quarta-feira, 10 de julho de 2024

Chefe do Exército Brasileiro vai à China e visita indústria de armas em meio à negociação da Avibras

Chefe do Exército Brasileiro vai à China e visita indústria de armas em meio à negociação da Avibras

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Na segunda-feira (8), o ministro da Defesa Nacional da China, Dong Jun, reuniu-se com o comandante do Exército Brasileiro, Tomás Ribeiro Paiva. Na quinta-feira (11), será a vez de Tomás Paiva visitar a empresa chinesa Norinco, a qual negocia com Brasil sua participação na Avibras.
No encontro entre Dong e o comandante brasileiro, que aconteceu em Pequim, o chefe da Defesa chinesa observou que as relações entre as duas forças armadas "desfrutam de uma base sólida de cooperação e amplos interesses comuns, e o aprofundamento dessa relação tem amplas perspectivas".

Dong instou os dois lados a aprimorarem os intercâmbios, aprenderem um com o outro e levarem as relações militares China-Brasil a um novo patamar, relatou a agência Xinhua.

Em resposta, Tomás Paiva disse que o Exército Brasileiro está disposto a fortalecer ainda mais a comunicação e os intercâmbios com seu homólogo chinês e aprofundar a cooperação em vários campos.
Além do ministro da Defesa, o comandante brasileiro teve uma audiência com o comandante da força terrestre do Exército de Libertação Popular (ELP) da China e programou visitas à 3ª Divisão de Guardas do ELP e à Universidade de Defesa Nacional, entre outros compromissos na capital chinesa, segundo a Folha de S.Paulo.
O comandante do Exército, general Tomás Paiva, e o ministro da Defesa Nacional da China, almirante Dong Jun, durante encontro em Pequim, em 8 de julho de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 10.07.2024
O comandante do Exército, general Tomás Paiva, e o ministro da Defesa Nacional da China, almirante Dong Jun, durante encontro em Pequim, em 8 de julho de 2024
A visita à Norinco, que acontecerá amanhã (11), surge em meio às negociações do Brasil, as quais estão tendo destaque no governo Lula, para resgatar a Avibras que está há dois anos em recuperação judicial.
Já a Norinco, criada em 1980, fabrica desde drones e mísseis até armas leves e munição, tendo se expandido para a engenharia civil, com projetos de grande porte em países como Iraque e Croácia, parte da Iniciativa Cinturão e Rota.
A Avibras despertou o interesse não só da China como da australiana DefendTex e uma dos Emirados Árabes Unidos.
O interesse chinês foi expresso em uma carta enviada ao governo brasileiro no dia 13 de junho, depois de uma desistência temporária da DefendTex anunciada pelo ministro da Defesa, José Múcio.
Astros II, sistema de lançadores múltiplos de foguetes fabricado pela empresa brasileira Avibras, dispara um projétil - Sputnik Brasil, 1920, 22.06.2024
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A eventual participação chinesa na Avibras não é vista como algo inusitado, dado que sua indústria bélica já vem participando regularmente de licitações brasileiras, tendo perdido o fornecimento de obuseiros, por exemplo, por divergência de calibre. Em uma concorrência para veículos blindados, perdeu para Itália.
diversificação seria uma característica dos armamentos brasileiros hoje, com os Estados Unidos, por exemplo, fornecendo helicópteros. Da Índia, país visitado pelo comandante do Exército antes de ir à China, o interesse é comprar o sistema de artilharia antiaérea Akash, desenvolvido pela Bharat, mas para tanto será necessário um acordo governo a governo, escreve a Folha.
No entanto, sobre as negociações da Avibras, não se espera que o negócio seja fechado logo, em parte por envolver outros órgãos, como Itamaraty e o próprio Judiciário, além de Brasília já ter recebido um alerta dos norte-americanos sobre a transação com os chineses.
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