de disputar a própria sucessão.
Em entrevista à Sputnik Brasil, o professor Cláudio Couto explicou a sua avaliação, afirmando que Temer poderá usar a própria candidatura como forma de barganha política:
Ministérios montados em final de mandato presidencial têm a nítida função de cumprir tabela. Então, esse ministério tem a obrigação de manter o governo funcionando até a sua renovação e, por isso, é muito frequente que saiam nomes com perfil político mais partidário, justamente porque estes nomes irão disputar eleições, e que estes políticos sejam substituídos por pessoas de perfil mais técnico ou mais burocrático."
Cláudio Couto revelou que Temer poderá seguir a sistemática das substituições ministeriais ocorridas em outros finais de governos:
"O mais comum é a transformação em ministros daqueles que eram, até então, secretários-executivos dos ministérios. Os secretários-executivos são justamente aquelas pessoas que durante o processo de governo se ocupam mais das tarefas do dia a dia daquilo que acontece nos ministérios. Um segundo perfil que também costuma se verificar [nestas substituições] é o de políticos que, por alguma razão, não disputarão as eleições."
Sobre a possibilidade, ainda que remota, de o novo ministério impulsionar a candidatura presidencial de Michel Temer, o professor Cláudio Couto foi enfático:
"De jeito nenhum. Esse ministério é para fazer hora até o final do governo. Acho que a candidatura Temer nem o próprio Temer a leva muito a sério como uma candidatura capaz de ganhar as eleições. A sua candidatura é muito mais voltada para, primeiro, ele [Temer] ter um espaço para poder se defender, defender o seu governo, demonstrar alguma força, chegar ao primeiro turno", disse o interlocutor da Sputnik.
"Já [no] segundo turno, o presidente Michel Temer poderá eventualmente negociar o seu apoio – e não só apoio formal porque não acredito que ele agregue muita coisa – mas apoio do seu partido, da maquina do MDB para um outro candidato neste segundo turno. Inclusive barganhando uma posição positiva para ele no próximo governo que vier a se formar", explicou Couto.
Para Cláudio Couto, manter-se candidato e apoiar um dos finalistas do segundo turno é a maneira mais segura de Michel Temer enfrentar as dificuldades jurídicas que tem pela frente com o possível prosseguimento dos processos que o Supremo Tribunal Federal não pôde apreciar, já que a Câmara dos Deputados, em duas ocasiões, negou esta possibilidade.
Sabemos que o presidente Michel Temer enfrenta uma série de processos e, encerrado seu mandato presidencial, esses processos podem se tornar perigosos para ele."
Ele pode barganhar uma nomeação para um cargo que lhe dê foro especial para se proteger judicialmente no próximo período, ele pode barganhar a negociação de algum tipo de tramitação de um projeto de lei no Congresso, com apoio do próximo presidente, que também o guarneça de alguma forma", concluiu.
O especialista ainda especulou que o presidente pode "mesmo desistir da candidatura", porque o tempo de TV, bancada e palanques nos estados também são um ativo que Michel Temer tem para negociar.
sexta-feira, 6 de abril de 2018
OPERAÇÃO BUMERANGUE ADESTRA TROPA PARAQUEDISTA PARA DEFENDER TODO O TERRITÓRIO NACIONAL, SOBRETUDO NO SERTÃO.
O 25º Batalhão de Infantaria Paraquedista (25º BI Pqdt) compõe a Força de Emprego Estratégico do Exército Brasileiro, devendo estar apto a atuar em todos os biomas do território nacional. Por isso, visando à possibilidade de emprego em qualquer ambiente, descolou-se por mais de 2.000 km, do Rio de Janeiro à Fazenda Tanque de Ferro, próximo a Petrolina (PE), para realizar a Operação Bumerangue, que ocorreu entre os dias 14 e 21 de março.
Em uma primeira fase, o 25º BI Pqdt recebeu instruções sobre alimentos de origem vegetal e animal; o processo de orientação na Caatinga; os efeitos do calor e primeiros-socorros; bem como conheceram as características da área de operações e tiveram noção de sobrevivência.
Após as instruções, e estando devidamente adaptados àquele ambiente inóspito, na segunda fase, 129 militares realizaram uma infiltração na Caatinga, que culminou com a ocupação e projeção da Hidrelétrica de Sobradinho, na divisa entre os estados de Pernambuco e da Bahia.
O 25º Batalhão de Infantaria Paraquedista, durante seu deslocamento para Pernambuco, recebeu o apoio do 38º Batalhão de Infantaria Motorizado, em Vila Velha (ES), e do 35º Batalhão de Infantaria Motorizado, em Petrolina (PE).
Ao concluir mais essa etapa de adestramento, o 25º BI Pqdt, fazendo jus a seu brado, "missão dada missão cumprida!", continua apto a defender o território nacional, sobretudo no sertão brasileiro.
O Seu Exército Nunca Para”: Campanha do Dia do Exército reúne dezenas de produtos para diferentes mídias.
O dia 3 de abril marca o lançamento da Campanha do Dia do Exército, que é comemorado em 19 de abril. A partir de hoje, o slogan “O Seu Exército Nunca Para” será veiculado em diferentes mídias: na TV aberta, nas mídias sociais da Força e na Rádio Verde-Oliva; além da divulgação em banners, cartazes, outdoors, Recrutinha (revista infantil), contracheques, revistas especializadas e outros.
A Campanha de 2018 destaca-se pela quantidade de produtos: são cerca de 60! O lançamento da Campanha foi durante a abertura do Simpósio de Comunicação Social, realizado no Quartel-General do Exército, em Brasília.
A Campanha de 2018 destaca-se pela quantidade de produtos: são cerca de 60! O lançamento da Campanha foi durante a abertura do Simpósio de Comunicação Social, realizado no Quartel-General do Exército, em Brasília.
Para este ano, a Campanha traz algumas novidades, como o jingle produzido para veiculação na Rádio Verde-Oliva, em três ritmos distintos, dando características regionais à mensagem “O Seu Exército Nunca Para”!
Já os produtos para as mídias sociais foram elaborados para atender ao formato de cada meio difusor, como Facebook, Instagram, Twitter, Aplicativo, WhatsApp e Chatbotdo Exército Brasileiro. “Para a Campanha de 2018, buscou-se uma diversidade de produtos que propiciasse a convergência deles em busca do usuário. Somente para as redes sociais serão 15 vídeos e 35 imagens”, afirma o Chefe da Seção de Mídias Sociais do Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx), Tenente-Coronel Paulo Sousa.
Já os produtos para as mídias sociais foram elaborados para atender ao formato de cada meio difusor, como Facebook, Instagram, Twitter, Aplicativo, WhatsApp e Chatbotdo Exército Brasileiro. “Para a Campanha de 2018, buscou-se uma diversidade de produtos que propiciasse a convergência deles em busca do usuário. Somente para as redes sociais serão 15 vídeos e 35 imagens”, afirma o Chefe da Seção de Mídias Sociais do Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx), Tenente-Coronel Paulo Sousa.
Acompanhe o Exército Brasileiro nas Mídias Sociais, na Rádio Verde-Oliva e confira alguns dos produtos.
Como diria Lula: 'A luta continua'
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrará com novo habeas corpus para evitar a prisão.
Advogados argumentaram que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) antecipou a execução da pena e ainda existem outros recursos a serem analisados contra a decisão final. Lula teria até às 17h desta sexta-feira (6) para se apresentar à Polícia Federal em Curitiba.
Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão na ação penal do tríplex do Guarujá (SP), na Operação Lava Jato. Em nota à imprensa, a defesa do petista criticou a decisão do juiz Sérgio Moro, que expediu o mandado de prisão de Lula nesta quinta-feira (5).
"A expedição de mandado de prisão nesta data contraria decisão proferida pelo próprio TRF-4 no dia 24/01, que condicionou a providência – incompatível com a garantia da presunção da inocência – ao exaurimento dos recursos possíveis de serem apresentados para aquele Tribunal, o que ainda não ocorreu", relatou.
O ex-presidente já informou que não se entregará à Polícia Federal em Curitiba, Paraná, onde deveria dar início ao cumprimento da pena.
Nota SNB;;; Caros amigos .. general Eduardo Villas Boa pense “no bem do país”.
Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”, disse na primeira mensagem.
Logo depois, em novo post, questionou: “O Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais. Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?”.general villas seria a maçonaria que esta pensado no bem do nosso pais espero que não que a prisão do lula não seja um erro politico apenas para satisfazer os poderosos da maçonaria os políticos que não pensa no povo brasileiros como estes que esta aqui neste vídeo a baixo
quinta-feira, 5 de abril de 2018
Xadrez do Oriente Médio: reconhecer Israel como Estado faz parte do projeto contra Irã?
Autoridades da Arábia Saudita reconheceram pela primeira vez o direito de Israel de existir no território da "pátria histórica" dos judeus. Mohammad bin Salman, durante visita aos EUA, expressou apoio aos esforços israelenses e foi além: qualificou o líder supremo iraniano, Ali Khamenei, como "Hitler" do Oriente Médio.
A Sputnik Persa entrevistou o cientista político e diplomata iraniano, Seyyed Hadi Afghahi, para entender o porquê das recentes declarações do príncipe herdeiro saudita, bem como para se situar no impacto do passo empreendido por Riad sobre a situação na região.
"Sabe-se que a Arábia Saudita e o Irã são adversários. Sauditas acreditam que o Irã interfere nos assuntos internos da região e visa expandir sua influência. Enquanto isso, as ações da Arábia Saudita violam regras internacionais e não trazem nada de bom para a região, como, por exemplo, o apoio aos grupos terroristas na Síria e no Iraque. Contudo, seria bom que todas as tentativas da Arábia Saudita de acusar o Irã de apoiar terroristas acabassem falhando", comentou o analista.
O especialista assinalou que as vitórias da aliança, formada pelo Irã, Síria e Hezbollah, chamada Frente de Resistência, e as vitórias da Rússia na Síria preocuparam a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Egito, EUA e OTAN.
"Além disso, a derrota dos sauditas assustou Israel, já que Israel prestava apoio aos terroristas na luta contra a Síria, contribuindo para a desestabilização da situação na região […] É natural que a Arábia Saudita e Israel sintam que tanto suas posições na região, como seus interesses estejam ameaçados", explicou Seyyed Afghahi.
Segundo ele, ao longo de 56 anos, a Arábia Saudita manteve contatos clandestinos com Israel sem ao menos querer torná-los públicos, diferentemente de Israel.
"Divulgar contatos beneficiaria Israel: ao afirmar que a Arábia Saudita não tem problemas com Israel, o país, em que se encontram centros sagrados para muçulmanos por todo o mundo, Tel Aviv encorajaria outros países muçulmanos a passar a estabelecer relações diplomáticas com ela. Nesta situação, a Arábia Saudita passou a ocupar uma postura aberta: saiu da clandestinidade […] e a nível oficial reconheceu o direito de Israel de existir", destacou.
O analista iraniano assinalou também que, em breve, devido ao medo das monarquias do golfo Pérsico de perderem suas posições na região, a Arábia Saudita e Israel começarão a reforçar suas relações diplomáticas.
Está claro que o motivo de aproximação entre a Arábia Saudita e Israel é a ameaça política e estratégica que surgiu para a Arábia Saudita na região. Atrás destes dois países estão os EUA, cuja presença afeta a região de forma negativa. A declaração do presidente Donald Trump sobre a breve retirada de suas forças da Síria foi bem surpreendente e inesperada."
Falando sobre provável estabelecimento das relações diplomáticas entre Tel Aviv e Riad, o especialista revelou alguns detalhes do projeto anti-iraniano, chamado "Acordo do Século":
"Acredito que, daqui a pouco, a Arábia Saudita vá declarar oficialmente suas relações com Israel. Contudo, Riad vai além: o reconhecimento pela Arábia Saudita do direito de Israel existir faz parte do projeto ‘Acordo do Século’ contra o Irã e contra a 'Frente de Resistência'. Os encontros realizados entre o príncipe árabe e Israel a alto nível entram neste acordo", disse o analista.
Segundo Afghahi, o primeiro passo foi dado por Trump ao afirmar que os EUA vão transferir a embaixada norte-americana a Jerusalém. O segundo passo é o estabelecimento de laços entre a Arábia Saudita e Israel, já que os dois países tencionam juntar suas forças contra o Irã.
Outra parte deste plano covarde é a criação de uma cidade industrial no deserto do Sinai, onde no futuro seria possível acomodar palestinos. E, por fim, está sendo estudada a possibilidade de criação de uma frente unida composta pelos EUA, Arábia Saudita e Israel, contra a 'Frente de Resistência'."
Quando perguntado se os passos empreendidos pela Arábia Saudita receberão apoio internacional, para o especialista, a resposta é óbvia.
"Este projeto não tem apoio mundial."
Governo Temer é considerado ótimo ou bom por 5% da população, diz pesquisa
Pesquisa do Ibope divulgada nesta quinta-feira (5) indicou que a gestão do presidente Michel Temer (MDB) é considerada ótima ou boa por 5% dos entrevistados, enquanto 21% a classificam como regular e 72% como péssima ou ruim. 2% dos entrevistados não souberam opinar ou não responderam.
O levantamento foi encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e foi realizado entre os dias 22 e 25 de março. Foram entrevistadas mais de 2 mil pessoas em 126 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Foi a primeira pesquisa de opinião após a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.
No último levantamento, feito em dezembro, a gestão Temer foi classificada como ótima ou boa por 6% dos entrevistados, enquanto 74% a classificaram como ruim ou péssima e 19% como regular.
A pesquisa do Ibope também mediu a maneira de governar do presidente: ela foi aprovada por 9% dos entrevistados e desaprovada por 87%. Não souberam ou não opinaram 4% dos entrevistados.
No levantamento de dezembro, 9% aprovavam a maneira de governar de Temer, enquanto 88% desaprovavam.
Nota..SNB Caros amigo 5% por cento que nem conhece de politica nem entra nas rede social. para endente esta politica de verdadeiros criminosos comandados . pelos os senhores
masonitas para quem não sabe e os iluminastes que controla tudo,e todos ele faz parte.. do controle deles os governantes brasil esta nas mãos dos senhores do poder quando falo isto se trata de toda a sociedade mundial eles estão ate nas igreja e no futebol verdadeiras pragas
sera o fim de tudo
quarta-feira, 4 de abril de 2018
Novíssimo navio de guerra dos EUA se liberta após 3 meses em 'armadilha'
Um novíssimo navio de combate dos EUA, USS Little Rock, finalmente voltou a navegar depois de ter sido congelado em um porto canadense devido a condições frias.
A embarcação ficou "presa" em Montreal durante três meses, mostrando que, às vezes, a natureza pode parar armas de guerra, bem como tudo que é fruto da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (DARPA, sigla em inglês).
No sábado (31), o USS Little Rock deu início ao seu trajeto pelo oceano Atlântico, comunicou o portal USNI News, citando Courtney Hillson, comandante da Marinha dos EUA.
"O navio ficou ancorado no porto de Montreal até melhoria das condições climáticas, e o canal de São Lourenço derreteu bastante para passagem segura da embarcação", declarou Hillson. Ela notou que a decisão de preservar o navio em Montreal foi tomada levando em conta a segurança do barco e da tripulação.
DES GROSEILLIERS [guardas costeiras canadenses] acompanhando o USS Little Rock nesta manhã, 31 de março de 2018, passando pela ancoragem a Sorel-Tracy.
Mesmo com o derretimento no hemisfério Norte, o navio de guerra, da classe Freedom, não conseguiria ter atravessado sem ajuda do quebra-gelo da Guarda Costeira do Canadá.
Vi passando nesta manhã Trois-Rivières acompanhado pelo quebra-gelo do Canadá.
"Apreciamos muito o apoio e hospitalidade da cidade de Montreal, da Autoridade do Porto de Montreal e da Guarda Costeira do Canadá", declarou na segunda-feira (2) o comandante de Little Rock (capital do Arkansas), Todd Peters.
Como Brasil tem ajudado Rússia a organizar Copa do Mundo 2018?
Faltam apenas alguns meses até a maior festa de futebol para toda a torcida internacional, ou seja, a Copa do Mundo 2018 que desta vez decorrerá na Rússia. Neste campo, Moscou não se afastou da tradição e fez questão de trocar experiência com o anterior anfitrião do evento, o Brasil.
Claro que a questão prioritária que sempre se aborda durante as conversações está relacionada com a segurança. Por exemplo, no início do passado mês de dezembro, o presidente do Brasil, Michel Temer, se reuniu com o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, para discutir questões ligadas ao combate ao terrorismo internacional, inclusive na área do esporte, e à promoção do mundo multilateral no âmbito das diferentes organizações de países emergentes, como os BRICS.
Claro que a questão prioritária que sempre se aborda durante as conversações está relacionada com a segurança. Por exemplo, no início do passado mês de dezembro, o presidente do Brasil, Michel Temer, se reuniu com o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, para discutir questões ligadas ao combate ao terrorismo internacional, inclusive na área do esporte, e à promoção do mundo multilateral no âmbito das diferentes organizações de países emergentes, como os BRICS.
Assim, os dois países já tiveram várias oportunidades para efetuar um intercâmbio de práticas e experiências: tanto no campo olímpico, dado que a Rússia sediou os Jogos de Inverno de 2014 e o Brasil — os de Verão de 2016, quanto no campo da FIFA.
A Sputnik Brasil conseguiu obter um breve comentário exclusivo do presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo 2018, Aleksei Sorokin, nos bastidores do Fórum Gaidar anual na cidade de Moscou.
Nós participamos de modo muito ativo, na qualidade de observadores e adquiridores de experiência, da Copa do Mundo [de 2014]. Claro que conservamos muitos contatos. Hoje em dia, estes contatos continuam sendo preservados em diferentes direções funcionais. Claro que eu conheço muito bem meu homólogo [brasileiro], o presidente do Comitê Organizador [da Copa de 2014], Ricardo Trade", partilhou o alto responsável oficial.
Entretanto, Sorokin sublinhou que a cooperação bilateral esteve, por excelência, em pleno funcionamento nas primeiras etapas dos preparativos, enquanto hoje em dia a equipe do comitê organizador se foca mais em questões internas.
"Mas hoje em dia já estamos em uma fase na qual já é tarde demais para trocar experiência, já estamos envolvidos em tarefas práticas, só restam vários meses, por isso agora todas as consultas e intercâmbios de experiência terminaram, está chegando o momento de aplicar [os conhecimentos acumulados]", explicou.
Ademais, ele revelou que houve intercâmbio em áreas muito diversas.
"Enviávamos numerosas delegações, em vários áreas, no âmbito de transportes, segurança, comunicações, protocolo, ou seja, cooperamos absolutamente em todas as esferas, não nos limitamos a uma só", resumiu Sorokin.
EUA fazem de tudo para que países latino-americanos nem pensem em comprar armas russas?
Após um breve período de revitalização, a cooperação no campo militar entre os países latino-americanos e a Rússia parece ter desacelerado um pouco. A Sputnik Brasil discutiu as perspectivas dos respetivos projetos em exclusivo com o especialista russo e diretor comercial do jornal Arsenal Otechestva, Aleksei Leonkov.
Entre 4 e 5 de abril, o luxuoso hotel Radisson Blu Royal Hotel alberga a 7ª Conferência para a Segurança Internacional de Moscou, reunindo ministros e delegados de todas as partes do mundo. Durante o evento se discutem os principais desafios à segurança global, tais como o radicalismo islâmico, ameaça de terrorismo na África e Ásia, fatores geopolíticos de segurança na Europa, entre outros.
Nos bastidores da cúpula, a Sputnik Brasil teve uma oportunidade de falar com o eminente analista russo, Aleksei Leonkov, que manifestou sua opinião em relação à situação atual e às perspectivas do comércio bilateral na área militar entre Moscou e os países da América Latina.
"Se falarmos da cooperação com o Brasil, bem como com todos os países da América Latina em geral, esta não está decorrendo de modo fácil. Digamos que a cooperação mais eficiente nós tínhamos com a Venezuela, mas após ter falecido seu líder [Hugo Chávez] e o país ter enfrentado uma situação econômica carenciada, a questão, de fato, se agudizou. A questão é que há uma resistência fortíssima por parte do chamado vizinho do Norte, que interfere nos assuntos latino-americanos a todos os níveis e exerce uma pressão significativa", opinou o especialista.
Na opinião de Leonkov, isto é algo que impede em grande parte a cooperação técnico-militar da região com a Rússia, mas os próprios países almejam comprar equipamentos de qualidade.
Ao testar os equipamentos que há na Venezuela, todos se deram conta que as armas existentes até hoje não são, de fato, muito boas, mas custaram bastante. Pode ser que tenham uma aparência feroz, mas, como provaram as ações militares reais (pois estes equipamentos foram usados em uma série de conflitos quentes no Oriente Médio), os parâmetros técnicos reais, infelizmente, não correspondem à publicidade que promove estas armas", manifestou.
Já as armas russas, disse Leonkov, não só tem um bom aspeto, mas desfrutam de uma relação justa entre o preço e a qualidade.
Em princípio, os países da América Latina já sabiam disso — eles conhecem as nossas armas portáteis e lança-granadas antitanque que funcionam em quaisquer condições", frisou.
Assim, o analista acredita que muitos países estariam muito mais ativamente envolvidos no comércio com Moscou, inclusive no campo militar, mas os fatores políticos obstaculizam o processo.
"Por exemplo, quando tivemos uma reaproximação das nossas posições com o Brasil, aconteceu uma espécie de ‘impeachment' das autoridades que, claro, tinha sido fabricado por certas forças, o que desacelerou muitíssimo o desenvolvimento ulterior", explicou ele, adiantando que ter um parceiro como o Brasil no Atlântico sempre foi uma das prioridades do Kremlin, enquanto hoje em dia esta questão virou "dificilmente solucionável".
Deste modo, se antigamente se planejavam compras maciças de equipamentos russos para depois serem usados nas Forças Armadas do Brasil, por enquanto estes planos ficaram para trás, se reataram as negociações a nível mais baixo.
Para Leonkov, o motivo para isso é o fato das autoridades brasileiras "piscarem muito o olho" ao seu vizinho do Norte.
Entretanto, há uma chance que a situação mude, enfatizou, mas sob certas condições.
"No futuro breve, acho que haverá alguma espécie de avanço, caso os EUA, que de fato regulam a política latino-americana, abrandem seu aperto, como já fazem no Oriente Médio. Nesse caso, acredito, acontecerá algo que todos os países têm desejado — isto é, receberem armas eficientes que possam realmente defender a soberania destes países. Todos já entendem isso e entendem que as suas armas não o podem garantir. Sabemos da história que a maioria dos golpes militares foram efetuados com o apoio de forças que possuíam armas mais avançadas por seus parâmetros que as armas dos exércitos nacionais", argumentou.
Para mais, ele observou que a cooperação russo-brasileira não foi nada favorecida pela situação econômica no país verde e amarelo. Vale relembrar o caso dos sistemas Pantsir, que Brasília planejava comprar em lotes significativos, mas que afinal das contas suspendeu as negociações ao reconhecer, de fato, que não dispõe de recursos financeiros para tais fornecimentos
"Mas o Brasil também mergulhou em uma crise econômica que, claro, foi já uma consequência, pois as crises que temos, por mais banal que seja, são algo de deliberado. E estas crises são provocadas pelos países desenvolvidos. Eles, através de sanções, embargos, outras medidas, dificultam a oportunidade dos países economicamente mais fracos para se desenvolverem. Tanto mais que um país quer não só se desenvolver, mas também reforçar isso com algum armamento que influa na capacidade de autodefesa do país. Neste caso, eles [EUA] movem todas as alavancas", assinalou.
Resulta que a chamada Doutrina Monroe e a política intervencionista de Washington não mudaram muito ao longo dos séculos. Pelo menos, é isso em que acredita Leonkov.
"Os EUA não querem ter a sul países que os tratem por ‘tu'. Eles querem que estes países os olhem só de baixo para cima e fazem todo o possível para isso", realçou.
Nisto, acredita o especialista, reside a psicologia "colonial" dos EUA, Reino Unido e vários países europeus. Ou seja, estas potências continuam entendendo a região latino-americana como uma concentração de colônias, embora proclamem os valores democráticos e de soberania nacional.
"Logo que nestes países aparecem líderes que priorizam o desenvolvimento, eles enfrentam uma opressão ferocíssima. Vale relembrar Cuba e Fidel Castro. Quantos atentados houve contra ele, quantas sanções foram impostas contra esse país. Apesar de tudo, ele sobreviveu. Claro que não virou um país superdesenvolvido. Mas dá para entender por quê. Houve uma opressão forte na época. Quando a URSS colapsou, Cuba estava à beira da catástrofe, os americanos acreditavam que logo acabariam com esta Ilha da Liberdade e faziam tudo o que tinham sonhado por muito tempo. Mas não deu", ressaltou o interlocutor da Sputnik Brasil.
Assim, frisa Leonkov, Cuba "é um exemplo de que se pode sobreviver sob sanções". E a Rússia, pelo visto, também está dando o mesmo exemplo após "tomar coragem" para rechaçar a pressão de fora. Caso a América Latina o faça também, Moscou estará sempre pronta para "estender a mão", acredita o analista.
Mas não foi só por causa da situação interna brasileira que nos anos 2000 a cooperação com a Rússia não ganhou novo fôlego, adverte. A questão é que a Rússia na época se encontrava em uma situação bem precária, carente de parceiros comerciais, estando "disposta a qualquer ajuda, qualquer cooperação só para encher o orçamento com algo".
Hoje em dia, a situação mudou, a Rússia se tornou em um Estado mais forte, capaz de resolver quaisquer questões mesmo debaixo de sanções fortes", analisou.
Ao terminar a conversa, Leonkov se referiu a uma tendência interessante na geopolítica — os movimentos com caráter de direita — que dão um enfoque especial à questão nacionalista. De acordo com ele, a Rússia respeita tal posição e está pronta para cooperar com os países norteados por seus interesses nacionais, caso os seus próprios também sejam respeitados. O exemplo mais marcante disso, assinalou o especialista, é a cooperação entre a Rússia e a Turquia.
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