quarta-feira, 18 de abril de 2012

LAAD 2012 Security: segurança em foco


Entre 10 e 12 de abril de 2012, o Pavilhão 4 do Riocentro sediou a LAAD 2012 Security – Feira Internacional de Segurança Pública e Corporativa, primeira edição de uma feira dedicada especificamente ao setor de segurança. Organizada pela Clarion Events, que detém a propriedade da LAAD Defence & Security, o evento constou da feira propriamente dita e de um Seminário de Segurança, que se estendeu pelos três dias.

Mário Roberto Vaz Carneiro
(Fotos: Segurança & Defesa, a não ser quando houver indicação em contrário)
Boxwell
Acima Paul Boxwell, da SELEX Galileo, diz que a empresa “está procurando parceiros para seus programas locais, inclusive envolvendo transferência de tecnologia”.
Em se tratando de uma primeira edição, logicamente que o número de estandes e a área ocupada por eles eram muito menores que os registrados na versão já conhecida da LAAD. Esse fato, entretanto, não foi devidamente compreendido por muitos dos visitantes, que manifestaram estranheza quanto a esse aspecto, gerando comentários que a feira havia “decaído muito em termos quantitativos e qualitativos” — o que não era o caso.
O fato do evento ter atraído 146 expositores de 14 países dá a real medida do quanto o mercado apoiou a iniciativa, embora os estandes mais sofisticados fossem a exceção, e não a regra. Outro bom critério para avaliar a importância da feira é a listagem das entidades que emprestaram seu apoio institucional: Governo do Estado do Rio de Janeiro, Conselho Nacional de Chefes de Polícia Civil (CONCPC), Conselho Nacional dos Dirigentes-Gerais de Órgãos Periciais Forenses, Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Polícias Militares e de Corpos de Bombeiros Militares (CNCG-PM/CBM), Conselho Nacional das Guardas Municipais (CNGM), Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública (CONSESP), Conselho Nacional de Secretários e Gestores Municipais de Segurança (CONSEMS), Liga Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil (LIGABOM). Isso sem contar o apoio das Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), da Associação Brasileira dos Profissionais de Segurança (ABSEG) e da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB).
Como se esperava, a proximidade de dois grandes eventos esportivos (Cope do Mundo e Jogos Olímpicos e os grandes programas nacionais de vigilância e gerenciamento das fronteiras terrestres e marítimas (SISFRON E SISGAAz) funcionaram como os grandes atrativos para a indústria. Essa, por sua vez, deixou claro a crescente preocupação com a lentidão brasileira em definir certos procedimentos e parâmetros imprescindíveis para que se parta para a efetiva escolha e posterior aquisição dos sistemas e equipamentos a serem utilizados —e o subsequente treinamento dos operadores e integração com a estrutura já existente.
SELEX Galileo
Uma constante entre as empresas estrangeiras foi a percepção de que o envolvimento com parceiros brasileiros e a disposição de transferir tecnologia são condições “sine qua non” para conquistar uma fatia significativa do mercado nacional.
Drako
Acima Com apenas 70cm de diâmetro e peso máximo de decolagem de 2kg, o Drako é um mini-UAS quadrirrotor para uso a até 500m de seu operador, em altitudes de até 100m, transmitindo imagens de vídeo em tempo real (Foto: SELEX Galileo)
Em conversa com “Segurança & Defesa”, Paul Boxwell, vice-presidente de marketing da empresa italiana SELEX Galileo para as Américas, disse que “o estabelecimento de parcerias com a indústria local é sempre uma das estratégias do Grupo Finmeccanica”, do qual sua empresa é subsidiária. Como exemplo, o executivo confirmou que como os UAS (Unmanned Air Systems, ou Sistemas Aéreos Não-Tripulados) serão parte importante dos principais contratos, a SELEX Galileo “está conversando com algumas empresas da área, como Santos Lab e Flight Technologies”. Boxwell acrescentou: “Temos produtos que são úteis para a Polícia Federal, para Polícias estaduais ou municipais e para Forças Armadas, como radares de pequeno porte, detectores químicos, etc.” A SELEX Galileo, frisou ele, já tem significativa participação no mercado brasileiro, e exemplificou: “Estamos envolvidos nos programas dos radares do F-5 e do A-1 modernizados, e nosso radar Gabbiano foi selecionado para o Embraer KC-390. No campo de radares, temos um acordo com a empresa brasileira ATMOS, que envolve inclusive tecnologia de radares de varredura eletrônica ativa (AESA)”. Voltando ao setor de aplicações paramilitares, Paul Boxwell destacou os avançados sensores eletro-óticos, acústicos, de radar ou QBN desenvolvidos e produzidos por sua empresa: “Estamos falando de aplicações de segurança em múltiplas áreas, como petróleo e gás, energia, meio ambiente, etc.”. Entre os produtos da SELEX Galileo em destaque na LAAD Security destacaram-se o sistema eletro-ótico de vigilância e acompanhamento EOST 46, o mini-UAS ASIO, o mini-VANT Crex-B e o UAS quadrirrotor Drako. Ao final da conversa, Paul Boxwell novamente frisou que “A SELEX Galileo quer introduzir no Brasil seu conhecimento na área de aplicações em segurança, e está procurando parceiros para seus programas locais, inclusive envolvendo transferência de tecnologia”.
EOSTAcima Por sua compacidade, o Sistema Passivo Eletro-ótico de Vigilância EOST 46 (a torreta pesa 29kg) pode ser instado em VANT relativamente pequenos, como o Falco (Foto: SELEX Galileo).
General Dynamics UK
Outra empresa internacional que demonstrou forte interesse no mercado de segurança em nosso país foi a General Dynamics United Kingdom Limited, subsidiária britânica do gigantesco conglomerado General Dynamics, que produz desde submarinos nucleares até carros de combate.
Em um “briefing” para a imprensa especializada, seus executivos que acima de tudo que sua empresa é basicamente uma integradora de sistemas, que customiza as soluções para as conveniências de cada cliente. Em breve a GD UK estará instalando um escritório no Brasil, que será dirigido pelo Coronel Willie Dobson, que durante quatro anos trabalhou na Embaixada Britânica como adido.
Dobson assim descreveu o posicionamento de empresa em relação à colaboração com companhias nacionais: “Estamos vivamente interessados no SISFRON e no SISGAAz, e nos comprometemos a trabalhar com parceiros brasileiros, inclusive transferindo conhecimento”. Mark Douglas, vice-presidente da GD UK, confirmou: “Muito breve nossa empresa deverá estar anunciando uma parceria com uma importante empresa brasileira, mas infelizmente no momento não podemos adiantar mais informações sobre o assunto”. Questionado sobre se a GD UK estaria à altura de enfrentar os desafios impostos por programas de tal porte, ele afirmou: “A escala e a complexidade desses programas são semelhantes à de outros que a GD UK já se envolveu e concluiu de forma bem sucedida”. Destacando que a GD UK já trabalha no setor de proteção de infra-estruturas críticas há cerca de 50 anos, ele destacou que uma das mais importante realizações é o programa do Khalifa Port and Industrial Zone (Porto e Zona Industrial de Khalifa), em Abu Dhabi. Com inauguração prevista para o final de 2012, Khalifa será o maior porto do Oriente Médio e o mais moderno do mundo. Mark Douglas finalizou sua apresentação com um alerta: “Acredito que o Brasil precisa decidir exatamente o que quer obter e efetivamente iniciar o processo, pois é muito arriscado dar início a projetos-piloto cujo escopo é por demais restrito em comparação ao que se necessita”.
Acima Veículo israelense Fort 1, dotado de torre com sensores, sobre o teto. Seus fabricantes escolheram a LAAD Security para lançá-lo no mercado.
Israel
Uma presença maciça foi a da indústria israelense, que já há muito vem aumentando seu “footprint” no Brasil, inclusive através da associação com empresas nacionais. Isso demonstra que o interesse das companhias israelenses não se restringe somente aos contratos de curto (Copa e Olimpíadas) e médio (SISFRON, SISGAAz) prazos, mas também objetiva tirar partido do bom momento da economia brasileira, principalmente em um cenário onde contratos na área da Europa podem ficar mais escassos. O importante é que esse “approach” israelense não reflete simplesmente a visão das empresas, e sim do SIBAT (o órgão nacional de exportação) —  e portanto, por extensão, do próprio governo de Israel.
O pavilhão de Israel na feira parecia concebido para confirmar o fato de que a indústria do país tem produtos e experiência para todos os cenários possíveis. O espaço congregava empresas que ofereciam desde VANT até bolsas para conter detonações de artefatos explosivos, passando por pistolas, fuzis e submetralhadoras e por pequenos robôs para manuseio remoto de objetos suspeitos.
Um dos itens que mais chamou a atenção no pavilhão de Israel era o blindado 4x4 compacto Fort 1, desenvolvido em conjunto pela ISDS e a Global Shield. Dotado de uma torre de observação equipada com diferentes sensores sobre, o veículo foi apresentado publicamente pela primeira vez exatamente na LAAD Security. O Fort 1 é projetado para operações de combate em qualquer terreno e em áreas as mais variadas. Seu raio de curta é de apenas 7m, e pode cruzar pisos escorregadios, graças ao sistema “anti-skid”.
Sandcat
Acima Apesar de sobejamente conhecido, o SandCat, da Oshkosh Defense, impressionou os visitantes do evento.

BearCat
Acima O Bearcat G3, da LENCO, transporta um total de dez ocupantes, incluindo o motorista.
Outras viaturas
Havia várias outras interessantes viaturas em exposição na LAAD Security. Um exemplo era o SandCat Tactical Protector Vehicle (TPV), que embora destinado ao mercado de segurança pública tem nível de proteção digno de viaturas militares. A Oshkosh, seu fabricante, há mais de 90 anos vem projetando e construindo viaturas para emprego militar ou no setor de segurança, e o SandCat exposto faz parte da uma família de viaturas que pode ser configurada em diferentes padrões de proteção, desempenho e capacidade. Pode superar degraus de até 35cm de altura e precisa apenas de 12,6m entre meio-fios para fazer uma curva de 180º. A família inclui também o Special Operations Vehicle (OPV) e o Mine-Resistant Light Patrol Vehicle (M-LPV).
Outro blindado 4x4 mostrado no evento foi o Bearcat, produto da LENCO Armored Vehicles, dos Estados Unidos. O veúculo é usado por equipes da SWAT, forças militares e de segurança, em vários países. O Bearcat G3 presente no Riocentro oferecia proteção contra munição 12,7mm e tinha espaço interno para dois homens na frente e oito na parte traseira.
Apoena
Acima O Apoena 1000 já havia sido exposto na LAAD 2009, mas agora o projeto está num estágio bem mais avançado.
Nauru
Acima O Nauru 500, também da Xmobotics, tem porte menor que o Apoena 1000, mas utiliza o mesmo tipo de cauda em “Y”.
Interesse mundial
Um gigante internacional que esteve presente na feira foi a Cassidian, que concentrou sue presença em promover suas soluções para o setor de segurança, realizando demonstrações em seu estande. Uma delas mostrava o sistema SAGA (Computed-Aided Dispatch), empregado por entidades policiais e de bombeiros, forças armadas, serviços de ambulância, etc. e que inclui tomada de decisão, gestão de recursos, despacho e processo operacional padrão associada a um evento específico, como acidente automobilístico, incêndio, roubo, e outros. Foi também mostrado o gerenciamento de uma crise urbana a partir de uma sala de controle empregando um sistema integrado da Cassidian, que agrega sensores e uso de redes com e sem fio.
Até certo ponto surpreendente foi a presença de um grande estande da Dassault, que se concentrou exclusivamente na promoção do Rafale. Foi feita para os jornalistas uma excelente apresentação de todas as facetas da aeronave, através de uma ferramenta interativa que permitia uma apreciação detalhada de diferentes aspectos, como armamento, desempenho, manutenção, aviônicos, sistemas de defesa eletrônica, etc.
A Boeing também participou da feira, mas se concentrou em promover os VANT de sua subsidiária InSitu e seus sistemas de inteligência e segurança, principalmente o Virtual Shield e o Sentinel, que são utilizados para segurança de instalações e de perímetros.
Até por limitações de espaço, seria impossível listar e comentar todos os sistemas de visão noturna (termais ou de intensificação de luz) promovidos na LAAD Security. Entretanto, vale registrar que uma das principais empresas da área a participar do evento foi a FLIR, que entre os equipamentos expostos mostrou a sua Série H de câmeras térmicas portáteis.
Muitos visitantes foram favoravelmente impressionados pela aparição da Panasonic no evento. A conhecida empresa apresentou sua família de Toughpads e de Toughbooks, respectivamente compostas de “tablets” e “notebooks” robustecidos para emprego em ambientes hostis e difíceis. Para dar uma idéia do leitor da rusticidade desse equipamento, basta dizer que os quatro Toughbooks apresentados podem suportar quedas de alturas de até 1,80m sem causar problemas ao seu funcionamento. Um desses modelos, o Toughbook U1, já está sendo utilizado pela Polícia Rodoviária do Paraná.
Toughbook U1
Acima Esse é o CF-19, um dos quatro modelos de Toughbook apresentados pela Panasonic.
Brasil
Entre as empresas brasileiras, um dos maiores espaços era o da IMBEL, que expôs sua variada gama de armas, que podiam ser livremente manuseadas pelos visitantes. Por essa razão, pode-se dizer, sem medo de errar, que esse foi o estande mais visitado. Outra área importante era a da Condor, que expôs toda a sua gama de produtos “menos letais”, como spray de pimenta, munições de impacto controlado, granadas de impacto, granadas lacrimogêneas, granadas fumígenas, etc.
Uma empresa brasileira que surpreendeu positivamente, tanto no aspecto qualitativo como na questão do tamanho de sua área foi a Xmobots, se São Carlos (SP). A empresa expôs diversos VANT, sendo que o que mais impressionou foi o Apoena 1000, com peso máximo de decolagem de 35kg (dos quais até 10kg de carga útil) e trem de pouso principal retrátil. Com autonomia de até 8 horas e teto de 3.000 pés, a aeronave destina-se a tarefas de inspeção de instalações, monitoramento de estradas, patrulha costeira e de fronteiras, busca e salvamento e Inteligência, Vigilância e Reconhecimento. O Apoena 1000 está em fase de obtenção do Certificado Experimental da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).
Foi também mostrado o Nauru 500, de menor porte (peso máximo de decolagem de 15kg, dos quais até 6,5kg se referem à carga útil), com autonomia de até 5,5 horas e raio de operação na faixa de 20-30km. É utilizado para aerofotografia e monitoramento de áreas terrestres.
Em resumo: a LAAD Security foi uma feira compacta mas de boa presença de firmas brasileiras e estrangeiras, e o nível de visitação aparentemente satisfez a maioria das empresas que lá expuseram. Agora, é aguardar a segunda edição, que já tem data marcada: 8 a 10 de abril de 2014, no próprio Riocentro. •
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Embraer teme falta de transparência e ameaça desistir de licitação nos EUA


Raquel Landim, de O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - A Embraer ameaça desistir da concorrência da Força Aérea dos Estados Unidos para a compra de 20 aviões de combate leve para uso no Afeganistão. A empresa está preocupada com a "radical" decisão dos EUA de "recomeçar do zero" o processo de licitação.
Na terça-feira, 17, a Força Aérea americana apresentou o rascunho da nova concorrência para a compra das aeronaves, um contrato de US$ 355 milhões. O novo vencedor será conhecido apenas em janeiro de 2013, com a entrega dos aviões prevista o terceiro trimestre de 2014 - um atraso de 15 meses do prazo original.
"Estamos vendo com muita preocupação a decisão da Força Aérea americana de recomeçar o processo do zero. É uma decisão muito radical", disse ao Estado, Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança. "Não faz sentido perder um ano de trabalho".
Em dezembro do ano passado, a Embraer e sua parceira americana Sierra Nevada Corporation foram consideradas vitoriosas na licitação, com o avião Super Tucano, que já é utilizado em nove países. A decisão ocorreu após a desclassificação da também americana Hawker Beechcraft por falta de qualidade técnica de sua aeronave.
Pressionada pelo Congresso, que questiona o contrato com a empresa brasileira em um ano eleitoral, a Força Aérea americana anulou a licitação em março, alegando que não estava satisfeita com a documentação.
A situação chegou a criar um impasse entre Brasil e EUA e o assunto foi tratado pela presidente Dilma Rousseff em visita ao colega Barack Obama em Washington. Até ontem, a expectativa da Embraer, com base nos relatos da própria Força Aérea americana, é que seriam feitos ajustes pontuais e não uma revisão completa do processo.
Ainda não está confirmado, pois as empresas só vão receber as regras por escrito nos próximos dias, mas é possível que a nova licitação não exija a realização de testes dos aviões e também não considere os resultados dos testes anteriores. A possibilidade é vista com receio pela Embraer, pois pode significar uma manobra para escolher o avião da Hawker Beechcraft.
"É como comprar um carro sem fazer um test drive", comparou Aguiar. "Temos certeza da nossa vitória, se o processo for por mérito. Se não houver transparência, não vamos participar."
Justiça. A Sierra Nevada Corporation, parceira da Embraer no negócio, entrou ontem com uma ação pedindo que a Justiça americana reveja os resultados da investigação promovida pela Força Aérea americana, que decidiu reiniciar a licitação.
"É importante para uma competição transparente que a Justiça reveja o processo, determinando inclusive se as ações propostas são razoáveis e justificáveis", disse Taco Gilbert, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da Sierra Nevada em comunicado.
A expectativa da Embraer e da Sierra Nevada é que a Justiça possa obrigar a Força Aérea americana a corrigir apenas os problemas pontuais que encontrou na concorrência, mas mantendo boa parte do processo, inclusive o resultado final.
A ação da Embraer/Sierra Nevada se juntou ao processo aberto pela Hawker Beechcraft contra a Força Aérea americana quando foi desclassificada da concorrência. Sediada no Kansas, a Hawker Beechcraft enfrenta uma situação financeira delicada e está perto de pedir concordata. Procurada pela reportagem, não retornou as ligações.
Segurança Nacional

Índia planeja fazer teste com míssil nuclear nesta quarta-feira


AE - Agência Estado
NOVA DÉLHI - A Índia planeja testar nesta quarta-feira, 18, um novo míssil nuclear que pela primeira vez lhe daria capacidade de atingir grandes cidades chinesas como Pequim e Xangai.
Míssil seria primeiro capaz de atingir Pequim - Reprodução
Reprodução
Míssil seria primeiro capaz de atingir Pequim
O governo indiano tem promovido o míssil Agni-V, com alcance de 5 mil quilômetros, como um grande avanço em seus esforços de fazer frente ao domínio da China na região e de se tornar também uma potência nuclear asiática. A expectativa é que o teste seja feito no começo da noite (horário local).
"Será um salto significante na capacidade estratégica da Índia", disse Ravi Gupta, porta-voz da Organização de Pesquisa e Desenvolvimento da Índia, responsável pela construção do míssil.
A China está muito a frente na corrida armamentista, com mísseis balísticos intercontinentais capazes de alcançar qualquer ponto da Índia. Atualmente, o míssil indiano de maior alcance é o Agni-III, com capacidade de 3,5 mil quilômetros.
Os indianos e chineses, que se enfrentaram numa guerra em 1962, nutrem até hoje uma disputa fronteiriça. Além disso, a Índia vê com desconfiança cada vez maior os esforços de Pequim para aumentar sua influência no Oceano Índico.
"Enquanto a China não considera que a Índia represente qualquer tipo de ameaça, a Índia definitivamente não pensa da mesma forma", afirmou Rahul Bedi, um especialista em defesa de Nova Délhi, a capital indiana.
A Índia já possui capacidade de atingir qualquer ponto do território de seu arquirrival, o Paquistão, e tem feito pesados gastos em defesa nos últimos anos em meio ao que o país percebe como crescente ameaça chinesa.
O teste na Índia ocorre dias depois de a Coreia do Norte ter fracassado no lançamento de um foguete que, supostamente, teria o objetivo de pôr um satélite em órbita. Para os Estados Unidos e outros países, o lançamento norte-coreano não passou de uma desculpa para testar tecnologia para mísseis de longo alcance.
Mesmo que o teste indiano seja considerado um sucesso, outros quatro ou cinco lançamentos serão necessários antes que o Agni-V passe a integrar o arsenal do país em 2014 ou 2015, segundo Bedi.
As informações são da Associated Press. Segurança Nacional

PROSUB - DCNS e PROGEN Firmam Parceria

A DCNS e a empresa brasileira de Consultoria, Engenharia e Serviços PROGEN assinaram um amplo acordo de parceria. A PROGEN, com mais de  2.600 empregados, traz a sua  expertise em contratar fornecimentos locais, gerenciar contraltos e terá uma posição chave na aquisição de equipamentos  de conteúdo brasileiro para a Programa de desenvolvimento e construção de Submarinos da Marinha do Brasil PROSUB*.
 
A parceria  representa um importante evento na aquisição de conteúdo nacional para o Programa  PROSUB, e ao mesmo tempo dar acesso à  DCNS a novos recursos par atender a crescente demanda de marinha do Brasil no emprego de contratistas nacionais.
 
“O acordo confirma nosso desejo de estabelecer parcerias inovadoras para melhor atender aos nossos clientes internacionais. Nós também estamos orgulhosos de contribuir para o crescimento da indústria brasileira de construção naval.” Afirmou  Sylvain Rousseau, VP senior da DCNS, para Purchasing & Supplier Relations.
 
“É uma honra para a PROGEN  contribuir para o programa que tem esta  importância. Nós estamos totalmente comprometidos  a esta crescente parceria. A decisão da  DCNS  mostra que temos a capacidade de realizar este trabalho e ficamos satisfeitos que temos o reconhecimento do mercado,”  afirmou o presidente da PROGEN Eduardo Barella.
 
A parceria permitirá que a DCNS atenda aos requisitos da Marinha do Brasil quanto ao conteúdo local e atenda aos elevados padrões de qualidade, tanto para  submarinos ou navios de superfície. Também assegurará a formação de uma cadeia de suprimentos local e ao mesmo tempo ajudar a DCNS a estabelecer laços de longo prazo com empresas brasileiras. Mais especificamente, DCNS e PROGEN planejam expandir  compras locais para outros programas navios de superfície da Marinha do Brasil.
 
A PROGEN proverá serviços de Consultoria  e Engenharia – incluindo “Engineering Procurement & Commissioning” (EPC) e  “engineering procurement & construction management” (EPCM) – para  grupos brasileiros e internacionais. Sólido expertise técnico garante à PROGEN total controle sobre todas as etapas de aquisição e “Purchasing and supply chain management”. A empresa  tem instalações e escritórios em vários estados brasileiros assim como na Argentina.
 
* O Programa  PROSUB  prevê o projeto e construção de quarto submarinos de propulsão convencional Classe  Scorpene-tipo S-Br,  com transferência de tecnologia assim como assistência técnica para o projeto e construção de partes não nucleares do primeiro submarine de propulsão nuclear do  Brasil, assim como o projeto e construção de um estaleiro e uma base de submarinos.
 
 
DCNS

A DCNS é um líder mundial do setor naval de defesa e um inovador na energia. A Empresa DCNS, de alta tecnologia e de envergadura internacional, responde às necessidades dos seus clientes graça ao seu know-how excepcional e aos seus meios navais únicos. O Grupo concebe, realiza e mantém em serviço submarinos e navios de superfície bem como sistemas e infraestruturas associadas. Igualmente, presta serviços para estaleiros e bases navais. Por fim, a DCNS propõe um vasto leque de soluções na energia nuclear civil e nas energias marinhas renováveis. Atento às questões do desenvolvimento sustentável, o grupo DCNS constitui um dos primeiros agentes do seu setor a obter a certificação ISO 14001. Além disso, a DCNS arrebatou o Troféu nacional da empresa cidadã sob o alto patrocínio do Presidente do Senado Francês; este prêmio foi atribuído ao Grupo pelo seu programa de transmissão de saber Les Filières du Talent DCNS. O Grupo conta com 12.800 colaboradores e realiza um volume de negócios de 2,6 bilhões de euros. www.dcnsgroup.com
 
PROGEN

Atuando no mercado há 25, PROGEN é uma companhia de consultoria em engenharia, projeto e gerenciamento de projetos industriais. Com 100% de capital brasileiro e um faturamento em  2011, de cerca de R$ 401 milhões (≈ €167 milhões), a empresa atual em vários setores. A PROGEN atualmente emprega cerca de 2.600 pessoas distribuidas pelas instalações no  Brasil e a Argentina.Segunraça Nacional

Argentina propõe ao Brasil cooperação em Vant e mísseis


Brasília, 17 abr (EFE).- O ministro da Defesa da Argentina, Arturo Puricelli, propôs nesta terça-feira ao Governo brasileiro colaborar no desenvolvimento conjunto de um avião não-tripulado e de vários modelos de mísseis.
Em reunião com o ministro da defesa brasileiro, Celso Amorim, Puricelli sugeriu que o modelo de avião não-tripulado que o Brasil usa na vigilância de fronteiras e no combate ao narcotráfico seja adotado por todos os países da América do Sul.
O avião, conhecido como Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant), possui tecnologia israelense, pode fazer fotografias em alta resolução e tem uma autonomia de voo de 37 horas, nas quais pode percorrer cerca de mil quilômetros.
Na reunião, o ministro argentino também propôs que ambos os países colaborem na modernização dos mísseis antinavios Exocet MM-38 e MM-40 e se interessou no projeto de míssil ar-ar A-Darter, no qual o Brasil trabalha em conjunto com a África do Sul.
Puricelli reiterou sua proposta de colaborar no desenvolvimento de um avião básico da América do Sul, um projeto que já é estudado no Conselho de Defesa Sul-Americano.
Entre outros projetos de cooperação, ambos os ministros também falaram da possibilidade de trabalhar de forma conjunta na fabricação de satélites de comunicações e em um veículo de transporte de tropas.
Amorim destacou que Brasil e Argentina têm a relação mais estratégica que pode existir e defendeu que seja dada prioridade à integração em matéria de defesa dos países sul-americanos.
'A prioridade deve ser a Unasul e não a Conferência dos ministros da Defesa das Américas', afirmou o ministro brasileiro em alusão ao fórum da OEA.
O ministro argentino compartilhou a visão da necessidade de reforçar a Unasul e a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul e afirmou que acredita em 'um hemisfério sul livre da ameaça de armas nucleares', de acordo com a nota.
Puricelli visitará nesta quarta-feira as instalações da Embraer, em São José dos Campos, no interior de São Paulo. EFE veja segurança nacional

terça-feira, 17 de abril de 2012

FAEX XII - Esquadrão Orungan testa capacidade do P3-AM em Florianópolis


O Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (1º/7ºGAv), o Esquadrão Orungan, pode colocar à prova todas as potencialidades do seu novo avião, o P-3 AM da Força Aérea Brasileira durante a FAEX XII, que acontece na Base Aérea de Florianópolis (BAFL) até o próximo dia 20 de abril. Esta é a primeira vez que a aeronave atua com outras aviações, como caça, transporte e asas rotativas da FAB, bem como opera em conjunto com submarinos, navios de patrulha e fragatas da Marinha do Brasil. O exercício proporciona ao Esquadrão Orungan, que é sediado em Salvador (BA), um momento único para desenvolver as suas capacidades multidisciplinares. 

A diversidade de sensores aeroembarcados do mais moderno avião de patrulha em operação possibilitou o desenvolvimento de inúmeras missões. Destaca-se a exploração dos meios de comunicação especiais existentes nas aeronaves P-3AM, E-99 e A-29.
“Em um país em que 95% do comércio exterior é transportado pelo mar, o entrosamento entre Marinha e Aeronáutica é fundamental”, disse o Comandante da Segunda Força Aérea e da operação FAEX XII, Brigadeiro do Ar José Alberto de Mattos. A manobra é uma oportunidade para treinar a interoperabilidade com a Marinha, que disponibilizou os meios navais que viabilizaram o resgate da capacidade antissubmarino da Aviação de Patrulha. No exercício, o “peixe mau”, o submarino, foi localizado e acompanhado pelo P-3AM, explorando toda a capacidade acústica do avião, por meio do uso das bóias radiosônicas e do sistema aeroembarcado. 

O envolvimento das Forças Armadas com a proteção ao meio ambiente também pode ser estudada, visto que os sensores de imageamento da aeronave P-3AM foram novamente colocados à prova. A capacidade de processamento e de coleta de imagens puderam ser analisadas continuamente, estabelecendo parâmetros de efetividade, capazes de orientar decisões futuras no emprego dessas aeronaves na Proteção do patrimônio brasileiro existente na Amazônia Azul.

“Destaca-se a pertinência operacional de exercícios como a FAEX XII, onde o cenário fértil, caracterizado pelos diversos aviões e equipamentos, estimula a criatividade técnica e o potencial operativo do esquadrão, com resultados extraordinários nesse período inicial de amadurecimento da unidade aérea”, avalia o comandante do Esquadrão Orungan, Major-Aviador Fabio Luis Morau. ..Segurança Nanacional                                                           

Ônibus espacial Discovery decola pela última vez, rumo ao museu


O ônibus espacial Discovery decolou nesta terça-feira (17) para sua última viagem, pegando carona num avião até o anexo do Museu Nacional Aeroespacial Smithsonian, na Virgínia.

Os Estados Unidos aposentaram no ano passado a sua frota de ônibus espaciais, após concluírem a construção da ISS (Estação Espacial Internacional), um projeto de US$ 100 bilhões que envolve 15 países.

Agora, a Nasa, agência espacial americana, começou a desenvolver uma nova geração de naves capazes de levar astronautas a destinos mais distantes do que a estação, que está a 384 km de altitude.
Fotos: veja a viagem do Discovery rumo ao museu

O Discovery, o principal dos três ônibus espaciais “sobreviventes”, voltou do espaço pela última vez em março de 2011. Ele foi prometido ao museu do Instituto Smithsonian, repositório oficial de artefatos espaciais do país.

"É triste ver isso acontecendo", disse Nicole Stott, astronauta que participou da última tripulação do Discovery.

— Mas, olhando para isso, não dá para não se impressionar. Minha esperança agora é que sempre que alguém olhar para esse veículo irá se impressionar, irá sentir que é isso que podemos fazer quando nos desafiamos.

Em vez de decolar de uma plataforma de lançamento à beira-mar, como era habitual, o Discovery desta vez subiu aos céus em cima de um avião Boeing 747 modificado, que taxiou ao alvorecer na pista do Centro Espacial Kennedy.

A cauda da nave estava coberta por um cone aerodinâmico, e suas janelas estavam cobertas.

Após dar uma volta sobre Washington, o avião deveria pousar entre 10h e 11h, no horário local, no Aeroporto Internacional Dulles, de Washington.

O Discovery então será transferido ao Centro Steven F. Udvar-Hazy, ligado ao Smithsonian, em Chantilly, na Virgínia.

A nave, que entrou em atividade em 1984, substituirá a Enterprise, protótipo de nave orbital que está exposto no museu depois de ser usado em testes de voos atmosféricos na década de 1970.

A Enterprise, por sua vez, será levada neste mês para o Museu Marítimo e Aeroespacial Intrepid, em Nova York.
Os outros ônibus espaciais, Endeavour e Atlantis, serão expostos ainda neste ano no Centro de Ciências da Califórnia, em Los Angeles, e no Complexo de Visitantes do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, respectivamente.segurança nacional

Portugal anunciou o envio de uma força naval


Os chefes militares da Guiné-Bissau fecharam o espaço aéreo e marítimo do país, situado na costa oeste da África, e disseram que qualquer violação dessas medidas terá uma "resposta militar", informou o comando das Forças Armadas em um comunicado.
A Junta afirmou que apenas os aviões identificados estarão autorizados a aterrissar no aeroporto de Bissau, que permanece fechado ao tráfego desde quinta-feira. Os militares golpistas anunciaram a decisão depois que Portugal anunciou o envio de uma força naval com o eventual objetivo de retirar cidadãos portugueses e de outras nacionalidades da antiga colônia.
Para esta segunda-feira é esperada a chegada à capital do país africano de uma delegação da Comunidade Econômica dos Estados de África Ocidental (Cedeao) para buscar uma saída à crise. A Cedeao denunciou o levante e exigiu o retorno à legalidade constitucional.
A Junta Militar anunciou no domingo a dissolução de todas as instituições do país e a criação de um Conselho Nacional de Transição cujo mandato e composição serão decididos nesta segunda-feira em reunião entre a junta e alguns partidos políticos.
O golpe de Estado, realizado no dia 12, aconteceu enquanto o país - um dos mais pobres do mundo - se encontrava em pleno processo eleitoral para realizar a segunda rodada das eleições presidenciais fixadas para o dia 29 de abril.
Os responsáveis pelo levante afirmaram que atuam contra um suposto "acordo secreto" entre Guiné-Bissau e Angola - que tem 200 soldados envolvidos com uma ajuda na reforma do Exército guineano - que ameaçaria a soberania nacional.
O golpe de Estado foi condenado pelos Estados Unidos, pela União Africana, a Cedeao, a União Europeia, o Conselho de Segurança das Nações Unidas, e pela antiga metrópole, Portugal, entre outros.
Segundo relatos, um navio de guerra português está a caminho da Guiné-Bissau para possivelmente retirar do pais cidadãos portugueses e outros estrangeiros.
Com informações da agência Reuters..segurança nacional

Pela primeira vez, Força Aérea Brasileira faz exercício de guerra com helicóptero AH-2 Sabre no Sul

O helicóptero AH-2 Sabre, da Força Aérea Brasileira (FAB) participa pela primeira vez de uma manobra no sul do país. Faz parte da frota de 12 helicópteros do exercício operacional da Segunda Força Aérea, o XII FAEX, com sede na Base Aérea de Florianópolis. A aeronave impressiona pelo porte e pela capacidade de combate.

É utilizado em missões de ataque, em casos de alvos de superioridade aérea, como aeronaves em solo e radares. Escolta em missões de resgate em combate, interceptarão e defesa aérea contra inimigos de baixa performance e que voam a baixa altura.

O helicóptero tem a maior capacidade de armamento dos utilizados atualmente pela FAB. Possui um canhão em torreta na proa, com capacidade de tiro em diferentes direções. Conta ainda com a possibilidade de emprego de foguetes e mísseis.

— Devido a possibilidade de utilização de armamento este helicóptero dispõe, intimida qualquer um — afirma o capitão-aviador Márcio André Almeida Coutinho, piloto do Sabre e integrante do Esquadrão Poti.

É utilizado desde 2010 na região norte do país pelo Segundo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação, o Esquadrão Poti, sediado em Porto Velho (RO). A Segunda Força Aérea (II FAE), organização responsável pelas atividades de Patrulha, Busca e Resgate, Operações Especiais e dos helicópteros da Força Aérea Brasileira, realiza, até o dia 20, a partir da Base Aérea de Florianópolis e com voos programados para o litoral Norte do Estado, bem como para as localidades de Jaguaruna, Imbituba, Laguna e Criciúma, a décima segunda edição do exercício FAEX.

Trata-se de um treinamento regularmente executado pela II FAE. O objetivo é treinar os esquadrões envolvidos, desenvolver e validar novas técnicas e táticas de emprego para melhorar a capacidade da Força Aérea Brasileira em sua missão de manter a soberania do espaço aéreo.

É importante destacar o contexto multifuncional de exercícios desta natureza pois, na medida em que são treinados procedimentos focados na defesa do país, também o são aqueles com vistas ao apoio de nossa população em eventos de calamidades, preservação ambiental, controle de nosso intenso tráfego mercante, de policiamento do nosso espaço aéreo e de busca e resgate, dentre outros.

De forma a permitir a realização da FAEX XII, estruturas de comando e controle foram implementadas com a visualização de todos os voos que ocorrerão no Estado, cerca de 770 militares, incluindo-se também os da Marinha e do Exército, foram desdobrados nas cinco localidades, 12 helicópteros, 12 aviões, dentre eles os novos P-3AM e os aviões radares (E-99), além de seis aviões de apoio para o transporte do efetivo desdobrado. O cenário de treinamento é simulado mas o aumento da capacidade de vigiar nossos mares e resgatar vidas em perigo será real...segurança nacional

Feira asiática de armas e equipamentos militares: exposição da Rússia


Mais de 400 artigos mais sofisticados de destino militar são representados por companhias russas na exposição asiática internacional de armamentos e equipamentos militares DSA-2012 em Kuala Lumpur, capital da Malásia (16 – 19 de abril).
A mostra é efetuada de dois em dois anos sob a patronagem do Ministério da Defesa e da Polícia Nacional da Malásia.
No ano em curso, na feira participam mais de 700 companhias de 40 países. As maiores exposições são apresentadas pela Malásia (43 companhias), Estados Unidos (40), Alemanha (45), França (30). A Rússia é representada por 17 empresas defensivas, inclusive por tais produtores conhecidas de armamentos e equipamentos militares como a Uralvagonzavod, uma das maiores produtoras de tanques no mundo. O desenvolvimento da cooperação militar-técnica com países da Região Asiática do Pacífico é prioritária para as companhias do setor da indústria defensiva da Rússia, que se desenvolve de há mutos anos. Hoje, os países da Região Asiática do Pacífico registam um desenvolvimento dinâmico e canalizam meios consideráveis para a sua defesa. Lidera nesta área a China, cujo exemplo é imitado pelos restantes países da região que compram ativamente artigos defensivos, ressalta o redator-chefe da revista Defesa Nacional, Igor Korotchenko:
"Por isso, levando em consideração a importância da região e a atratividade de muitos tipos de armamentos russos, a delegação da Rússia apresenta na exposição em Kuala Lumpur artigos de vanguarda do complexo da indústria defensiva nacional. A Rússia faz boas propostas aos potenciais e existentes parceiros em vários programas. Tal diz respeito em primeiro lugar a aviões de combate. É conhecido que os caças S-30 têm procura estável. Outros tipos de armas russas de boa procura são armamentos das tropas terrestres, meios de DAA, armamentos da guarda costeira, veículos blindados, sistemas de artilharia, armas portáteis especiais e equipamentos das forças antimotim."
Para além de caças polifuncionais – Su-30 e Su-35 – a Rússia faz avançar no mercado asiático aviões de combate da família MiG – MiG-29M e outros, assim como aviões de treinamento militar Yak-130 e helicópteros. Em particular, em 2011, a companhia Rosoboronexport vendeu pela primeira vez à Tailândia um lote de helicópteros Mi-17V-5. Na seção de equipamentos para as tropas terrestres, para além de tanques T-90S e de veículos de apoio de tanques, têm grande interesse sistemas Khrizantema, Kornet-E e Krasnopol-M2. O Krasnopol é destinado para abater com alta precisão alvos separados, os seus projeteis têm ogivas autoguiados por laser. O sistema permite poupar em 100-170 vezes o consumo de munições em comparação com projéteis não guiados.
A Rússia apresenta na Malásia navios Tornado e Guepard, lanchas Mirage, Mangust, Murena-E e submarinos do projeto Amur-1650. Levando em consideração a especificidade dos países da Região Asiática do Pacífico, que têm uma linha costeira prolongada, tem especial interesse para eles diferentes tipos de equipamentos militares navais.
Segundo avaliações de especialistas, Bangladesh, Myanmar e Brunei, cujas Forças Armadas nacionais devem ser modernizadas em breve, têm boas perspetivas para as empresas russas do setor militar industrial...segurança nacional

Míssil indiano Agni V coloca Índia na mesma fila com Rússia e os EUA


Foram concluídos os preparativos para o lançamento do novo míssil balístico indiano Agni V a ser realizado no polígono da ilha Wheeler Island no Golfo de Bengala. O lançamento foi agendado para o dia 18 de abril, podendo igualar a Índia com a Rússia, os EUA e a China que possuem as armas desse gênero.
O Agni V, capaz de trazer a ogiva de uma tonelada, tem peso de 50 toneladas, o comprimento de 17,5 metros e o diâmetro de 2 metros e o alcance de vôo igual a 5 mil km.segurança nacional

domingo, 15 de abril de 2012

Nasa busca novas ideias para missões não tripuladas a Marte


A agência espacial americana (Nasa) anunciou que está buscando novas ideias para missões não tripuladas para explorar Marte, depois que cortes orçamentários vetaram uma aliança prevista com este objetivo com a Agência Espacial Europeia (ESA).
"A Nasa está reformulando o Programa de Exploração de Marte para responder aos objetivos científicos de alta prioridade e ao desafio do presidente de enviar seres humanos a Marte na década de 2030", informou a agência nesta sexta-feira.
Um grupo de planejamento começou a avaliar as possíveis opções para futuras missões, o que poderia implicar o envio ao planeta vermelho de uma nave orbital ou de um veículo robótico que pousará em 2018, dois anos depois do previsto no âmbito da agora inexistente associação com a Europa.
A Nasa lançou um chamado aberto aos cientistas de todo o mundo para "apresentar ideias e resumos online como parte do esforço da Nasa para buscar as melhores e mais brilhantes ideias de investigadores e engenheiros em ciência planetária".
O Instituto Lunar e Planetário apresentará os projetos eleitos em junho em um workshop em Houston, Texas (centro-sul), informou a Nasa. "O workshop será um fórum aberto para a apresentação, discussão e exame de conceitos, opções, capacidades e inovações para avançar na exploração de Marte", informou a Nasa em um comunicado.
"Estas ideias apresentarão uma estratégia para a exploração dos recursos disponíveis, podendo começar em 2018 e abarcando até a próxima década e além", acrescentou. Os detalhes estão em www.lpi.usra.edu/meetings/marsconcepts2012.
Os Estados Unidos tinham previsto colaborar com a Agência Espacial Europeia em um projeto chamado ExoMars, que enviou um orbitador a Marte em 2016 e dois veículos de exploração ao solo do planeta vermelho em 2018. Segundo o acordo ExoMars feito em 2009, a Nasa teria contribuído com US$ 1,4 bilhão para o projeto e a ESA aportaria US$ 1,2 bilhão.
No entanto, estes planos foram anulados em fevereiro, quando um projeto de orçamento fiscal do presidente Barack Obama para 2013 impôs uma redução de US$ 226 milhões ou um corte de cerca de 39% no programa da agência espacial americana de exploração marciana, de US$ 587 milhões a US$ 361 milhões.
John Grunsfeld, administrador associado do Diretório de Missões Científicas da Nasa, disse que ainda se pode esperar uma cooperação europeia ativa nos futuros projetos de Marte.
"Continuamos trabalhando com os europeus. Mais de três quartos das nossas missões atuais representam importantes associações internacionais", disse, citando a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) como exemplo.
No entanto, o futuro da exploração de Marte para a Nasa não envolverá os planos da ExoMars, à exceção de alguns instrumentos dos Estados Unidos previstos para serem incluídos no orbitador de 2016.
A sonda Curiosity da Nasa, conhecida formalmente como Laboratório Científico de Marte, mas apelidada de "máquina de sonhos" por cientistas da Nasa, foi lançada em novembro da Flórida e espera-se que pouse no planeta vermelho no começo de agosto.
A máquina mais avançada já construída até agora para explorar a superfície do vizinho mais próximo da Terra, com custo de US$ 2,5 bilhões, leva seu próprio laboratório de análise de rochas e tem como objetivo buscar indícios de que tenha existido vida em Marte...segurança nacional