Os chefes militares da Guiné-Bissau fecharam o espaço aéreo e marítimo do país, situado na costa oeste da África, e disseram que qualquer violação dessas medidas terá uma "resposta militar", informou o comando das Forças Armadas em um comunicado.
A Junta afirmou que apenas os aviões identificados estarão autorizados a aterrissar no aeroporto de Bissau, que permanece fechado ao tráfego desde quinta-feira. Os militares golpistas anunciaram a decisão depois que Portugal anunciou o envio de uma força naval com o eventual objetivo de retirar cidadãos portugueses e de outras nacionalidades da antiga colônia.
Para esta segunda-feira é esperada a chegada à capital do país africano de uma delegação da Comunidade Econômica dos Estados de África Ocidental (Cedeao) para buscar uma saída à crise. A Cedeao denunciou o levante e exigiu o retorno à legalidade constitucional.
A Junta Militar anunciou no domingo a dissolução de todas as instituições do país e a criação de um Conselho Nacional de Transição cujo mandato e composição serão decididos nesta segunda-feira em reunião entre a junta e alguns partidos políticos.
O golpe de Estado, realizado no dia 12, aconteceu enquanto o país - um dos mais pobres do mundo - se encontrava em pleno processo eleitoral para realizar a segunda rodada das eleições presidenciais fixadas para o dia 29 de abril.
Os responsáveis pelo levante afirmaram que atuam contra um suposto "acordo secreto" entre Guiné-Bissau e Angola - que tem 200 soldados envolvidos com uma ajuda na reforma do Exército guineano - que ameaçaria a soberania nacional.
O golpe de Estado foi condenado pelos Estados Unidos, pela União Africana, a Cedeao, a União Europeia, o Conselho de Segurança das Nações Unidas, e pela antiga metrópole, Portugal, entre outros.
Segundo relatos, um navio de guerra português está a caminho da Guiné-Bissau para possivelmente retirar do pais cidadãos portugueses e outros estrangeiros.
Com informações da agência Reuters..segurança nacional
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