terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Sistemas Elbit revelam detalhes de um exercício entre o HMS Ocean e um navio Israel não tripulado

Uma embarcação não tripulada Elbit Systems Seagull e helicóptero HMS Ocean participou de um exercício entre a Royal Navy e a Marinha israelense.
Durante o exercício, a USV realizou uma missão Mine Counter Measure (MCM), digitalizando e criando um caminho seguro para o HMS Ocean. Uma vez que encontrou Mine-Like-Objects, a Seagull alertou o HMS Ocean para evitá-los, garantindo assim a sua "rota segura", diz Elbit.
A Seagull realizou a missão enquanto era operada remotamente a partir de uma Estação de Controle Missionária onshore. Além disso, o Seagull participou de um exercício táctico de manobras e navegou em formação com os navios da Marinha israelense HMS Ocean.
Recentemente, o HMS Ocean chegou em casa desde a implantação um dia mais cedo, já que sua carreira no Royal Navy acabou.
O HMS Ocean é o único operador de helicóptero do Reino Unido e o navio-chefe da frota da Royal Navy. Ela é projetada para suportar as operações de desembarque anfíbio e para apoiar a equipe do Commander UK Amphibious Force e Commander UK Landing Force.
O transportador de helicóptero de comando de guerra anfíbio termina sua carreira com a Royal Navy em uma nota muito ocupada, tendo deixado Plymouth no final de agosto, como navio de bandeira de um Grupo Marítimo da OTAN sobre os deveres de segurança na região do Mediterrâneo, protegendo as rotas marítimas internacionais críticas para o Reino Unido comércio.
O navio foi reatado e desviado de seus deveres da OTAN no início de setembro para obter ajuda humanitária vital para os territórios ultramarinos britânicos atingidos pelo furacão Irma antes de retornar para retomar o seu papel de chefe da OTAN e participar de exercicios multinacionais.
A bordo, durante a sua implantação, estavam os Royal Marines de 40 Commando, com base em Taunton, helicópteros de 820, 845 e 847, Royal Naval Air Squadron, com base em helicópteros Culdrose e Yeovilton e RAF Chinook. A tripulação partirá na licença de Natal depois de deixar o navio.
O HMS Ocean deve acabar com a Royal Navy no início do ano que vem, quando entrará em Devonport pela última vez sob o White Ensign para ser oficialmente liquidado.
Qual é o próximo para o transportador de helicóptero?
Em março, informamos que o Brasil estava interessado no helicóptero HMS Ocean, que agora foi confirmado pelo governo brasileiro.
Então, em abril , informamos que a Marinha do Brasil teria enviado uma proposta para pagar pelo transportador de helicóptero HMS Ocean em parcelas.
De acordo com o jornalista brasileiro Roberto Lopes em um e-mail, o custo do navio para a Marinha do Brasil é fixado em £ 80,3 milhões de libras (312 milhões de reais). Comandante da Marinha do Brasil, Almirante Eduardo Leal Ferreira, afirmou que o preço do  oceano  parecia "conveniente".
Então, esta semana, a IHS Janes informou que o Ministério da Defesa do Brasil autorizou esforços para comprar o Oceano uma vez que ela sai do serviço do Reino Unido.
Nós entendemos por Roberto Lopes por e-mail, a fonte que nos informou que o Brasil já apresentou um plano de pagamento para a embarcação, que os agentes envolvidos no processo de aquisição do navio são otimistas e já estão discutindo detalhes além das avaliações técnicas e financeiras que foram feitas, como o nome do navio.
"Minas Gerais é a designação mais forte na época. O Rio de Janeiro foi "salvo" para o futuro porta-aviões. No entanto, nada definitivo. Somente com a execução da aquisição é o definido. "
De acordo com alguém com quem conversamos no início do ano atualmente a bordo do navio, houve rumores de que esta é uma das várias possibilidades:
"As pessoas estão falando sobre o que acontecerá com o navio depois de 2018, havia rumores de que a embarcação poderia ser vendida para outra marinha, mas não havia nenhuma menção sobre o que a marinha poderia ser".
O transportador de helicópteros foi construído em meados da década de 1990 e encomendado em setembro de 1998. Em novembro de 2015, o Ministério da Defesa confirmou que o HMS Ocean será desmantelado em 2018 sem substituição semelhante a favor.
 Fonte ukdefencejournal.org.uk

domingo, 31 de dezembro de 2017

China desenvolve novas tecnologias para capturar-The Northrop Grumman B 2

A Boeing é uma empresa estatal?

Submarinos da classe Tupi, os primeiros inteiramente construídos no Brasil

Então, o Brasil só compra sucata?

Capacidades de submarinos russos provocam inquietação da OTAN

Os militares da OTAN avaliaram as ações da Marinha russa nos oceanos e chegaram à conclusão de que os submarinos russos representam uma ameaça séria para a aliança, indica um artigo do jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung.
O autor do artigo, Thomas Gutschker, afirma que, para grande desgosto da aliança, os submarinos da Marinha russa têm vindo a operar no mar Mediterrâneo após anos de ausência. Ao mesmo tempo, para as marinhas dos países ocidentais é cada vez mais difícil monitorar os movimentos dos submergíveis russos.
As atividades da frota submarina da Rússia estão em seu nível mais alto desde a Guerra Fria, declarou por sua vez o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg. O dirigente da aliança sublinhou que, desde o ano 2014, a Marinha da Rússia recebeu 13 novos submarinos, que podem representar uma ameaça real para as comunicações dos Estados Unidos no oceano Atlântico.
Os EUA estão especialmente preocupados com os novos submarinos das classes Varshavyanka e Paltus. Gutschker citou como exemplo a operação protagonizada pelo submarino Krasnodar, que foi apelidado de "buraco negro" por ser muito furtivo. Para vigiá-lo, a OTAN teve que empregar quatro fragatas e vários aviões antinavio da base na Sicília.
Um submarino que nem sequer fazia o mínimo esforço para se esconder provocou incômodos", escreveu Gutschker.
O navio imergiu no mar Mediterrâneo e voltou à superfície apenas para lançar mísseis Kalibr contra as posições dos terroristas na Síria. Mais tarde, o Krasnodar começou um "jogo do gato e rato" com as embarcações da Aliança e regressou com êxito à sua base no mar Negro.
Depois disso, os militares norte-americanos reconheceram que os russos agem de maneira profissional e exigiram mais financiamento para rearmar a Marinha estadunidense.

sábado, 30 de dezembro de 2017

AS MELHORES ARMAS RUSAS, Tecnologia Militar 2018- 2020

Forças de implantação rápida do exército argentino HD

Argentina & Brazil Army Training | Brother Countries

BLINDADO ENGESA EE-9 CASCAVEL - TIRO CANHÃO 90mm

Exército Brasileiro 2018 || "Braço Forte, Mão Amiga"

Cabeça-de-ponte flutuante: quais são as caraterísticas excepcionais do novo navio russo

Três centenas de fuzileiros navais armados até os dentes, 13 tanques de combate ou, se se preferir, cerca de 40 veículos blindados de transporte de pessoal, bem como dois helicópteros de transporte e desembarque. Este é um “miniexército” que cabe no grande navio de desembarque do projeto 11711, Ivan Gren.
Até o final do ano, ele passará pela cerimônia de hasteamento da bandeira e entrará oficialmente na Frota do Norte da Marinha da Rússia. Este é o primeiro navio russo da respectiva classe capaz de efetuar o desembarque de pessoal e material pesado sem contato com terra. O colunista da Sputnik, Andrei Stanavov, conta como o navio superou seus antecessores e que lugar ele ocupará na Marinha russa.
Se não considerarmos as flotilhas de navios de desembarque pequenos e médios, a Marinha da Rússia conta com cerca de 20 navios de desembarque de doca dos projetos soviéticos 775 (Tsezar Kunikov) e 1171 (Nikolai Filchenkov). E se os primeiros ainda são mais ou menos jovens, ou últimos já estão na idade avançada.
Por exemplo, o navio Saratov foi lançado à água em 1964. Embora os navios sejam reparados regularmente, é evidente que muito em breve vão precisar de ser substituídos. Deste modo, o Ivan Gren é o sucessor direto dos navios do projeto 1171 Tapir, ou mais propriamente, sua versão desenvolvida.
Os navios do projeto 755, construídos na Polônia, constituem hoje em dia a base da frota russa de navios de desembarque de doca, mas perdem para o Ivan Gren no que se trata de suas dimensões e capacidade. Para comparar: o deslocamento total do navio novo é de 5.000 toneladas contra as 4.080 de seu "irmão" polonês. Além disso, ele é 8 metros mais longo, 1,5 metros mais largo e tem mais 1,3 metros de calado.
Por exemplo, enquanto o Tsezar Kunikov pode acolher 190 fuzileiros navais e 10 tanques (ou 24 veículos blindados de transporte de pessoal), no Ivan Gren cabem 300 e 13, respectivamente. Os navios do projeto 775 foram construídos em 2 séries, sendo que ainda se planejava construir uma terceira para transportar especificamente os tanques T-80 movidos por turbina a gás.
O novo navio ultrapassa um pouco os seus antecessores do projeto 755 não só no que toca à capacidade de carga, mas também em poderio dos armamentos a bordo.
Além dos sistemas AK-176M e AK-630M-2 Duet (10 mil tiros por minuto), ele porta dois lançadores múltiplos de foguetes A-215 Grad-M de calibre 122 mm. Cada um deles inclui um telêmetro de laser, sistema de controle, 40 guias e lança munições reativas à distância de até 20 km, produzindo dois disparos por segundo.
Um ataque maciço do Grad elimina literalmente os efetivos e blindados ligeiros do inimigo. Deste modo, mesmo sem outro apoio naval, este navio pode assegurar o desembarque da força com apoio de fogo de artilharia e mísseis intensivo. Para se proteger dos mísseis do inimigo, o navio dispõe de vários sistemas de supressão eletrônica.
Para construir o Ivan Gren, foram usados os novíssimos desenvolvimentos em construção naval, materiais de alta resistência e mesmo tecnologias furtivas.
Ademais, o navio não tem limitações em relação ao tipo de material militar transportado. Deste modo, ele pode transportar tanques, veículos blindados de transporte, veículos de combate da infantaria, artilharia rebocada ou caminhões militares a distâncias de até 3.500 milhas náuticas. O navio também tem um hangar para um helicóptero de desembarque Ka-29 ou um helicóptero de ataque Ka-52K Katran.
O "cartão de visita" do Gren é o chamado método de desembarque sem contato em uma costa não equipada. Para isso, dos portões da proa são lançados pontões que, encadeados, formam uma ponte. Ela faz contato com a linha de costa e serve de passagem para o material pesado e a força de fuzileiros. Tal esquema ajuda a manter a distância entre o navio e a costa e diminui o risco de encalhar.
O "coração" deste navio são dois motores diesel 10D49 turbo de 16 cilindros em V com 5.200 cavalos de potência que o fazem navegar à velocidade máxima de 18 nós. Ademais, o Ivan Gren tem autonomia de navegação de até um mês. Para sua tripulação de 100 elementos, bem como para os fuzileiros navais, estão previstas condições bastante confortáveis de habitação e até tem uma academia.
Navios de desembarque de doca são "cavalinhos de trabalho" universais, sem os quais não se pode travar nenhuma operação militar séria em países com saída ao mar. Tais embarcações tiveram, particularmente, um papel importantíssimo na operação militar das Forças Armadas da Rússia na Síria.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Tecnologia stealth Brasileira

Verdade e Informação - Navio Araguari - Marinha do Brasil

O que aconteceu é muito raro': analista sobre a recuperação do contato com o AngoSat-1

A empresa russa Energia confirmou que o contato com o satélite angolano AngoSat-1 foi recuperado. Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o analista Ivan Moiseev opinou sobre os eventos posteriores ao lançamento do satélite.
Os especialistas da empresa russa Energia conseguiram recuperar o contato perdido com o primeiro satélite angolano AngoSat-1 e receber a telemetria, comunicou à Sputnik uma fonte do setor espacial.
"Contudo, por enquanto é difícil prever como o aparelho espacial vai funcionar e se a sua operacionalidade pode ou não ser recuperada completamente […] É preciso aguardar até haver conclusões sobre os motivos do incidente", explicou a fonte.
Em 26 de outubro, às 22h00 no horário de Moscou (17h00 do mesmo dia em Brasília), o primeiro satélite angolano, AngoSat-1, foi lançado do cosmódromo de Baikonur e colocado em órbita pelo foguete Zenit. Depois de oito minutos de voo, o foguete se separou do bloco acelerador Fregat, que posicionou o satélite na órbita terrestre como o planejado, às 06h55 no horário de Moscou (01h55 em Brasília) de 27 de dezembro.
No entanto, posteriormente, o contato com o primeiro satélite angolano foi perdido.
O diretor do Instituto de Política Espacial, Ivan Moiseev, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnikopinou quanto à evolução posterior da situação em torno do satélite angolano. 
"Restabelecer o contato não é frequente, mas acontece. Conhecemos apenas uma dezena de tais casos […] Durante lançamentos em diferentes condições, por exemplo, durante a passagem de condições normais à imponderabilidade, durante a separação, em todas as manobras, algum contato pode se desligar por algum tempo. É uma situação semelhante a batermos em um computador que tem problemas: por acaso este pode voltar a funcionar normalmente. Caso tudo dê certo, o satélite continuará funcionando. De acordo com o planejado, este deve operar por mais de 15 anos. Os motivos do incidente ainda estão sendo analisados", explicou Ivan Moiseev. 

Índia testa mais uma vez seu antimíssil supersônico AAD

A Organização de Pesquisa e Desenvolvimento da Defesa da Índia (DRDO, na sigla em inglês) realizou um novo e bem-sucedido teste de seu míssil interceptor supersônico conhecido como AAD, sigla em inglês para defesa aérea avançada.
Lançado da ilha Abdul Kalam a leste da costa do estado de Orissa, o AAD destruiu um míssil balístico a uma altura de 30 quilômetros sobre o golfo de Bengala.
Foi uma missão brilhante, o míssil interceptor atingiu diretamente o alvo, isso abre o caminho para incorporá-lo nas Forças Armadas antes do esperado", comentou uma fonte militar, citada pelo jornal The New Indian Express.
Projetado por engenheiros locais, o AAD é um míssil que tem 7,5 metros de comprimento, menos de meio metro de diâmetro e pesa 1,2 tonelada. 
Consiste em uma única etapa, utiliza combustível sólido e pode destruir mísseis balísticos a uma altura de até 25 ou 30 quilômetros.
O teste de 28 de dezembro foi o terceiro deste ano. Os testes passados do AAD aconteceram em meados de fevereiro e no início de março.

Senador: ataque contra base russa na Síria seria impossível sem participação dos EUA

Os Estados Unidos poderiam ter estado envolvidos no ataque terrorista contra a base russa de Hmeymim, na Síria, afirmou o primeiro vice-presidente do Comitê de Defesa e Segurança do Conselho da Federação Russa (câmara alta do parlamento), Franz Klintsevich.

Neste caso, tanto faz se se trata de sua participação direita ou, digamos assim, de uma neutralidade benevolente", escreveu o senador no seu Facebook
Segundo Klintsevich, no território sírio controlado por Damasco não há células extremistas. A coalizão internacional, liderada pelos EUA, por sua vez, também declarou a "vitória total" sobre os terroristas. Se é mesmo assim, os militantes não devem ter "força real" na Síria, acredita o senador russo.É que os EUA, como é costume, faltam à verdade. Não estou afirmando que o ataque contra a base russa de Hmeymim foi realizado diretamente por terroristas a partir das bases militares norte-americanas na Síria, seria […] demasiado grave. Ao mesmo tempo, é muito provável que se trate de militantes preparados e armados pela parte estadunidense", disse o senador.
Na opinião dele, o ataque de militantes confirmou mais uma vez a informação de que os "terroristas do Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia) estão sendo treinados nas bases militares dos EUA na Síria", divulgada pelo Estado-Maior russo.
Em 27 de dezembro, extremistas lançaram mísseis contra o aeroporto de Latakia e contra a base russa em Hmeymim, mas os sistemas de defesa antiaérea Pantsir conseguiram repelir o ataque. A chancelaria russa chamou o ataque de provocação cujo objetivo era frustrar o Congresso para o Diálogo Nacional na Síria.



Analista sobre meta do ataque à base russa na Síria: arruinar todo empenho de Moscou

Moscou acredita que bombardeamento, realizado por militantes na Síria, da base russa em Hmeymim tenha sido uma provocação para fracasso do Congresso do Diálogo Nacional neste país, declarou a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.

Moscou está muito preocupada com provocações terroristas. Os militares russos estão bem protegidos pelo sistema padronizado do sistema de defesa antiaérea. É preocupante que os terroristas estejam adquirindo novos armamentos", sublinhou ela.
Em 27 de dezembro, extremistas lançaram mísseis contra o aeroporto de Latakia e contra a base russa em Hmeymim, mas os sistemas de defesa antiaérea Pantsir conseguiram repelir o ataque.
Franz Klintsevich, primeiro vice-presidente do Comitê de Defesa e Segurança do Conselho da Federação da Rússia, ressalta possível participação dos Estados Unidos no ataque terrorista.
O especialista do Instituto de Estudos Estratégicos da Rússia, Vladimir Fitin, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, acrescentou que os militantes, apoiados pelos EUA, estariam tentando interromper processo transitivo rumo à regularização política na Síria:
Tentam de todas as formas acabar com esforços russos destinados a resolver crise na Síria. […] A Rússia vem assumindo posição cada vez mais ativa e autoritária na resolução da crise síria. A plataforma de negociações em Genebra está perdendo sua importância: os grupos de oposição, apoiados pelos EUA e Arábia Saudita, têm uma posição absolutamente inaceitável e inegociável, pois avançam em um trajeto para Bashar Assad saia do poder."
O especialista acredita também que as forças de oposição estejam tentando intensivamente derrubar todas as opções para resolução do problema, propostas pela Rússia e pelos parceiros nas negociações – Turquia e Irã.

Política brasileira: 2017 foi o ano em que o jato perdeu força para lavar a corrupção

A palavra corrupção foi a grande vencedora em uma pesquisa que buscava um termo para definir o que foi o Brasil em 2017. A palavra derrotou outras não menos negativas – vergonha, crise, tensão e mudança –, o que expõe o sentimento da população às vésperas de um importante ano eleitoral.
Repousa sobre a classe política nacional uma enorme parcela de tal frustração nacional. E o primeiro ano completo de Michel Temer (MDB) no Palácio do Planalto não permitiu que a exaltação da corrupção significasse ventos de confiança e esperança. Pelo contrário: há um sensação de que o contra-ataque está em andamento, em prol das velhas práticas.
A Sputnik Brasil relembra os principais fatos da política brasileira em 2017, os quais tiveram impacto direto sobre a Operação Lava Jato, principal frente de combate aos crimes do colarinho branco no país nos últimos três anos.
O avião
O país foi fortemente impactado por uma tragédia no dia 19 de janeiro: a queda de um avião em Paraty, no litoral do Rio de Janeiro, que levava entre os seus ocupantes o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki. Relator da Lava Jato na Corte, caberia a ele homologar e liberar o conteúdo das dezenas de delações de executivos da Odebrecht.
Ainda que a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, tenha seguido o rito e a liberação do teor das delações tenha causado solavancos em Brasília para políticos notórios, implicados em denúncias de corrupção, os ânimos envolvendo a operação ganharam novos contornos. E permitiram que o Planalto se fortalecesse no STF.
A vaga aberta pela morte de Zavascki foi preenchida, no mês seguinte, por Alexandre de Moraes, ex-ministro da Justiça de Temer. Um suposto plágio cometido por ele em uma de suas obras acadêmicas chegou a ser levantado à época, mas isso não impediu que Moraes ganhasse o aval do Congresso, no qual o presidente da República demonstrava ter uma maioria segura.
Na relatoria da Lava Jato do Supremo, a indicação do ministro Edson Fachin trouxe alguma incerteza inicial, o que foi logo desfeito pelas iniciativas dele em agilizar o andamento de processos de políticos na Corte.
A mala
A deflagração da Operação Carne Fraca, pela Polícia Federal, colocou a carne produzida no país no centro das discussões. A corrupção revelada por parte de frigoríficos, que venderiam carne estragada e até mesmo com "papelão para fazer enlatados", como disse um dos denunciados no esquema, acabaria respingando também na classe política. E em Temer.
Já mencionada na Carne Fraca, a JBS apareceu como uma bomba algumas semanas depois no noticiário, após a divulgação de que os donos do grupo J&F (dono da JBS), Joesley e Wesley Batista, haviam fechado um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). O conteúdo era pura pólvora e a combustão não demorou a acontecer.
Em um áudio gravado por Joesley no Palácio do Jaburu, onde entrou com um nome falso, pelo subsolo, e em um encontro fora da agenda de Temer, o presidente da República aparece dizendo a seguinte frase:
Tem que manter isso, viu?".
A orientação, segundo a delação, seria para que o empresário continuasse a pagar uma mesada em troca do silêncio do ex-deputado e ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB), e do doleiro Lúcio Funaro, que teria operado recursos em favor de Cunha e de outros políticos do MDB.
O impacto do áudio contou com a adição de um vídeo, gravado pela PF, no qual o então deputado federal Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR) carrega uma mala com R$ 500 mil em São Paulo. O montante teria sido repassado por Joesley e tinha um único destinatário: Michel Temer. Loures acabou preso dias depois e a pressão pela saída do emedebista cresceu.
Depois de alguns dias, com a divulgação do áudio, surgiram críticas à baixa qualidade do material e até mesmo ao fato de que ele não havia sido periciado. O fôlego foi o suficiente para Temer, àquela altura com uma grande desaprovação da população, vir a público e garantir: "Não renunciarei. Repito: não renunciarei".
O procurador
O teor das delações de mais de 70 executivos da Odebrecht, somado às delações dos irmãos Batista, delimitou dois campos opostos no cenário político e institucional do Brasil: de um lado aparecia Temer e uma série de parlamentares investigados na Lava Jato; no outro campo, os investigadores da Força-Tarefa da Lava Jato, tanto na Primeira Instância em Curitiba, quanto em Brasília, por meio da PGR.
Uma queda de braço acabou sendo estabelecida quando políticos com foro privilegiado começaram a ser denunciados pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Em abril, ele pediu o fim do sigilo das delações da Odebrecht, o que foi concedido por Fachin. Coube também a Janot o acordo de delação com os irmãos Batista no caso da JBS.
Pressionado não só pelas suspeitas em torno de si e de seus principais ministros e assessores, Temer resolveu reagir. Quando manifestantes invadiram a sede do Ministério da Agricultura em maio, em um ato contra as reformas patrocinadas pelo governo, o presidente autorizou o uso das Forças Armadas, uma decisão criticada até pelos seus próprios aliados.
Janot também tornou-se um inimigo declarado de Temer. Com mandato até setembro na PGR, o procurador-geral declarou que "enquanto houver bambu, lá vai flecha", em referencia à possibilidade de denunciar figuras do alto escalão do governo, incluindo o próprio presidente da República.
Antes de sair, Janot ofereceu duas denúncias contra Temer e alguns dos seus ministros, como Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Eliseu Padilha (Casa Civil). Ambas, porém, acabaram enterradas na Câmara dos Deputados que, pela lei, deveria dar anuência para que o presidente fosse investigado no STF. Nas duas votações, não faltaram polêmicas – nem repasses milionários em emendas, cujos picos em 2017 se deram às vésperas das duas votações.
Além de derrotar Janot no campo político, Temer ainda indicou a procuradora Raquel Dodge para substituí-lo. Segunda colocada em uma votação interna da PGR, ela desbancou o mais votado – Nicolao Dino, nome preferido de Janot para o posto – e fez crescer as suspeitas de que o Planalto estaria se articulando com políticos implicados na Lava Jato para minar a operação.
Nem mesmo a prisão do ex-ministro de Temer, Geddel Vieira Lima – com quem a PF encontrou nada menos do que R$ 51 milhões em dinheiro vivo, guardado em um apartamento em Salvador –, e a delação de Funaro abalaram as estruturas no Planalto, que tentava dizimar escândalos para então tocar as suas reformas estruturais – o Teto dos Gastos, a do Ensino Médio e a Trabalhista foram aprovadas, enquanto a da Previdência vive uma incógnita.
Para completar, a troca do diretor-geral da Polícia Federal – saiu Leandro Daiello, entrou Fernando Segóvia –, em novembro, também causou surpresa dentre os que esperavam uma manutenção do ímpeto das apurações da Lava Jato (abaladas meses antes com o fim da Força-Tarefa e o desligamento de vários delegados). Nos bastidores, foi dito que Segóvia recebeu “a benção” de figuras como Eliseu Padilha e José Sarney antes de ser confirmado por Temer.
O tucano
A delação da JBS não respingou com força apenas em Temer e seus assessores do MDB. Uma gravação ainda mais bombástica atingiu o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Presidenciável em 2014 e tido como principal elemento na cisão vivida após o pleito – foi ele o autor de uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a chapa Dilma-Temer, que deu início ao calvário da petista –, o tucano também foi alvo de Joesley e seus áudios.
Na Operação Patmos, um desdobramento da Lava Jato, a PF descobriu que Joesley pagava Aécio em troca de apoio político no Congresso. Em um áudio, o senador aparece pedindo R$ 2 milhões ao dono da JBS – o tucano afirmou que se tratava de um empréstimo para pagar advogados, e não propina.
Em uma das conversas, Aécio aparece combinando com Joesley a forma de envio do dinheiro. O tucano diz que enviaria o seu primo, Frederico Pacheco, para pegar os recursos. E, em meio a muitos palavrões ao longo da conversa, ele define o motivo de ter escolhido tal “pessoa de confiança” para a operação.
Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu", definiu Aécio.
O teor explosivo das gravações fizeram Aécio se afastar da presidência do PSDB. Mas havia mais: em setembro, ele foi afastado do cargo de senador pelo STF. Um pedido de prisão acabou não acolhido. No mês seguinte, ele acabou conseguindo reverter a decisão e voltar ao Senado, no qual não teve dificuldade de enterrar iniciativas para cassá-lo no Conselho de Ética.
Ao longo de toda a crise política do governo em 2017, Aécio foi um fiel aliado a Temer. Tal aliança rachou o próprio PSDB, no qual parte dos congressistas pregava a necessidade de deixar o governo e abandonar os ministérios que o partido ocupava. Já a ala do senador mineiro sempre pregou a permanência junto ao MDB.
O ex-presidente
Traído pelo principal aliado nas eleições presidenciais de 2014, o Partido dos Trabalhadores (PT) sofreu mais um duro golpe em 2017. Se pouco mais de um ano antes a questão envolveu o impeachment de Dilma Rousseff, em julho deste ano o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acabou condenado na Primeira Instância da Lava Jato, em decisão do juiz federal Sérgio Moro.
A pena de nove e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro envolvem o caso do tríplex do Guarujá, no litoral de São Paulo, que a empreiteira OAS teria adquirido e reformado para receber Lula e a ex-primeira-dama, Marisa Letícia (já falecida). O petista sempre negou ser o dono do imóvel e alega inocência.
Lula aparece como primeiro colocado nas pesquisas para as eleições presidenciais de 2018. Ao longo do segundo semestre deste ano, realizou caravanas pelo país em busca de apoio e, em via de regra, criticar o governo Temer e os investigadores da Lava Jato. Contudo, a sua participação no pleito ainda é bastante incerta.
No dia 24 de janeiro do próximo ano, o Tribunal Federal da 4a Região (TRF-4) julga o recurso da defesa de Lula contra a condenação de Moro. Se confirmada, o petista pode acabar não só inviabilizado eleitoralmente (seria implicado na Lei da Ficha Limpa), mas também atrás das grades. Todavia, juristas já afirmaram que recursos e a própria lei eleitoral permitiriam ao ex-presidente insistir em sua candidatura, mesmo preso.
O petista é ainda investigado em outras seis investigações, nem todas elas ligadas à Lava Jato – uma por corrupção na Operação Janus, e outra por tráfico de influencia na Operação Zelotes –, o que significa dizer que os seus problemas com a Justiça e as repercussões políticas disso prosseguirão ao longo do próximo ano.
Calvário e entusiasmo no Rio
Com R$ 451,5 milhões ressarcidos aos cofres públicos, o braço carioca da Lava Jato assumiu o protagonismo deixado por Curitiba neste ano. Os pedidos de reparação chegam a R$ 2,28 bilhões e atingem o coração do MDB no Rio de Janeiro, sobretudo ao longo dos governos de Sérgio Cabral – preso, já foi condenado em quatro processos e as penas, somadas, chegam a 87 anos de cadeia, tendo ainda de responder a um total de 17 processos.
O juiz federal Marcelo Bretas conduz os trabalhos no Rio e o que vem se desvendando ajuda a entender o calvário político e econômico que o Estado vive. É bem verdade que Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Espírito Santo viveram períodos de greves e de ausência de pagamentos de servidores, mas no Rio o buraco parece ser ainda maior, sobretudo diante do assalto perpetrado contra os cofres públicos na era Cabral.
Com as contas no vermelho, o governador Luiz Fernando Pezão (MDB), vice-governador de Cabral, passou o ano tentando costurar acordos com o governo federal para abater um pouco o alto déficit do Estado – que não acabará tão cedo, sendo estimado em R$ 10 bilhões para 2018. A privatização da Cedae foi parte do acerto, mas servidores de diversas categorias seguem sem receber.
A falência do Rio ficou latente em alguns episódios nacionais. No mais notório deles, as Forças Armadas foram acionadas em setembro para conter a violência na comunidade da Rocinha, na zona sul da capital fluminense. Paliativa, a medida pouco ajudou a conter o tráfico e os tiroteios na área, mesmo com a prisão do traficante Rogério 157, chefe da área, neste mês.
A austeridade fiscal e nas contas públicas, associada ao medo e à sensação de insegurança em todo o país, devem dominar o debate político e eleitoral em 2018. No tabuleiro de quem será o próximo presidente do Brasil a partir de 2019, a situação de Lula é peça-chave. A Temer, caberá tentar aprovar a Reforma da Previdência antes de abril, algo que poderia dar fôlego ao próprio governo – e ao seu eventual candidato à Presidência da República.
O que é certo é que a corrupção e os seus danos seguirá no radar do brasileiro em 2018.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Segura e com capacidades inéditas: Kalashnikov apresenta nova pistola russa

A fabricante de armas russa Kalashnikov presenta nova pistola Viking-M, versão modernizada do modelo comercial da pistola Viking.
Os designers revelaram que mudaram o balanceamento da pistola, fazendo com ela regresse muito mais rapidamente à linha de pontaria, informa o site oficial da empresa.
O carregador da nova pistola suporta somente uma embalagem de cartuchos, mas a arma é também compatível com carregadores de duas embalagens.
O canhão foi reforçado nos lugares de máxima carga. Além disso, a nova pistola possui trilho Picatinny, o que permite equipá-la com aparelhos de pontaria do padrão Glock.
A precisão e a ergonomia da pistola também foram melhoradas, e o prazo dos seus serviços principais foi aumentado para 50.000 disparos", comunica o site da empresa.

Mais letal e eficiente: força aérea dos EUA investe US$ 110 milhões em novo míssil

O projeto para o novo míssil tem prazo de cinco anos, e promete desenvolver uma arma de baixo custo, porém mais eficiente.
O laboratório de pesquisa da Força aérea dos Estados Unidos aprovou um projeto de US$ 110 milhões (R$ 366 milhões) para o desenvolvimento de um novo míssil de cruzeiro com baixo custo, disse a Lockheed Martin em um comunicado de imprensa nesta quarta-feira (27).
"A Lockheed Martin recebeu um contrato de fase 1 de US$ 110 milhões, de cinco anos, do Laboratório de Pesquisa da Força Aérea dos EUA (AFRL, sigla em inglês) para desenvolver e demonstrar um novo míssil de cruzeiro de baixo custo chamado Gray Wolf", disse o comunicado. A Lockheed Martin é uma empresa norte-americana fabricante de equipamentos de defesa, tais como mísseis e aeronaves.
O AFRL está desenvolvendo os mísseis com tecnologia para enfrentar as ameaças do sistema de Defesa Aérea Integrada (IAD, singla em inglês) em todo o mundo. O design do míssil Gray Wolf permitirá a maior flexibilidade nas missões.
"O conceito da Lockheed Martin para o míssil do Gray Wolf será um míssil acessível e contra-IAD que funcionará de forma eficiente em ambientes altamente contestados", disse o diretor do Programa de Mísseis Avançados da Lockheed Martin, Hady Mourad.
O novo míssil incorporará tecnologias avançadas, como ogivas mais letais ou mais motores eficientes em termos de combustível, assim que esses sistemas estiverem disponíveis, acrescentou Mourad.
O míssil será projetado para compatibilidade com as aeronaves F-35, F-15, F-16, F-18, B-1, B-2 e B-52, diz o comunicado.

Analista: sistema de defesa antiaérea Pantsir demonstrou seu potencial na Síria

Os sistemas de defesa antiaérea da base russa Hmeymim interceptaram mísseis lançados pelos terroristas, comunicou a mídia. O especialista militar, Viktor Murakhovsky, contou como os sistemas russos de defesa antiaérea operam na Síria.

O sistema de artilharia antiaérea Pantsir-S1 interceptou dois mísseis lançados pelos terroristas contra a base aérea Hmeymim na Síria, noticiou a edição Al-Masdar.
Os terroristas lançaram vários mísseis em direção à base aérea russa a partir do povoado Bidama situado na província de Idlib. O Pantsir-S1 conseguiu interceptar dois mísseis. Outro míssil explodiu na área da cidade de Jableh, na província de Latakia, sem atingir a base.
Foi comunicado que, no momento, os helicópteros da Força Aeroespacial russa estão patrulhando a área de lançamento dos mísseis.
Na sexta-feira (22), o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, afirmou que as tropas russas na Síria possuem uma defesa antiaérea segura. Ele frisou que os sistemas S-400, S-300V e Pantsir, junto com os caças, asseguraram a liderança absoluta da Força Aeroespacial russa no espaço aéreo da Síria. De acordo com o ministro, foram prevenidas todas as tentativas de violar as zonas de segurança de bases russas situadas em Tartus e Hmeymim.
O especialista militar Viktor Murakhovsky, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, falou sobre como operam os sistemas russos de defesa antiaérea na Síria.
Em geral, podemos dizer que o S-400 e S-300V comprovaram suas elevadas características. Apesar de estes sistemas serem de longo alcance e não terem operado contra alvos aéreos reais, eles acompanharam os aviões da coalizão encabeçada pelos EUA que se aproximaram das fronteiras da zona definida pelo memorando de prevenção de incidentes. O sistema S-300V monitorou e detectou aviões de vigilância, bombardeiros táticos e operacionais e garantiu a segurança do espaço aéreo. Vale destacar o trabalho do sistema Pantsir, que durante a defesa do aeródromo Hmeymim se obteve sucesso na luta contra drones, bem como preveniu a que as instalações fossem atingidas por foguetes não guiados que os terroristas tentaram lançar na área de Hmeymim", assinalou Viktor Murakhovsky.
O especialista comentou também as notícias sobre o desenvolvimento de um novo sistema de artilharia antiaérea destinado à eliminação de drones e mísseis de cruzeiro. Entre as características do sistema vale destacar sua baixa visibilidade. Viktor Murakhovsky explicou por que a Rússia precisa destes sistemas.
Quase todos os nossos sistemas de defesa antiaérea conseguem operar contra quaisquer alvos aerodinâmicos, incluindo drones de diferentes classes, de estratégicos a táticos. Contudo, ultimamente surgiram dores de classe extra pequena que operam principalmente sobre o campo de batalha. Trata-se de um alvo muito inconveniente, uma vez que se forem derrubados por mísseis dos sistemas de defesa antiaérea, o míssil custaria 10 vezes mais que o próprio drone. Além disso, no campo de batalha são largamente utilizadas munições robóticas, que também representam um perigo e que também devem ser eliminadas com meios antiaéreos", ressaltou Viktor Murakhovsky.

Que força está escondida por trás do escudo balístico da Coreia do Norte?

Enquanto os EUA estão aumentando cada vez mais a pressão sobre a Coreia do Norte, seu líder, Kim Jong-un tem à sua disposição muitas armas puramente convencionais para responder brutalmente aos EUA e seu aliado, Coreia do Sul, escreve o The National Interest.
Vários analistas prestam muita atenção ao arsenal balístico da Coreia do Norte enquanto a ameaça real para Washington e Seul provém da artilharia pesada e das forças de operações especiais norte-coreanas que podem causar grandes danos, escreve o jornalista Dave Majumdar, em seu artigo para o jornal The National Interest.
Coreia do Norte segue mantendo sua posição militar capaz de realizar um ataque surpresa a qualquer momento. Em particular, os canhões autopropulsados de 170 mm e os sistemas de lança-foguetes múltiplos de 240 mm podem dirigir fogo massivo contra a área da capital nacional de Seul…" reporta o documento oficial publicado pelo Ministério da Defesa Nacional da Coreia do Sul, citado pelo jornalista.
Além disso, a Coreia do Norte intensificou a capacidade das suas forças de artilharia com sistemas de lança-foguetes múltiplos de 122 mm, situadas na zona costeira no oeste, perto da fronteira.
As peças de artilheira da Coreia do Norte serão protegidas com trincheiras cobertas o que permitirá o país asiático a consolidar sua capacidade de sobrevivência durante as operações de combate. Em geral, Coreia do Sul estima que seu vizinho do norte conte com pelo menos 8.600 peças de artilheira e 5.500 sistemas de lança-foguetes múltiplos.
Ao modernizar suas forças blindadas, Pyongyang não só se concentra em melhorar as tropas mecanizadas, mas também constantemente persegue o objetivo de substituir os tanques T-54 e T-55 com tanques de fabricação própria Chonma-ho e Songun-ho.
De acordo com dados que figuram no documento sul-coreano, atualmente a Coreia do Norte dispõe de mais de 4.300 tanques e 2.500 veículos blindados. Por sua parte, as fontes militares estadunidenses destacam que as forças de operações especiais norte-coreanas estão bem treinadas e equipadas e representam um perigo significativo.
O artigo destaca que atualmente, as forças de operações especiais contam com 200.000 militares. Suas capacidades foram aumentadas para que possam atacar as unidades e facilidades, assassinar figuras cruciais e interromper as operações híbridas.
Ao mesmo tempo, o autor do artigo indica que esta infiltração deve ser realizada através de túneis subterrâneos, submarinos, áreas controladas na Zona Desmilitarizada, aviões AN-2 e helicópteros.
Finalmente, o especialista destaca que se começasse o conflito na região, a Coreia do Norte poderia causar danos severos à Coreia do Sul e às forças estadunidenses posicionadas na península da Coreia.