segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Israel faz teste bem-sucedido com nova defesa contra mísseis
srael realizou nesta segunda-feira um teste bem-sucedido de seu sistema interceptor de mísseis Arrow, que é projetado para destruir no espaço o tipo de míssil usado pela Síria e pelo Irã, informou o Ministério da Defesa israelense.
O sistema apoiado pelos EUA Arrow III implanta satélites que vão ao encontro de mísseis balísticos acima da atmosfera da Terra e os atingem a uma altura suficiente para permitir que qualquer ogiva não convencional se desintegre com segurança.
O teste de segunda-feira foi o primeiro voo ao vivo do Arrow III, mas não envolveu a interceptação de qualquer alvo. "O teste analisou pela primeira vez as capacidades e o desempenho do novo Arrow III, considerado o interceptor mais inovador e revolucionário no mundo", disse o Ministério da Defesa.
Um funcionário do ministério disse que o teste, que foi realizado a partir de um local ao longo da costa mediterrânica de Israel e durou seis minutos e meio, teve "100% de sucesso". Os fabricantes disseram que o sistema revelou-se um sucesso em até 90% dos testes anteriores.
"O sucesso do teste é um marco importante nas capacidades operacionais do Estado de Israel para ser capaz de se defender contra ameaças na região", disse o comunicado do ministério.
Mas um funcionário do ministério afirmou que o momento do teste, que levou meses para ser preparado, não estava relacionado às atuais tensões com o Irã ou a Síria. Ele disse que Israel planeja outra teste de voo seguido por uma interceptação simulada no espaço sobre o Mediterrâneo.
Empresa de Campinas cria tablet com tela de até 70 polegadas e sistema Windows 8
YURI GONZAGA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Uma empresa de Campinas (SP) lançou em dezembro um tablet equipado com Windows 8 e tela sensível ao toque com até 70 polegadas chamado BigPad. O foco são as salas de aula e de reuniões.
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Uma empresa de Campinas (SP) lançou em dezembro um tablet equipado com Windows 8 e tela sensível ao toque com até 70 polegadas chamado BigPad. O foco são as salas de aula e de reuniões.
"O interesse tem sido enorme: nosso primeiro lote, de mais ou menos 120 peças, foi vendido em menos de um mês", diz Rafael Tonelli, diretor de negócios da fabricante do BigPad, a Apek.A empresa diz que, no segundo semestre deste ano, tornará o processo de produção do tablet ainda mais "nacional", o que deve reduzir para R$ 15 mil o preço do modelo com a maior tela, atualmente vendido por R$ 35 mil.
"O que contar com produção local nós vamos comprar daqui", diz Tonelli. "Nosso objetivo é abaixar para menos de R$ 10 mil [o menor tablet, que tem 40 polegadas]." Componentes como microchips e o painel, contudo, não têm similares nacionais.
A tela do BigPad tem resolução Full HD (1.920 pixels x 1.080 pixels) e ele pode ser configurado com processador Core i5 ou Core i7, da Intel.
Um dos clientes da Apek, o Senac adquiriu cerca de 80 aparelhos da fabricante campineira para uso em aulas de informática. "Está valendo a pena. É um recurso muito interessante porque os alunos podem ver muito mais detalhes de uma imagem [se comparado à alternativa, que é o uso de um projetor]", diz Marcos Bianchi, assistente gerencial de tecnologia do Senac.
"O emprego do tablet permite que o professor interaja mais com o estudante", diz Bianchi. "Queremos levar para todas as salas."
Em janeiro, a Sharp lançou no Japão um aparelho com tela tátil de 20 polegadas de nome Big Pad (palavras separadas). "É diferente, e aqui no Brasil nós registramos a marca", afirma Tonelli.
FOLHA DE S PAULO ...SNB
Mesmo sem base própria após incêndio, Brasil continua a enviar cientistas à Antártida
ENVIADA ESPECIAL À ANTÁRTIDA Palmas, gritos e assobios ecoam pelo avião de carga barulhento e frio da Força Aérea Brasileira.
Apesar das quase três horas viajando "joelho com joelho", apertados em duas longas fileiras de bancos não reclináveis, cerca de 30 cientistas estão entusiasmados na chegada à Antártida.
Passa das 15h quando eles colocam os pés na base chilena Presidente Eduardo Frei, cuja pista de pouso de apenas 1.300 metros é a porta de entrada de pessoal e suprimentos para muitas das instalações científicas do continente gelado.
Junto com pinguins e baleias, uma legião de cientistas desembarca por lá a cada verão antártico. Eles só têm o período de outubro a março para o trabalho de campo.
O Brasil fez sua primeira Operantar (Operação Antártica) em 1982. Desde então, há operações regulares.
A Folha acompanhou, no início de fevereiro, o desembarque e parte do trabalho de militares, cientistas e pessoal de apoio na operação 31, a primeira após o incêndio que destruiu a Estação Antártica Comandante Ferraz, em fevereiro de 2012, quando dois militares morreram.
MIGRAÇÃO
Mesmo sem sua "casa" no gelo, o país não parou sua atividade científica no continente. "O Brasil tem um longo e consolidado trabalho na Antártida e que, cada vez mais, não se resume à base", diz Jefferson Simões, coordenador de projetos científicos do Proantar (Programa Antártico Brasileiro) e diretor do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Hoje, o coração das operações científicas brasileiras são duas milionárias embarcações: os navios de apoio oceanográfico Ary Rongel e Almirante Maximiano.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Apelidado de "Tio Max" por sua tripulação, o Almirante Maximiano foi reformado para atender às principais demandas dos cientistas.
Com mais de R$ 11 milhões em equipamentos, ele tem um dispositivo com 10 mil metros de corda que é capaz de colher amostras de solo de regiões profundas do oceano.
O navio tem ainda cinco laboratórios, que podem ser configurados de acordo com as necessidades de cada pesquisador. Até 32 deles podem ficar lá confortavelmente.
Um pouco menor, o Ary Rongel, desde 1994 nas operações antárticas, tem três laboratórios e pode receber 27 cientistas.
Nas embarcações, os cientistas têm cinco refeições diárias, acesso à internet e aquecimento. Ainda assim, há quem abra mão do conforto e prefira ficar acampado no meio do gelo.
"É muito mais produtivo para a pesquisa. Não tem de ficar indo e voltando toda hora. Podemos nos dedicar mais intensamente", afirma o botânico Jair Putzke, da Unisc (Universidade de Santa Cruz do Sul), que está em sua 14ª temporada antártica.
As dificuldades logísticas, como levar e trazer todo o material do acampamento --inclusive os resíduos orgânicos--, não desanimam o pesquisador. "Só banho é difícil tomar. Mas nunca vi ninguém morrer por causa disso em um mês", brinca Putzke.
O projeto de estudos do qual o botânico participa investiga a vida vegetal e microbiana em áreas de degelo.
Pesquisas sobre clima e a busca por fósseis são também temas de interesse dos cientistas brasileiros por lá.
As 29 nações com estações de pesquisa na Antártida têm intercâmbio científico ou logístico, o que dá aos brasileiros margem de manobra em seus projetos. O acampamento de Putzke, por exemplo, fica próximo à base uruguaia, o que traz segurança em caso de problemas.
Enquanto a nova base brasileira não fica pronta, o país está instalando módulos emergenciais ao lado da estação destruída. Mas, nos últimos três anos, o Brasil está se aventurando mais para o interior do continente.
"Dizer que se conhece a Antártida bem estando só em Comandante Ferraz é como dizer que se conhece o Brasil todo só tendo pisado no Rio", diz Jefferson Simões, que chefia também o Criosfera 1, um módulo de pesquisa brasileiro a 2.500 km da base que foi destruída, um local com condições climáticas extremas e de difícil acesso.
"Esse é só o primeiro passo. Temos que investir mais", diz Simões, que sonha com mais módulos brasileiros espalhados na Antártida.
A jornalista GIULIANA MIRANDA viajou de Punta Arenas à Antártida a convite da Marinha do Brasil
FOLHA DE S PAULO...SNB
Israel testou com sucesso o míssil Arrow 3
EPA
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Israel realizou com sucesso a próxima etapa de testes do mais novo míssil interceptor Arrow 3, projetado para interceptar alvos no vácuo.
De acordo com o Ministério da Defesa, os ensaios “foram realizados numa das bases no centro do país”. Outros detalhes não foram divulgados.
Segundo a imprensa, o Arrow 3, em suas características tático-técnicas, será muito superior aos mísseis interceptores das primeiras séries, principalmente em alcance e precisão de interceptação. O míssil deve se tornar parte do sistema israelense de defesa antimíssil em camadas.
SNB
Petrobrás vai à China para evitar atraso na produção. Fornecedor local reclama
SABRINA VALLE / RIO - O Estado de S.Paulo
Preocupada em acelerar a produção de petróleo e temendo atrasos na entrega de equipamentos, a Petrobrás transferiu para o exterior parte das obras de, pelo menos, quatro plataformas para o pré-sal da Bacia de Santos. Contratados por mais de US$ 2 bilhões e regras de conteúdo local de até 70% para estimular a indústria local, os serviços foram iniciados na Indonésia e no estaleiro Cosco, em Dalian, na China.
No Brasil, o cronograma estava atrasado por deficiências nos estaleiros Inhaúma (RJ) e Rio Grande (RS). Uma parte trabalhosa do processo (troca de chapa), intensiva em mão de obra, será transferida para a China, com possível redução de postos de trabalho no Brasil.
Serão feitos no Cosco uma parcela da transformação (conversão) de três navios em plataformas (P-75, P-76 e P-77) para a área da cessão onerosa, que produzirá até 5 bilhões de barris no pré-sal. Também serão feitos no estaleiro chinês estruturas do casco de uma plataforma replicante (que repete exatamente o projeto de outro equipamento) para o pré-sal de Santos.
"Claramente este é um movimento da Petrobrás para poder acelerar o desenvolvimento dos campos", disse o presidente da Odebrecht Óleo e Gás, Roberto Ramos.
A Petrobrás também negocia no exterior para afretar (alugar), e não construir, as cinco plataformas (FPSOs) extras para a área da cessão onerosa. O afretamento facilita o cumprimento de meta de conteúdo local, pois a embarcação é computada dentro do cálculo para todo o sistema.
A petroleira diz que não há decisão sobre afretamento. Mas o Estado apurou que pelo menos duas unidades são negociadas com a SBM, de Mônaco, e com a Modec, japonesa.
Fontes do setor dão como certo que haverá descumprimento de conteúdo local nas obras subcontratadas ao estaleiro Cosco. A Petrobrás, que precisará prestar contas à Agência Nacional do Petróleo (ANP), nega. "Não haverá descumprimento", afirma, em nota.
O grupo EEP, do estaleiro Inhaúma, responsável pela conversão das P-74, P-75, P-76 e P-77, também afirma que cumprirá o conteúdo local estabelecido no contrato com a Petrobrás, prevendo até 35% de realização no exterior.
Se extrapolar os limites de conteúdo local na conversão, a compensação terá de ser feita na fase de montagem da planta industrial na plataforma (integração). "O conteúdo local é muito mais influenciado pela construção dos módulos e equipamentos para o processamento do petróleo", diz a petroleira.
A decisão da Petrobrás de recorrer à China já mostra que a companhia não está disposta a correr o risco de retardar o aumento de sua produção por causa dos atrasos da indústria nacional. O governo usa os contratos da Petrobrás para reativar o setor naval. Mas, para acelerar o processo foi necessário fazer as encomendas antes de os canteiros para as obras (dos estaleiros) estarem prontos. Com o avançar dos projetos, os gargalos da indústria nacional ficam mais evidentes.
A Petrobrás reconhece que houve uma mudança de estratégia por causa da falta de disponibilidade dos dois estaleiros.
No caso da plataforma replicante, parte do casco será feita no Cosco por causa do atraso nas obras de construção dos cascos, a cargo da Engevix, no Estaleiro de Rio Grande. A Engevix não comentou. O contrato inclui oito cascos replicantes e soma US$ 3,1 bilhões.
O diretor de Engenharia da Petrobrás, José Figueiredo, esteve na China no fim de janeiro para vistoriar as obras e se certificar de que estão no prazo. Já foi iniciada no Cosco a troca de casco, limpeza e construção de módulos de acomodação, entre outros serviços, para as P-75 e P-77.
A P-76 passa por limpeza na Indonésia e depois segue ao Cosco. Os três navios nem sequer estiveram no Brasil, foram da Malásia direto para Indonésia e China. Apenas a P-74 segue o processo de conversão no estaleiro Inhaúma, no Rio.
As quatro plataformas da cessão onerosa, juntas, serão responsáveis por até 600 mil barris/dia, equivalente a 30% da atual produção da Petrobrás. Estão programadas para entrar em 2016 e 2017 nos Campos de Franco 1, 2 e 3 e de Nordeste Tupi.
Concorrência. Segundo colocado na disputa para a conversão dos quatro navios para a área da cessão onerosa, o presidente da Andrade Gutierrez Óleo e Gás, Paulo Dalmazzo, diz que um descumprimento das regras de conteúdo local seria ilegal. "Perdemos a concorrência por oferecer preço maior, pois iríamos fazer no Brasil. Para fazer no exterior teríamos conseguido preço melhor do que o do vencedor. A Petrobrás não pode rasgar uma concorrência."
O consórcio formado pela Odebrecht, UTC e OAS, reunido no EEP-Inhaúma, venceu o contrato das quatro conversões com US$ 1,753 bilhão. A Andrade Gutierrez ofertou US$ 580 milhões a mais.
A ANP disse que, pelas regras contratuais, iniciará a fiscalização somente ao final de cada módulo da etapa de desenvolvimento. Se ao final da fiscalização for apurado o não cumprimento da meta estabelecida no contrato a Petrobrás será multada, informa a agência.
SNB
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Boeing compra negócio de microprocessadores da CPU Technology
Por Tatiane Bortolozi | Valor....SÃO PAULO - A unidade de Defesa, Espaço e Segurança da fabricante de aeronaves Boeing anunciou a compra do negócio de microprocessadores Acalis, da americana CPU Technology. O valor do negócio não foi revelado.
Os microprocessadores da Acalis permitem a conclusão de missões militares, em aeronaves tripuladas ou não, sem a interferência de ameaças de malware (softwares que danificam ou roubam informações), clonagem ou outras ameaças on-line contra a segurança de aeronaves.
A Acalis será integrada à divisão de aeronaves militares de ataque global da Boeing. A companhia, com sede na Califórnia, emprega 40 pessoas.
VALOR ...SNBLicitação disputada pela Embraer nos EUA terá resultado em março
Por Virgínia Silveira | Valor.....SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - A Força Aérea dos Estados Unidos (Usaf) deve anunciar em março o resultado da concorrência para a compra de 20 aviões de treinamento avançado e ataque leve, que serão usados em missões no Afeganistão, segundo previsão feita para as empresas que participam da disputa. Conhecido pela sigla LAS (Light Air Support), o programa de aquisição dessas aeronaves pode alcançar a cifra de US$ 1 bilhão com a encomenda de 50 aviões.
A Embraer, que havia sido declarada vencedora da licitação no começo do ano passado, participa novamente do processo com a aeronave turboélice Super Tucano. Sua rival, a americana Hawker Beechcraft (HB), também está no páreo com a aeronave AT-6, ainda em fase de desenvolvimento. No dia 19 deste mês, a HB anunciou a sua saída do “Chapter Eleven” (pedido de proteção contra falência), feito em maio do ano passado.
Segundo comunicado enviado para a imprensa nesta semana, a HB informa que saiu do processo de recuperação judicial bem posicionada para competir de forma vigorosa nos mercados de aviação executiva, missões especiais, treinamento e ataque leve. O plano de reorganização da empresa foi aprovado pelo Tribunal de Falências dos Estados Unidos no dia 1° de fevereiro e entrou em vigor no dia 15.
A retração da demanda por aeronaves executivas e uma dívida de US$ 2,5 bilhões levaram a HB a entrar com o pedido de proteção contra falência no ano passado. A empresa também fez uma tentativa fracassada de venda da sua área de aviação executiva para o grupo aeroespacial chinês Superior Aviation Beijing.
Em entrevista anterior, o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar, disse que o Super Tucano é o avião que oferece menor risco para o programa LAS e que o modelo atende perfeitamente a missão requerida pela Usaf para a concorrência.
“A nossa expectativa é realmente positiva. Desde que a concorrência seja justa e baseada em critérios competitivos, a Embraer tem muita esperança de ganhar novamente”, afirmou.
Pelas regras da segunda concorrência, aberta pela Usaf depois que a HB entrou na Justiça americana para impedir que o contrato fosse fechado com a Embraer, a empresa brasileira poderá ser favorecida, entre outras coisas, pelo maior peso que está sendo dado para a experiência comprovada do avião em operações de contrainsurgência.
O avião da concorrente americana só pôde demonstrar sua experiência como treinador, já que a nova versão de ataque leve At-6 ainda não está operacional. O Super Tucano, por sua vez, tem mais de 180 mil horas de voo, das quais 28 mil horas em voo de combate.
Em operação em nove forças aéreas da América Latina, África e Ásia, possui um total de 160 unidades entregues. Mesmo sendo um produto projetado e produzido no Brasil, o Super Tucano é um programa com impacto econômico forte para as empresas americanas.
Segundo a Embraer, cerca de 86% do valor em dólar do Super Tucano vem de componentes fornecidos por companhias ou países qualificados sob a lei “Buy American Act”, que exige um conteúdo americano superior a 50% para os produtos comprados fora dos EUA.
O parque industrial envolvido com o projeto reúne mais de 100 fornecedores de serviços e de componentes em 21 Estados americanos, o que corresponde a uma cadeia de fornecedores de 1.400 funcionários nos EUA.
“Na verdade, a Embraer adquire mais de US$ 2 bilhões em componentes fabricados por fornecedores americanos, suportando cerca de sete mil empregos nos EUA”, comenta a Embraer em seu site “BuiltForTheMission”, com informações dedicadas ao Super Tucano e à concorrência LAS.
Caso seja a vencedora da concorrência, a Embraer pretende ainda construir uma fábrica na cidade americana de Jacksonville, na Flórida. No site sobre o Super Tucano, a empresa informa também que não serão criados novos empregos no Brasil como resultado de um eventual contrato com a Usaf para o programa LAS
VALOR ECONOMICO.....SNBEmpresários do Brasil avaliam riscos e oportunidades na Nigéria
Por Fernando Exman | Valo....ABUJA, NIGÉRIA -
Empresários e autoridades brasileiras buscaram neste sábado criar oportunidades de negócios na Nigéria, em um seminário que reuniu cerca de 500 pessoas em Abuja. A Nigéria é o maior parceiro comercial do Brasil na África, e o governo nigeriano demonstrou às autoridades brasileiras o interesse de atrair empresas nacionais para investir no país.
A Nigéria quer, por exemplo, realizar parcerias para executar obras de infraestrutura, projetos de processamento de alimentos e segurança energética, construindo usinas de geração e linhas de transmissão de eletricidade. Abuja, por exemplo, sofre com constantes apagões diariamente. No entanto, a Nigéria não precisa de dinheiro para tirar esses projetos do papel, pois é um grande produtor de petróleo.
“É um caso diferente do que a gente vê na África. Aqui, o problema não é de capital”, explicou Rubens Gama, diretor do Departamento de Promoção Comercial do Itamaraty, que coordenou o seminário.
A Eletrobras avalia a possibilidade de participar da estruturação do sistema elétrico nigeriano e de projetos de transmissão de energia, disseram autoridades do governo brasileiro. Já construtoras brasileiras prospectam negócios em infraestrutura. A Andrade Gutierrez, por exemplo, é a primeira empreiteira brasileira a preparar a abertura de um escritório no país.
“O potencial é enorme”, afirmou Amauri Pinha, diretor comercial da Andrade Gutierrez.
Segundo o executivo, o governo nigeriano tem planos de elevar a capacidade de geração de energia do país em 40 mil MW até 2020. Atualmente, disse ele, a Nigéria tem apenas 5 mil MW de capacidade de geração instalada e gera de fato somente 3,2 mil MW. “É um plano muito ambicioso.”
Em reunião com o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, autoridades nigerianas disseram ainda que pretendem construir três centros industriais próximos a aeroportos do país. Estão tentando deixar de produzir apenas matérias-primas e gostariam da ajuda do Brasil para melhorar a infraestrutura e capacidade industrial dessas localidades. Pimentel prometeu realizar uma missão empresarial integrada também por investidores até o fim do ano.
AVES - Outro setor interessado em entrar no mercado nigeriano é o de exportação de aves, hoje fechado aos fornecedores estrangeiros. Segundo o gerente de relações com o mercado da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Adriano Nogueira Zerbini, o consumo anual de frango na Nigéria é de 2 quilos, enquanto no Brasil é de 45 quilos ao ano. “O potencial é muito grande.”
Um dos riscos de atuação no mercado nigeriano, entretanto, é o que autoridades e empresários chamam de “práticas heterodoxas”. No país, assim como em várias nações do continente, a corrupção é disseminada.
Uma alternativa sugerida por autoridades brasileiras é que os empresários fechem parcerias com companhias locais. “O empresário pode investir na Nigéria por meio de uma joint venture por causa de algumas dificuldades do mercado nigeriano”, afirmou o presidente da Associação Nigeriana de Câmaras de Comércio, Herbert Ademola Ajayi.
VALOR.... SNBsábado, 23 de fevereiro de 2013
Exército Brasileiro recebe últimos MSS 1.2 AC
Por Victor M.S. Barreira...
No mês de março, o fabricante brasileiro de sistemas de mísseis e outras tecnologias de emprego militar Mectron Engenharia Indústria e Comércio concluirá o fornecimento de sistemas de mísseis anti-carro portáteis guiados MSS 1.2 AC ao Exército Brasileiro (EB). Serão entregues os últimos 3 sistemas pela empresa, uma subsidiária da Odebrecht Defesa & Tecnologia (ODT). É desconhecida a quantidade de lançadores e mísseis adquiridos mas sabe-se que as proporções foram de 12 munições por unidade de tiro.
As características do MSS 1.2 AC permitem que este possa ser movimentado com facilidade (Mectron Engenharia, Indústria e Comércio)
No âmbito do programa de entregas, iniciado em utubro de 2012, foram recebidos também sistemas de simulação, equipamentos para sustentação e apoio, treinamento, documentação técnica e apoio logístico. Em março de 2012, o EB recebeu alguns protótipos para avaliação. Durante 2013, prevê-se que sejam iniciadas discussões com o EB para a aquisição de sistemas MSS 1.2 AC adicionais.
O MSS 1.2 AC desenvolvido em cooperação e sobre especificações do Centro Tecnológico do Exército (CTEx), e compreende o posto de tiro que inclui um tripé que incorpora um sistema ótico da Opto Eletrônica, o tubo lançador e o próprio míssil. A unidade de tiro é operada por dois elementos, atirador e municiador, e tem um peso de 28 kg (míssil e tubo lançador pesam 23 kg). O míssil incluí a cabeça de guerra do tipo carga oca cujo explosivo é fabricado pela AEQ Aeroespacial, Química e Defesa (pertencente à Synergy Defesa & Segurança-SDS) sob especificação da Mectron-Engenharia, Indústria e Comércio e também o bastão propelente da Roxel (uma empresa conjunta da MBDA e do grupo Safran) montado na câmara de pressão pela Mectron-Engenharia, Indústria e Comércio. O míssil tem um calibre de 130mm e mede 1,5 metros de cumprimento. Seu alcance efetivo de até 3.700 metros a uma velocidade máxima de Mach 0.8. O míssil é capaz de penetrar aço blindado com cerca de 570mm de espessura. O guiamento do míssil em direção ao alvo é realizado por um feixe laser provido pela unidade de tiro.
MSS 1.2 AC aqui integrado a um veículo utilitário Troller (Mectron Engenharia, Indústria e Comércio)
O Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) da Marinha do Brasil recebe o mesmo sistema de armas desde meados de novembro de 2012, cumprindo assim um contrato celebrado em novembro de 2009. A entrega deverá estar concluída entre Junho e Julho do presente ano. Para o CFN, as proporções foram de 6 munições por unidade de tiro. Entre postos de tiro e mísseis, estima-se que possam ter sido adquiridos 500 sistemas pelos dois clientes (EB e CFN).
O sistema MSS 1.2 AC poder ser integrado em veículos de rodas blindados ou não blindados, permitindo-lhe uma maior mobilidade de operação. Para treinar os militares no emprego do MSS 1.2 AC, o seu fabricante desenvolveu um sistema de simulação que inclui o posto de tiro e o seu tubo lançador, interligados a um computador robustecido da Option Industrial Computers (OIC), onde corre uma aplicação informática que simula diversos cenários e zonas geográficas passíveis de emprego do sistema de míssil. Este foi também contratado pelo EB e pelo CFN.
O fabricante estuda incorporar diversas melhorias no MSS 1.2 AC, estas atualmente em fase de avaliação. Nas possíveis melhorias espera-se que sejam incorporadas na munição, cabeças de guerra nas configurações em "tandem" e "anti-bunker", o aumento do alcance do míssil para até 4 km, integrar à unidade de tiro o sistema de visão noturna e reduzir o seu peso.
Países da América do Sul, Africa e Oriente Médio demonstraram interesse pelo míssil anti-carro brasileiro.
Para treinamento, o posto de tiro pode ser conectado a um notebook robustecido onde são recriados diversos cenários de emprego (Victor M.S. Barreira)
.tecnodefesa.com.br...SNB
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Brasil e Namíbia querem expandir cooperação bilateral na área militar
As delegações manifestaram a intenção de aumentar o número de exercícios militares, e também de ampliar os projetos conjuntos na área industrial, com o objetivo de melhorar a capacidade produtiva e operacional dos dois países no setor de defesa.
Nahas Angula fez uma breve exposição sobre o cenário geopolítico africano, destacando as preocupações de seu país com o aumento da pirataria, do tráfico de drogas, da pesca ilegal e de outras atividades ilícitas nas águas do Oceano Atlântico que banham a costa da Namíbia e de outras nações africanas.
Em resposta, Celso Amorim afirmou que o Brasil compartilha das apreensões namibianas em relação ao aumento das atividades ilegais. Durante a conversa, ambos concordaram em ampliar o trabalho conjunto bilateral, e no âmbito de foros como a Zopacas, para manter o Atlântico Sul como zona de paz e livre de ameaças.
Agradecimento presidencial
Após reunir-se com seu contraparte namibiano, Amorim foi recebido no palácio do governo pelo presidente do país, Hifikepunye Pohamba. O ministro brasileiro entregou a Pohamba uma carta da presidenta Dilma Roussef. No documento, Dilma reitera a disposição do governo brasileiro de ampliar a cooperação com o país africano em setores diversos, entre os quais o de defesa.
Depois de ler com atenção a carta, Pohamba afirmou compartilhar com a presidenta brasileira as mesmas preocupações e visões sobre a situação da África, de outras regiões do mundo, e sobre as relações entre os países. Em seguida, dirigindo-se ao ministro Celso Amorim, fez um sincero agradecimento ao Brasil pelo apoio prestado pelo país na constituição da Marinha namibiana.
De fato, há quase duas décadas, a Marinha do Brasil tem mantido um forte programa de cooperação com a força naval da Namíbia, que inclui desde a formação de oficiais e praças militares em escolas brasileiras até a doação e venda de navios. Como consequência dessa relação, muitos oficiais namibianos falam português, e outros se encontram atualmente fazendo cursos em instituições de ensino da Marinha.
No âmbito da cooperação, o Brasil mantém uma missão com cerca de 40 militares da Marinha, sediados no porto de Walvis Bay. Em abril deste ano, o novo navio-patrulha oceânico que será incorporado à Força Naval brasileira, o Apa, visitará Walvis Bay, onde deverá participar de operações conjuntas no mar com os militares namibianos. O Apa é o segundo navio-patrulha oceânico dos três adquiridos junto à Inglaterra a ser incorporado à Marinha do Brasil.
Além de encontrar-se com o presidente da Namíbia, Celso Amorim manteve encontros de trabalho com outras autoridades do país, entre as quais o primeiro ministro, Hage Geingob. Oficiais-generais e superiores das Forças Armadas receberam grupo de empresários brasileiros numa reunião em que estes últimos puderam apresentar alguns de seus projetos e produtos.
Integrante da comitiva brasileira, o comandante do Exército, general Enzo Peri, foi recebido por seu contra parte namibiano. Durante a visita, a comitiva brasileira contou com apoio da embaixadora do Brasil no país, Ana Maria Sampaio Fernandes. Antes de passar pela Namíbia, a comitiva esteve em Angola, também em visita oficial.Fotos: Luiz Gustavo Rabelo
Ministério da Defesa...SNB
Ataques cibernéticos expõem Oracle
Uma série de ataques cibernéticos, nas últimas semanas, a empresas como a Apple, Facebook e Twitter expôs falhas generalizadas em um dos componentes de software mais usados no mundo da computação, segundo especialistas em segurança.
As vulnerabilidades na linguagem Java, incorporada à maioria dos navegadores de internet a bordo de computadores pessoais e smartphones, deixaram a Oracle, sua proprietária, em status emergencial para corrigir os considerados maiores "furos" nas defesas de computadores pessoais e smartphones, em meio a uma crescente onda de ciberataques.
"Neste momento, usar Java é um pesadelo. A Oracle simplesmente não foi capaz de blindar todos os furos", afirmou Jaime Blasco, chefe de pesquisas da AlienVault, uma companhia que atua na área de segurança.
Criminosos e outras pessoas que tentam invadir sistemas empresariais ou governamentais montaram um cerco à Java, elegendo os sistemas escritos nessa linguagem como sendo, atualmente, os mais fáceis pontos de ataque, disseram Blasco e outros especialistas em segurança.
Em uma decisão incomum, a Apple admitiu, na semana passada, que laptops usados por alguns de seus desenvolvedores foram infectados por um código prejudicial, introduzido por atacantes que tinham explorado uma falha em Java. Isso veio na esteira de anúncios similares feitos pelo Facebook e pelo Twitter, e é o terceiro problema envolvendo Java que foi amplamente comentado no ano passado.
A crise em formação obrigou a Oracle a deflagrar neste ano um esforço para reparar as falhas que têm surgido.
Em um dos esforços mais abrangentes possíveis desse tipo, a companhia desenvolvedora de programas de bancos de dados dos Estados Unidos liberou, no início deste mês, correções para cerca de 50 problemas diferentes. Além disso, duas semanas depois, divulgou outras cinco correções.
A companhia também está planejando a distribuição de correções emergenciais adicionais para abril, juntamente com uma atualização extra que anteriormente estava programada para junho. Empresas desenvolvedoras de software fazem correções com uma frequência mínima, uma vez que elas obrigam as empresas usuárias a atualizar todas as máquinas de seus funcionários a cada mudança.
Os problemas da Oracle são semelhantes aos que foram enfrentados pela Microsoft no início de 2000, quando a proliferação de furos na segurança no Windows XP indicava que um usuário de microcomputador desprotegido poderia esperar ser infectado com um vírus apenas segundos após conectar-se à internet, disse Kevin Mahaffey, cofundador e diretor de tecnologia da Lookout, uma empresa de segurança móvel.
A Oracle assumiu o controle da linguagem Java quando adquiriu a Sun Microsystems, em 2010, e problemas com o software estão profundamente enraizados há anos, segundo afirmaram pessoas familiarizadas com a linguagem.
Mas assim que as falhas são reparadas, novas são expostas. "Tem aparecido um problema crítico após outro", disse Chris Eng, vice-presidente de pesquisas da Veracode, outra empresa de segurança. Pessoas que procuram atacar os sistemas de computador criaram um estoque de problemas não detectados que usam como arma cibernética assim que velhos furos são sanados, disse ele. (Tradução de Sergio Blum)...Richard Waters e Tim Bradshaw
Financial Times..SNB
As vulnerabilidades na linguagem Java, incorporada à maioria dos navegadores de internet a bordo de computadores pessoais e smartphones, deixaram a Oracle, sua proprietária, em status emergencial para corrigir os considerados maiores "furos" nas defesas de computadores pessoais e smartphones, em meio a uma crescente onda de ciberataques.
"Neste momento, usar Java é um pesadelo. A Oracle simplesmente não foi capaz de blindar todos os furos", afirmou Jaime Blasco, chefe de pesquisas da AlienVault, uma companhia que atua na área de segurança.
Criminosos e outras pessoas que tentam invadir sistemas empresariais ou governamentais montaram um cerco à Java, elegendo os sistemas escritos nessa linguagem como sendo, atualmente, os mais fáceis pontos de ataque, disseram Blasco e outros especialistas em segurança.
Em uma decisão incomum, a Apple admitiu, na semana passada, que laptops usados por alguns de seus desenvolvedores foram infectados por um código prejudicial, introduzido por atacantes que tinham explorado uma falha em Java. Isso veio na esteira de anúncios similares feitos pelo Facebook e pelo Twitter, e é o terceiro problema envolvendo Java que foi amplamente comentado no ano passado.
A crise em formação obrigou a Oracle a deflagrar neste ano um esforço para reparar as falhas que têm surgido.
Em um dos esforços mais abrangentes possíveis desse tipo, a companhia desenvolvedora de programas de bancos de dados dos Estados Unidos liberou, no início deste mês, correções para cerca de 50 problemas diferentes. Além disso, duas semanas depois, divulgou outras cinco correções.
A companhia também está planejando a distribuição de correções emergenciais adicionais para abril, juntamente com uma atualização extra que anteriormente estava programada para junho. Empresas desenvolvedoras de software fazem correções com uma frequência mínima, uma vez que elas obrigam as empresas usuárias a atualizar todas as máquinas de seus funcionários a cada mudança.
Os problemas da Oracle são semelhantes aos que foram enfrentados pela Microsoft no início de 2000, quando a proliferação de furos na segurança no Windows XP indicava que um usuário de microcomputador desprotegido poderia esperar ser infectado com um vírus apenas segundos após conectar-se à internet, disse Kevin Mahaffey, cofundador e diretor de tecnologia da Lookout, uma empresa de segurança móvel.
A Oracle assumiu o controle da linguagem Java quando adquiriu a Sun Microsystems, em 2010, e problemas com o software estão profundamente enraizados há anos, segundo afirmaram pessoas familiarizadas com a linguagem.
Mas assim que as falhas são reparadas, novas são expostas. "Tem aparecido um problema crítico após outro", disse Chris Eng, vice-presidente de pesquisas da Veracode, outra empresa de segurança. Pessoas que procuram atacar os sistemas de computador criaram um estoque de problemas não detectados que usam como arma cibernética assim que velhos furos são sanados, disse ele. (Tradução de Sergio Blum)...Richard Waters e Tim Bradshaw
Financial Times..SNB
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