Desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o NanosatC-Br1 acaba de completar três anos em órbita e segue enviando dados de suas cargas úteis: um magnetômetro e dois circuitos integrados.
Lançada em 19 de junho de 2014, esta é a primeira missão espacial brasileira com o uso de um cubesat.
As informações são rastreadas e coletadas por uma extensa rede de radioamadores no Brasil e no exterior, além das duas estações do projeto em Santa Maria (RS) e no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP). Na data do terceiro aniversário do NanosatC-Br1, seus dados (figura abaixo) foram recebidos na Alemanha por Reiner e retransmitidos a Paulo Leite em Boa Vista (RR), ambos radioamadores que colaboram com o projeto desde o início.
“Todos os subsistemas e cargas úteis funcionam normalmente, exceto as baterias do subsistema de potência que não conseguem mais reter carga, fazendo com que o cubesat só possa transmitir seus dados em visada solar. Os dados continuam sendo armazenados e utilizados pelos pesquisadores e engenheiros do projeto”, informa o pesquisador Otávio Durão, do INPE.
Os dados obtidos com a carga útil FPGA serão apresentados no dia 28 de junho, durante seminário no INPE que abordará radiação cósmica em sistemas espaciais.
NanosatC-Br2
A equipe do projeto desenvolve agora o NanosatC-Br2, com lançamento previsto para 2018. O novo cubesat está em fase de testes de integração das cargas úteis e do software de solo e bordo com a plataforma.
“O NanosatC-Br2 é um cubesat de dois litros de volume, o dobro da capacidade do NanosatC-Br1, e terá experimentos da UFMG, UFABC, UFRGS, UFSM/SMDH, AMSAT-Br, além do INPE”, conta o pesquisador Nelson Jorge Schuch, gerente do projeto.
Voltado à capacitação de recursos humanos para a área espacial, o projeto NanosatC-Br é coordenado pelo Centro Regional Sul do INPE em colaboração com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB).
Mais informações: www.inpe.br/crs/nanosat
Fonte: INPE
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