O comandante do Exército brasileiro, general Eduardo Villas Bôas, criticou nesta quinta-feira o arrocho orçamentário pelo qual a força militar terrestre está vivenciando no país. E ele usou as suas redes sociais para expor o problema.
“Conduzo seguidas reuniões sobre a gestão dos cortes orçamentários impostos ao @exercitooficial. Fazemos nosso dever de casa, mas há limites”, escreveu Villas Boas.Não é a primeira vez que o general vem a público para reclamar da falta de dinheiro. Em junho, Villas Boas falou a parlamentares em Brasília e explicou que, embora o Exército possua dotações anuais de R$ 2 bilhões, os repasses previstos para 2017 são de R$ 767 milhões.
Segundo o general, a diferença acaba não inviabilizando as operações dos militares, mas dificulta o desenvolvimento de novos projetos – o que, de acordo com ele, impacta no próprio desenvolvimento do país. “Não é possível definir um valor na peça orçamentária, a gente se estruturar e depois já vem uma interrupção”, comentou.
que parte da revolta do general se deve ao fato de que o Exército possui hoje recursos para manter as suas atividades apenas até setembro.
Oficiais militares sul-coreanos disseram que o USS Ronald Reagan e o USS Carl Vinson estavam sendo considerados para implantação na região. O Pentágono não respondeu a um pedido da Sputnik confirmando ou negando a veracidade dos comentários das autoridades de defesa da Coreia do Sul.
Os porta-aviões são usualmente utilizados em simulações de guerra frequentemente realizadas próximas da Coreia do Norte e da China. No entanto, os funcionários do Pentágono analisam se devem ou não acelerar os embarques maciços como parte de uma implantação futura.O secretário de Defesa, James Mattis, disse que o USS Vinson estava a caminho da península coreana em abril. Funcionários da Marinha dos EUA rapidamente rejeitaram a fala e ficaram impressionados que o chefe do Pentágono tenha dado tal declaração. Alguns dias após os comentários de Mattis, o porta-aviões foi fotografado transitando o Estreito de Sunda, uma via navegável que liga o Oceano Índico e o Mar de Java, na Indonésia.
A Agência de Notícias Yonhap informou anteriormente que o USS Nimitz e o USS Ronald Reagan deveriam se juntar ao USS Carl Vinson, mas as afirmações se provaram incorretas. O Reagan estava recebendo reparos no Japão e o Nimitz estava flutuando em torno da Califórnia do Sul, informou a Sputnik à época.O presidente dos EUA, Donald Trump, na mesma linha do seu principal membro do gabinete de segurança nacional, contou a jornalistas em abril que um grupo de ataque estava a caminho do Mar do Japão (também conhecido como Mar do Leste). A informação era mentirosa.
"Eu acho que há toda possibilidade de que fosse uma intenção errônea, uma exibição intencional destinada à percepção da Coreia do Norte, possivelmente também da China, mas acho que é mais importante para o público doméstico dos EUA", comentou o analista Mark Sleboda à Rádio Sputnik.
China e Índia vivem há quase dois meses um momento de forte tensão em uma região montanhosa, na fronteira entre os dois países, e Pequim aumentou a carga nesta semana, ao reiterar que as tropas indianas devem sair da área, sob pena de uma guerra ser deflagrada entre os dois países.
A tensão envolve Doklam, uma área montanhosa na fronteira entre Índia, China e Butão. A China começou a construção de uma rodovia na região, o que causou protestos da parte do Butão. Dias depois, as tropas da Índia — país que mantém laços de amizade com o Butão — atravessaram a fronteira e fizeram com que os soldados chineses deixassem o território.
O temor de um conflito militar na área faz surgir a pergunta: quem tem a ganhar com uma guerra entre chineses e indianos — dois países possuidores de armas nucleares — na Ásia neste momento?
Em artigo publicado pela RIA Novosti, o analista russo Dmitri Kosyrev destacou que a entrada da Índia no impasse se deu exclusivamente por uma questão geopolítica, de apoio a um aliado (Butão), a fim de se afirmar como uma potência regional no sul asiático. Não há qualquer demanda religiosa de Nova Deli para se envolver na confrontação com Pequim.Todavia, o governo indiano sabe que a construção da estrada por parte dos chineses envolve uma importante região, o corredor de Siliguri, que conecta os estados do noroeste da Índia com o restante do país.
Alheio a isso, o presidente chinês destacou, na terça-feira passada, que a China “nunca permitirá a nenhum povo, organização ou partido político dividir uma parte do território chinês em nenhum momento e de nenhuma forma”. Apesar do forte tom da fala, Pequim não deseja um conflito militar com os indianos, avalia Kosyrev.
Uma guerra de fato entre China e Índia seria uma derrota para ambos os países, embora em terra a vitória penderia para o lado chinês.
Em contrapartida, pondera o analista russo em seu artigo, Pequim poderia perder acesso à rota comercial do Oceano Índico e ao estreito de Malaca, por onde obtém 80% das suas importações de petróleo. Seriam sentidos ainda impactos no projeto da Nova Rota da Seda, que possui o apoio de todos os países do sul asiático, menos da Índia.
“Sonho norte-americano”
Kosyrev acredita que o único país a ver ganhos com uma guerra entre chineses e indianos seria os Estados Unidos. “Seria o sonho dourado da política externa estadunidense”, emenda o especialista.Ele menciona não só os exercícios navais conjuntos realizados pelos EUA, Japão e Índia no golfo de Bengala, mas também a venda de aviões de combate para o governo indiano por US$ 2 bilhões, e a venda de aviões de transporte por US$ 365 milhões.
Mas analistas indianos se queixaram do fato da Casa Branca não ter emitido nenhum posicionamento sobre a disputa territorial com os chineses, o que não seria um bom sinal para Nova Deli. É certo que Washington acompanha o assunto, de olho na manutenção ou aumento da sua influência na Ásia como um todo.
Assim, o principal desafio posto para China e Índia é encontrar uma saída comum e boa para os dois lados, sem que um tiro sequer seja dado. Para o analista russo, “não há nenhuma base racional para o ódio entre os dois vizinhos”, classificando a atual crise como uma “idiotice geopolítica do Himalaia”.
Há uma grande quantidade de projetos ambiciosos da época da União Soviética que ainda hoje chamam atenção de muitos.
As grandes obras da URSS incluíam desde enormes estações de radar capazes de interromper as frequências de onda curta em todo o mundo até cidades construídas completamente sobre colunas de ferro.
A base submarina subterrânea de Balaklava
Esta base secreta na Crimeia, também conhecida como Objeto 825GTS, é uma instalação de defesa antinuclear de primeira categoria, o que significa que é capaz de suportar a exposição direta a uma bomba atômica de até 100 quilotons. O refúgio subterrâneo tem capacidade de abrigar nove navios submergíveis pequenos ou sete de tamanho médio e cerca de 3000 pessoas. Além disso, conta com mais de 600 metros de canais navegáveis.
Atualmente, já não é utilizada com propósito militar, tendo sido convertida em um museu.
As estações de radar Duga
Estas estruturas imensas foram desenvolvidas para detectar antecipadamente lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais. No total, três unidades foram construídas nas cidades de Komsomolsk do Amur, Nikolaev e Chernobyl. O sinal destas estações era tão forte que podia interromper temporariamente as frequências de onda curta por todo o mundo.
Acelerador de prótons
Trabalhos de construção do acelerador de prótons foram iniciados em 1983 e levados a cabo por mais de uma década até serem suspensos no final de 1994. Ao longo dos 11 anos, foi construído um túnel circular de cerca de 21 km. Algumas peças deste equipamento vieram a ser instaladas no lugar, mas o projeto foi finalmente cancelado antes do término de sua construção.
As estações de radar Lena
Estas construções grandiosas, também conhecidas como radares P-70, foram instaladas ao longo das fronteiras estratégicas da União Soviética. No total, foram construídas 11 delas, cujo objetivo principal era defender a região aérea através da localização das tropas radiotécnicas inimigas.
Neftyanye Kamni (Pedras de Óleo)
Esta cidade, localizada nas águas do mar Cáspio, foi totalmente construída sobre pilares de ferro no início de grandes projetos de extração de óleo na região. Uma grande parte da população da cidade, que conta com hospitais, edifícios residenciais, escolas, parques e até uma usina elétrica, resolveu abandoná-la quando a extração de óleo deixou de ser lucrativa. No entanto, cerca de 2.000 pessoas ainda vivem em Neftyanye Kamni até hoje.
Polígono de provas de Semipalatinsk
O polígono de provas nucleares da cidade soviética de Semipalatinsk, localizado no atual território do Cazaquistão, era o principal lugar de testes atômicos da URSS. Durante 40 anos e antes de deixar de ser utilizado em 1991, em Semipalatinsk foram realizadas 473 explosões.
As estações de radar Daryal
As estações de radar de segunda geração, assim como as Duga, visavam detectar lançamentos de mísseis antecipadamente. Durante mais de duas décadas, as Daryal eram um dos principais elementos do sistema de alerta soviético.