quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Imagens de Bin Laden morto continuam perigosas, diz advogado dos EUA
DAVID INGRAM - Reuters
Vinte meses depois de as forças especiais dos EUA matarem Osama bin Laden, os Estados Unidos informaram na quinta-feira a um tribunal que ainda não estão dispostos a divulgar imagens do cadáver, pois isso pode gerar violência.
Uma corte federal de recursos ouviu argumentos em um processo sobre a necessidade de o governo divulgar imagens em seu poder, conforme a Lei de Liberdade de Informação, de 1966, relativa ao acesso dos cidadãos a certos documentos públicos.
O governo do presidente Barack Obama aponta uma exceção na lei, abrangendo documentos sigilosos por razão de defesa nacional.
"Elas serão usadas para inflamar as tensões. Serão usadas para inspirar ataque retaliatórios", disse o advogado do Departamento de Justiça, Robert Loeb, à Corte de Apelações do Circuito do Distrito de Columbia.
Distúrbios e outras formas de violência podem ameaçar os soldados norte-americanos e também civis no Afeganistão, segundo Loeb.
O governo possui 52 fotos ou vídeos da ação de maio de 2011 em que forças especiais dos EUA mataram Bin Laden após mais de uma década de buscas. As imagens mostram Bin Laden morto na sua casa, em Abbottabad, no Paquistão, e também o transporte do seu corpo para um navio militar dos EUA e o sepultamento em alto-mar, segundo o governo.
A decisão do tribunal de recursos deve levar alguns meses. Em abril, um juiz de instância inferior deu ganho de causa ao governo.
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Novo submarino nuclear russo entra em atividade
STEVE GUTTERMAN - Reuters
A Rússia inaugurou nesta quinta-feira o primeiro de uma nova classe de submarinos a ser usada durante décadas, e o presidente russo, Vladimir Putin, prometeu fortalecer ainda mais a Marinha nacional.
Putin, que tomou posse em maio para um mandato de seis anos, tem enfatizado que a Rússia considera as armas nucleares como uma fonte crucial de segurança e que continuará reconstruindo seu poderio naval após um período de encolhimento que se seguiu ao colapso soviético, em 1991.
O ministro da Defesa, Sergei Shoigu, informou a Putin que o primeiro submarino da classe Borei, movido a energia nuclear, entrou em serviço. A embarcação se chama Yuri Dolgoruky e estava sendo construída desde 1996.
Shoigu conversou com Putin por videolink a bordo do submarino de 170 metros, projetado para transportar 16 mísseis balísticos intercontinentais de um novo tipo, chamado Bulava.
"Camarada comandante-em-chefe! A embarcação foi entregue à Marinha russa", disse Shoigu a Putin, numa mensagem exigida pela TV estatal a partir do estaleiro Sevmash, no porto de Severodvinsk, no mar Branco.
Naquele momento, o presidente russo visitava a base naval de Severomorsk, no mar de Barents.
"O desenvolvimento de uma Marinha poderosa e eficaz é uma das principais prioridades da Rússia", disse Putin. "Só vamos aumentar o ritmo, a renovação e o desenvolvimento da frota."
Putin acrescentou que o governo reservou 4 trilhões de rublos (132 bilhões de dólares) até 2020 para modernizar as forças navais.
Ele reiterou os planos para colocar em funcionamento nesse período oito submarinos Borei, projetados para lançar mísseis intercontinentais, além de oito submarinos do tipo Yasen, menores, mas também movidos a energia nuclear.
O almirante Viktor Chirkov, comandante da Marinha russa, disse que o Yuri Dolgoruky deve entrar em prontidão para combates no começo de 2014, após uma série de exercícios, segundo a agência estatal de notícias RIA.
Em 2010, Rússia e Estados Unidos firmaram um importante tratado que estabelece limites mais rigorosos para o tamanho dos arsenais nucleares de longo alcance acumulados durante a Guerra Fria.
Mas, embora tenha sido limitado, o número de ogivas e veículos de lançamento, como os submarinos, continua sendo suficiente para devastar o mundo, e Putin deixou claro que a Rússia continuará modernizando seu arsenal.
(Reportagem adicional de Alexei Anishchuk)
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O arsenal do Irã
Gilles Lapouge - O Estado de S.Paulo
Uma questão que ocupava de maneira obsessiva a diplomacia ocidental desapareceu há alguns meses dos radares: já não se fala mais dos progressos realizados pelo Irã para se dotar de uma arma nuclear.
Paralelamente, não se evocam mais os bombardeios que Israel, ou os Estados Unidos, poderiam realizar para erradicar as instalações nas quais engenheiros e operários estariam preparando uma bomba atômica iraniana.
Esse silêncio tem razões políticas: os dois países aptos a lançar uma ação militar, Israel e Estados Unidos, estavam indisponíveis. Os Estados Unidos tinham a eleição presidencial de 6 de novembro e Israel vai votar no dia 21 para definir se o atual governo se mantém.
Isso não significa que Teerã tenha acalmado seus ardores. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ligada à Organização das Nações Unidas, diz o contrário: "O programa iraniano não vai parar. Cada mês, este país instala duas novas cascatas de centrífugas".
Depois que essas duas disputas eleitorais ficarem definitivamente para trás, é bem provável que o perigo nuclear iraniano volte à baila. Mas o problema poderá mudar de figura.
Até o ano passado, Israel estava impaciente para agir, para lançar bombas e Barack Obama temperava esses arroubos militares, chegando a "repreender" o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, que não gostou nem um pouco.
Hoje, Israel se sente um pouco ultrapassado pelos acontecimentos. A verdade é que o Irã enterrou seus sítios nucleares tão profundamente no subsolo que a aviação israelense já não será capaz de destruí-las.
Somente a aviação americana tem meios militares suficientemente poderosos para realizar semelhante operação.
Barack Obama não tem escapatória. O que ele vai decidir? É verdade que ele prometeu que não deixaria o Irã dominar a arma nuclear. Mas ele fez essa promessa a contragosto. Aliás, ele também declarou que encerraria a "década de guerra" da era Bush.
O presidente americano disse também que tal operação poderia provocar uma escalada dos preços do petróleo e, com toda certeza, uma explosão do mapa político desse Oriente Médio instável. Sabe-se também que o Irã construiu meios de defesa antiaéreos formidáveis ao redor de seus sítios nucleares.
No entanto, embora os israelenses reconheçam que não têm a capacidade para realizar a operação sozinhos, eles continuam decididos a pressionar de todas as formas os Estados Unidos.
O período que se abrirá após as eleições israelenses do dia 21 será propício. Seja qual for o resultado (Netanyahu ou não), o futuro gabinete israelense será composto de "falcões".
Israel fará de tudo então para arrastar os Estados Unidos para uma ação militar. Mas a maioria dos ministros israelenses não confia em Obama e desconfia que ele prefere contemporizar.
Netanyahu e seus ministros têm adotado um discurso de viés alarmista. Eles argumentam que é preciso agir muito rápido contra o Irã: "O ponto de máximo perigo será atingido no dia em que os iranianos dispuserem da quantidade de urânio para fabricar uma arma atômica, ou seja, 250 quilos de urânio enriquecido a 20%, e eles estão fabricando regularmente 15 quilos por mês. Um simples cálculo permite concluir que restam aos americanos e ao Ocidente aproximadamente seis meses para agir".
Esses cálculos, esse prazo de seis meses, circulam em Israel há algumas semanas. E constata-se que foram retomados, sem citar sua origem, por alguns meios de comunicação importantes do Ocidente, como se Israel tivesse conseguido impor aos ocidentais, conscientemente ou não, seu próprio calendário. / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK
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Voo não tripulado: Mais Global Hawks são entregues para a Força Aérea dos Estados Unidos
Com 35,2 m de envergadura, o Global Hawk pode voar 42 horas ininterruptas ou percorrer uma distância de quase 25.000 km voando à 19.810 m de altitude sem reabastecimento (Foto Northrop Grumman)
A Northrop Grumman Corporation anunciou a entrega de mais duas aeronaves não tripuladas Global Hawk para a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) antes do prazo previsto, no final de novembro último.
Em 2012, três novos Global Hawk foram entregues para a USAF e cinco aparelhos do modelo entregues anteriormente completaram a instalação de sensores adicionais que permitirão a coleta de múltiplos tipos de dados de inteligência durante uma única missão.
Um total de 37 Global Hawk foi recebido pela USAF até o momento.
O Northrop Grumman Global Hawk é um veículo aéreo não tripulado da classe HALE (High Altitude - Long Endurance - grande altitude – voo de longa duração). Impulsionado por um único motor Allison Rolls Royce AE300 7 H e construído com materiais avançados, é o maior avião não tripulado construído até o hoje e o mais avançado avião de reconhecimento do mundo. Com 35,2 m de envergadura, ele pode voar 42 horas ininterruptas ou percorrer uma distância de quase 25.000 km voando à 19.810 m de altitude sem reabastecimento. Criado para substituir os lendários U-2 e SR-71, o Global Hawk não precisa retornar à base para acesso aos dados coletados. É capaz de transmitir via satélite em tempo real às imagens e dados coletados por sua sofisticada suíte de sensores, a qual pode variar de acordo com o tipo de missão que a aeronave irá desempenhar. O Global Hawk é capaz de realizar missões de maneira totalmente autônoma, incluindo as operações de decolagem e aterrissagem.
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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
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