terça-feira, 24 de julho de 2018

Irã fechará estreito de Ormuz se EUA impedirem exportações de petróleo, avisa exército

Caso os EUA e seus aliados impeçam as exportações de petróleo iraniano, as Forças Armadas iranianas defenderão os interesses do país, avisou o general de brigada Kiomars Heidari, comandante das Forças Terrestres do Exército iraniano.
O general assegurou que as Forças Armadas apoiam a posição do presidente Hassan Rouhani sobre o estreito de Ormuz, segundo a edição Fars News
.Apoiamos a advertência do presidente Rouhani de fechar o estreito de Ormuz. As Forças Armadas do Irã avisaram sobre isso há anos", disse. 
Anteriormente, o chefe do Corpo de Guardiões da Revolução islâmica, o general Mohammad Ali Jafari, já tinha feito um aviso parecido.
Estamos prontos a pôr em prática a posição recente do presidente Hassan Rouhani de que, se Teerã não for capaz de exportar seu petróleo através do estreito de Ormuz, nenhum outro país o poderá fazer", disse Jafari.
Enquanto isso, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse que Washington está tentando recuperar a posição de que desfrutava no Irã antes da Revolução Islâmica de 1979 e não parará até o conseguir.
Por sua parte, o presidente iraniano afirmou que Teerã continuará cooperando com a Europa caso as negociações que decorreram em 6 de julho em Viena mostrem bons sinais.
Porém, destaca a edição, as negociações em Viena entre os ministros das Relações Exteriores do Irã e de cinco potências (China, França, Alemanha, Rússia e Reino Unido) sobre o programa nuclear iraniano não ofereceram nada de novo.
Posteriormente, o parlamento iraniano revelou uma lista de medidas para mitigar os efeitos negativos das sanções norte-americanas. Segundo a Fars News, o plano consiste em um pacote de medidas sociais e culturais para fomentar a economia e a infraestrutura iranianas frente às restrições dos EUA, que entrarão em vigor em 4 de novembro.
Em maio, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a retirada do seu país do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), conhecido como acordo nuclear do Irã.
O líder estadunidense decidiu voltar a impor sanções contra Teerã, que haviam sido canceladas após o compromisso do Irã de manter apenas um programa nuclear civil.

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