Enquanto o mundo está com os olhos voltados para a relação tensa entre Estados Unidos e Coreia do Norte, torcendo para que uma guerra não ocorra, a ciberguerra já deu os primeiros passos há algum tempo. De acordo com o Washington Post, citando uma diretiva assinada pelo presidente norte-americano no começo do ano, os EUA estão pressionando a Coreia do Norte com ações diplomáticas e até ações cibermilitares — incluindo o uso de ciberatividades. Ou seja: o míssil, aqui, é o DDoS.
O WSJ nota que o Unified Combatant Command (comando do Departamento de Defesa dos Estados Unidos) lançou um ataque de negação de serviço ao Reconnaissance General Bureau, agência militar espiã da Coreia do Norte. A ideia por trás do ataque seria encher os servidores da agência e cortar o acesso à internet dos funcionários.
Os ataques DDoS lançados pelos EUA se encerraram faz poucas dias — ou horas
No começo do ano, a Casa Branca comentou o seguinte sobre o Comando de Combate Unificado: "Demonstra nossa determinação contra ciberameaças e vai nos ajudar a tranquilizar aliados e parceiros, além de deter adversários".
O relato não indica quando os EUA lançaram o ataque DDoS contra a Coreia do Norte, porém, acredita-se que os ataques se encerram entre os últimos dias de setembro e os primeiros deste mês, outubro.
Um ataque DDoS realizado por uma potência como os Estados Unidos podem desde deixar um departamento ou agência no escuro por algum tempo, sem poder de monitoração, como até mutilar qualquer capacidade de ciberataque ou retaliação do adversário por um tempo.
Caso você não saiba, os ataques de negação de serviço, DDoS, são feitos para inutilizar sistemas, deixá-los indisponíveis. Isso é feito pela invalidação de servidores por sobrecarga. Quer exemplos? Você deve lembrar quando a Sony PlayStation Network e a Microsoft Xbox Live ficaram fora do ar um bom tempo por causa desse modus operandi.
Ainda, alguns especialistas citados pelo WSJ temem que a Coreia do Norte veja o ataque DDoS como um ato de guerra e, realmente, parta para uma retaliação "no mundo real".
É interessante notar que a Rússia começou a fornecer uma rota de internet para a Coreia do Norte nesta semana, de acordo com o Security Week. Ao que parece, como disse Eugene Kaspersky em nossa entrevista, estamos vivendo uma Guerra Fria não tão fria no momento.
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