Dois satélites expresso anexados a um foguete Proton partiram do Cosmódromo de Baikonur no Cazaquistão, alugado pela Rússia. No entanto, o lançamento da última terça-feira (7) fracassou, causando prejuízo de milhões de dólares. Novo acidente envolvendo o foguete Proton lança dúvida sobre a eficácia do setor espacial russoA Agência Espacial Federal afirmou que o fracasso do estágio superior do lançamento sobre o foguete Proton levou à perda do satélite indonésio Telekom-3 e do russo Express MD2.
Em um comunicado oficial, a Roscosmos declarou que o impulsionador Briz-M disparou suas engenharias como programado, porém eles queimaram por apenas sete dos 18 minutos e 5 segundos programados necessários para lançar os satélites à orbita planejada.
“As chances do satélites se separarem do impulsionador e alcançarem a órbita designada são praticamente nulas”, uma fonte da indústria espacial disse à agência RIA Nóvosti.
Os lançamentos dos foguetes Proton ficarão provavelmente suspensos até que especialistas façam uma análise da falha.
Decadência espacial
O fracasso da missão, cujo objetivo era prover serviços de telecomunicações à Indonésia e Rússia, soma-se a uma série de falhas que estão acometendo a indústria espacial da Rússia, certa vez pioneira.
O acontecimento repete um acidente do ano passado no qual foram desperdiçados os US$ 265 milhões do satélite Express, lançando dúvida sobre a confiabilidade do foguete russo.
Moscou, que conduz cerca de 40% dos lançamentos espaciais do mundo, está se esforçando para restaurar a confiança em sua indústria após algumas falhas no passado recente, incluindo ainda o fracasso da missão para coletar amostras na lua marciana Fobos.
Satélites perdidos
Telkom-3, o primeiro satélite que Jacarta comprou de Moscou, foi construído pela ISS Reshetnev da Rússia com equipamento de comunicação produzido pela indústria francesa de produção de satélites Thales Alenia Space.
O instrumento tinha capacidade de 42 respondedores para atender à crescente demanda de serviços na Indonésia.
O Express MD2 portava um pequeno satélite de comunicação, produzido pelo Centro Espacial de Pesquisa e Produção do Estado de Khrunitchev, para a Companhia de Comunicações por Satélite da Rússia.
Baseado no texto originalmente publicado no site do The Moscow Times
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