quinta-feira, 12 de outubro de 2017
Asteroide passará a uma distância mínima da Terra nesta quinta-feira
O asteroide 2012 TC4 passará na madrugada desta quinta-feira pela Terra a uma distância levemente superior ao comprimento do Equador do nosso planeta, informou a NASA na véspera do evento.
"No dia 12, um pequeno asteroide 2012 TC4 passará, de forma segura, ao largo da Terra a uma distância de cerca de 42 mil quilômetros. Isso é um pouco mais de um décimo da distância até a Lua e um pouco mais alto, do que a altura da órbita de alguns dos satélites de comunicação", explica o site na NASA.
"No dia 12, um pequeno asteroide 2012 TC4 passará, de forma segura, ao largo da Terra a uma distância de cerca de 42 mil quilômetros. Isso é um pouco mais de um décimo da distância até a Lua e um pouco mais alto, do que a altura da órbita de alguns dos satélites de comunicação", explica o site na NASA.
O comprimento do Equador da Terra é de um pouco mais de 40 mil quilômetros.
O asteroide, cujo comprimento e largura, segundo os cientistas, é de 15 a 30 metros, se aproximará a uma distância mínima da Terra e sobrevoará Antártica aproximadamente às 02h42 da madrugada da quinta-feira.
NASA destaca que, segundo as previsões, nenhum asteroide conhecido deverá se chocar com a Terra nos próximos 100 anos.
O corpo celeste, que recebeu o nome de 2012 TC4 foi descoberto pelos astrônomos no dia 4 de outubro do observatório Pan-STARRS no Havaí.
quarta-feira, 11 de outubro de 2017
Sob o radar: forças especiais da Coreia do Norte dominam ataques em parapente
De acordo com uma fonte militar da Coreia do Sul, parapentes poderiam ser usados para ataques surpresa noturnos contra instalações militares de Seul e Washington.
A agência de notícias sul-coreana Yonhap declarou que as forças especiais da Coreia do Norte lançaram seus primeiros exercícios de penetração em parapentes para atacar postos de comando dos aliados.
Yonhap cita uma fonte da defesa sul-coreana que diz que os exercícios militares, que se realizaram nos meados de setembro, incluíram um ataque simulado ao comando das forças conjuntas dos EUA e Coreia do Sul com ajuda de parapentes.
A fonte expressou grande preocupação com os exercícios, se referindo ao parapente como algo que "pode ser útil em um ataque surpresa, como um drone", levando em conta o fato de o parapente voar a baixa altitude sem fazer ruído.
"Acho que as forças especiais da Coreia do Norte estão adotando métodos incríveis de penetração com recursos limitados", disse a fonte, expressando dúvidas de que os ataques noturnos dos parapentes norte-coreanos sejam detectados a tempo pelo exército sul-coreano.
Yonhap descreveu o parapente como um veículo leve e fácil de dirigir que pode ser transportado às costas dos soldados norte-coreanos para ataques surpresa.
A agência de notícias também citou outra fonte da defesa sul-coreana que disse que os exercícios norte-coreanos incitaram Seul e Washington a realizarem seus primeiros exercícios de defesa antiaérea nos finais de setembro.
A situação na península da Coreia se tem agravando nos últimos meses por causa de lançamentos de mísseis e testes nucleares por parte da Coreia do Norte, os quais violam as resoluções do Conselho da Segurança da ONU.
Mundo em suspense: será que Trump se decidirá a atacar Pyongyang primeiro?
O presidente dos EUA Donald Trump teve um encontro com uma série de conselheiros em segurança nacional para discutir todas as variantes possíveis no caso de agressão por parte da Coreia do Norte, informa o RT.
Donald Trump se encontrou com um grupo da Segurança Nacional para obter informação do secretário da Defesa dos EUA James Mattis e do chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA general Joseph Dunford. Durante o encontro foram discutidas todas as variantes de ações de resposta no caso de agressão por parte da Coreia do Norte sob qualquer forma ou de ações preventivas no caso de ameaça nuclear da Coreia do Norte em relação aos EUA e a seus aliados", diz o comunicado da Casa Branca citado pelo RT.
Donald Trump se encontrou com um grupo da Segurança Nacional para obter informação do secretário da Defesa dos EUA James Mattis e do chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA general Joseph Dunford. Durante o encontro foram discutidas todas as variantes de ações de resposta no caso de agressão por parte da Coreia do Norte sob qualquer forma ou de ações preventivas no caso de ameaça nuclear da Coreia do Norte em relação aos EUA e a seus aliados", diz o comunicado da Casa Branca citado pelo RT.
Anteriormente James Mattis exortara as tropas a estarem prontas para uma solução militar do problema da Coreia do Norte.
A declaração de James Mattis surge após uma série de publicações do presidente dos EUA, Donald Trump, em seu Twitter, na semana passada, sugerindo que Washington poderia estar considerando uma opção militar em relação à Coreia do Norte. Mais recentemente, o presidente dos EUA disse que "apenas uma coisa funcionará" no que diz respeito a Pyongyang, afirmando que as políticas de aplicadas à Coreia do Norte nos 25 anos não funcionaram.
Coreia do Norte está pronta a testar novo míssil intercontinental a qualquer momento
Estima-se que Pyongyang esteja pronta para lançar mais um míssil balístico ou realizar novo teste nuclear nos próximos dias.
A Coreia do Norte concluiu a elaboração de um novo modelo de míssil balístico intercontinental, informa o jornal japonês The Asahi Shimbun.
A Coreia do Norte concluiu a elaboração de um novo modelo de míssil balístico intercontinental, informa o jornal japonês The Asahi Shimbun.
Segundo fontes estadunidenses, japonesas e sul-coreanas citadas pela mídia, a inteligência es
pacial detectou no fim de setembro a saída de um trem especial da plataforma militar de Pyongyang. Destaca-se que no mesmo lugar foram construídos mísseis de vários tipos em casos anteriores.
Estima-se que o trem tenha transferido um novo míssil, que tem semelhanças com o modelo do míssil intercontinental Hwasong-14 de duas etapas, mas é significativamente maior. Os especialistas sugerem que se trata de um modelo modernizado de três etapas, aparentemente o Hwasong-13. No entanto, suas características mais precisas ainda não foram determinadas
Washington, Seul e Tóquio acham que Pyongyang pode lançar um novo míssil balístico ou realizar mais um teste nuclear no futuro próximo. Segundo o The Asahi Shimbun, isso pode acontecer durante a XIX sessão do Partido Comunista da China, marcada para 18 de outubro. Além disso, é possível que o teste possa ser efetuado durante os exercícios conjuntos da Coreia do Sul e Estados Unidos, nos quais participa o grupo de ataque e o porta-aviões nuclear USS Ronald Reagan.
Nos últimos meses a Coreia do Norte realizou uma série de testes de mísseis e um teste nuclear. No caso mais recente, em 15 de setembro, a Coreia do Norte lançou um míssil balístico, que voou sobre o Japão antes de cair no Pacífico, cerca de 20 minutos após o lançamento.
As sanções, aprovadas por unanimidade pelo Conselho de Segurança da ONU em 11 de setembro em resposta ao teste nuclear da Coreia do Norte, proíbem o país de exportar produtos têxteis e limitam a quantidade de petróleo bruto e produtos petrolíferos refinados que podem ser importados.
No entanto, as autoridades da Coreia do Norte indicaram que, apesar das sanções introduzidas pelos EUA e seus aliados, o país continuará desenvolvendo seu programa nuclear.
terça-feira, 10 de outubro de 2017
Na cova dos leões? Ministro do Gabinete de Segurança Institucional tem reunião com FBI
Quatro anos após o mundo saber que a então presidente Dilma Rousseff, ministros de Estado e a Petrobras eram espionadas pelos Estados Unidos, Sérgio Etchegoyen, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, reúne-se com dirigentes da CIA e do FBI em Washington nesta semana.
Em 2013, quando da divulgação da espionagem contra Dilma, a petista chegou até mesmo a cancelar uma visita oficial que faria aos Estados Unidos e condenou a medida em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova York
Para o professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Paulo Velasco, entretanto, a relação entre Brasil e Estados Unidos experimentou um momento de afastamento, mas nunca houve um rompimento e agora deve haver uma retomada da parceria entre os dois países. Em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, o professor da UERJ também comentou o combate ao tráfico de drogas, o postulado histórico de que a América Latina seria o quintal dos Estados Unidos, a política externa do presidente Michel Temer (PMDB) e a troca de informações entre os países do Mercosul e da Unasul.
Existe cooperação entre Brasil e Estados Unidos?
A cooperação entre Brasil e Estados Unidos não é algo totalmente novo nas áreas de Defesa e Inteligência. Além de ser uma tradição entre os dois países, isso tem crescido nos últimos tempos e não é algo que deva ser especificamente atribuído ao governo Michel Temer. Na verdade, bem antes eram perceptíveis os sinais de maior concertação entre os dois países. Por exemplo, havia uma preocupação muito grande com a segurança dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro 2016, e o Brasil desenvolveu uma série de contatos com vários países mundo afora, inclusive com os Estados Unidos. Na área de Defesa, eu destaco muito especialmente um acordo firmado entre os dois países em 2015 sobre Defesa e também, no mesmo ano, um acordo sobre uma troca de informações militares sigilosas. Tudo isso acabou gerando um acordo em 2017, que foi pouco repercutido mas que é muitíssimo importante. Esse acordo foi negociado em março desse ano e é chamado de Acordo Marco ou Acordo Mestre de Troca de Informações. Este Acordo permite que, a partir de sua entrada em vigor, os dois países compartilhem de informações sensíveis, inclusive sobre armamentos. Até aqui, neste setor de Defesa e Inteligência, a cooperação militar entre Brasil e Estados Unidos limitava-se à compra e vende armas. Agora, com o acordo, os dois países vão compartilhar experiências e adotar normas mais duras de segurança para evitar vazamentos de dados e informações."
Tráfico de drogas
"O Brasil está inserido numa rota muito importante de tráfico internacional, especialmente de cocaína. O Brasil está ao lado de grandes produtores de cocaína, especialmente Colômbia, Bolívia e Peru, e é visto como país de trânsito [desta droga], por exemplo, para países da África e da Europa. Por isso, os órgãos de controle de tráfico de drogas dos Estados Unidos percebem como é importante manter a cooperação com o Brasil. Somos um país com fronteiras terrestres muito extensas e com um vasto litoral para o Oceano Atlântico, por onde navega a IV Frota dos Estados Unidos. Então, estabelecer mecanismos de cooperação nesta área — monitoramento do tráfico — torna-se muito importante para a segurança do Brasil, dos Estados Unidos e para vários outros países."
A América Latina é o quintal dos Estados Unidos?
"Isso já não faz mais muito sentido. Na verdade, os Estados Unidos ainda mantêm posições e, em alguns casos, presença física em alguns países da América do Sul. Mas não dá para dizer que os Estados Unidos ainda vejam países como Brasil e outros latino-americanos como seu quintal. Isso já há algum tempo não é assim. Tanto é que, em vários casos, como o da repressão ao tráfico de drogas, há visões divergentes entre Brasil e Estados Unidos. Neste caso, os Estados Unidos privilegiam a War on Drugs (Guerra às Drogas), expressão criada nos anos 70, no governo de Richard Nixon, enquanto o Brasil não vê necessidade de militarizar a questão. Então, não dá para dizer que ainda somos o quintal dos Estados Unidos. Episódios como o de uma base militar americana na Colômbia e a possível celeuma criada há alguns anos por uma possível base norte-americana no Paraguai são vistos como episódios isolados."
Sobre a reaproximação Brasil e Estados Unidos ser fruto da "guinada" Michel Temer:
"Durante os governos do PT, houve de fato momentos de muito distanciamento entre os dois países e de certa tensão como, por exemplo, as divergências em torno do programa nuclear iraniano, o escândalo com a espionagem, mas houve momentos de intensa aproximação também dos governos Lula com os governos de George W. Bush e Barack Obama. Então, houve momentos de diálogo e aproximação, inclusive com a celebração de acordos militares, estes celebrados no governo Dilma em 2015, depois dos escândalos da espionagem revelados em 2013. O que o governo Michel Temer está fazendo não é nada muito diferente do que já vimos em anos anteriores, inclusive nos governos do Partido dos Trabalhadores. Eu não consigo enxergar uma reorientação robusta da política externa brasileira. Seja na chancelaria passada, com José Serra, seja na atual, com Aloysio Nunes Ferreira, continuamos a ver o Brasil muito ligado aos demais países Brics, com o Temer fazendo questão de participar, pessoalmente, das últimas cúpulas do Brics. O Brasil mantem seus laços e não abre mão do relacionamento com os Estados Unidos. Portanto, o que estamos vendo no governo atual é nada muito diferente dos governos anteriores. Deu até a impressão de que algo poderia mudar quando José Serra traçou as diretrizes do Ministério das Relações Exteriores. Mas, na prática, praticamente nada mudou. Por sinal, continuamos muito acanhados em termos de política externa."
Troca de informações entre países do Mercosul:
Há algumas iniciativas importantes no âmbito do Mercosul porém mais no âmbito da Unasul. Mas em relação ao Mercosul: quando pensamos na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, já existe desde a década de 90 o Comando Tripartite da Tríplice Fronteira. Esse Comando reúne (obviamente) Brasil, Argentina e Paraguai, tentando lidar de maneira combinada e concertada com os desafios próprios de uma extensa região de fronteira como contrabando, narcotráfico e tudo mais. No âmbito da Unasul, existe desde 2008, o Conselho de Defesa Sulamericano (CDS) que busca articular não somente os quatro países do Mercosul como, principalmente, todos os doze países da América do Sul em temas de Segurança e Defesa. Embora não seja tão ativo como gostaríamos de esperar, o CDS deve ser visto como uma boa novidade. Agora, é evidente que sempre há espaço para melhorar, no que tange à harmonia de esforços e à troca de informações em Segurança, Defesa e Inteligência. Principalmente para o Brasil que tem fronteiras com quase todos os países da América do Sul e, por isso, precisa estar muito bem harmonizado com seus vizinhos."
Irã tentou comprar mísseis e tecnologia nuclear, diz relatório de inteligência da Alemanha
O Irã tentou por 32 vezes adquirir mísseis e tecnologia nuclear em 2016, descumprindo os termos do acordo acordo nuclear firmado entre Teerã e potências do Ocidente. A afirmação é do serviço do Serviço Federal de Inteligência da Alemanha (BND, na sigla em alemão).
As autoridades alemãs não esclareceram se alguma das tentativas logrou sucesso e afirmou que empresas de fachada na China, Turquia e Estados Unidos foram utilizadas para contornar as restrições impostas pelo acordo nuclear do Irã.
Ainda de acordo com o BND, Teerã teria espalhado "armas atômicas, biológicas ou químicas de destruição em massa" e teria convidado acadêmicos da Coreia do Norte, Paquistão e Sudão para participar da iniciativa. As afirmações estão em um documento do BND obtido pela emissora Fox News.
O Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), como é conhecido o acordo nuclear, permite ao Irã produzir uma quantidade modesta de urânio pouco enriquecido para fins de geração de energia elétrica, mas não para armas nucleares. Teerã também é obrigada a fornecer informações sobre seu programa nuclear aos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Apesar das afirmações do serviço de inteligência da Alemanha, uma fonte anônima do Governo alemão ouvida pela Fox News afirmou que o Irã não violou os termos de seu acordo nuclear. Entretanto, o programa de mísseis balísticos de Teerã é alvo de preocupação para Berlim, disse a fonte.
Desde a eleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Washington tem ameaçado deixar o acordo nuclear e declarar que o Irã não cumpre sua parte combinada. Líderes das outras nações signatárias (China, França, Alemanha, União Europeia, Rússia e Reino Unido) passaram a declarar a importância dos Estados Unidos no acordo nuclear.
Trump deve falar sobre o assunto na quinta-feira (12) para afirmar se o Irã está cumprindo os termos do acordo ou não — como as autoridades estadunidenses precisam falar a cada 90 dias. Caso Trump considere que Teerã não está cumprindo com sua parte, a decisão de sair do acordo nuclear será encaminhada ao Congresso dos EUA.
Na segunda, a Agência Internacional de Energia Atômica afirmou o Irã está cumprindo o acordo nuclear.
A transformação do Exército: um braço mais forte e uma mão ainda mais amiga, sempre pelo Brasil
Neste exato momento, milhares de vultos camuflados, equipados e armados embrenham-se nas matas da Amazônia. São mais de vinte e cinco mil militares, treinados e adestrados, vigiando as portas da floresta, vivificando fronteiras e ocupando espaços em cinco brigadas de infantaria de selva. Longe dali, na Vila Militar de Deodoro, no Rio de Janeiro, o canto forte das tropas da Brigada Paraquedista ecoa seus brados entusiasmados.
Estão aptas a atuar estrategicamente, a qualquer momento, em qualquer parte do território nacional. Mais para o sul, no interior de São Paulo, a Brigada Leve Aeromóvel e o Comando de Aviação, com vários tipos de helicóptero, giram suas hélices para atender às demandas operacionais imediatas.
Enquanto isso, no Planalto Central, o Comando de Operações Especiais, com tropas de combate moderno, encontram-se preparadas, nas mesmas condições de prontidão, e disponíveis para a defesa da Pátria ou outras missões de guerra e não guerra, isoladamente ou em conjunto com as demais Forças Armadas.
Em outros cantos do país, prontas para o combate convencional, duas brigadas blindadas emprestam potência de fogo e ação de choque ao poder de combate da Força Terrestre. Ao longo das fronteiras, tantas outras brigadas de cavalaria e de infantaria adestram-se permanentemente para a situação ápice do emprego de qualquer força militar: o campo de batalha.
Além de tudo isso, espalhadas por pontos estratégicos do país, com armas, equipamentos e tecnologias de última geração e um grupo de artilharia de mísseis e foguetes, tropas de guerra eletrônica, de defesa antiaérea e de defesa química, biológica, radiológica e nuclear seguem suas rotinas extenuantes de capacitação apoiadas por uma logística bastante complexa. Todas atuam em proveito de uma só palavra, que define e sintetiza a estratégia militar brasileira: dissuasão.
Estão aptas a atuar estrategicamente, a qualquer momento, em qualquer parte do território nacional. Mais para o sul, no interior de São Paulo, a Brigada Leve Aeromóvel e o Comando de Aviação, com vários tipos de helicóptero, giram suas hélices para atender às demandas operacionais imediatas.
Enquanto isso, no Planalto Central, o Comando de Operações Especiais, com tropas de combate moderno, encontram-se preparadas, nas mesmas condições de prontidão, e disponíveis para a defesa da Pátria ou outras missões de guerra e não guerra, isoladamente ou em conjunto com as demais Forças Armadas.
Em outros cantos do país, prontas para o combate convencional, duas brigadas blindadas emprestam potência de fogo e ação de choque ao poder de combate da Força Terrestre. Ao longo das fronteiras, tantas outras brigadas de cavalaria e de infantaria adestram-se permanentemente para a situação ápice do emprego de qualquer força militar: o campo de batalha.
Além de tudo isso, espalhadas por pontos estratégicos do país, com armas, equipamentos e tecnologias de última geração e um grupo de artilharia de mísseis e foguetes, tropas de guerra eletrônica, de defesa antiaérea e de defesa química, biológica, radiológica e nuclear seguem suas rotinas extenuantes de capacitação apoiadas por uma logística bastante complexa. Todas atuam em proveito de uma só palavra, que define e sintetiza a estratégia militar brasileira: dissuasão.
Valores, prestígio popular e novos desafios comandam a transformação
As Forças Armadas são o instrumento militar do Estado para a defesa nacional. O Exército Brasileiro, detentor de ótimos índices de confiança, atestados em pesquisas da Fundação Getúlio Vargas, que o colocam entre as mais destacadas organizações e trazendo consigo valores necessários ao combate e à adversidade, carrega o orgulho de ser uma das instituições mais prestigiadas do Brasil e uma reserva cívica e moral que fascina a todos os que com ela travam contato mais profundo.
A Carta Magna, em seu artigo 142, estabelece: “as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.
O enunciado da missão específica do Exército, derivada desse contexto, é expresso, sinteticamente, pela finalidade: defender a Pátria, garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem; apoiar a política exterior do país; e cumprir atribuições subsidiárias.
Ainda assim, as grandes mudanças que têm ocorrido no mundo e o status que o Brasil passou a ter no concerto das nações vêm impondo novos desafios. Dessa forma, o cumprimento da missão constitucional das Forças Armadas, por parte do Exército, dentro desse novo ambiente, precisa ter novas respostas, conduzindo a uma necessária mudança de mentalidade de defesa, que, de tão acentuada, supera os conceitos e processos habituais, sendo chamada, na verdade, de transformação.
A Carta Magna, em seu artigo 142, estabelece: “as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.
O enunciado da missão específica do Exército, derivada desse contexto, é expresso, sinteticamente, pela finalidade: defender a Pátria, garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem; apoiar a política exterior do país; e cumprir atribuições subsidiárias.
Ainda assim, as grandes mudanças que têm ocorrido no mundo e o status que o Brasil passou a ter no concerto das nações vêm impondo novos desafios. Dessa forma, o cumprimento da missão constitucional das Forças Armadas, por parte do Exército, dentro desse novo ambiente, precisa ter novas respostas, conduzindo a uma necessária mudança de mentalidade de defesa, que, de tão acentuada, supera os conceitos e processos habituais, sendo chamada, na verdade, de transformação.
Missão Dada, Missão Cumprida!
O cumprimento de sua missão está caracterizado pela permanente atitude de prontidão para qualquer risco, perigo ou ameaça externa, na preparação e manutenção dessas tropas altamente adestradas para a defesa da soberania e da integridade territorial brasileira.
Em apoio à política exterior, o Exército possui um batalhão de infantaria de força de paz e uma companhia de engenharia no Haiti, totalizando mais de mil homens, além de dezenas de militares em diversas funções nas missões de paz da ONU espalhadas pelo mundo.
No plano interno, tem participado de várias operações de garantia da lei e da ordem. Citam-se especialmente as pacificações dos Complexos do Alemão e da Penha (Operação Arcanjo) e a atualíssima presença na região do Complexo da Maré (Operação São Francisco), também no Rio de Janeiro, envolvendo tropas de todo o país no apoio ao governo para a melhoria das condições de vida daquela população tão vulnerável.
Como parte de um grande esforço de cooperação para o desenvolvimento nacional, o Exército empenha parte de suas tropas na construção de estradas e obras de infraestrutura. Também as utiliza na região do semiárido brasileiro para gerenciar e fiscalizar o Programa de Distribuição Emergencial de água a milhares de famílias afetadas pela constante estiagem.
Ainda com finalidades subsidiárias, o Exército vem emprestando seus meios à sociedade a fim de amenizar o sofrimento provocado por catástrofes, epidemias e endemias, incidentes e acidentes radioativos e nucleares, além de diversas campanhas de apoio diverso à população sob a forma de ações cívico-sociais.
Em apoio à política exterior, o Exército possui um batalhão de infantaria de força de paz e uma companhia de engenharia no Haiti, totalizando mais de mil homens, além de dezenas de militares em diversas funções nas missões de paz da ONU espalhadas pelo mundo.
No plano interno, tem participado de várias operações de garantia da lei e da ordem. Citam-se especialmente as pacificações dos Complexos do Alemão e da Penha (Operação Arcanjo) e a atualíssima presença na região do Complexo da Maré (Operação São Francisco), também no Rio de Janeiro, envolvendo tropas de todo o país no apoio ao governo para a melhoria das condições de vida daquela população tão vulnerável.
Como parte de um grande esforço de cooperação para o desenvolvimento nacional, o Exército empenha parte de suas tropas na construção de estradas e obras de infraestrutura. Também as utiliza na região do semiárido brasileiro para gerenciar e fiscalizar o Programa de Distribuição Emergencial de água a milhares de famílias afetadas pela constante estiagem.
Ainda com finalidades subsidiárias, o Exército vem emprestando seus meios à sociedade a fim de amenizar o sofrimento provocado por catástrofes, epidemias e endemias, incidentes e acidentes radioativos e nucleares, além de diversas campanhas de apoio diverso à população sob a forma de ações cívico-sociais.
Projetos Estratégicos: os grandes indutores da transformação do Exército
Tudo isso já bastaria para um cenário sem grandes alterações em seus atores. Porém, no século XXI, três fatos impactaram o planejamento estratégico do Exército: o surgimento da Era do Conhecimento, a emergência do Brasil como nação de grande relevância no cenário mundial e a imprevisibilidade marcante dos conflitos da atualidade, caracterizados por diferentes tipos de ameaças ao redor do mundo.
O Exército, então, vislumbrou a necessidade de estabelecer quais seriam as novas capacidades que o conduziriam para a Era do Conhecimento. Tal papel vem sendo desempenhado pelos projetos estratégicos do Exército. Esses projetos têm impactos estratégicos e prioridade orçamentária, e seus produtos serão os verdadeiros indutores do processo de transformação da Força.
Dentre os dezoito projetos estratégicos do Exército, sete caracterizam- se por ser estruturantes e geradores de capacidades: Defesa Cibernética; SISFRON (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras); Proteger (Sistema de Proteção de Estruturas Estratégicas); Guarani (Nova Família de Blindados Sobre Rodas); Astros 2020 (Apoio de Fogo de Longo Alcance); Defesa Antiaérea; e OCOP (Obtenção da Capacidade Operacional Plena da Força Terrestre).
O projeto Defesa Cibernética visa prover o país de capacitação tecnológica, passando pelos recursos humanos, pelo desenvolvimento de doutrina de proteção de ativos e de estruturas do ciberespaço. Tem como metas e benefícios: estabelecer a Política Cibernética de Defesa; coordenar a Rede Nacional de Segurança da Informação e Comunicação (RENASIC); disponibilizar um Simulador de Operações Cibernéticas (SIMOC); e monitorar ameaças cibernéticas.
O SISFRON, além de fortalecer a presença do Estado na faixa de fronteira terrestre, incrementará a capacidade do Exército de monitorar as áreas de interesse, garantirá o fluxo de dados, produzirá informações confiáveis e oportunas para a tomada de decisões e permitirá dispor de “atuadores” com capacidade de responder prontamente às ameaças externas ou delitos transfronteiriços, em operações singulares, conjuntas ou interagências.O Sistema Proteger destina-se à integração de esforços voltados para a proteção de estruturas estratégicas terrestres do país, ou seja, instalações, serviços, bens e sistemas, cuja interrupção ou destruição, total ou parcial, provocará sério impacto social, ambiental, econômico, político, internacional ou à segurança do Estado e da sociedade.
O Exército, então, vislumbrou a necessidade de estabelecer quais seriam as novas capacidades que o conduziriam para a Era do Conhecimento. Tal papel vem sendo desempenhado pelos projetos estratégicos do Exército. Esses projetos têm impactos estratégicos e prioridade orçamentária, e seus produtos serão os verdadeiros indutores do processo de transformação da Força.
Dentre os dezoito projetos estratégicos do Exército, sete caracterizam- se por ser estruturantes e geradores de capacidades: Defesa Cibernética; SISFRON (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras); Proteger (Sistema de Proteção de Estruturas Estratégicas); Guarani (Nova Família de Blindados Sobre Rodas); Astros 2020 (Apoio de Fogo de Longo Alcance); Defesa Antiaérea; e OCOP (Obtenção da Capacidade Operacional Plena da Força Terrestre).
O projeto Defesa Cibernética visa prover o país de capacitação tecnológica, passando pelos recursos humanos, pelo desenvolvimento de doutrina de proteção de ativos e de estruturas do ciberespaço. Tem como metas e benefícios: estabelecer a Política Cibernética de Defesa; coordenar a Rede Nacional de Segurança da Informação e Comunicação (RENASIC); disponibilizar um Simulador de Operações Cibernéticas (SIMOC); e monitorar ameaças cibernéticas.
O SISFRON, além de fortalecer a presença do Estado na faixa de fronteira terrestre, incrementará a capacidade do Exército de monitorar as áreas de interesse, garantirá o fluxo de dados, produzirá informações confiáveis e oportunas para a tomada de decisões e permitirá dispor de “atuadores” com capacidade de responder prontamente às ameaças externas ou delitos transfronteiriços, em operações singulares, conjuntas ou interagências.O Sistema Proteger destina-se à integração de esforços voltados para a proteção de estruturas estratégicas terrestres do país, ou seja, instalações, serviços, bens e sistemas, cuja interrupção ou destruição, total ou parcial, provocará sério impacto social, ambiental, econômico, político, internacional ou à segurança do Estado e da sociedade.
O Guarani - a nova família de blindados sobre rodas – permitirá a substituição das viaturas ENGESA, com mais de 30 anos de utilização, com a incorporação de modernas tecnologias. O projeto contribui para a pesquisa e a inovação e constitui-se num vetor de transformação da indústria nacional de defesa, gerando empregos diretos e indiretos em inúmeras áreas da cadeia produtiva.O sistema de defesa Astros 2020 atenderá a uma demanda estratégica da Defesa Nacional. Destina-se a prover o país, especialmente a Força Terrestre, com produtos estratégicos de defesa de elevada capacidade dissuasória por meio de foguetes guiados e de mísseis de cruzeiro com alcance de até 300 km. O projeto é totalmente nacional, desenvolvido pela Avibrás e com conteúdo tecnológico de última geração.
O projeto Defesa Antiaérea pressupõe a capacitação da Força Terrestre para cooperar na defesa das estruturas terrestres do país de ameaças provenientes do espaço e tem por finalidade reequipar as tropas de Artilharia Antiaérea do Exército.
No tocante ao Projeto OCOP, seu objetivo é dotar as unidades operacionais de material de emprego militar em seu nível mínimo de prontidão e operacionalidade. Como consequência, a “modernização da frota” tem impactado positivamente a indústria nacional, pois a aquisição de novas viaturas na indústria automobilística, colaborou na manutenção de empregos e na criação de novos postos de trabalho.
No tocante ao Projeto OCOP, seu objetivo é dotar as unidades operacionais de material de emprego militar em seu nível mínimo de prontidão e operacionalidade. Como consequência, a “modernização da frota” tem impactado positivamente a indústria nacional, pois a aquisição de novas viaturas na indústria automobilística, colaborou na manutenção de empregos e na criação de novos postos de trabalho.
O Braço Forte na gestão: contribuinte tranquilo
O Exército sabe perfeitamente que parte significativa da confiança da população brasileira advém do seu respeito aos princípios fundamentais da Administração Pública estabelecidos no caput do artigo 37 da Constituição.
Movido por esse espírito público coletivo, o Exército vem apresentando à sociedade brasileira sucessivas etapas de racionalização de sua gestão, chegando a ter diversas organizações militares agraciadas com prêmios de níveis regional e nacional nessa área.
O mais importante de tudo isso é a percepção exata de cada membro da Força de que os recursos que custeiam todos os processos da Instituição provêm dos esforços daqueles que geram a riqueza do país nas atividades de produção e serviços e, claro, dos que pagam os impostos ao governo.
Movido por esse espírito público coletivo, o Exército vem apresentando à sociedade brasileira sucessivas etapas de racionalização de sua gestão, chegando a ter diversas organizações militares agraciadas com prêmios de níveis regional e nacional nessa área.
O mais importante de tudo isso é a percepção exata de cada membro da Força de que os recursos que custeiam todos os processos da Instituição provêm dos esforços daqueles que geram a riqueza do país nas atividades de produção e serviços e, claro, dos que pagam os impostos ao governo.
A Segurança dos Jogos Olímpicos
Há décadas, a doutrina de segurança integrada vem sendo aplicada pelo Exército, sempre que chamado a atuar nas operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
O ápice do aproveitamento dessa experiência de sucesso ocorreu na Copa do Mundo, com a grande participação do Exército nos Centros de Coordenação de Defesa de Área (CCDA), integrado a todas as instituições responsáveis pelas atividades ligadas à segurança de qualquer evento.
Para os Jogos Olímpicos, certamente o formato será muito semelhante na cidade do Rio de Janeiro e demais sedes, o que permitirá, uma vez mais, que os atletas e o público participem do grande evento esportivo com a certeza de que estão protegidos.
O ápice do aproveitamento dessa experiência de sucesso ocorreu na Copa do Mundo, com a grande participação do Exército nos Centros de Coordenação de Defesa de Área (CCDA), integrado a todas as instituições responsáveis pelas atividades ligadas à segurança de qualquer evento.
Para os Jogos Olímpicos, certamente o formato será muito semelhante na cidade do Rio de Janeiro e demais sedes, o que permitirá, uma vez mais, que os atletas e o público participem do grande evento esportivo com a certeza de que estão protegidos.
Nova gestão para os mesmo valores
Ante os novos desafios do século XXI, o Exército, blindado pelos marcos legais que regulam seu papel na sociedade, apoiado nos compromissos e valores que norteiam as especificidades da vida militar, vem cumprindo sua missão de viés dissuasório por meio de um formidável conjunto de ferramentas militares aptas a serem apresentadas como opção de resposta militar ante uma agressão ao povo, ao território ou à soberania nacional.
Entretanto, a Estratégia Nacional de Defesa preconizou uma mudança drástica para que a Força acompanhasse rapidamente a evolução dos últimos acontecimentos mundiais.
Assim, o Exército vem mantendo a admiração da sociedade à base de respeito aos princípios constitucionais da Administração Pública e aos recursos alocados pelo contribuinte, buscando realizar uma gestão racional destes e níveis altos de excelência gerencial.
Por essa natureza castrense, por sua permeabilidade e por sua capilaridade social, o Exército Brasileiro é uma grande reserva de valores cívicos e morais, tão caros a uma sociedade em formação.
Sua eficácia está diretamente relacionada com a preservação desses valores para o cumprimento de sua missão constitucional. Dessa forma, segue e seguirá sendo um baluarte da confiança nas instituições do povo brasileiro, pois, quando um soldado olha nos olhos de um brasileiro, ele vê a si próprio, mas, quando um brasileiro olha nos olhos de um soldado, ele vê a retidão, a segurança e a esperança.
Entretanto, a Estratégia Nacional de Defesa preconizou uma mudança drástica para que a Força acompanhasse rapidamente a evolução dos últimos acontecimentos mundiais.
Assim, o Exército vem mantendo a admiração da sociedade à base de respeito aos princípios constitucionais da Administração Pública e aos recursos alocados pelo contribuinte, buscando realizar uma gestão racional destes e níveis altos de excelência gerencial.
Por essa natureza castrense, por sua permeabilidade e por sua capilaridade social, o Exército Brasileiro é uma grande reserva de valores cívicos e morais, tão caros a uma sociedade em formação.
Sua eficácia está diretamente relacionada com a preservação desses valores para o cumprimento de sua missão constitucional. Dessa forma, segue e seguirá sendo um baluarte da confiança nas instituições do povo brasileiro, pois, quando um soldado olha nos olhos de um brasileiro, ele vê a si próprio, mas, quando um brasileiro olha nos olhos de um soldado, ele vê a retidão, a segurança e a esperança.
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