terça-feira, 29 de maio de 2018

Combustível para protestos: após caminhoneiros, petroleiros também anunciam greve

Em meio ao caos provocado pela greve dos caminhoneiros, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) também anunciou uma paralisação de 72 horas para protestar contra as políticas do atual governo para o setor dos combustíveis. Em entrevista à Sputnik Brasil, o diretor da FUP, Simão Zanardi, esclareceu melhor os motivos de sua mobilização.
De acordo com Zanardi, que é também presidente do Sindicato de Petroleiros de Duque de Caxias (Sindipetro), as mudanças anunciadas pela Petrobras no ano passado, como o repasse de refinarias e terminais de logísticas para parceiros e o alinhamento dos preços da gasolina, do diesel e do gás liquefeito de petróleo (GLP) ao mercado internacional, foram percebidas pelos trabalhadores da área como fonte de grandes prejuízos para o povo brasileiro, uma vez que essas alterações teriam como único objetivo atender os interesses de acionistas e empresários estrangeiros. Para ele e seus colegas, essas e outras medidas adotadas pela atual administração não fazem sentido do ponto de vista da população e estão mergulhando o país numa grande crise. 
A paralisação convocada pela FUP, a partir do primeiro minuto de quarta-feira, 30 de maio, visa a baixar os preços do gás de cozinha e dos combustíveis, protestar contra a privatização da Petrobras e a importação de derivados de petróleo e pedir a saída imediata do presidente da empresa, Pedro Parente, visto pelos petroleiros como um dos maiores responsáveis pelos atuais problemas do setor. 

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