A participação brasileira na Euronaval 2012, pela primeira vez utilizando a infraestrutura do Pavilhão Brasil, contou com o apoio e suporte das ABIMDE (Associação Brasileira da Indústria de Material de Defesa e Segurança) e da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e a participação das empresas Mectron (mísseis e integração de sistemas), Engeprom (gerenciamento de projetos navais, munições), o Grupo Sinergy, através dos seus estaleiros EISA e Mauá (construção de navios militares como os Patrulha Oceânicos-OPV), Atrasorb (absorvedores de CO2) e a Clarion Events, que está promovendo a Latin American Aerospace and Defence (LAAD 2013), a ser realizada em abril próximo no Rio de Janeiro.
Questionado sobre quais os mercados pretendidos pelas empresas brasileiras, o dirigente esclareceu “Após diversos estudos científicos dos mercados visados especificamente na Euronaval, considerando o perfil dos seus visitantes, elencamos como targets a África, o Oriente Médio e o sul da Àsia, pois consideramos que nestas regiões existem nichos específicos e necessidades que vão diretamente ao encontro das soluções, serviços e produtos que ofertamos no setor de Defesa. Recebemos no Pavilhão Brasil diversas delegações interessadas em conhecer o nosso portifólio e teremos desdobramentos muito positivos nos próximos meses, com base nos contatos realizados aqui”.Mensurar os ganhos obtidos com a participação na feira é algo que não ocorre da noite para o dia, e ao ser perguntado sobre este aspecto, o almirante foi enfático “Não trabalhamos aqui com um talonário para fazer pedidos, isso demanda tempo, mas posso dizer que recebemos muitas solicitações de compradores interessados em conhecer nossos produtos, através do envio de amostras de teste, demonstrações, etc. Há uma expectativa muito boa, especialmente com o conhecimento desta capacidade. Recebemos aqui com muito orgulho a visita do Ministro da Defesa da França, que se mostrou impressionado com o nosso portifólio de produtos. É desta forma que iremos conquistar novos parceiros e clientes, não pretendemos verticalizar tudo, nenhum país o faz hoje em dia, mas nós temos produtos que podem se encaixar até nas necessidades de países de primeiro mundo. Hoje, a Base Industrial de Defesa (BID) recebe um apoio muito maior do governo brasileiro, do que era por exemplo, há três anos atrás. A sociedade brasileira entende que o setor tem de crescer harmonicamente com os demais setores da economia, e que defesa, tecnologia e desenvolvimento andam juntos e apresentam alto potencial de dualidade na vida civil, fomentando avanços em áreas como medicina, segurança pública, agricultura, etc. Nós entendemos que trabalhando com alta tecnologia e boa variedade de produtos, e considerando um mercado comprador formado basicamente por governos, nossos empresários estão encontrando excelentes perspectivas, e existe espaço para nossos produtos não só no Brasil como no mundo todo. Nosso Pavilhão na feira está situado no meio de grandes conglomerados formados pela união de diversas pequenas empresas, é a prova de que estamos no caminho certo, priorizamos apoiar a pequena e média empresa”.
Falando em apoio, Pierantoni foi taxativo ao destacar a perfeita sintonia da parceria entre a ABIMDE e a APEX “Se temos de elogiar alguém como entidade governamental, então temos de elogiar a APEX, nosso relacionamento não poderia ser melhor neste momento, houve um expressivo aumento da participação conjunta das duas entidades no apoio a indústria brasileira de defesa em eventos nos quatro cantos do planeta. Nos sentimos orgulhosos ao constatar, estatisticamente, que para cada real investido no mercado de defesa do País, nós estamos retornando para o Brasil 10 reais, uma rentabilidade que comprova o acerto das ações empreendidas pelas duas instituições”.
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