domingo, 14 de outubro de 2018

Marinha pode gerar milhares de empregos com navios em Suape. Licitação sai dia 30

A licitação das corvetas da Marinha, para patrulhamento e defesa do Atlântico Sul, representa milhares dUniram todos os políticos da Bahia pra isso”, afirma uma fonte do governo Federal.
Já aconteceram vários adiamentos da compra.
Uma das dúvidas é se a licitação ficará para ser decidida pelo próximo presidente, eleito dia 28 deste mês.
A indústria naval da Bahia e Ceará também tem interesse no projeto.
A construção das quatro corvetas para a Marinha representa investimentos de US$ 1,6 bilhão que poderiam manter o estaleiro de Suape operando por pelo menos mais seis anos.
O problema é que esta licitação, lançada em dezembro de 2017, acabou sendo retardada, pela “necessidade de obtenção de informações adicionais”, segundo a Marinha.
Inicialmente, os três estaleiros que vão participar da fase final do certame seriam anunciados em agosto. Essa decisão ficou para outubro. O vencedor só será definido no fim do ano.
O chamado Projeto Corveta Classe “Tamandaré”, da Marinha do Brasil, também é acompanhado pelo TCU. A Marinha do Brasil já disse que desde o mês de fevereiro deste ano, tomou a iniciativa de procurar o referido Tribunal e apresentar todos os dados relativos ao Projeto Corveta Classe “Tamandaré”.
“A partir de então, três reuniões técnicas subsequentes foram realizadas, que buscaram a manutenção e a preservação da segurança jurídica e gerencial necessárias a esse projeto de grande importância estratégica para o país”.
Foram recebidas, após a análise documental, 09 (nove) propostas comerciais de empresas nacionais e internacionais que foram analisadas sob os pontos de vista técnico, jurídico, fiscal e orçamentário/financeiro, para o processo de escolha de melhor oferta:
  • BAE Systems, CONSUB Defesa Tecnologia S.A. e MAC LAREN Oil Estaleiros Ltda.
  • Consórcio “ÁGUAS AZUIS” – ATECH Negócios em Tecnologias S.A, EMBRAER S.A e THYSSENKRUPP Marine Systems GmbH, contando com as seguintes empresas subcontratadas: ARES Aeroespacial e Defesa S.A, Fundação EZUTE, OCEANA Estaleiro S.A, OMNISYS Engenharia Ltda, SKM Eletro Eletrônica Ltda e WEG equipamentos elétricos S.A.
  • Consórcio “DAMEN SAAB TAMANDARÉ” – DAMEN Schelde Naval Shipbuilding B.V e SAAB AB, contando com as seguintes empresas subcontratadas: CONSUB Defesa e Tecnologia S.A, WEG equipamentos elétricos S.A, e WILSON SONS Estaleiros Ltda.
  • Consórcio “FLV” – FICANTIERI S.p.A, LEONARDO S.p.A e VARD PROMAR S.A., contando com as seguintes empresas subcontratadas: Fundação EZUTE e ARES Aeroespacial e Defesa S.A.
  • Consórcio “VILLEGAGNON” – NAVAL GROUP, ENSEADA Indústria Naval S.A e MECTRON S.A.
  • GOA Shipyard Limited, INDÚSTRIA NAVAL DO CEARÁ (INACE), Fundação EZUTE e SKM Eletro Eletrônica Ltda.
  • GRSE – Garden Research Shipbuilder Engineers, ELBIT Systems Ltd e SINERGY Group Corporate.
  • STM, Estaleiro BRASFELS Ltda., Fundação EZUTE, THALES, e OMNISYS Engenharia Ltda.
  • UKRINMASH, THALES e AMRJ.
e empregos para Pernambuco, no porto de Suape.
De acordo com informações de bastidores, o senador eleito Jaques Wagner e o governador reeleito Rui Costa, ambos do PT, estão fazendo um forte lobby pelo consórcio baiano.

Vard Promar é o representante de Pernambuco na disputa
No final de agosto, prestes a concluir suas últimas encomendas, o Estaleiro Vard Promar ameaçou com a possibilidade de desligar boa parte da mão de obra caso não consiga novos contratos.
O empreendimento emprega 700 pessoas em Suape.
O vice-presidente sênior do Vard Promar, Guilherme Coelho, já explicou que o estaleiro vai concluir suas três últimas encomendas neste ano.
Em outubro, serão entregues um navio gaseiro para a Transpetro e o píer flutuante do Porto de Kingston. Sobrará, então, apenas uma embarcação, a Skandi Olinda, que requer menos mão de obra.
“Outubro será um momento relevante, porque vamos entregar essas duas obras. Estamos discutindo o número exato de funcionários que serão necessários depois disso. Mas, com certeza, é um número bem inferior aos atuais 700”, afirmou em agosto, na imprensa local.
O Vard Promar disse que as demissões poderiam ser evitadas com políticas federais que evitassem a redução do conteúdo local na frota nacional ou liberassem recursos para a renovação da frota da Marinha.
A maior esperança do Vard Promar está no certame que vai licitar a construção de quatro corvetas para a Marinha.

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