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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

O Brasil vai comprar fragatas britânicas usadas?

O que significa superioridade de drones russos sobre análogos norte-americanos?

A Rússia está atingindo melhores resultados do que os EUA no que se trata de sistemas de combate não tripulados, afirma um artigo em uma revista norte-americana. Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista militar Vladimir Kozin comentou a situação.

A Rússia está atingindo melhores resultados do que os EUA no que se trata de drones, lê-se no artigo do especialista norte-americano Samuel Bendett, publicado na edição Defence One.
O autor do artigo destacou que, em comparação com os análogos norte-americanos, os drones de reconhecimento russos são menores, mais simples e mais baratos. Além do mais, mostram excelentes resultados, dando plena confiabilidade aos usuários.
Além disso, a Rússia está alcançando os EUA na área de drones de ataque. No terceiro trimestre do ano passado, a Rússia demonstrou seu drone Orion, capaz de voar por muito mais tempo, e até 2020 o exército russo receberá drones da MiG e da Sukhoi. Segundo o especialista, o Ministério da Defesa russo está mantendo negociações sobre a criação de "enxames de drones com inteligência artificial".
Quanto aos aparelhos terrestres, a edição assinalou que Moscou já está utilizando ativamente robôs para desativação de minas, bem como para vigilância. Ademais, o analista enfatizou que a Rússia está se preparando para adotar ao serviço robôs de combate pesados, inclusive Uran-9, Vikhr, e robôs médios como Nerekhta e Platforma-M.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista militar Vladimir Kozin comentou as conclusões de seu colega norte-americano.
"Trata-se de um tipo de armamento bem perspectivo, já que em drones podem ser instalados mísseis e outros sistemas de fogo e, sem dúvidas, estes aparelhos também podem ser usados como meios de reconhecimento, observação do terreno, bem como para fotografar e filmar. Ou seja, vou frisar mais uma vez que se trata de um campo perspectivo, e a Rússia precisa se focar nestas duas direções: sistemas militares de ataque e de reconhecimento, tanto leves como pesados", assinalou o especialista.

Mídia: EUA criarão conexão 5G para se proteger da ameaça chinesa

Estados Unidos planejam criar a futura geração de telecomunicação móvel 5G para proteger-se da ameaça proveniente da China.

Um grupo responsável pela segurança nacional da administração do presidente dos EUA, Donald Trump, tenciona elaborar a telecomunicação móvel 5G para evitar ameaças chinesas, informa a edição Axioscitando os documentos oficiais disponíveis.
"Os oficiais […] estão considerando uma opção de apreensão sem precedentes de parte da rede móvel nacional para proteção contra a China", revela a edição.
De acordo com os documentos, "EUA precisam elaborar um novo sistema nacional 5G centralizado em três anos", comunica.
Em particular, nos próximos seis ou oito meses serão examinadas as possibilidades de distinguir fundos para o projeto.
Tal necessidade apareceu devido às posições principais que a China ocupa hoje quanto à produção e funcionamento da infraestrutura de telecomunicações. Nos documentos destaca-se também que a China "se tornou um agente perigoso na esfera da informação".
De acordo com a edição, existem somente dois cenários de desenvolvimento do novo tipo de conexão: o governo criará uma única rede nacional ou permitirá aos fornecedores privados de criarem suas próprias redes de telecomunicação móvel 5G.
No entanto, o documento sublinha que "o segundo cenário não é a melhor opção", pois "só uma rede única e centralizada é necessária para proteger os EUA da China e outros agentes perigosos".
Entretanto, os especialistas nessa área avisam que "o reverso" desse projeto será a "interferência agressiva" do governo em funcionamento do mercado onde operam fornecedores privados. Eles supõem que se a primeira opção for escolhida, "violará os planos das maiores empresas tecnológicas e de telecomunicações".

Apesar dos avisos da Turquia, EUA não planejam sair da cidade síria de Manbij

Os EUA não planejam retirar suas tropas da cidade síria de Manbij apesar das advertências da Turquia, declarou na segunda-feira (29) o chefe do Comando Central dos EUA, general Joseph Votel.
"Retirar as fo
rças norte-americanas de Manbij não é algo que procuramos fazer", comunicou o canal CNN, citando Votel.
Assim, as tropas norte-americanas correm risco de ser apanhadas pelo progresso militar da Turquia no norte da Síria se Ancara cumprir sua promessa de avançar na área.
Mais anteriormente neste mês, o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, declarou que Ancara não vai limitar medidas de precaução contra as Unidades de Proteção Popular (YPG) ao distrito de Afrin síria e que pode vir a se mover a Manbij, também na província de Aleppo.
O ministro das Relações Exteriores turco declarou que, em comparação com as promessas dos EUA, as cidades de Manbij e Raqqa não foram governadas por conselhos locais depois de terem sido libertas do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia), mas ficaram nas mãos do Partido da União Democrática (PYD), considerado afiliação do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que consequentemente é designado como organização terrorista pela Turquia.
Após a declaração de Cavusoglu, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, declarouque as forças turcas vão limpar completamente a região dos terroristas, começando com a cidade síria de Manbij e ao longo de toda a fronteira turco-síria.

Rapidez, precisão e nova interface: EUA modernizam seu principal míssil antinavio

A Marinha dos EUA está a ponto de ter em seu arsenal a nova versão do míssil antinavio Harpoon Block II+ depois de a Marinha ter efetuado com êxito um voo de teste com o míssil no caça F/A-18.

O teste aconteceu em 22 de janeiro na base naval do condado de Ventura, Califórnia, para saber se o novo Harpoon Block II+ responde corretamente à nova atualização de "software" do caça, informa o portal Navy Recognition.
"A atualização System Configuration set H12E e sua instalação corresponde a anos de planejamento, design, engenharia e testes, que englobam várias entidades dos EUA", de acordo com o diretor do programa Harpoon, comandante Jon Schiffelbein.
O próprio Schiffelbein assinalou que está extremamente orgulhoso de oferecer a precisão de ataque aos efetivos do exército com flexibilidade necessária para enfrentar ameaças.
O míssil antinavio, que fará parte da Marinha norte-americana, conta com novo sistema GPS mais seguro e uma nova interface de conexão de dados capaz de realizar atualizações em pleno voo. Além do mais, o míssil poderá selecionar alvos com mais facilidade e possui opção para abortar lançamento e maior proteção contra guerra eletrônica.
O Harpoon Block II+ é o principal míssil antinavio do exército norte-americano, que está há mais de 40 anos em serviço.
Ele é uma resposta atrasada aos avanços do míssil antinavio supersônico russo-indiano BrahMos, considerado por designers de mísseis como "o melhor míssil do mundo".
Tem alcance de 400 quilômetros e uma ampla gama de trajetórias de voo para alcançar alvos. É três vezes mais rápido que o som e conta com o sistema de guia simplificado e uma alta efetividade contra a defesa antiaérea.
O foco da empresa conjunta atualmente é elaborar o potente míssil para o uso aéreo, em particular, para que os Su-30MKI da Força Aérea da Índia e, por consequência, os Su-30SM russos, possam vir a lançar projétil antinavio, criando ferramenta definitiva de dissuasão.

Trauma' grave: como tanques alemães perderam seu prestígio após experiência na Síria

Desde a época da Segunda Guerra Mundial, os tanques alemães mantiveram uma reputação impecável. Assim acreditava a Turquia, que recorreu a seus Leopard 2A4 contra os terroristas na Síria, mas o resultado acabou sendo "traumático": os blindados alemães sofreram grandes danos perante armamentos que nem sempre eram de ponta.
Os tanques Leopard 2 alemães disputam com projetos comprovados como o M1 Abrams dos EUA e o Challenger 2 britânico o título do melhor do mundo, mas seu desempenho na Síria deu um forte golpe na imagem de um blindado quase indestrutível, escreve Sebastien Roblin em seu artigo para The National Interest.
Com sensores potentes e uma blindagem espessa, os Leopard 2 são representam toda uma força no campo de batalha.
Porém, de fato, não têm visto combate suficiente até o momento.
No início dos anos 2000, Berlim vendeu 354 tanques descomissionados Leopard 2A4 a Ancara, escreve o jornalista.

Em 2016, estes blindados entraram em combate na fronteira com a Síria no âmbito da Operação Escudo do Eufrates contra o grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e em outros países).

Nos combates perto da cidade de Al-Bab, o Exército turco perdeu ao menos dez blindados, destroçados pelos explosivos caseiros e mísseis antitanque, o que os militares da Turquia qualificaram de "um trauma" em conversações com seus colegas alemães.

A principal razão dessas perdas é, de fato, o uso descuidado dos veículos perante uma guerra de guerrilha, afirma Roblin.
Sem serem acompanhados pela infantaria e sem um perímetro de defesa adequado, os tanques turcos acabaram sendo um alvo fácil para as emboscadas.
Ao ver a ineficácia de seu equipamento bélico em missões de contrainsurgência, Ancara pediu a Berlim para que modernizasse seus blindados com sistemas de defesa mais modernos e convenientes para missões deste tipo, semelhantes às modificações mais recentes do Leopard, o 2A6 e 2A7.
No entanto, o caso foi complicado pela seletividade de Berlim na hora de vender equipamentos e as tensões políticas entre os dois países, sublinha o autor.
A detenção do jornalista de dupla nacionalidade turco-alemã, Deniz Yucel, enfureceu Berlim, enquanto a ofensiva turca contra os curdos na Síria basicamente acabou com as chances para melhorias, ao menos em curto prazo.
Desta forma, a Turquia ficará com seus Leopard 2 atuais, pouco protegidos contra os mísseis antitanque, tanto dos terroristas como das milícias curdas, "até que chegue um momento mais oportuno politicamente" para retomar a negociação do acordo, concluiu o autor.

Por que Su-57 russo é problema para OTAN?

"A OTAN tem problemas", assim começa o artigo do jornalista Viribus Unitis, publicado no jornal Contra Magazin. Segundo o autor, os países da Aliança simplesmente não têm nenhum avião capaz de fazer frente ao caça russo de quinta geração, Su-57.

O melhor avião da OTAN é o caça polivalente de quarta geração Eurofighter, afirma. No entanto, os F-22 e F-35 norte-americanos, segundo o jornalista, "são ridículos em termos de rendimento e manobrabilidade".
"A revolução norte-americana no desenvolvimento de aviões levou a uma degeneração de toda a Força Aérea e também contamina outras Forças Aéreas da OTAN. Infelizmente, os EUA não fizeram o que fizeram os russos que optaram por uma evolução do Su-24 (todavia em uso, em particular, na Síria), Su-27, Su-30 e Su-35 para Su-57", lamenta Unitis.
Entre os aviões norte-americanos, o autor destaca somente o F-18 Super Hornet que continuou evoluindo, podendo ser equivalente ao Eurofighter.
"Mas nenhum deles se aproxima do Su-57", concluiu o jornalista.

Ataquem novamente e destruiremos o aeroporto de Tel Aviv!", mensagem de Assad para Israel

Especialista prevê vitória de Bolsonaro e desvela campanha para minar esquerda no Brasil

Em 24 de janeiro, o ex-presidente brasileiro, o petista Luiz Inácio Lula da Silva, foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) em segunda instância, com uma pena prolongada de 9 para 12 anos.

Na sequência, foi também ordenada a apreensão de seu passaporte, o que significa que Lula, a partir de agora, não pode sair do país. Enquanto isso, o PT se apressou a anunciar a pré-candidatura do político apesar da condenação.
Aleksandr Chichin, diretor da Faculdade de Ciências Econômicas e Sociais da Academia de Economia Nacional e Administração Pública russa, compartilhou com o serviço russo da Rádio Sputnik sua opinião em relação ao assunto
É uma decisão bem previsível. Porém, o aumento da pena era bem imprevisível, a meu ver. Bem poderia se limitar ao prazo que já havia, é o bastante para privar uma pessoa de 72 anos da hipótese de participar [das eleições]", sublinhou o especialista.
Entretanto, Chichin sublinhou que ainda não é completamente claro se Lula na verdade não terá chance de se candidatar às presidenciais de outubro do ano corrente.
A coisa é que ele foi condenado pelo Tribunal em segunda instância, o que significa que ainda pode recorrer ao Supremo Tribunal. Segundo, quanto à proibição de ocupar quaisquer postos eleitos, ele ainda pode se dirigir também ao Tribunal Superior Eleitoral. De fato, este pode lhe permitir participar, embora a lei nacional de fato diga que, caso a decisão seja tomada pelo Tribunal em segunda instância, nem o Supremo Tribunal, nem o Tribunal Superior Eleitoral o devem fazer", explicou.
O especialista opina que o fator mais grave nesta situação não é a hipótese de Lula não poder participar das próximas eleições, mas o ato de "expulsar" do panorama político o maior partido do país que governou por mais de 10 anos. Isto, em sua opinião, foi o resultado da ascensão drástica das posições do petista nas sondagens.
Para o atual presidente brasileiro, Michel Temer, o perigo de que Lula volte a ser presidente tem sido absolutamente real. Por isso, foi preciso ativar a máquina judiciária. Não havia outro jeito, pois todas as sondagens têm indicado que Lula da Silva pode voltar ao poder", enfatizou.
Ademais, o analista indicou Jair Bolsonaro como o mais provável vencedor da disputa eleitoral em 2018, por ele ser o segundo melhor colocado e por a esquerda brasileira estar muito enfraquecida e dividida.
Ao falar sobre as relações dos países latino-americanos, Chichin relembrou a chamada "virada à esquerda" no continente e até se referiu a algumas "teorias da conspiração", levando em conta que em muitos países da região "contagiados pela febre populista" os grandes líderes começaram a sofrer de doenças graves ao mesmo tempo.
Tudo começou em 2008, quando foi revelado… Há pouco, o WikiLeaks publicou estes dados, sobre o período de 2008 em que o Departamento de Estado e a CIA dos EUA exigiram à embaixada estadunidense no Paraguai que apresentasse os códigos de ADN de todos os presidenciáveis", relembrou.
Já depois, as autoridades norte-americanas começaram a promover uma política que sempre fizeram, a de promoção dos seus interesses nacionais no território latino-americano, apoiando os candidatos vantajosos para si (basta se referir à figura de Macri, atual presidente argentino). Em vários casos, como, por exemplo, na Venezuela, ressalta Chichin, Washington optou pelo caminho de "asfixia" através das sanções.
"Seu interesse pelo Brasil está absolutamente claro. Caso não consigam manter Temer e a continuidade da política pró-americana, então voltará o PT e haverá uma virada para o lado completamente oposto", sublinhou.

China ofertará fragata Tipo 054 ‘ocidentalizada’ no Programa Tamandaré

Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Naval
O setor do Material da Marinha do Brasil (MB) lida com a informação de que um dos estaleiros chineses participantes do programa Classe Tamandaré (antigo Projeto Corvetas Classe Tamandaré) se prepara para oferecer ao país as fragatas stealth de emprego geral Tipo 054, de 3.600 toneladas (deslocamento padrão, e 4.053 toneladas carregada).
De acordo com a informação obtida pelo Poder Naval, a oferta envolveria uma Tipo 054 “ocidentalizada” – isto é, dotada de sistemas produzidos no Ocidente selecionados pelos militares brasileiros, em áreas como propulsão, sensores (radar e sonar) e armamento.
A proposta chinesa referente ao navio ainda não chegou à Marinha, mas, entre alguns oficiais, já despertou a lembrança (positiva) de que, na última semana de outubro de 2013, uma Tipo 054A – a Liuzhou – operou com a Marinha do Brasil ao largo do Rio de Janeiro.

Valores – Em dezembro de 2016, o editor sênior da revista eletrônica japonesa “The Diplomat”, Franz-Stefan Gady, assinou um artigo (intitulado “China Commissions New Stealth Warship Into East Sea Fleet”) informando que a construção do navio (para a Marinha do Exército de Libertação Popular da China) ficou em torno dos 348 milhões de dólares.
Mas é pouco provável que esse custo possa servir de base a um negócio de exportação, ainda mais para uma embarcação customizada, isto é, com vários de seus equipamentos incorporados por opção do cliente.
No início de fevereiro de 2013 o blog israelense Defenseupdates, já havia noticiado – com base em informações apuradas pelo grupo Jane’s – que os chineses ofereceram duas fragatas Tipo 054A à Marinha da Tailândia por 1 bilhão de dólares.
Nessa época os tailandeses já operavam quatro fragatas chinesas da classe 053 (dotadas de equipamentos não-chineses de diversas procedências), mas dessa vez o governo de Bangkok deu preferência a uma oferta de navios feita pela indústria naval sul-coreana.
A 054A oferecida à Tailândia era uma embarcação, segundo os fabricantes, de assinatura radar reduzida, propulsão CODAD fornecida por quatro motores SEMT Pielstick Type 16 PA6 STC, produzidos sob licença na China, e armamento-padrão chinês:
  • Um canhão de duplo propósito PJ26 de 76 mm;
  • 2 lançadores quádruplos dos conhecidos mísseis superfície-superfície C-802A (para alvos navais e de terra);
  • 4 lançadores (de oito contêineres) tipo VLS para mísseis antiaéreos HQ-16 (ou foguetes antissubmarino com torpedos, semelhantes ao VL-ASROC americano); os mísseis HQ-16 possuem 5,5 m de comprimento, medem 0,35 m de diâmetro, pesam 680 kg (cabeça-de-guerra de 65 kg) e representam uma clara evolução dos vetores russos superfície-ar K9 (codinome OTAN, SA-N-7);
  • 2 canhões de tiro rápido, tipo CIWS, H/PJ12 7, de 30 mm, para defesa antiaérea de ponto (a curta distância); e
  • 2 lançadores triplos de torpedos de 324 mm.
Rússia e Malaísia também se interessaram pela fragata Tipo 054 chinesa, que já possui uma versão plus (Tipo 054A+) e um desenvolvimento para nova propulsão diesel-elétrica.
O projeto da embarcação foi desenvolvido na North Bureau, uma consultoria naval da cidade russa de São Petersburgo (berço da maior parte dos projetos da Marinha Russa), responsável pela forte ênfase no design de linhas furtivas (casco com um mínimo de angulações).