segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

NUCLEP ENTREGA SUBSEÇÕES DO SBR-1

 A NUCLEBRAS Equipamentos Pesados S/A – NUCLEP entregou à Itaguaí Construções Navais (ICN), na terça-feira (06 JAN 15), as subseções 05, 06 e 07, que compõem a seção 2A do SBR-1. Esse será o primeiro submarino da classe Scorpéne produzido no país, em parceria com a empresa DCNS francesa, com previsão de ser lançado oficialmente em 2017.

A Itaguaí Construções Navais (ICN),é uma joint venture entre a empresa brasileira Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT) e a francesa DCNS.
As subseções encontram-se unidas e prontas para receber o escotilhão – importante peça do casco resistente que permitirá a retirada de grandes equipamentos, como os motores a diesel, durante os períodos de manutenção de maior complexidade. A seção irá se juntar à parte da “vela” do submarino, uma das partes mais complexas da embarcação.
Juntamente com a entrega da seção de qualificação, realizada em 02/09/2014, a entrega das subseções 05, 06 e 07 constitui mais um importante avanço no Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) e reforça a capacidade da NUCLEP em atender com excelência as demandas estratégicas do país.


Empresa Estratégica de Defesa (EED), a NUCLEP tem um portfólio que abrange, além dos cascos resistentes, a construção de equipamentos para usinas nucleares e para plataformas de exploração de petróleo, entre outros.
Iniciado em 2008, o PROSUB é uma um acordo estratégico firmado entre o Brasil e a França e prevê, entre outros pontos, a transferência de tecnologia necessária à construção de quatro submarinos convencionais diesel-elétrico e também do futuro submarino brasileiro de propulsão nuclear.
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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

MECTRON - DESENVOLVIMENTO DE AUTODIRETOR DE MÍSSEIS

A empresa brasileira MECTRON, subsidiária da Odebrecht Defesa e Tecnologia (ODT), concluiu o protótipo da Unidade Autônoma de Guiamento e Controle – UAGC, cujo objetivo é demonstrar a tecnologia necessária para o desenvolvimento de um autodiretor que possa ser utilizado em um míssil solo-ar de curto alcance, da mesma classe do russo IGLA-S.

Considerando que o autodiretor é o subsistema mais complexo e crítico do míssil, trata-se de grande avanço para o Brasil por conter tecnologias inéditas e restritas a poucos países no mundo, como EUA e Rússia.

O projeto UAGC foi contratado pelo Exército Brasileiro em março de 2012 e financiado pela FINEP. Por demandar portabilidade, o míssil solo-ar precisa ser leve e compacto, e reduzir o diâmetro do equipamento foi um dos itens mais desafiadores para a equipe responsável e o que torna o mesmo inédito em termos de desenvolvimento no âmbito nacional.

Segundo Lucas Ferreira Supino, Gerente do Contrato UAGC, “foi necessário reduzir pela metade o diâmetro do autodiretor em comparação aos autodiretores já desenvolvidos pela MECTRON, alcançando 8 cm de diâmetro”.

Segundo Supino, o grande desafio da miniaturização resume-se em dois pontos principais: 

1 -  No caso dos mísseis de maior diâmetro, podem ser utilizados motores elétricos para a realização de movimento de alguma parte móvel. No caso do protótipo desenvolvido, não existe espaço para motor, sendo que quando necessário algum tipo de movimento, foi necessário adaptar os próprios componentes do sistema para que funcionem como motores;

2 -  O segundo aspecto está no sistema óptico que, pela restrição de diâmetro, possui entrada de energia limitada, o que, em termos práticos, se traduz em um alcance reduzido com que o míssil conseguiria detectar um alvo. Hoje é possível um alcance de detecção similar ao russo IGLA-S.

Para Thomaz Tavares, Diretor de Contratos de Mísseis Infravermelhos da ODT / MECTRON, com as conquistas tecnológicas alcançadas com o protótipo da UAGC,  espera-se que exista fomento para a continuidade de desenvolvimento do míssil solo- ar brasileiro, elevando-o de protótipo a produto, e também para o desenvolvimento de outros subsistemas do míssil, como o módulo atuador, espoleta de proximidade, cabeça-de-guerra, motor-foguete e tubo lançador.

“Já alcançamos maturidade no maior desafio, que é o desenvolvimento do autodiretor. Do ponto de vista tecnológico, isto torna plenamente viável o desenvolvimento do míssil completo”, acrescenta Tavares.
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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Exército Brasileiro avalia quatro helicópteros de ataque; dois deles, russos

Roberto Lopes
Exclusivo para o ForTe – Forças Terrestres
O site israelense Defense Market Intelligence informou, no dia 1º de janeiro, que o Exército do Brasil reduziu a quatro o número de modelos de helicóptero de ataque sob seu exame (Brazil; Army reviews combat helicopter contenders, disponível em www.dmilt.com), com vistas a uma possível compra por sua Arma Aérea: o russo Mi-28 Havoc (pela nomenclatura da Otan), o AW129 Mangusta, em uso pelas unidades de asas rotativas do Exército italiano, o também russo Kamov Ka-52 Alligator e o franco-alemão Tiger.
O Plano de Obtenção de Capacidades Materiais do Plano Estratégico do Exército 2016-2019 prevê a criação de uma unidade de helicópteros de ataque.
No início do ano passado, ao disponibilizar um pequeno lote de helicópteros de transporte pesados Chinook para a Força Terrestre brasileira, o Departamento de Defesa autorizou a oferta ao Brasil de helicópteros artilhados Bell OH-58A Kiowa, de segunda mão, usados pelas tropas americanas em 1991, em missões de reconhecimento armado e apoio de fogo aproximado, durante a Operação “Tempestade no Deserto”. Mas esse oferecimento parece não ter seduzido os generais brasileiros.
Entre 2004 e 2010, o Exército australiano substituiu os seus Kiowas pela versão ARH (Reconhecimento Armado) do Tiger, dotada de motores MTR (MTU-Turbomeca-Rolls Royce) 390 e designador laser para o sistema de pontaria dos mísseis ar-terra Hellfire II. Em agosto passado, os Tigres australianos receberam um outro dispositivo de mira, também a laser, para os seus foguetes não-guiados de 70mm.
Versões e preços – Os quatro modelos selecionados pelo Exército brasileiro tem préstimos e equipamentos semelhantes. Todos se utilizam de canhões de alta velocidade (rotativos ou não), de calibres entre 20mm e 30mm, no nariz do aparelho, e de uma grande variedade de mísseis e foguetes.
Duas características unem as máquinas selecionadas pelos oficiais brasileiros: todas são versões melhoradas de aeronaves já existentes no mercado há, pelo menos, duas décadas; e todas, rigorosamente, estão em atividade nos países de seus fabricantes.
Os helicópteros de desenho mais antigo são os russos, do fim dos anos de 1970. E apesar desses modelos terem sido sucessivamente atualizados, eles são também os aparelhos mais baratos.
O preço unitário do Mi-28 varia entre US$ 16,8 milhões e US$ 18 milhões. É possível que a versão N, que equipa o Exército russo, seja mais cara, e não esteja disponível para a venda a clientes estrangeiros.O preço unitário do Ka-52, uma evolução do conhecido Ka-50, custa entre US$ 29 milhões e US$ 32 milhões. Dotado de tecnologias furtivas, ele é o único dos quatro em que a dupla de pilotos senta lado a lado (e não em tandem), e ainda dispõe de assentos ejetores.
O preço unitário do AW129 Mangusta, na sua versão International – de exportação – varia entre US$ 43 milhões e US$ 63 milhões, mas a aeronave impressiona pela quantidade de mísseis que pode disparar e pelo rol de missões que está apta a cumprir: caça a tanques, reconhecimento armado, ataque ao solo, escolta, apoio aéreo aproximado e defesa antiaérea.
Seu competidor direto, no âmbito da Otan, é o Tiger, cujo preço unitário varia entre US$ 35 milhões, na sua versão HAP (Escolta e Apoio de Fogo), e US$ 50 milhões, na versão de reconhecimento.
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IAE - DCTA e FUNCATE assinam convênio para desenvolvimento do VLM - 1

O projeto para desenvolvimento do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM) brasileiro deu um importante passo nas últimas semanas, com a assinatura do convênio entre a FUNCATE (Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologia Espaciais) e o IAE/DCTA (Instituto de Aeronáutica e Espaço).
O VLM-1, fruto de uma parceria entre o IAE/DCTA e a Agência Espacial Alemã (DLR), visa o desenvolvimento de um foguete destinado ao lançamento de cargas úteis espaciais ou microssatélites (até 150 kg) em órbitas equatoriais e polares ou de reentrada, com três estágios a propelente sólido na sua configuração básica: dois estágios com o motor S50 com cerca de 12 toneladas de propelente e um estágio orbitalizador com o motor S44.
Outras configurações do veículo poderão empregar um terceiro estágio em propelente sólido maior ou em propelente líquido. O VLM deverá atender a uma importante e crescente demanda para o lançamento de cubesats e microssatélites. Este convênio tem vigência de quatro anos e estabelece uma parceria de longo prazo entre a FUNCATE e o DCTA/IAE.SEGURANÇA NACIONAL BLOG.SNB

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Índia poderia substituir os caças franceses Rafale pelo russo


Índia pode comprar caças russos Su-30 MKI último grito, se a operação relativa à caça francês Rafale não é bem-sucedido, anunciou sexta-feira fontes do Ministério da Defesa indiano.
India veio em janeiro de 2012, em negociações exclusivas com a Dassault Aviation para equipar seu exército de 126 Rafale para um contrato avaliado em mais de 18 bilhões de euros, incluindo armas e apoio. Isso deve dar trabalho para toda a indústria aeroespacial militar, cerca de 500 PME que trabalham para o Rafale.
Anteriormente, o ministro da Defesa indiano disse que as negociações já durou mais de três anos de experiência "dificuldades", fabricantes franceses que recusam cumprir as condições impostas pela Força Aérea da Índia durante a chamada propostas.De acordo com o ministro, o SU-30MKI, construído pela Hindustan Aeronautics Ltd (HAL) seria uma substituição adequada dos Rafales.
Mais cedo, meios de comunicação informaram que a França não permitiu construir o Rafale na Índia por HAL.
A construção de um Su-30MKI na Índia eleva-se a quase 56 milhões, mais de duas vezes menos do que o preço de um Rafale.
Os Su-30 caças russos constituem quase um terço da Força Aérea Indiana. Em 2012, a Rússia assinou um contrato para o fornecimento de 40 aviões Su-30MKI. Em fevereiro de 2014, 28 caçadores foram entregues para a Índia.
- RIA Novosti
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A Marinha russa recebe 2 submarino stealth "buraco negro"

O segundo submarino 636,6 projeto Varchavianka diesel-elétrico chamado de Rostov-on-Don, foi apresentado terça-feira na Marinha russa, informa RIA Novosti correspondente em St. Petersburg.
"O submarino Rostov-on-Don está agora entregue à frota russa do Mar Negro", disse o vice-comandante da Marinha do país, contra almirante Alexander Fedotenkov.
O primeiro submarino de propulsão diesel-elétrico Novorossiysk Varchavianka o projeto (Improved Kilo, de acordo com o código da NATO) foi launchable 28 de novembro de 2013. Três outros submarinos do mesmo projeto, o Rostov on-Don, o Stary Oskol e Krasnodar têm sido locais, respectivamente, em novembro de 2011, agosto de 2012 e fevereiro 2014.Ao todo, a Rússia planeja construir até 2016 seis submarinos do projeto 636, que farão parte da frota do Mar Negro.
Apelidado de "buraco negro" por peritos da NATO ao critério do submarino 636,3 projeto diesel-elétrico multiuso Varchavianka pertence à terceira geração de submarinos.Ele tem um deslocamento de 2350 toneladas na superfície e 3.950 toneladas submersas e uma velocidade de 17/20 nós.
O submarino tem 45 horas de duração da bateria. Ele pode ser equipado com 4 mísseis Kalibr, torpedos 18 533 milímetros (seis tubos) e 24 minas e mergulho até 300 metros de profundidade. Sua tripulação inclui 52 submarinistas.
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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Amazul assina contrato com a Mectron para projeto do IPMS do submarino de propulsão nuclear

No mês de dezembro, a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. (Amazul) assinou um contrato com a Mectron para o projeto do Sistema Integrado de Gerenciamento da Plataforma Integrated Platform Management System (IPMS), do submarino com propulsão nuclear que está sendo desenvolvido pela Marinha do Brasil, com assistência técnica do grupo francês DCNS. O IPMS é o sistema computacional com função de controlar e monitorar diversos equipamentos de submarinos.
O contrato contempla o apoio técnico nos serviços de engenharia para participação no desenvolvimento do IPMS. Com prazo de conclusão de dois anos, os trabalhos serão iniciados em fevereiro de 2015 e realizados por uma equipe de engenheiros da Mectron, juntamente com especialistas da Marinha do Brasil. Os serviços serão realizados no escritório técnico de projetos e submarino localizado no Centro Tecnológico da Marinha, em São Paulo (SP).
“Estamos orgulhosos por mais esta conquista e com a crescente participação da Mectron no Programa de Desenvolvimento de Submarinos, assegurando o domínio tecnológico nacional não só para a estrutura dos submarinos, mas também para os complexos sistemas neles embarcados”, diz Gustavo Ramos, diretor-superintendente da Mectron.
“O PROSUB da Marinha do Brasil, firmado no final de 2008 como parte do Acordo Estratégico Brasil-França, prevê a construção de quatro submarinos convencionais, um submarino de propulsão nuclear, um Estaleiro e uma Base Naval, em Itaguaí (RJ). O acordo prevê ainda que o submarino de propulsão nuclear seja totalmente projetado e construído no País”, disse o Vice-Almirante (RM1) Ney Zanella dos Santos, diretor-presidente da Amazul.
Sobre a Amazul
A Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. – Amazul foi constituída em 2013 com o objetivo de promover, desenvolver, transferir e manter tecnologias sensíveis às atividades do Programa Nuclear da Marinha (PNM), do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) e do Programa Nuclear Brasileiro (PNB).
Sua missão primordial é apoiar o desenvolvimento do submarino de propulsão nuclear, tecnologia imprescindível para que o País exerça a soberania plena sobre as águas jurisdicionais brasileiras, a nossa Amazônia Azul.
Para cumprir seus objetivos, a Amazul pode estabelecer escritórios no Brasil e no exterior, fazer parcerias e participar minoritariamente de empresas privadas e empreendimentos.
Sobre a Mectron
Sediada em São José dos Campos, no estado de São Paulo, no maior polo da indústria aeroespacial do hemisfério sul, a Mectron possui mais de 20 anos de experiência e atua nos mercados de defesa e aeroespacial, desenvolvendo e fabricando produtos de alta tecnologia e altíssimo valor agregado, tanto para aplicações militares como civis.
DIVULGAÇÃO: CDN
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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Brasil deve fechar em 2015 compra de bateria antiaérea russa por R$2,5bi

Técnicos militares brasileiros visitaram a Rússia recentemente para estudar a forma de integrar baterias antiaéreas que podem abater aviões ao modelo de defesa aeroespacial brasileiro. O armamento também pode derrubar mísseis e drones a até 15 km de altitude. O objetivo da visita foi de finalizar os requisitos logísticos e industriais das necessidades do Brasil para adquirir o armamento, segundo o Ministério da Defesa.
O contrato para a compra de três baterias do armamento de média altura Pantsir-S1, usado até por países em conflito como Síria e Iraque, deve ser assinado até julho de 2015, diz o ministério. Na América Latina, apenas a Venezuela possui um sistema de artilharia de média altura que atinge alvos entre 3 km e 15 km de altitude, segundo o general João Chalella Júnior, comandante da Brigada de Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro.
Além das três baterias de Pantsir, o Brasil está comprando dos russos duas baterias do modelo Igla, de baixa altura (atingem alvos a até 3 km), que as forças militares brasileiras já possuem e que serão renovadas por aproximadamente R$ 42 milhões.O total da transação, envolvendo as cinco baterias e a logística para implementação, ficará em R$ 2,562 bilhões, informa o Ministério da Defesa. Só as três Pantsir-S1 custam R$ 1,8 bilhão.
A proposta final da fabricante do Pantsir deverá ser apresentada ao governo brasileiro formalmente até fevereiro de 2015. A previsão é de que os equipamentos não cheguem a tempo das Olimpíadas de 2016, segundo a pasta.
O plano é distribuir o sistema entre as Forças Armadas do país: uma bateria, a do Exército, será colocada em Brasília, para proteger o Palácio do Planalto e os órgãos administrativos federais. A segunda, da Aeronáutica, será posicionada em São José dos Campos (SP), onde está instalado o complexo industrial com importantes fábricas do setor, como a Embraer, que fará a construção e a montagem final do novo caça do Brasil, o Gripen.
Já a terceira bateria, pertencente à Marinha, será posicionada no Rio de Janeiro, para defender os submarinos nucleares, que estão sendo fabricados no estado, e também o pré-sal.
Projeto similar
Uma empresa nacional, a Avibras, anunciou recentemente um projeto com um consórcio europeu para o desenvolvimento conjunto de uma artilharia semelhante e de fabricação nacional.
Ao G1, o brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez, chefe de logística do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, respondeu que “o processo de negociação do sistema de defesa antiaérea de média altura russo é consequência de um acordo” com a Rússia em que haverá “transferência irrestrita de tecnologias agregadas de conteúdo nacional” e que o sistema brasileiro que será produzido pela Avibras “não se trata de um concorrente”, mas que poderá ser “complementar“.
O presidente da Avibras, Sami Hassuani, informou que a parceria com o consórcio europeu é para um produto destinado à Marinha e que poderá apoiar o governo federal industrialmente caso seja escolhida para fornecer outros equipamentos.
Visita russa ao BrasilO total da transação, envolvendo as cinco baterias e a logística para implementação, ficará em R$ 2,562 bilhões, informa o Ministério da Defesa. Só as três Pantsir-S1 custam R$ 1,8 bilhão.
A proposta final da fabricante do Pantsir deverá ser apresentada ao governo brasileiro formalmente até fevereiro de 2015. A previsão é de que os equipamentos não cheguem a tempo das Olimpíadas de 2016, segundo a pasta.
O plano é distribuir o sistema entre as Forças Armadas do país: uma bateria, a do Exército, será colocada em Brasília, para proteger o Palácio do Planalto e os órgãos administrativos federais. A segunda, da Aeronáutica, será posicionada em São José dos Campos (SP), onde está instalado o complexo industrial com importantes fábricas do setor, como a Embraer, que fará a construção e a montagem final do novo caça do Brasil, o Gripen.
Já a terceira bateria, pertencente à Marinha, será posicionada no Rio de Janeiro, para defender os submarinos nucleares, que estão sendo fabricados no estado, e também o pré-sal.
Projeto similar
Uma empresa nacional, a Avibras, anunciou recentemente um projeto com um consórcio europeu para o desenvolvimento conjunto de uma artilharia semelhante e de fabricação nacional.
Ao G1, o brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez, chefe de logística do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, respondeu que “o processo de negociação do sistema de defesa antiaérea de média altura russo é consequência de um acordo” com a Rússia em que haverá “transferência irrestrita de tecnologias agregadas de conteúdo nacional” e que o sistema brasileiro que será produzido pela Avibras “não se trata de um concorrente”, mas que poderá ser “complementar“.
O presidente da Avibras, Sami Hassuani, informou que a parceria com o consórcio europeu é para um produto destinado à Marinha e que poderá apoiar o governo federal industrialmente caso seja escolhida para fornecer outros equipamentos.
Visita russa ao BrasilO comandante das tropas de misseis antiaéreos da Força Aérea da Rússia, general Serguei Babakov, esteve recentemente no Brasil para conhecer a forma de controle e defesa aérea brasileira e atuar no planejamento da efetiva “compatibilidade” das armas russas com o cenário de artilharia local.
“A visita dos russos era para que conhecessem a estrutura de artilharia antiaérea das Forças Armadas do Brasil, desde seu mais alto nível de comando e controle até as unidades táticas que executam a missão. Foram demonstradas as reais necessidades para que seja efetuada a integração do sistema russo ao sistema brasileiro”, disse ao G1 o brigadeiro Gérson Machado, titular da Chefia de Logística (Chelog) do Ministério da Defesa e que coordena o processo de aquisição do Pantsir.
“A vinda de um oficial general com vasta experiência operacional tornou a visita bastante efetiva. Foi quando se pode correlacionar, em todos entendimentos, a parte operacional com as possibilidades técnicas do equipamento”, afirmou o brigadeiro Gérson Machado.
O general Babakov conheceu o 11º Grupo de Artilhara Antiaérea do Exército, no Distrito Federal, e também o comando de defesa aérea do país, recebendo informações técnicas de como a Aeronáutica controla o espaço aéreo brasileiro.Testes em Moscou
Em agosto, em meio à crise do conflito russo com a Ucrânia, após a anexação da península da Crimeia pelos russos, um grupo de militares brasileiros acompanhou testes de lançamentos de mísseis do Pantsir em Moscou. Em um dos casos simulados, um míssil acertou hipoteticamente uma aeronave a cerca de 11 km de altitude.
Segundo o brigadeiro Gérson Machado, foram apresentadas aos militares brasileiros “todas as funcionalidades do equipamento em campo de provas” e também planejados dois cenários de operações: no primeiro caso foi lançado um míssil real para atingir um alvo a cerca de 20 km de distância.
Em outro, foi realizado um lançamento eletrônico contra um caça de combate russo MIG-29 a 36 mil pés (11km de altitude).
Nos dois lançamentos o sistema atendeu aos requisitos exigidos pela parte brasileira. A impressão que ficou, após os testes, é que o Pantisir-S1 é um sistema confiável”, disse o brigadeiro.
O pedido para que os brasileiros pudessem acompanhar um exercício de campo real foi feito pela presidente Dilma Rousseff ao colega russo, Vladimir Putin, no Ceará em julho, durante a Cúpula do Brics.
FONTE: G1 (reportagem de Tahiane Stochero)
IMAGENS: KBP (em caráter meramente ilustrativo)
NOTA DO EDITOR: segundo a KBP, cada bateria de Pantsir-S1 é formada por até 6 veículos de combate (ou seja, veículos que têm a torre equipada com dois canhões e doze lançadores de mísseis cada uma), além de unidades de posto de controle, veículos remuniciadores, de manutenção (mecânica e eletrônica), de sobressalentes, dentre outros.
  • FONTE G-1 SEGURANÇA NACIONAL BLOG.SNB

China realiza teste bem sucedido do míssil hipersônico WU-14

Imagem Ilustrativa: darpa.mil
O Ministério da Defesa chinês confirmou que realizou uma terceira rodada de sucesso dos mísseis hipersônicos WU-14, de acordo com informações de um jornal japonês. “O teste para a investigação científica no território chinês é uma prática comum e não são dirigidos contra qualquer país, nem sugerir qualquer objetivo”, publicou o jornal Yomiuri, citando a resposta por escrito do Ministério chinês em cima do pedido .
As informações sobre este teste foi lançado no início deste mês pelo portal The Washington Free Beacon, dizemdp que além de ser um contrapeso para o programa dos EUA Prompt Global Strike, o novo míssil ameaçava sistemas de mísseis norte-americanos. Diversas fontes relatam que artefato chinês pode viajar a uma velocidade de 12.000 km / h. O segundo teste do secreto míssil balístico hipersônico, realizada no dia 07 de agosto na província de Shanxi, foi um fracasso, de acordo com o jornal chinês South China Morning Post. O primeiro teste do WU-14 foi realizado em janeiro deste ano e foi reconhecido como “bem sucedido” pelo Ministério da Defesa da China.
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Brasil assina acordo espacial com a China

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz, assinou carta de intenções com a Administração Espacial Nacional da China (CNSA, na sigla em inglês) ontem (9), antes de embarcar de volta ao Brasil.
“Assinamos um acordo de colaboração para os próximos dez anos”, disse o ministro. “A partir dele, vamos discutir as etapas técnicas e os cronogramas das futuras atividades. Há um desejo mútuo de continuar trabalhando junto”.
Segundo ele, a carta de intenções abre possibilidade de desenvolver um programa conjunto de foguetes lançadores – atividade dominada pela Corporação Chinesa de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (Casc, na sigla em inglês), cuja sede o ministro conheceu na segunda-feira (8). “Na cooperação atual, o Brasil trabalha mais com o satélite, enquanto a Casc se encarrega, na China, de toda a preparação do veículo lançador”, explicou Campolina.
Na sede da CNSA, em Pequim, o ministro viu imagens do satélite Cbers-4, lançado domingo (7), da base de Taiyuan, de onde o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) já realiza testes de câmeras.
Encontro - No país asiático desde quinta-feira (4), Campolina também se encontrou com o ministro chinês da Ciência e Tecnologia, Wan Gang, na segunda-feira (8), quando os gestores discutiram pautas comuns. Gang esteve no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em agosto de 2012.
“Tivemos uma longa conversa sobre nossas agendas comum. Estamos programando o 2º Diálogo de Alto Nível Brasil–China em Ciência, Tecnologia e Inovação, a ser realizado em Brasília, no primeiro semestre de 2015″, informou Campolina.
Ocorrida em 2011, em Pequim, a primeira edição do Diálogo de Alto Nível abordou parcerias em agricultura, energias renováveis, nanotecnologia, segurança alimentar e tecnologias da informação.
“Agora, estamos discutindo os temas mais relevantes da cooperação, como a área espacial, a presença de empresas chinesas no Brasil, a exemplo da Baidu e da Huawei; os convênios entre universidades dos dois países e o programa Ciência sem Fronteiras”, disse.
Campolina recordou o entendimento firmado entre a presidenta Dilma Rousseff e o presidente chinês, Xi Jinping, em visita oficial ao Brasil, em julho último, para ampliar a participação do país asiático no programa de mobilidade acadêmica. “Neste momento, temos 253 alunos aqui, com intenção de aumentar o número. As universidades chinesas estão muito bem preparadas. Encontramos pessoas falando e dando curso em inglês. Então, não há dificuldade de inserção dos estudantes. E eles têm muita fronteira de pesquisa”, observou o ministro.
Diálogo - Ontem (9), Campolina também participou de reunião na Academia Chinesa de Ciências (CAS, na sigla em inglês). “Fizemos uma longa discussão dos interesses comuns. Eles nos apresentaram suas atividades e abordamos iniciativas brasileiras, como o Programa Nacional de Plataformas do Conhecimento”, disse. “Convidamos a entidade para o Diálogo de Alto Nível no Brasil e planejamos, inclusive, discutir a colaboração Sul-Sul”, informou. “Ou seja, além da parceria bilateral, estamos querendo estender algum tipo de serviço para a América Latina e a África, como imagens de satélite”.
Também onte, Campolina conheceu o centro de demonstração de soluções da Huawei em Pequim. O ministro lembrou que a companhia doou parte dos equipamentos dos Centros de Dados Compartilhados (CDCs) de Manaus e Recife, em parceria dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Educação (MEC), por meio da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). “A empresa ainda tem um centro em Sorocaba (SP), para o qual avisaram que devem aumentar os investimentos em pesquisa”, informou.
A missão brasileira à China começou na sexta-feira (5), em Xinhui, quando Campolina visitou o estaleiro que desenvolve o navio hidroceanográfico Vital de Oliveira, que integra o projeto do Instituto Nacional de Pesquisas Oceanográficas e Hidroviárias (Inpoh). De lá, a delegação seguiu para Taiyuan, onde acompanhou o lançamento do Cbers-4 e se deslocou para Pequim, onde cumpriu agenda nos dois últimos dias.
Acompanharam o ministro o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, o diretor geral do Inpe, Leonel Perondi, o ex-ministro de C&T, Marco Antonio Raupp, e o diretor de Planejamento, Orçamento e Administração da AEB, José Iram Mota Barbosa.
Fonte: MCTI
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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

INPE apresenta primeiras imagens do CBERS-4















As primeiras imagens da câmera multiespectral brasileira MUX, a bordo do satélite CBERS-4, foram obtidas nesta segunda-feira (8) pelos técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). As imagens foram tomadas sobre a região de Armação de Búzios (RJ).
A MUX é a primeira câmera para satélite inteiramente desenvolvida e produzida no Brasil. Com 20 metros de resolução e multiespectral, registra imagens no azul, verde, vermelho e infravermelho, em faixas distintas, para uso em diferentes aplicações, principalmente no controle de recursos hídricos e florestais.
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EM FASE DE TESTES CBERS-4 ENVIA PRIMEIRAS IMAGENS A TERRA

O satélite sino-brasileiro Cbers-4, lançado ao espaço no domingo (7) da base espacial de Taiyuan, na China, enviou ontem (8) as primeiras imagens de teste à Terra. A informação foi divulgada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável pela produção do satélite no Brasil. Segundo o órgão, o Cbers funciona conforme o programado.
O diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da Agência Espacial Brasileira (AEB), Petrônio Noronha de Souza, explica que esta fase de testes, denominada de comissionamento, dura em torno de três meses, ao final da qual o satélite passa a enviar as fotos que são disponibilizadas aos usuários. Nesse período o Cbers-4 ainda fará ajustes de órbita.
O satélite é equipado com quatro câmeras de alta resolução, entre elas a MUX, primeira câmera para satélite inteiramente desenvolvida e produzida no Brasil. “Uma imagem é gerada em apenas cinco minutos para uma base solicitante, como a de Cachoeira Paulista (SP), por exemplo”, diz João Vianei Soares, do Inpe, responsáveis pelas aplicações do satélite.
O Cbers tem capacidade de 15 minutos de gravação por dia e se desloca a uma velocidade de 4,2 km por segundo, informa Soares. O satélite dá 14 voltas no planeta por dia, completando cada órbita em 100 minutos.
As quatro câmeras do Cbers enviarão imagens de áreas que variam de 120 km a 860 km de extensão. Elas possibilitam o mapeamento de áreas agrícolas, geológicas e monitoramento de áreas de desmatamento de quase 90% do território da América do Sul e também da China.
Em função de acordos de parcerias governamentais, também são disponibilizadas, gratuitamente, imagens do continente africano para alguns países da África.
CCS-AEB com informações do Inpe
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Exército encomenda mais 20 viaturas do sistema de artilharia de saturação por foguetes e mísseis Astros 2020

 De acordo com publicação do Diário Oficial da União (DOU), o Exército Brasileiro, através do seu Comando Logístico, colocou a encomenda de mais 20 viaturas do sistema de artilharia de saturação por foguetes e mísseis Astros 2020 a Avibras Aeroespacial. Ainda não foram divulgados os valores ou a composição do lote de viaturas, mas a quantidade indica que será uma bateria completa com lançadoras, remuniciadoras, veículo de resgate e de comando, etc, de acordo com o previsto no Projeto Estratégico do Exército Astros 2020.
Ainda não são conhecidos detalhes do lote de armamentos a serem adquiridos para essa bateria, como os novos foguetes guiados de 40 km de alcance, ou os mísseis táticos de cruzeiro com 300 km de alcance, ambos produzidos pela Avibras. Recentemente, os Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil realizaram a sua primeira campanha de tiro real com os seus Astros 2020 no Campo de Tiro de Formosa, próximo a Brasília, capital federal.
“EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Nº 86/2014 – UASG 160069 - Nº Processo: 64447015387201446 . Objeto: Aquisição de chassis, cabines, equipamentos eletromecânicos, equipamentos eletrônicos e componentes para 20 (vinte) viaturas do sistema ASTROS 2020. Total de Itens Licitados: 00006. Fundamento Legal: Art. 25º, Inciso I da Lei nº 8.666 de 21/06/1993.
MARCO ANTONIO DE FARIAS. Comandante Logístico. Valor Global:R$ 177.582.190,00. CNPJ CONTRATADA : 00.435.091/0001-98 - AVIBRAS DIVISÃO AÉREA E NAVAL S.A.(SIDEC – 01/12/2014) 160069-00001-2014NE800019”.
Foto: Roberto Caiafa / Infodefensa.com
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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Marinha do Brasil vai avaliar o navio de assalto anfíbio francês ‘Siroco’

A MB enviará comitiva coordenada pelo CMG (EN) Luiz Carlos Delgado, outros 5 oficiais superiores e um Engenheiro de Tecnologia Militar, todos lotados na DEN, que embarcarão para Toulon, no dia 13.12.2014, para realizar visita técnica ao navio de assalto anfíbio (LPD) Siroco (L9012), da classe “Foudre”.
O objetivo é avaliar as condições do navio e a possibilidade de a MB vir a operá-lo. Caso a avaliação seja positiva, ele deverá ser adquirido.
A avaliação ocorrerá entre os dias 16 e 18 de dezembro.
FONTE PODER NAVAL ,,SEGURANÇA NACIONAL BLOG.SNB

SAAB E EMBRAER SERÃO PARCEIRAS NAS VENDAS MUNDIAIS DO GRIPEN

A Embraer e a sueca Saab vão explorar conjuntamente as oportunidades de vendas globais do caça Gripen NG, que será produzido no Brasil para a Força Aérea Brasileira (FAB). O vice-presidente de parcerias industriais da divisão aeronáutica da Saab, Jan Germudsson, disse que a empresa estima um mercado potencial de três mil caças nos próximos 20 anos.
"Nosso objetivo é capturar entre 10% e 15% desse volume, algo em torno de 300 a 400 aeronaves", disse o executivo durante entrevista na fábrica onde é produzido o Gripen, em Lindköping.
A ideia da Saab, segundo ele, é que a Embraer participe junto com a companhia das vendas, estimadas em mais de US$ 30 bilhões. O mercado total no segmento de caças, de acordo com o executivo, é projetado em cinco mil unidades, mas parte disso se refere às aeronaves chinesas e russas.
A Embraer e a Saab já assinaram um memorando de entendimento que atesta a posição de liderança da fabricante brasileira no programa de desenvolvimento do caça. A participação da brasileira envolve a coordenação das atividades de produção e entrega das versões monoposto e biposto (dois lugares) do caça, assim como desenvolvimento de sistemas, integração, testes em voo, montagem final e entregas.
As duas empresas também negociam a formação de uma parceria estratégica para a promoção das vendas do Gripen NG no mercado global.
Além da Embraer, a Mectron, do grupo Odebrecht Defesa& Tecnologia; Akaer; Inbra Aerospace; Ael Sistemas; e Atech, controlada pela Embraer, foram selecionadas pela Saab para serem as principais parceiras industriais no desenvolvimento do Gripen NG.
A Inbra foi escolhida pela Saab para a produção de partes estruturais do caça em material composto. A empresa será sócia majoritária, com 60% de participação, da fábrica de aeroestruturas (SBTA), que está construindo em São Bernardo do Campo em conjunto com a Saab. A companhia sueca fará investimento inicial de US$ 150 milhões no empreendimento.
O vice-presidente da sueca, Jan Germudsson, disse que o valor será aplicado na construção da fábrica, treinamento de mão de obra e preparação para a produção. A previsão é que a empresa inicie a produção de peças em 2017. O contrato assinado pela Saab com o governo brasileiro prevê que as entregas dos 36 caças comecem a partir de 2019.
O executivo da Saab acredita que a SBTA tenha potencial para faturar entre US$ 40 milhões e US$ 60 milhões por ano, mas este valor não inclui apenas o Gripen. "A empresa será capacitada para se tornar uma fornecedora de aeroestruturas de nível um e desta forma poderá acessar a cadeia aeronáutica global e exportar produtos."
Em entrevista recente ao Valor, o presidente da Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronave), brigadeiro do ar José Augusto Crepaldi Affonso, disse que as empresas brasileiras se beneficiarão do programa dos caças tanto no aspecto tecnológico, pois terão a possibilidade de participar do desenvolvimento de um sistema aeroespacial no limite da tecnologia, como no comercial, uma vez que serão subcontratadas para realizar atividades no âmbito dos contratos de venda do caça.
Assinado no dia 24 de outubro, o contrato de compra de 36 caças da Saab pela FAB está avaliado em US$ 5,4 bilhões. Os primeiros pagamentos, segundo a Copac, serão feitos no ano de 2015, conforme consta no projeto de lei orçamentária, que prevê a liberação de R$ 1 bilhão.
A fábrica da Saab em Lindköping tem capacidade para produzir até 30 caças por ano, informou o diretor de produção, Hans Häggrot. A parceria com as empresas brasileiras, de acordo com o executivo, prevê a vinda de 100 a 200 engenheiros para a Suécia a partir de 2015 para iniciar o trabalho de treinamento e capacitar as equipes para produzir os caças no Brasil.
A montagem final de 15 caças será feita na fábrica da Embraer, em Gavião Peixoto. O Gripen NG possui cerca de 23 mil peças e componentes. Mais de 90% do avião é feito de alumínio e o restante de material composto.
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Satélite brasileiro em parceria com a China reduzirá dependência dos EUA


A apenas dois dias de completar um ano do fracasso do lançamento do satélite CBERS-3, o Brasil e a China se preparam para lançar na madrugada deste domingo (7), o CBERS-4, o quinto do programa de sensoriamento remoto resultante da parceria sino-brasileira, que existe desde 1988. Caso a operação tenha êxito, o Brasil voltará a produzir imagens próprias da Terra e do seu território. Desde o começo de 2010, com o fim das operações do CBERS-2B, o Brasil não possui um satélite próprio para esse fim e por isso compra algumas das imagens registradas pelos Landsats das agências norte-americanas, segundo informações da Agência Espacial Brasileira (AEB).
O lançamento -- que estava previsto inicialmente para dezembro de 2015, mas foi antecipado devido ao incidente com o CBERS-3 -- deve acontecer entre 10h30 e 11h30 (0h30 e 1h30 do mesmo dia no horário de Brasília), no Centro de Lançamento de Satélites de Taiyuan, na província de Shanxi, a 760 quilômetros a sudoeste de Pequim, capital da China. A missão poderá ser acompanhada pela internet através de um link no site no INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Segundo a AEB, ter um satélite próprio é de extrema importância para o monitoramento do desmatamento da Amazônia, das fronteiras e para colher informações sobre expansão agrícola e desenvolvimento urbano. As imagens do CBERS podem ser acessadas gratuitamente por qualquer usuário na internet.
Sobre as imagens disponibilizadas pelos Landsats, a agência não soube informar qual o custo para os cofres públicos e, através de sua assessoria de imprensa, afirmou que o governo brasileiro adquire as imagens através de uma cooperação com o governo norte-americano.A geóloga e professora do programa de pós-graduação em sensoriamento remoto da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Silvia Beatriz Alves Rolim, explica que algumas das imagens disponibilizadas são gratuitas. "Inspirados no exemplo brasileiro de disponibilizar gratuitamente as imagens, o governo norte-americano também não cobra por algumas delas. Eles têm uma gama de satélites, por isso algumas imagens mais exclusivas são mais caras e por isso cobradas."
Os investimentos feitos pelo Brasil para lançar os satélites CBERS-3 e 4 foram da ordem de US$ 320 milhões (o equivalente a R$ 830 milhões). Os dois países dividem igualmente os custos do programa. Antes dos CBERS-3 e 4 foram lançados com sucesso o CBERS-1 (1999), CBERS-2 (2003) e CBERS-2B (2007).
O foguete que tem a missão de colocar o CBERS-4 em órbita (a uma altitude de 778 quilômetros da Terra) é o Longa-Marcha 4B, o mesmo modelo chinês usado no ano passado para o lançamento da versão 3 do satélite, cuja uma falha na propulsão foi a causa do fracasso da missão. A Agência Espacial Brasileira garante, no entanto, que todos os testes necessários foram feitos por técnicos brasileiros e chineses para que o lançamento deste ano seja um sucesso.O CBERS-4 tem tecnologia parecida com a versão 3 e está equipado com um conjunto sofisticado formado por quatro câmeras: WFI (Imageador de Amplo Campo de Visada), MUX (Imageador de Média Resolução), IRS (Imageador Infravermelho) e PAN (Imageador de Alta Resolução). O MUX é uma das principais inovações desta versão do CBERS, por ser a primeira câmera para satélite inteiramente desenvolvida e produzida no Brasil, capaz de registrar imagens no azul, verde, vermelho e infravermelho, em faixas distintas.
A professora Silvia Beatriz Alves Rolim conta que o sucesso da missão significa autonomia para o Brasil no mapeamento e monitoramento dos recursos naturais renováveis e não renováveis, na proteção e monitoramento das fronteiras, no planejamento urbano e territorial, no monitoramento de mudanças climáticas, além de autonomia do desenvolvimento de satélites e de tecnologia de mapeamento e monitoramento.
"Quando dependemos de um satélite de outro país, dependemos do país. Se os Estados Unidos não quiserem, ou não puderem mais disponibilizar as imagens, ficamos à mercê dessa possibilidade. Quando, por exemplo, há um acontecimento meteorológico importante, como um furacão, é natural que eles direcionem seus equipamentos para esse tema e não nos disponibilizem as imagens com a frequência que precisamos. Por isso, nos tornamos reféns", afirma.
O professor de Física e Astronomia da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Walmir Cardoso, corrobora essa explicação. "O Brasil tem uma das maiores florestas do mundo, é uma região gigante, e monitorar essa área é fundamental para nós. Precisamos ter satélites porque eles colhem informações que nos interessam diretamente. Além disso, esse tipo de tecnologia necessária para a fabricação de satélites não se compra. Quem tem não vende e nem repassa essa tecnologia. Então, cabe aos países desenvolvê-la", afirma.
A geóloga da UFRGS é otimista quanto ao futuro do sensoriamento remoto e das pesquisas nessa área no Brasil. "O cenário é bem positivo. Temos capacitação e condições de desenvolver parcerias com outros países. O governo tem investido nessa área, mas toda ajuda é bem vinda, pois essa é uma área estratégica para o Brasil. Acredito que estamos no caminho certo",
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